COPA de 1990

                        O Comitê Executivo da FIFA, em Zurique, em 11 de junho de 1987, aprovou o regulamento da Copa do Mundo de 1990, a se realizar na Itália, de acordo com sua resolução de 19 de maio de 1984. Logo depois abriu as inscrições, encerradas em 30 de setembro de 1987. A competição preliminar começou no âmbito da Concacaf, a 17 de abril de 1988 e terminou em 19 de novembro de 1989. Em 9 de dezembro de 1989, a festa do sorteio dos grupos com 12.000 espectadores lotando o Palácio dos Esportes, em Roma, foi acompanhado por milhões de telespectadores em 63 países, via satélite. Locutores de 83 rádios relataram do local, em 18 idiomas, o desenvolvimento do “show”, que teve efeitos de raios laser, fumaça de gelo seco e truques eletrônicos. A mascotinha da Copa, fez companhia a Luciano Pavarotti, Sophia Loren, Gianna Nannini e Eduardo Bennato, intérpretes da canção oficial da Copa do Mundo de 1990.

                        Na hora do sorteio, representando os países campeões mundiais, Rummenigue (Alemanha), Bobby Charlton (Inglaterra), Bruno Conti (Itália), Ruben Sosa (Uruguai), Passarela (Argentina) e Pelé (Brasil), ajudaram o secretário geral da FIFA, Joseph Blatter, a compor os grupos. O sorteio dirigido preserva a Copa do Mundo como investimento e como espetáculo. A operação clara e conhecida começa com a escolha antecipada dos cabeças de grupos. Os outros 18 países foram separados em três grupos de mais fortes, médios e menos experientes.

JOGOS DA PRIMEIRA FASE

GRUPO  “A”

09-06-1990

Itália 1 x 0 Áustria
09-06-1990 Checoslováquia 5 x 1

Estados Unidos

13-06-1990

Itália 1 x 0 Estados Unidos
13-06-1990 Checoslováquia 1 x 0

Áustria

17-06-1990

Itália 2 x 0

Checoslováquia

17-06-1990

Áustria 2 x 1

Estados Unidos

                        Em Roma, diante de 73.303 pagantes, a Itália apenas se defendeu até os 80 minutos do jogo contra a Áustria. Schillaci, que substituiu Carnevalle, fez de cabeça o gol da vitória italiana, por 1 a 0. Em Florença, a Checoslováquia goleou os Estados Unidos por 5 a 1, no dia da volta norte-americanos à Copa, quarenta anos após sua histórica vitória contra a Inglaterra no Brasil. Wynalda foi expulso quando sua equipe perdia por três a zero.

                       Os americanos foram ao Estádio Olímpico de Roma, ainda sobe o impacto da goleada sofrida dias atrás, e por outro lado, os italianos esperando ver as estrelas da Itália golear, só viram um gol, o de Gianninni e nada mais. E assim o jogo terminou 1 a 0. Com esta vitória a Itália estava classificada para a outra fase do mundial. No outro jogo do grupo, a Checoslováquia derrotou a Áustria por 1 a 0,  gol de pênalti cometido pelo goleiro Lindenberg. Com esta sua segunda derrota, os austríacos estavam eliminados da Copa.

                       Fechando este grupo, jogando em Florença, Itália e Checoslováquia jogariam apenas para cumprir tabela e definir o primeiro do grupo. Os italianos mudaram a equipe e entraram em campo com Schillaci e com o então mais caro jogador do mundo, Roberto Baggio, que ficara no banco nos dois primeiros jogos. E foi exatamente Schillaci e Baggio que marcaram os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Checoslováquia e assim a Itália se classificou em primeiro do seu grupo. E no último jogo do Grupo A, Áustria e Estados Unidos cumpriram tabela, em Florença. Os austríacos venceram por 2 a 1 e tiveram Artner expulso aos 34 minutos de jogo. E com este resultado, a Checoslováquia se classificou em segundo dentro do grupo. 

GRUPO  “B”

08-06-1990

Argentina 0 x 1 Camarões
09-06-1990 Romênia 2 x 0

Rússia

13-06-1990

Argentina 2 x 0 Rússia
14-06-1990 Camarões 2 x 1

Romênia

17-06-1990

Argentina 1 x 1 Romênia
18-06-1990 Rússia 4 x 0

Camarões

                       Dia 8 de junho no estádio San Siro, começou o mundial. Centenas de ginastas e bailarinos, vestidos com a cores das bandeiras dos países participantes, executaram momentos rítmicos no gramado, formando figuras geométricas em torno de enorme bola revestida totalmente de flores. Festa colorida montada ao melhor estilo de um grande espetáculo, entusiasmou os 73.780 pagantes e milhares de jornalistas, fotógrafos e convidados, que lotaram as tribunas do estádio.

