COPA de 2010

                          A Copa da África do Sul foi a primeira a ser realizada no continente africano. Por poucos votos o país não sediou a Copa de 2006. A eleição para a sede foi bastante controversa, com suspeita de compra de votos a favor da Alemanha. A votação para a primeira Copa do Mundo na África foi o resultado natural da perda da África do Sul da sede da Copa anterior. Este foi o maior evento esportivo no continente africano que até então não havia sediado nenhuma Copa do Mundo, nem Olimpíadas. Em 15 de maio de 2004, em Zurique, foi decidido que a África do Sul seria a sede da Copa de 2010. Líbia e Tunísia desistiram da competição.

                         A África do Sul foi o único país classificado automaticamente entre os 32 países que participaram da Copa do Mundo de 2010. Desde a Copa de 2006 o campeão da Copa do Mundo anterior não garantia vaga automática para o Mundial. Apesar do fraco retrospecto em Copas, a África do Sul foi escolhida devido a sua infra-estrutura. A seleção sul-africana venceu a Copa Africana de 1996  e  participou  apenas das Copas de 1998 e 2002, sendo eliminada na primeira fase em ambas as edições. A África do Sul não se classificou para a Copa de 2006 na Alemanha.

                         Os africanos ainda não chegaram as semifinais das Copas do Mundo, mas aos poucos vão ganhando espaço, como a realização do primeiro Mundial no continente. Desde a primeira vitória do continente com a Tunísia em 1978 até as marcantes participações de Camarões em 1990. Nigéria em 1994, Senegal em 2002 e Gana em 2006, os africanos tem mostrado ao mundo sua grande evolução no futebol mundial. Duzentas equipes disputaram 31 das 32 vagas para a Copa do Mundo na África do Sul em 2010. O país que sedia a copa é o que é único que assegurou a sua participação. A fase de classificação começou na Oceania em Agosto de 2007.

                     As duas seleções estreantes, Eslováquia e Sérvia, estiveram presentes em outras Copas do Mundo como partes integrantes de outros países. A Checoslováquia esteve em 8 edições da Copa do Mundo, sendo vice-campeã em 1934 e 1962. Os sérvios participaram de 10 Copas do Mundo nas seleções da Iugoslávia e Sérvia e Montenegro.  As 32 seleções foram divididas em oito grupos de quatro equipes cada. As duas melhores equipes de cada grupo avançaram às oitavas-de-final. A partir desta fase os jogos foram eliminatórios.

                         O sorteio para definir os grupos da Copa do Mundo de 2010 foi realizado na Cidade do Cabo em 4 de dezembro de 2009. Cerca de 8.000 convidados estiveram presentes no Cape Town International Convention Centre. O evento do sorteio dos grupos e jogos da Copa do Mundo da África do Sul foi transmitido para todo o mundo, e, como em todas as outras edições da Copa do Mundo, atraiu a atenção dos fãs de futebol em todos os continentes.  A África do Sul, por ser o país sede, já estava definida como cabeça-de-chave do Grupo A.

                        A Copa de 2010 não teve a abertura como nas demais, ou seja, o show de abertura aconteceu um dia antes da primeira partida, ou seja, no dia 10 de junho tivemos um belíssimo show com vários artistas, a maioria africanos e somente no dia 11 de junho que a bola rolou, começando assim oficialmente a Copa 2010.

                       A colombiana Shakira foi o ponto máximo da alegria no show de abertura da Copa do Mundo. Mas a emoção quem proporcionou foi Desmond Tutu, personagem histórica na luta contra o Apartheide. O bispo anglicano, de 78 anos, Prêmio Nobel da Paz em 1984, arrancou aplausos e lágrimas na festa de abertura, que aconteceu no estádio do Orlando Pirates, no Soweto, ao dar as boas-vindas a todos que vieram à África do Sul.  “A África é nossa origem, sejam bem-vindos em casa. Somos todos africanos” disse o bispo. Depois fez um tributo à Nelson Mandela, que no mês seguinte completaria 92 anos.

                     A festa começou às 20 horas, 15 horas pelo horário de Brasília, com a cantora Miriam Makeba cantando o sucesso dos anos 60, Pata Pata. O encerramento foi por volta das 18 horas também pelo horário de Brasília. Trinta mil pessoas estavam presentes ao show, que aplaudiram o tempo todo, dando demonstração que o povo africano realmente estava em festa com aquele evento que pela primeira vez seu pais estava propiciando ao mundo. E no dia seguinte, a bola rolou no Estádio Soccer City, na cidade Johannesburgo e estava dada a largada para uma Copa do Mundo, onde 32 seleções corriam em busca de um título que entraria para a história de seu país.