                      Pela primeira vez em Copa do Mundo, todos os espectadores estavam sentados. As equipes da Argentina e de Camarões, com o árbitro francês Vautrot e seus auxiliares entraram em campo pouco antes das 18:00 horas, quando foi dada a saída. Os campeões do mundo, com seu capitão Diego Maradona e os sorridentes africanos de Camarões, retornando à Copa depois de oito anos da sua estreia no mundial da Espanha. Ao final dos noventa minutos, a surpresa da vitória de Camarões por 1 a 0. E não foi por acaso, pois Camarões jogou de igual para igual com os campeões, durante todo o jogo.

                     A Argentina sentiu as dificuldades da partida e colocou mais um atacante em campo, substituiu Ruggeri pelo veloz artilheiro Cannigia, buscando dar maior agressividade ao seu ataque. Os africanos que vinham jogando com muita rapidez, passaram à violência. Aos 16 minutos do segundo tempo, Kana Biyik foi expulso ao derrubar deslealmente Cannigia. Com 10 homens, Camarões não se abateu e, aos 22 minutos, Oman Biyik fez a 1 a 0. Os argentinos pareciam não acreditar. Camarões permaneceu no ataque. A três minutos do final da partida, Cannigia ia para a área adversária, quando sofreu uma entrada violenta de Messing, que já tinha um cartão amarelo e foi expulso. Mas o placar de 1 a 0 permaneceu até o final.

                         No outro jogo de abertura deste grupo, os soviéticos entraram em campo como favoritos. O jogo foi em Bari, arbitrado pelo uruguaio Cardelino. Outra surpresa, vitória da Romênia por 2 a 0, dois gols de Lacatus, o segundo cobrando penalidade máxima inexistente. No dia 13 de junho, em Nápoles, 55.759 espectadores viram a derrota da Rússia para a Argentina por 2 a 0, gols de Trogglio e Burruchagas. Outra vez os soviéticos foram vítimas da arbitragem. O árbitro sueco Fredrickson não viu Maradona desviar com a mão, dentro da área, a bola que seria o primeiro gol do jogo. Depois foi um pênalti, não marcado a seu favor.

                         Em Bari, Camarões confirmou contra a Romênia os méritos da estreia. Roger Milla fez os gols da vitória por 2 a 1. Camarões tornou-se o primeiro do grupo. E fechando este grupo, Argentina e Romênia diante de 52.733 pagantes, empataram em 1 a 1, gols de Monzon para ao argentinos e Balint para o romenos. A grande surpresa do grupo foi a goleada que os soviéticos aplicaram sobre Camarões, 4 a 0. Mas mesmo com esta derrota Camarões se classificou em primeiro do grupo, a Romênia ficou em segundo e a Argentina em terceiro.

GRUPO  “C”

10-06-1990

Brasil 2 x 1 Suécia
11-06-1990 Costa Rica 1 x 0

Escócia

16-06-1990

Brasil 1 x 0 Costa Rica
17-06-1990 Escócia 2 x 1

Suécia

20-06-1990

Brasil 1 x 0 Escócia
21-06-1990 Costa Rica 2 x 1

Suécia

                         O Brasil estreou no mundial vencendo a Suécia por 2 a 1, gols de Careca aos 40 minutos do primeiro tempo e aos 17 do segundo tempo. A Suécia marcou seu gol de honra aos 33 minutos da segunda etapa através do atacante Brolin. O jogo foi no moderno estádio de Turim e a arbitragem esteve a cargo do italiano Túlio Lanese. Neste dia o técnico Lazarone mandou a campo a seguinte formação; Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão, Mozer, Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Alemão e Valdo; Muller e Careca.

                        Em Gênova, uma surpresa, a estreante Costa Rica venceu a Escócia por 1 a 0, gol de Cayasso. Na segunda partida, a Costa Rica montou um esquema defensivo contra o Brasil. A figura do jogo foi o goleiro Conejo que defendeu tudo, ou quase tudo, pois Muller aos 33 minutos do primeiro tempo, conseguiu furar o bloqueio adversário e este foi o único gol da partida. Gol que foi o suficiente para classificar o Brasil para a fase seguinte da competição. O árbitro deste partida foi Naji Jouini, da Tunísia. Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão, Mozer, Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Alemão e Valdo (Silas); Muller e Careca (Bebeto).

                        Jogando em Gênova, a Suécia eliminou a Escócia ao vencer por 2 a 1, depois de sofrer um gol aos 10 minutos de jogo. Mas teve forças para virar o placar. No dia 20 de junho, jogando em Turim, o Brasil garantiu o primeiro lugar do grupo ao vencer a Escócia por 1 a 0, gol de Muller aos 37 minutos do segundo tempo. Os brasileiros sofreram apenas um gol e marcaram quatro, em três partidas nesta primeira fase. Neste jogo contra a Escócia o árbitro foi o austríaco Helmut Kohl e o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Alemão e Valdo; Romário (Muller) e Careca. E fechando este grupo, a Costa Rica confirmou sua presença na segunda fase do mundial ao vencer a Suécia por 2 a 1, depois de estar perdendo a partida. Com estes resultados, o Brasil se classificou em primeiro e Costa Rica em segundo neste Grupo C.