GRUPO  “A”

11-06-2010

Africa do Sul 1 x 1 México
11-06-2010 Uruguai 0 x 0

França

16-06-2010

África do Sul 0 x 3 Uruguai
17-06-2010 França 0 x 2

México

22-06-2010

México 0 x 1 Uruguai
22-06-2010 França 1 x 2

África do Sul

África do Sul  1×1  México

                         Era o dia 11 de junho de 2010, às 11:00 horas, horário de Brasília, quando foi dado o início da 19ª Copa do Mundo, desta vez na África do Sul.  E para abrir este mundial, a dona da casa enfrentou o México no estádio Soccer City, na cidade de Johannesburgo, estádio este que tem a capacidade de 90.000 espectadores. E quando o árbitro Ravshn Irmatov, de Usbequistão, apitou o início da partida, foi dada a grande largada para mais um mundial.

                         O primeiro tempo foi um jogo muito equilibrado, onde o México dominou até aos 20 minutos iniciais, enquanto que os africanos se recuperaram na segunda metade. O único momento de mais emoção foi aos 37 minutos, quando o México marcou um gol, mas foi anulado pelo trio de arbitragem, alegando impedimento. Neste primeiro tempo, tivemos também o primeiro cartão amarelo da Copa, que foi aplicado ao jogador mexicano Efraim Juárez.

                         Veio o segundo tempo e logo a nove minutos, o atacante africano Tsahabalala abriu o marcador para a África do Sul. Portanto, este foi o primeiro gol da Copa. O México só chegou ao empate aos 33 minutos, através de Rafael Marquez. Foi um segundo tempo muito movimentado, bem melhor que o primeiro. E quando faltava somente um minuto para o término da partida, a África do Sul quase que chega ao seu segundo gol, quando chutou uma bola na trave mexicana. Os africanos saíram do estádio contentes com o resultado, pois sua seleção que foi comandada pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, fez uma boa partida, o que animou o povo africano, que durante todo o jogo fizeram muito barulho com as suas famosas Vuvuzelas. Neste jogo tivemos 4 cartões amarelos, sendo dois para cada lado.

Uruguai  0x0  França

                         Fechando a primeira rodada deste grupo A, França e Uruguai fizeram um jogo sem muita emoção. Somente aos 15 minutos do segundo tempo, a França quase abriu o placar através de Gourff, que obrigou o goleiro uruguaio a fazer uma grande defesa numa cobrança de falta muito bem executada. Depois o jogo seguiu muito morno e o resultado não poderia ser outro, que não o zero a zero.

                         Este jogo foi realizado no estádio Green Point (Ponto Verde), na cidade do Cabo, que tem uma capacidade para 70.000 espectadores, mas que neste dia recebeu um público de 64.100 pessoas.  O árbitro da partida foi o japonês Yuichi Nishimura, que aplicou 7 cartões amarelos, sendo 3 para a França e 4 para o Uruguai. Aplicou também um cartão vermelho ao jogador uruguaio Lodeiro, que havia entrado no segundo tempo.

                         Com este empate, o Uruguai completou 40 anos sem vencer numa estréia em Copas do Mundo, a última foi no dia 2 de junho de 1970, quando venceu Israel por 2 a 0, no mundial disputado no México. Esta foi a 13ª participação da França em Copas do Mundo, enquanto que o Uruguai participou pela 10ª vez. Estas duas seleções já se enfrentaram 7 vezes, a França venceu 3, o Uruguai venceu 2 e já tivemos 2 empates.

África do Sul  0x3 Uruguai

                         Este jogo abriu a segunda rodada não só do grupo A, como também de toda a competição. As duas seleções vinham de empates, sendo assim ambos precisavam vencer, caso contrário, ficaria muito difícil a caminhada rumo às oitavas de final.  O jogo foi realizado no Estádio Lottus Versfeld, na cidade de Pretória. Este é o estádio mais antigo de todos que foram utilizados na Copa, foi construído em 1906 e tem capacidade para 50.000 espectadores.

                         O árbitro da partida foi o suíço Mássimo Busacca, o mesmo que apitou a final da Liga dos Campeões da Europa de 2010, na qual a Inter de Milão venceu o Bayer de Munique por 2 a 0. E nesta partida ele deu dois cartões amarelos para os africanos e ainda expulsou seu goleiro. O Uruguai fez uma grande partida e dominou completamente os africanos, que neste dia estavam irreconhecíveis, em relação a sua estréia diante do México.