GRUPO  “D”

10-06-1990

Colômbia 2 x 0 Emirados Árabes
11-06-1990 Alemanha 4 x 1

Iugoslávia

14-06-1990

Iugoslávia 1 x 0 Colômbia
15-06-1990 Alemanha 5 x 1

Emirados Árabes

18-06-1990

Alemanha 1 x 1 Colômbia
19-06-1990 Iugoslávia 4 x 1

Emirados Árabes

                          A Colômbia havia se tornado a mais admirada representante da escola sul-americana. Sempre atacando, os colombianos exibiam excelente técnica individual e uma equipe voluntariosa. Em Bologna, estreando contra os Emirados Árabes, a Colômbia decepcionou o público presente até o final do primeiro tempo, quando terminou empatado sem gols. Era um futebol bonito, mas não conseguia transformar em gol. No segundo tempo, Valverde e Valderama fizeram 2 a 0 para a Colômbia, mas a vitória não serviu para mudar a imagem.

                        Jogando em Milão, a seleção alemã dirigida por Franz Beckenbauer, mostrou que estava muito bem. Não somente derrotou a sempre combativa Iugoslávia por 4 a 1, gols de Mathaus (2), Klinsmann e Voller, mas pela segurança da defesa e pela excelência dos atacantes. Os iugoslavos voltaram a campo dias depois para enfrentar a Colômbia. O jogo foi em Bologna e apesar do empate sem gols no primeiro tempo, a Iugoslávia sempre foi melhor em campo. Na etapa complementar, os iugoslavos fizeram 1 a 0, mas não mereceram a vitória. Em Milão, os alemães não encontraram dificuldades para eliminar com uma goleada por 5 a 1, os Emirados Árabes, diante de 71.000 espectadores.

                         E fechando este grupo, a Colômbia continuou com seu futebol vistoso e improdutivo, mas os alemães foram parados pela segurança da defesa dos sul-americanos, comandados pelo famoso goleiro Higuita. E assim o jogo terminou empatado em 1 a 1, gols de Littbarski para os alemães e Rincon para os colombianos. O jogo foi em Milão perante um público de 72.510 espectadores. No último jogo do grupo, a Iugoslávia confirmou sua regularidade e goleou os Emirados Árabes por 4 a 1. O árabe Mubarak Khaleel foi expulso pelo árbitro japonês Takada, a oito minutos do final da partida. Assim ficaram classificados no grupo, a Alemanha em primeiro, a Iugoslávia em segundo e em terceiro pelo índice técnico, a Colômbia.

GRUPO  “E”

10-06-1990

Bélgica 2 x 0 Coréia do Sul
11-06-1990 Uruguai 0 x 0

Espanha

13-06-1990

Bélgica 3 x 1 Uruguai
14-06-1990 Espanha 3 x 1

Coréia do Sul

17-06-1990

Uruguai 1 x 0 Coréia do Sul
18-06-1990 Espanha 2 x 1

Bélgica

                        Bélgica e Coréia do Sul iniciaram em Verona, os jogos do Grupo E. Os belgas sonhavam com a vitória fácil, mas terminaram o primeiro tempo empatados sem gols, embora tivessem dominado o jogo. Após o descanso, Grijse abriu o placar para os belgas, encobrindo o goleiro que estava adiantado. Wolf completou o placar e assim terminou 2 a 0 para a Bélgica. No outro jogo do grupo, em Údine, preocupado com a péssima imagem de indisciplina que deixara na Copa anterior, o Uruguai procurava não se arriscar. A Espanha, mais impetuosa, era também cautelosa. Rubens Sosa desperdiçou um pênalti para os uruguaios e o placar ficou no 0 x 0. A Bélgica permaneceu em Verona, onde recebeu o Uruguai na segunda rodada e, perante 33.759 pessoas, venceu por 3 a 1. Por outro lado, a Coréia do Sul teve que viajar até Udine, para enfrentar a Espanha, que venceu por 3 a 1, com três gols de Michel.

                       Na última rodada do grupo, o Uruguai obteve sua única vitória na Copa, foi contra a Coréia do Sul por 1 a 0, gol de Fonseca. E no jogo entre Espanha e Bélgica, os espanhóis confirmaram seu favoritismo e venceram por 2 a 1, com o atacante Michel marcando seu quarto gol no mundial cobrando pênalti aos 20 minutos de jogo. A Bélgica empatou logo através de Vervootz, mas Griz fez o segundo para a Espanha e assim terminou o jogo. Com estes resultados estavam classificados a Espanha em primeiro, a Bélgica em segundo e o Uruguai ficou em terceiro pelo índice técnico.