                        E os uruguaios aproveitaram bem a fraqueza do adversário e logo aos 24 minutos de jogo abriu o placar através de Forlan e assim terminou o primeiro tempo.  Na segunda etapa, os uruguaios continuaram mandando no jogo e aos 30 minutos o goleiro africano Khune cometeu um pênalti e foi expulso. Forlan bateu e fez dois a zero para os uruguaios aos 35 minutos. Já nos acréscimos, Alvaro Pereira fechou o placar fazendo 3 a 0.  Com esta vitória o Uruguai quebrou um jejum de 20 anos sem vencer numa Copa do Mundo, a última vez foi em 1990, quando venceu a Coréia do Sul por 1 a 0.

França  0x2 México

                         A seleção do México surpreendeu e derrotou a França por 2 a 0, no estádio Peter Mokaba, em Polokwane, pela segunda rodada do grupo A. O resultado complicou a situação dos franceses, que corriam o risco de repetir o fiasco do Mundial de 2002, quando foram eliminados logo na primeira fase. Alias, a França costuma fazer uma boa e uma má apresentação em mundiais, pois em 94 fez uma discreta apresentação, em 98 sagrou-se campeã, em 2002 não passou da primeira fase, em 2006 chegou ao vice campeonato e agora em 2010 está fazendo uma apresentação ridícula, pois nos dois jogos que apresentou foi uma decepção total, pois na estréia empatou sem marcar nenhum gol e nesta segunda partida perdeu por 2 a 0 para o México, adversário que já o enfrentou por quatro vezes em Copa do Mundo, sendo que a França venceu duas, empatou uma e perdeu esta. Há 44 anos que não se enfrentavam, a última vez foi no dia 12 de julho de 1966, na Inglaterra, quando ocorreu um empate de 1 a 1.

                        O público pagante deste jogo foi de 35.370 e o árbitro da partida foi Khalil Al Gamdi, da Arábia Saudita, que aplicou 6 cartões amarelos, sendo 2 para a França e 4 para o México. Esta foi a primeira participação deste árbitro em Copas do Mundo e saiu-se muito bem, inclusive na marcação do pênalti que originou o segundo gol do México, o qual foi convertido por Blanco aos 33 minutos do segundo tempo. E foi no segundo tempo também, que o México marcou seu primeiro gol através de Hernandez aos 18 minutos.

México  0x1  Uruguai

                         Este era um jogo em que as duas seleções disputavam a liderança do grupo A, portanto, os jogadores entraram com muita disposição e garra, afinal, quem perdesse já sabia que iria enfrentar a poderosa Argentina, que vinha fazendo uma campanha maravilhosa. O jogo foi disputado palmo a palmo desde o início, somente aos 43 minutos do primeiro tempo, que o Uruguai abriu o placar através do centroavante Suarez, que escorou um cruzamento com a cabeça e fez 1 a 0. O mais interessante neste primeiro tempo, foi que não tivemos nenhum cartão amarelo, o que mostra que o jogo foi muito disputado, mas de uma forma leal.

                         No segundo tempo a briga pela bola continuou na mesma intensidade de antes, mas o tempo foi passando e nada de interessante aconteceu e o jogo terminou com a vitória do Uruguai, que somou 7 pontos e classificou-se em primeiro no seu grupo.  Já o México, mesmo com a derrota e somando 4 pontos juntamente com a África do Sul, classificou-se em segundo lugar, pelo saldo de gols. Este jogo foi realizado no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo e teve como árbitro o húngaro Viktor Kassai, que aplicou três cartões amarelos, sendo dois para o México e um para o Uruguai.

França  1×2  África do Sul

                         Nesta última rodada do grupo A, África do Sul e França fizeram o jogo do desespero, pois ambos ainda sonhavam com uma classificação para as oitavas de final, mas dependiam muito do outro jogo entre México e Uruguai, que estava sendo realizado no mesmo instante. A África do Sul do brasileiro Carlos Alberto Parreira precisava não só da vitória como de saldo de gols, sendo assim, desde o início foi ao ataque e aos 20 minutos de jogo abriu o placar através de Khumalo.  Não satisfeita, continuou atacando em busca do segundo gol, que não demorou muito para surgir.  O atacante Mphela aos 33 minutos ainda do primeiro tempo aumentou para 2 a 0 e assim terminou a etapa inicial, que teve ainda a expulsão do jogador francês, Gourcuff, complicando ainda mais a vida da seleção francesa que fazia uma péssima campanha, sem falar dos inúmeros problemas internos que vivia, tendo inclusive o jogador Anelka, sendo excluído do grupo por ter brigado com o técnico no intervalo do jogo contra o México.