GRUPO  “F”

10-06-1990

Inglaterra 1 x 1 Irlanda
11-06-1990 Holanda 1 x 1

Egito

14-06-1990

Inglaterra 0 x 0 Holanda
15-06-1990 Egito 0 x 0

Irlanda

18-06-1990

Inglaterra 1 x 0 Egito
19-06-1990 Holanda 1 x 1

Irlanda

                          Na Sardenha e na Sicília, as duas primeiras rodadas foram iguais para os quatro do Grupo F. Em Cagliari, a Inglaterra empatou com a Irlanda em 1 a 1, gols de Lineker para os ingleses e Sheedy para os irlandeses. A favorita Holanda, jogando em Palermo, vencia com um gol de Kieft e deixou escapar a vitória, no pênalti que o egípcio Ghani converteu a 12 minutos do final da partida. A segunda rodada foi terrivelmente igual, onde Inglaterra e Holanda ficaram no 0 a 0, assim como o Egito e a Irlanda, que também não conseguiram abrir o placar.

                         Somente na última rodada deste grupo, que tivemos a primeira vitória, foi da Inglaterra sobre o Egito, e assim mesmo, por um magro 1 a 0, gol de Wright. E no outro jogo que fechou o grupo, a Holanda jogando em Palermo, ficou no 1 a 1 contra a Irlanda, gols de Gullit para os holandeses e Quinn para os irlandeses. Como Holanda e Irlanda terminaram empatados em número de pontos e em saldo de gols, foi decidido na moeda quem ficaria classificado em segundo lugar no grupo. E na moedinha deu Irlanda.

OITAVAS-DE-FINAL

                        Os 12 primeiros e segundos, mais quatro terceiros colocados, escolhidos pelo índice técnico, disputaram o turno de dezesseis países, em quatro dias, começando em 23 de junho.

23-06-1990

Camarões 2 x 1 Colômbia
23-06-1990 Checoslováquia 4 x 1

Costa Rica

24-06-1990

Argentina 1 x 0 Brasil
24-06-1990 Alemanha 2 x 1

Holanda

25-06-1990

Irlanda 5 x 4 Romênia
25-06-1990 Itália 2 x 0

Uruguai

26-06-1990

Espanha 0 x 1 Iugoslávia
26-06-1990 Inglaterra 1 x 0

Bélgica

                        Camarões voltou a brilhar e com dois gols de Roger Milla eliminou a Colômbia vencendo por 2 a 1 na prorrogação de 30 minutos, depois de terminar empatado em 0 a 0 nos noventa minutos. No outro jogo, realizado em Bari, com um público de 50.026 pagantes no estádio de Nápoles, Checoslováquia também eliminou a Costa Rica e com certa facilidade, acabando com o sonho de uma seleção que foi além do que os próprios jogadores imaginavam. Com uma vitória de 4 a 1, os checos continuavam na luta pelo título.

                       Chegava então o dia 24 de junho, um dia de muita festa no Brasil, quando comemoramos o dia de São João e muitas pessoas se reúnem para festejar mais uma festa junina. Mas este dia  não foi de muita alegria para os brasileiros, pois neste dia enfrentamos nossa eterna rival Argentina. O árbitro francês Joel Quiniou teve muito trabalho para manter a disciplina de brasileiros e argentinos. Cinco cartões amarelos e a expulsão do brasileiro Ricardo Gomes, a cinco minutos do final da partida.

                    A Argentina fez 1 a 0 aos 35 minutos do segundo tempo, através do atacante Caniggia, depois de um passe de Maradona, que o deixou na frente do goleiro Taffarel, que nada pode fazer. Este jogo foi em Turim diante de um público de 61.381 pagantes. O esquema de Lazaroni que privilegiou a disciplina tática, não resistiu ao primeiro encontro com o talento. Tudo porque, num único lance, o gênio de Maradona provou que o talento continua falando mais alto. Nem o tornozelo inchado e ferido evitou que Diego  enfileirasse quatro brasileiros e deixasse Caniggia de cara com Taffarel. Primeiro foi Alemão, no meio campo. Depois Ricardo Rocha que tentou segurá-lo. Em seguida foi a vez de Ricardo Gomes e Mauro Galvão, que acabaram trombando. Era o gol que definiu a partida. Quando o resultado ainda era de 0 a 0, o Brasil também teve algumas oportunidades para abrir a contagem.