                         Veio o segundo tempo e a África do Sul todinha no ataque, mas de uma forma bem desordenada e com isto a França aproveitou para marcar seu primeiro gol neste mundial, e foi através do atacante Malouda, aos 23 minutos. E este foi o placar, África do Sul 2×1 França.  Com este resultado, as duas seleções estavam desclassificadas. Este jogo foi disputado no Estádio Free State, em Bloemfonteim e teve como árbitro, o colombiano Oscar Ruiz, que teve um trabalho tranqüilo, pois aplicou somente dois cartões amarelos, um para cada lado.

GRUPO  “B”

12-06-2010

Coréia do Sul 2 x 0 Grécia
12-06-2010 Argentina 1 x 0

Nigéria

17-06-2010

Argetina 4 x 1 Coréia do Sul
17-06-2010 Grécia 2 x 1

Nigéria

22-06-2010

Nigéria 2 x 2 Coréia do Sul
22-06-2010 Grécia 0 x 2

Argentina

Coréia do Sul  2×0  Grécia

                         Na abertura deste grupo B, coreanos e gregos não fizeram um bom jogo, onde a Grécia mostrou muita fragilidade, não repetindo sua boa apresentação da Eurocopa de 2004, quando sagrou-se campeã. Enquanto que a Coréia do Sul, vem crescendo no futebol mundial, principalmente depois que foi uma das anfitriãs no mundial de 2002, quando eliminou a Itália e a Espanha. Poderia até aplicar uma goleada sobre a Grécia se aproveitasse melhor as oportunidades que criaram.

                         Com um gol de Jung Soo-Lee aos 6 minutos do primeiro tempo e outro de Park Ji-Sung aos 6 do segundo tempo, a Coréia do Sul venceu por 2 a 0, dando um grande passo para a classificação rumo às oitavas de final. Este jogo foi realizado no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth.  O árbitro da partida foi Michael Hester, da Nova Zelândia, que aplicou somente um cartão amarelo e foi para a seleção grega.

Argentina  1×0  Nigéria

                         Fechando esta primeira rodada do grupo B, Argentina e Nigéria fizeram um jogo muito equilibrado, com ligeiro domínio dos argentinos, mesmo tendo em campo uma de suas maiores estrelas, Lionel Messi, que era o melhor jogador do mundo. Outra atração estava fora das quatro linhas, o seu treinador Diego Maradona. O jogo foi no estádio Ellis Park, em Johannesburgo e o árbitro da partida foi o alemão Wolfgang Stark, que aplicou 2 cartões amarelos, sendo um para cada lado. O único gol da partida foi marcado pelo jogador argentino Heinze, aos 5 minutos do primeiro tempo.

                         Esta foi a terceira vez que a Argentina venceu a Nigéria nos últimos cinco mundiais, mas no mundial de 1994, na Itália, quando a Argentina venceu por 2 a 1, não deixou boas lembranças ao atual técnico Maradona, pois foi no jogo contra os nigerianos, que ele foi flagrado no exame de doping e automaticamente excluído da competição.

Argentina  4×1  Coréia do Sul

                         Mais uma vez a Argentina mostrou que veio para esta Copa com a intenção de levantar o caneco.  Assim como já havia vencido na sua estréia, voltou a campo disposta a mostrar sua autoridade e sua fama de vencedora, e assim foi contra a Coréia do Sul nesta abertura da segunda rodada do grupo B. Este jogo aconteceu no Estádio Soccer City, em Johannesburgo e o árbitro belga, Frank de Bleeckere, não teve muito trabalho, pois aplicou 5 cartões amarelos, sendo 3 para os argentinos e 2 para os coreanos.

                         A Argentina abriu o placar aos 17 minutos de jogo, num gol contra do coreano Park Chu Young. Este foi o segundo gol contra da Copa.  Ainda no primeiro tempo, o atacante argentino Higuain, que por sinal é genro de Maradona, fez 2 a 0. Ao apagar das luzes, o coreano Lee Chung Yong diminuiu o placar. Veio o segundo tempo e a Coréia do Sul toda no ataque, pois aquele gol no finalzinho do primeiro tempo deu novo ânimo à equipe. Mas aos 31 minutos, novamente Higuain fez 3 a 1 e quatro minutos depois o próprio Higuain fechou o placar. Final de jogo, Argentina 4×1 Coréia do Sul.

Grécia  2×1  Nigéria

                         Este jogo fechou a segunda rodada deste grupo. O perdedor sabia que praticamente estava fora da Copa, sendo assim, as duas seleções entraram em campo dispostos a conquistar os primeiros 3 pontos. Este jogo foi disputado no estádio Free State, em Bloemfontein,  cidade das Flores e teve como árbitro o colombiano Oscar Ruiz, que aplicou um cartão amarelo e um vermelho para os jogadores nigerianos, enquanto que para os gregos, ele aplicou dois cartões amarelos.

                         Foi um jogo de muita pegada, pois ninguém queria perder, ou melhor, ninguém podia perder. A Nigéria saiu na frente logo aos 14 minutos de jogo através de Kalu Uche. Ainda no primeiro tempo o jogador Kaita da Nigéria foi expulso, depois de uma entrada violenta. Esta foi a sexta expulsão da Copa. Com dez homens em campo, a Nigéria passou a defender-se, e foi aí que a Grécia cresceu e chegou ao gol de empate aos 42 minutos, através de Salpingidis.  Este gol foi histórico para a Grécia, pois foi seu primeiro gol em Copas do Mundo. No segundo tempo bem que a Nigéria lutou, mas foi a Grécia que marcou o segundo gol, através de Torosidis, aos 26 minutos. Depois foi só desespero por parte dos jogadores nigerianos e a Grécia só administrando o placar. Final de jogo, Grécia 2×1 Nigéria.  Esta foi a primeira vitória da Grécia em Copas do Mundo.

Nigéria  2×2  Coréia do Sul

                         Na última rodada do grupo, a Coréia do Sul passou sufoco para se garantir nas oitavas de final. Os nigerianos abriram o placar aos 12 minutos de jogo através de Uche, mas os coreanos não desanimaram e empataram aos 38 minutos, com um gol de Lee Jung Soo. E logo aos 4 minutos do segundo tempo, a Coréia virou o placar através de Park Chu Yolung. Após conseguir a virada, o time sul-coreano viu a seleção africana empatar aos 24 minutos através do atacante Ayegbeni, que minutos antes havia perdido o gol mais feito de todas as Copas, quando ele estava quase que debaixo da trave, sem goleiro e ele conseguiu chutar para fora.  E assim terminou esta partida com um empate em 2 a 2. Com este resultado a Coréia do Sul ficou em segundo no seu grupo, enquanto que a Nigéria estava eliminada da competição. O jogo foi disputado no Estádio Moses Mabhida, em Durban e o árbitro da partida foi o português Olegário Benquerença, que aplicou 4 cartões amarelos, sendo 3 para a Nigéria e 1 para a Coréia do Sul.

Grécia  0x2  Argentina

                         Fechando esta primeira fase, Argentina e Grécia fizeram um jogo de opostos. De um lado os argentinos já classificados e se dando ao luxo de jogar com apenas 4 titulares. Do outro lado os gregos precisando da vitória para passarem às oitavas de final. O jogo foi realizado no Estádio Peter Mokaba, em Polokwane e o árbitro da partida foi o Sr. Ravshn Irmatov, de Usbequistão, o mesmo que apitou o jogo de abertura entre África do Sul x México.

                         O primeiro tempo foi um jogo muito fraco, mesmo com a Grécia precisando da vitória, não teve forças para chegar ao gol argentino. Veio o segundo tempo e os gregos continuavam apáticos em campo, sendo assim, os argentinos foram ao ataque e aos 32 minutos, Demichelis abriu o placar e já no finalzinho do jogo, aos 44 minutos, ampliou o placar através de Palermo e assim terminou a partida com a vitória da Argentina de 2 a 0 sobre a Grécia. Com esta vitória a Argentina se classificou em primeiro do seu grupo. Disciplinarmente foi um jogo bem tranqüilo, tanto é que tivemos somente dois cartões amarelos, um para cada lado.