                       Faltou competência à Careca e Muller e que sobrou em Maradona e Caniggia. Se o Brasil foi bem no primeiro tempo, a Argentina equilibrou o jogo no segundo e soube aproveitar a chance que apareceu. Renato Gaucho que entrou nos minutos finais do jogo, reclamava aos jornalistas: “A derrota foi um belo castigo para um treinador retranqueiro”. O técnico apenas lamentava: “Nós tentamos, fizemos o possível, mas não foi o bastante”. A derrota para a Argentina encerrou a pior participação brasileira em Copas desde 1966. Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão (Silas), Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Alemão (Renato Gaucho) e Valdo; Muller e Careca. Com esta derrota, o Brasil estava fora de mais uma Copa do Mundo.

                        Na outra partida das oitavas-de-final, o árbitro argentino Loaustau dirigiu um jogo tumultuado com duas expulsões; Voller, da Alemanha e Rijkaard, da Holanda, aos 22 minutos. Os holandeses faziam sua melhor apresentação e perderam para a Alemanha por 2 a 1, gols de Klinsmann e Broeme, enquanto que Koeme marcou o gol holandês. Este jogo foi no estádio de San Siro que recebeu neste dia um público de 74.559 espectadores. Romênia e Irlanda mantiveram o placar em branco por 120 minutos. Com 31.908 pagantes e arbitragem do brasileiro José Roberto Wright, foram decidir nos pênaltis. A Irlanda converteu as 5 cobranças,  enquanto que o romeno Timofte desperdiçou uma. Co isto os irlandeses continuaram na competição e os romenos voltaram para casa mais cedo.

                        Itália e Uruguai lotaram o Olímpico, em Roma, com arbitragem do inglês Courtney. Com gols de Schillaci e Serena, a Itália mereceu ganhar do Uruguai, umd dos terceiros classificados pelo índice técnico, por 2 a 0. Assim, a Itália também estava classificada para disputar a fase seguinte do mundial. O último dia de competição da segunda fase, começou em Verona com vitória da Iugoslávia sobre a Espanha por 2 a 1. No tempo normal terminou empatado em um gol, mas na prorrogação, o iugoslavo Stojkovic marcou o gol que deu a vitória e a classificação da Iugoslávia para a fase seguinte. E no último jogo desta fase, jogando em Bologna, Inglaterra e Bélgica não saíram do 0 a 0. Houve a prorrogação e no minuto final do tempo extra, Platt que entrara no segundo tempo, fez o gol da vitória inglesa.

QUARTAS-DE-FINAL

                       Oito países nas quartas-de-final jogaram suas chances no mesmo dia 30 de junho; Itália, Argentina, Iugoslávia, Alemanha, Inglaterra e Checoslováquia mais os surpreendentes Camarões e Irlanda. E assim foram os jogos desta fase:

30-06-1990

Argentina 3 x 2 Iugoslávia
30-06-1990 Itália 1 x 0

Irlanda

30-06-1990

Alemanha 1 x 0 Checoslováquia
30-06-1990 Inglaterra 3 x 2

Camarões

                         Com arbitragem do suíço Rothislberg, Argentina e Iugoslávia correram 120 minutos, sem movimentar o marcador em Florença. Os iugoslavos ficaram com 10 homens desde a primeira meia hora, quando foi expulso um de seus zagueiros. A decisão foi para os pênaltis. Dois grandes jogadores, Maradona e Stojkovic, desperdiçaram suas cobranças. Troglio também não fez e Brnovick podia definir e também perdeu. Hadzibegic era a chance final para a Iugoslávia, mas o goleiro argentino Goycochea impediu e com isto, a Argentina venceu por 3 a 3 e passou para a semi-final.

                        No outro jogo, a Itália, com umgol de Schillaci, eliminou a Irlanda. O jogo foi no estádio Olímpico de Roma. Já em Milão, com o maior público das quartas-de-final, a Alemanha que fizera 12 gols até então, parou frente à brilhante Checoslováquia, derrotada por apenas 1 a 0, num gol de pênalti duvidoso sobre o atacante Klinsmann e cobrado por Mathaus. Com isto a Alemanha seria outro semi finalista. E no último jogo desta fase, a Inglaterra precisou ir jogar a prorrogação para por fim à jornada de Camarões, mesmo assim com um pênalti cobrado por Lineker. Este foi o jogo das penalidades máximas, pois no tempo normal que terminou empatado em 2 a 2, aconteceram dois e na prorrogação tivemos mais um, este a favor da Inglaterra que deu números finais ao jogo, vitória da Inglaterra por 3 a 2. Depois destes resultados, ficaram conhecidos os quatro países que iriam disputar a semi-final. E os jogos foram os seguintes.