GRUPO  “C”

12-06-2010

Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos
13-06-2010 Argélia 0 x 1

Eslovênia

18-06-2010

Eslovênia 2 x 2 Estados Unidos
18-06-2010 Inglaterra 0 x 0

Argélia

23-06-2010

Eslovênia 0 x 1 Inglaterra
23-06-2010 Estados Unidos 1 x 0

Argélia

 Inglaterra  1×1  Estados Unidos

                         A história deste confronto começou há 60 anos atrás, na cidade de Belo Horizonte, Brasil, quando ingleses e americanos se enfrentaram no mundial de 1950. Os ingleses considerados inventores do futebol, sofreram a primeira decepção em Copas do Mundo ao perderem para os Estados Unidos por 1 a 0. Além de ter ficado marcado na história do futebol mundial, o feito rendeu até um filme “Duelo de Campeões”, lançado em 2005 e estrelado por Gerard Butler. Sessenta anos depois voltaram a se enfrentar no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, que tem capacidade para 45.000 espectadores. O árbitro da partida foi o brasileiro Carlos Eugênio Simon, que teve como bandeirinhas, Roberto Bratz e Altemir Haustmann. Foram aplicados 6 cartões amarelos, sendo 3 para cada seleção.

                         Foi um jogo muito equilibrado, mas logo aos 4 minutos de jogo o capitão da seleção inglesa, o camisa 4 Gerrard abriu o placar. A seleção americana não se abateu e foi atrás do empate que chegou aos 40 minutos ainda do primeiro tempo através do camisa 8, Dempsey, num frango histórico do goleiro Green, da Inglaterra. Veio o segundo tempo e nada foi mudado, com as duas defesas trabalhando muito bem e os ataques pouco produzindo. Este foi o décimo encontro entre ingleses e americanos, sendo que a Inglaterra venceu 7, os Estados Unidos venceu 2 e tivemos 1 empate, que foi neste jogo.

Argélia  0x1  Eslovênia

                         Fechando a primeira rodada do grupo C, Eslovênia e Argélia fizeram um jogo muito fraco, onde pouquíssimas oportunidades de gol foram criadas. O jogo foi no estádio Peter Mokaba, em Polokwane. O árbitro guatemalteco, Carlos Batres, aplicou dois cartões amarelos e um cartão vermelho, todos para a seleção da Argélia. A Eslovênia abriu o placar aos 33 minutos do segundo tempo, através do jogador Koren, no segundo frango da Copa.  E o placar terminou apontando a vitória da Eslovênia por 1 a 0.

Eslovênia  2×2  Estados Unidos

                         Este jogo foi disputado no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo, que tem uma capacidade de 62.000 lugares, e teve como árbitro, Koman Coulibaly, de Mali. A Eslovênia começou bem a competição vencendo a Argélia por 1 a 0, enquanto que os Estados Unidos começou empatando com a Inglaterra em 1 a 1, num frangasso do goleiro inglês.

                         Aos 12 minutos de jogo, a Eslovênia abriu o placar através de Birsa. Este foi o 40º gol da Copa 2010.  Os Estados Unidos partiram para o ataque, mas os eslovenos souberam se defender e só saiam no contra ataque. E foi num desses contra ataques que chegaram ao segundo gol aos 41 minutos, através de Ljubijankic. Veio o segundo tempo e os Estados Unidos partiram com tudo, pois a derrota praticamente o tiraria da competição. E logo a 3 minutos, Donovan diminuiu o placar.  A Eslovênia que só se defendia, não suportou a pressão americana e aos 36 minutos Bradley, que é filho do técnico, empatou a partida.

                         Percebendo a fragilidade da Eslovênia, os americanos aumentaram a pressão e aos 40 minutos fez o terceiro gol, mas o assistente anulou levantando a bandeira. Os americanos foram a loucura, pois o gol foi legítimo, não houve nenhum impedimento. Mas de nada adiantaram as reclamações e o jogo terminou empatado em 2 a 2. O árbitro aplicou 5 cartões amarelos, sendo 4 para a Eslovênia e 1 para os Estados Unidos. Com estes resultados da segunda rodada, ficou tudo para a última rodada para sabermos quem seriam os classificados.

Inglaterra  0x0  Argélia

                         Teoricamente, o jogo contra a Argélia seria o de menor preocupação para a Inglaterra na primeira fase da Copa, mas a equipe do técnico Fábio Capello ligou o sinal de alerta após o empate por 1 a 1 com os Estados Unidos na estréia. Por isso, encarou a partida contra a Argélia como uma decisão. Este jogo aconteceu no Estádio Green Point, na cidade do Cabo e teve como árbitro o Sr. Ravshan Irmatov, de Usbequistão, o mesmo que apitou o jogo de abertura do mundial. Ele não teve muito trabalho, mesmo porque o jogo foi tão morno que nem violência tivemos nesta partida, sendo assim, foram aplicados somente dois cartões amarelos, sendo um para cada lado.