SEMI-FINAL

04-07-1990

Argentina 4 x 3 Itália
04-07-1990 Alemanha 4 x 3

Inglaterra

                      Quatro campeões do mundo, dos quais um, a Itália, poderia ser tetra, restabeleceram o equilíbrio nas semi-finais. A Itália foi de Roma à Nápoles enfrentar a Argentina. Schillaci pôs os italianos em vantagem. Cannigia empatou. Não foram suficientes 90 minutos e jogaram mais meia hora. Os argentinos ficaram com 10 homens, expulso Giusti, pelo árbitro francês Vautrot. A decisão foi para os pênaltis. Os italianos não dominaram os nervos. Donadona e Serena perderam as duas últimas cobranças. Maradona fez 4 a 3 e colocou a Argentina em mais uma final de Copa do Mundo, o que lhe daria o tricampeonato mundial, uma vez que já havia conquistado em 1978 e 1986.

                       No outro jogo da semi-final, em Turim, a história se repetiu. Alemanha e Inglaterra também tiveram que decidir nos pênaltis. No tempo normal, Brehme fez 1 a 0 para os alemães. Lineker empatou para os ingleses. Nada mudou na prorrogação. Vieram então as cobranças de pênaltis. Pearce e Waddle perderam as duas últimas cobranças inglesas. Thon fez 4 a 3 para os alemães, que também buscava o tricampeonato, uma vez que já havia conquistado em 1954 e 1974. Sendo assim, Argentina e Alemanha iriam repetir a decisão de última Copa, quando os argentinos levaram a melhor.

DECISÃO DO 3º LUGAR

07-07-1990

Inglaterra 1 x 2

Itália

                        Em Bari, com 51.426 pagantes, Schillaci e Baggio reafirmaram seu direito de titulares da seleção italina. Fizeram os dois gols contra a Inglaterra para garantir como consolação por 2 a 1 a terceira posição para a Itália no mundial de 1990 que foi disputada em sua casa.

FINAL

08-07-1990

Argentina 0 x 1

Alemanha

                      Alemanha e Argentina foram os dois melhores durante toda a competição, por isso, estavam repetindo a final do mundial realizado no México em 1986, fato único na história das Copas. Os alemães com a tradição de ser a quinta final que disputavam e, sem dúvida, com a melhor campanha de 1990. Seu treinador, Beckenbauer aproveitou o melhor estado físico de seus jogadores e a ausência forçada de quatro titulares argentinos, que cumpriram suspensão. A Alemanha atacou incisivamente desde o início e os argentinos praticamente apenas se defenderam. O goleiro Goycochea da Argentina trabalhou intensamente. No outro lado, o goleiro alemão Ilgner, era quase somente um espectador.

                          O árbitro mexicano Edgardo Codesal Mendez, aos 20 minutos do segundo tempo, expulsou Monzon, que cometera falta violenta em Klinsmann. A partir daí, com dez homens em campo, a Argentina recuou ainda mais, no entanto faltando cinco minutos para o final da partida, o atacante Voller invadiu a área Argentina e foi derrubado pro Sensini. O árbitro assinalou sem vacilar a penalidade máxima.

                           Os argentinos protestaram fortemente. Maradona e Troglio receberam carão amarelo e Dezotti foi expulso. Cena indigna de uma final de Copa do Mundo. Brehme com firmeza bateu e fez o único gol da partida, o gol que deu o título à Alemanha, que neste dia jogou com; Ilgner, Berthold (Reuter), Kohler, Buchwald e Brehme; Hassler, Augenthaler e Mathaus; Littbaski, Voller e Klinsmann. Enquanto que a Argentina jogou com; Goycochea, Simon, Ruggeri (Monzon), Serrizuela e Basualdo; Troglio, Lorenzo e Burruchaga (Calderon), Sensini, Dezotti e Maradona.

                           Esta Copa de 90 apresentou jogos medíocres, sem emoção, ruim de assistir. Pouca coisa se salvou neste mundial. Talvez a Alemanha que mostrou força, abnegação e disciplina. O ataque alemão formado por Mathaus, Hassler, Voller e Klinsmann, era o ponto alto do time. Longe de ser uma revolução, a tática da Alemanha foi uma exceção aos esquemas fechados que predominaram na Copa da Itália.

                        Foi o tri da perseverança, de quem passou o dissabor de perder as duas últimas finais, contra a Itália em 1982 e contra a Argentina em 1986. O tri da tradição, de quem se fez presente em doze dos quatorze mundiais disputados. O tri de muita luta. O tri de muita arte. Finalmente, o tri da esperança. A Copa de 1990 viu o renascimento da grande Alemanha. Com a reunificação das duas Alemanhas, o time ficou mais forte, mais determinado.