                        O técnico da Inglaterra, o italiano Fábio Capello não teve muitos motivos para comemorar seus 64 anos que completava neste dia, pois sua seleção jogou muito mal, não criando nenhum perigo à meta argelina. Aliás, o resultado de 0 a 0 diz bem o que foi o jogo. As duas seleções entraram com goleiros diferentes daqueles que jogaram a primeira rodada e o motivo foi bem simples, os dois haviam tomados dois frangos que entraram para a história daquele mundial. O goleiro inglês que jogou esta partida foi David James, o mais velho da Copa, pois dia 1 de agosto de 2010 iria completar 40 anos de idade.

Eslovênia  0x1  Inglaterra

                         Fechando a primeira fase, a Inglaterra que era apontada como uma das favoritas ao título se livrou de um vexame e se classificou para as oitavas de final ao derrotar a Eslovênia por 1 a 0, gol de Jermain Defoe aos 21 minutos do primeiro tempo. Esta partida foi disputada no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. No momento em que o árbitro apitou o final da partida, mesmo com a derrota a Eslovênia estava classificada, no entanto, naquele exato momento os Estados Unidos marcou seu gol da vitória no jogo contra a Argélia e dessa maneira os eslovenos estavam desclassificados. Com esta notícia, os jogadores da Eslovênia saíram de campo chorando.

                      Assim como a França, o clima dentro da seleção inglesa não era muito bom, inclusive com uma forte discussão entre o técnico Fábio Capello e seu zagueiro John Terry. Mas com esta vitória a Inglaterra garantiu o segundo lugar no grupo e também sua presença na outra fase. O árbitro da partida foi o alemão Wolfgang Stark, que aplicou 3 cartões amarelos, sendo 1 para os ingleses e 2 para os eslovenos. Esta foi a 13ª participação da Inglaterra em Copas do Mundo. A primeira aconteceu somente em 1950, na Copa disputada no Brasil, quando ela estreou vencendo o Chile por 2 a 0 no dia 25 de junho. Mas na sua segunda partida, perdeu para os Estados Unidos por 1 a 0, sendo considerada uma das maiores zebras do futebol mundial.

Estados Unidos  1×0  Argélia

                         Fechando a rodada deste grupo, enquanto Argélia enfrentava os Estados Unidos, no mesmo instante jogavam Inglaterra e Eslovênia, por isso foi um jogo de muita tensão, pois um gol que saísse num dos jogos, mudava completamente a classificação. 

                         Foi um jogo de muitas emoções, pois as duas seleções precisavam da vitória. O primeiro tempo terminou sem abertura do placar, embora as duas seleções criassem muitas oportunidades de gol.  Veio o segundo tempo e o ritmo continuou o mesmo da primeira etapa. Enquanto eles jogavam, estavam de olho nas informações que vinham do outro jogo entre Inglaterra e Eslovênia. E assim foi até os 46 minutos, quando Donovan conseguiu marcar o gol da vitória americana, o gol que deu o primeiro lugar no grupo. Logo após o gol americano, o jogador Yahia da Argélia foi expulso por reclamação.

                        Este gol americano aos apagar das luzes, foi comemorado com lágrimas no rosto por seus jogadores, pois foi uma vitória suada e muito sofrida. Este jogo aconteceu no Estádio Lottus Versfeld, em Pretória e o árbitro da partida foi o belga Frank de Bleeckere, que aplicou 4 cartões amarelos, sendo dois para cada lado.

GRUPO  “D”

13-06-2010

Sérvia 0 x 1 Gana
13-06-2010 Alemanha 4 x 0

Autrália

18-06-2010

Alemanha 0 x 1 Sérvia
19-06-2010 Gana 1 x 1

Austrália

23-06-2010

Gana 0 x 1 Alemanha
23-06-2010 Austrália 2 x 1

Sérvia

Sérvia  0x1 Gana

                         Este confronto abriu a primeira rodada do grupo D. O jogo foi no estádio Loftus Versfeld, em Pretória, que teve a arbitragem do argentino Hector Baldassi, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para a seleção de Gana e 3 para a seleção da Sérvia. Aplicou também um cartão vermelho para um jogador da Sérvia. A seleção da Servia que antes ostentava o nome de Iugoslávia, veio para este mundial com a intenção de apagar a má impressão do mundial de 2006, quando chamava-se Sérvia Montenegro e ficou em último lugar, com três derrotas e 10 gols sofridos em 3 partidas que disputou. Seu principal jogador foi o jogador Stankovic, que atuava na Inter de Milão.