                        A vitória sobre os argentinos por 1 a 0 não deixou margem de dúvida de que venceu a melhor equipe da Copa. Seu treinador, Beckenbauer, tem um currículo de vitórias e foi um exemplo no banco. Carismático e implacável na defesa de seus ideais, é idolatrado por sua personalidade. Franz Beckenbauer administrou sua seleção com maestria, aliando o talento dos tempos de craque a arte de dirigir a beira das quatro linhas. Fez do pulso firme, da seriedade e do conhecimento de causa as três maiores armas do seu trabalho. Realmente, um imperador sem rivais.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

                      O Brasil terminou a competição em 9º lugar. Disputou quatro partidas, marcou apenas 4 gols e sofreu 2. Os artilheiros do Brasil foram Muller e Careca que marcaram dois gols cada. Realmente muito pouco para uma seleção que tentava o tetracampeonato. Não adiante tentar ver a seleção brasileira com os olhos de antigamente. Ela mudou. A fantasia acabou e, o futebol arte como foi mostrada na Copa da Espanha, não existe mais. Na estreia, contra a Suécia, não assustamos ninguém. Começamos com cautela, lentidão nos toques, erros nos passes e nos desarmes. Aos poucos, bem aos poucos, mantida a cautela, a velocidade apareceu nos contra ataques, o passe melhorou, mas a característica principal não mudou: o ataque é importante, mas a defesa é fundamental.

                        A vitória de 2×1 foi incostestável, mas a atuação do time brasileiro deixou a desejar. Principalmente no meio campo, porque errou muitos passes, pegou poucos rebotes e apenas desarmou com eficiência, sobrecarregando a defesa e servindo pouco a dupla de atacantes. Erramos 45 passes, e esse desiquilíbrio preocupou o técnico Lazaroni. Conversar era a palavra chave da seleção. Conversar, treinar, conversar. O treinador era capaz de concentrar em si as atenções e desviá-las de possíveis focos de tensão. Ricardo Rocha e Bebeto, que sonhavam ser titulares, poderiam manifestar descontentamento. Perfeito na dissimulação, Lazaroni confiava no time que ganhou o moral necessário depois da vitória conta a Suécia.

                       Já naquela Copa os jogadores brasileiros convocados, nos bastidores, pensavam muito no novo mercado aberto. Ricardo Gomes, por exemplo, comentava que pouco importava o quanto a CBF pagaria aos jogadores. Se o Brasil vencesse o mundial, ou pelo menos, ficasse entre os quatro primeiros, a cotação de cada jogador ficaria muito alta. O novo mercado americano era estimulante. O reserva Bismark também pensava em jogar para mostrar seu futebol e, quem sabe, conseguir uma transferência para jogar e estudar nos Estados Unidos. Esse era o pensamento de quase todos os jogadores da seleção.

                       O segundo jogo foi contra a Costa Rica. Apesar do marcador de 1×0, foi um jogo fácil. Dunga, Alemão, Valdo e Careca não deixaram que os adversários passassem do meio campo. A facilidade era tanta que o 0x0 incomodava a seleção brasileira. O único gol saiu de uma jogada de Muller que chutou nas costas do zagueiro Montero e, no desvio a bola entrou no arco do goleiro Canejo. O Brasil jogou fechado não deixando o adversário chegar perto da nossa área. Nossa seleção foi muito superior e merecia um resultado melhor. Chutamos quatro bolas na trave e, mesmo assim, a torcida não gostou. Alguns queriam Bebeto no lugar de Muller. Outros desejavam três atacantes: Careca, Bebeto e Romário. Lazaroni pensava diferente e, neste jogo contra Costa Rica, Bebeto entrou aos 38 minutos do segundo tempo e, no lugar de Careca. Mas, a classificação estava assegurada. Era o que queríamos. Diante da Escócia, Lazaroni já começou a pensar em colocar Romário de primeira e até os três atacantes que a torcida gostaria de ver.

                      Mesmo classificado, alguns jogadores demonstravam sua insatisfação. Careca reclamava que estava jogando muito isolado lá na frente. Bebeto, mais diplomático, não tinha gostado de ter entrado quando faltava apenas sete minutos para o jogo acabar. Romário era mais taxativo: “Bebeto entrou no lugar do jogador errado. Está na hora de usar três atacantes e esta é a minha hora”. Renato Gaucho protestava calado. Para muitos críticos, era melhor perder jogando como a seleção de 1982, a ganhar com um time defensivo como o de 1990. Para Lazaroni, o que importava era vencer. 1×0 ou 10×0, a vitória é a mesma. Os pontos catalogados são os mesmos.

                      O terceiro jogo contra a Escócia fez os brasileiros sofrerem mais uma vez. Romário entrou fazendo dupla com Careca. Vindo de uma contusão séria, Romário não rendeu o que dele se esperava. Foi substituído por Muller que deu mais velocidade ao ataque e terminou marcando o único gol do jogo. Ricardo Rocha também entrou no lugar de Mozer. Para o técnico estava tudo dentro do previsto. O Brasil venceu os três jogos, marcou 4 gols e tomou 1. Passou para a fase seguinte e continuava lutando pelo título.

                      E veio o jogo contra a Argentina, uma seleção bem diferente daqueles que vencemos na primeira fase da Copa. Resultado, acabamos perdendo por 1 a 0 e eliminados precocemente do mundial. O técnico preferido de Ricardo Teixeira era Carlos Alberto Parreira que estava preso a um contrato com a Arábia Saudita e não aceitou. Sebastião Lazaroni foi confirmado porque ele tinha modificado o estilo de jogo do futebol brasileiro. Se antes, o nosso futebol era técnico, vistoso e cheio de habilidade, Lazaroni procurou implantar suas ideias para dentro do campo. Foi assim que o novo treinador da seleção, foi campeão carioca pelo Flamengo em 1986, pelo Vasco nos anos de 1987 e 1988 e campeão da Copa América em 1989. No seu sistema, além da habilidade já conhecida, seria acrescentada velocidade e aplicação tática. Lazaroni procurou cortar os dribles inúteis com a ordem de fazer muitos gols.

                        Desde a Copa América que os brasileiros passaram a acompanhar o novo esquema com um líbero, alas e apenas dois atacantes sem posição determinada. Conquistamos títulos nos clubes e na seleção, em pouco tempo, a ousadia de Lazaroni foi recompensada e as críticas iniciais se transformaram em aplausos. Como acontece em todas as convocações de jogadores que atuam na Europa, a seleção começou a ser prejudicada. Os resultados dos últimos amistosos antes da Copa não foram satisfatórios. O treinador justificava que não podia contar com todos aqueles jogadores que, certamente, seriam titulares. Em determinado momento, Lazaroni entrou em rota de colisão com dirigentes da CBF que não tinham condições de garantir a liberação de todos os atletas convocados. Sebastião Lazaroni tinha o difícil problema de administrar os 22 jogadores, todos dispostos a serem titulares na Itália. Mas, o grupo era coeso, unido e estavam sempre ao lado do técnico.

                      Com menos astros ou com mais estrelas de menor grandeza, o certo é que a seleção de 1990 era mais homogênea. Mesmo assim, a imprensa reclamava a presença de um jogador criativo no meio campo, alguém que pudesse fazer lançamentos para os atacantes. Sem um lançador, o Brasil partiu para os toques rápidos e em deslocamentos. Alemão e Valdo, talentosos e incansáveis, fariam o revezamento no apoio aos alas Jorginho e Branco. Todos participariam das jogadas de ataque, além de auxiliar Dunga na marcação. Os zagueiros Mozer, Ricardo Gomes e Mauro Galvão eram vistos com certa restrição. Mauro Galvão de origem meio campista, tinham mais recursos de noção e tempo. O técnico afirmava que o Brasil estava pronto para ser campeão. Mas, na hora da verdade, poucas previsões de confirmaram.

                     Antes do início da Copa do Mundo na Itália, Casagrande que jogou quatro anos na Europa advertia: “O Brasil não sabe jogar com líbero. Esquema de Lazaroni pode tirar a seleção da Copa”. E completou: “É um absurdo o Brasil usar líbero marcando por zona. Isso tira o impedimento e deixa o adversário na cara do gol”.

 Jogadores brasileiros que participaram da 14ª Copa do Mundo de 1990:

Taffarel  –  goleiro  –  Internacional

Acácio  –  goleiro  –  Vasco da Gama

Zé Carlos  –  goleiro  –  Flamengo

Jorginho  –  zagueiro  –  Bayern de Munique (Alemanha)

Adair  –  zagueiro  –  Porto (Portugal)

Mauro Galvão  –  zagueiro  –  Botafogo

Branco  –  zagueiro  –  Porto  (Portugal)

Ricardo Rocha  –  zagueiro  –  São Paulo

Ricardo Gomes  –  zagueiro   –  Benfica  (Portugal)

Mazinho  –  zagueiro  –  Vasco da Gama

Mozer  –  zagueiro  –  O. Marselha  (França)

Dunga  –  meio campista  –  Fiorentina  (Itália)

Alemão  –  meio campista  –  Napolis  (Itália)

Valdo  –  meio campista  –  Benfica  (Portugal)

Bismarck  –  meio campista  –  Vasco da Gama

Silas  –  meio campista  –  Sporting  (Portugal)

Tita  –  meio campista  –  Vasco da Gama

Bebeto  –  atacante  –  Vasco da Gama

Romário  –  atacante  –  PSV  (Holanda)

Careca –  atacante  –  Napoli  (Itália)

Muller –  atacante  –  Cruzeiro

Renato Gaucho  –  atacante  –  Flamengo

Técnico: Sebastião Lazaroni

SELEÇÃO DA ALEMANHA – CAMPEÃ DA COPA DE 1990
SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DE 1990      –     Em pé: Taffarel, Ricardo Rocha, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Jorginho e Branco     –     Agachados: Muller, Alemão, Careca, Dunga e Valdo

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