                         Foi um dos jogos mais fraco da Copa, onde os dois ataques não deram trabalho aos goleiros. Somente aos 40 minutos do segundo tempo, através de um pênalti bem marcado, foi que o placar foi alterado e foi através do jogador Gyan da seleção de Gana. E foi este o placar final.

Alemanha  4×0  Austrália

                         Este jogo completou a primeira rodada do grupo D. O jogo foi no estádio Moses Mabhida, na cidade de Durban, que tem uma capacidade para 69.957 espectadores. Esta foi a terceira Copa que a Austrália participou, a primeira foi em 1974, na Alemanha, a segunda foi em 2006, também na Alemanha e voltou nesta de 2010, justamente fazendo sua estréia contra a Alemanha. A Alemanha por sua vez, nesta Copa estava completando sua 18ª participação, sendo que já chegou a 7 finais, conquistou 3 títulos (54, 74 e 90) e já havia marcado até antes de começar este mundial, 190 gols em Copas.

                         Neste jogo contra a Austrália, os alemães mostraram um futebol espetacular, que encantou a todos. Foi uma Alemanha bem diferente das outras Copas. Tanto é, que goleou a Austrália por 4 a 0.  O primeiro gol saiu logo aos 8 minutos de jogo através de Podolski. O segundo gol também foi no primeiro tempo através de Klose, aos 26 minutos.  Na segunda etapa, aos 21 minutos Müller fez o terceiro e dois minutos depois, Cacau fechou o placar. Vale lembrar que este jogador Cacau é brasileiro naturalizado alemão. Seu nome é Claudemir Barreto e nasceu na cidade de Santo André – SP.

                          O árbitro mexicano Marco Rodriguez não teve muito trabalho, mesmo assim aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para a Alemanha e 3 para a Austrália. Também aplicou um cartão vermelho ao jogador Cahill da Austrália, aliás este foi o primeiro cartão vermelho da Copa sem antes ter aplicado o amarelo.

Alemanha  0x1  Sérvia

                         Depois de uma estréia maravilhosa onde a Alemanha goleou a Austrália por 4 a 0, os alemães voltaram a campo para enfrentar a Sérvia, que ao contrário havia perdido na sua primeira participação para Gana por 1 a 0, sendo assim, todos davam como certa outra vitória alemã. Mas não foi isto que aconteceu, logo no começo do jogo o árbitro espanhol Alberto Undiano Mallenco, aplicou vários cartões amarelos aos jogadores alemães e ainda aos 32 minutos do primeiro tempo, o atacante Klose recebeu o segundo cartão amarelo e com isto estava fora da partida.

                         E para piorar a situação, seis minutos depois a Sérvia abriu o placar através de Jovanovic. Mesmo com dez homens em campo a Alemanha continuou atacando e aos 45 minutos chutou uma bola no travessão do goleiro sérvio. Veio o segundo tempo e o jogo continuou da mesma forma, ou seja, a Alemanha atacando mas não sabendo traduzir em gol. Aos 14 minutos, a zaga sérvia cometeu a mesma infantilidade da primeira partida, ou seja, fez um pênalti ao colocar a mão na bola. Mas para desespero dos alemães, o atacante Podolski chutou e o goleiro Stojkovic defendeu. Este foi o primeiro pênalti desperdiçado da Copa.

                        Com a Sérvia se defendendo até o fim, o placar não foi alterado e terminou para surpresa de muitos com a derrota da seleção alemã, que participava pela 17ª Copa do Mundo, ficando de fora somente das Copas de 1930, disputada no Uruguai e a de 1950, disputada no Brasil. Com este jogo a Alemanha obteve sua 19ª derrota em Copas do Mundo. Este jogo foi realizado no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Não foi um jogo violento, mas o árbitro espanhol, que participava de sua primeira Copa, aplicou 9 cartões amarelos, sendo 4 para os alemães e 5 para os sérvios e também um cartão vermelho.

Gana  1×1  Austrália

                         Gana foi a primeira seleção africana a vencer na estréia da primeira Copa disputada no continente. Por isso entrou em campo em busca de mais uma vitória, a qual a deixaria numa situação privilegiada dentro da competição. Por outro lado, à Austrália só interessava a vitória, uma vez que começou mal na competição, sofrendo uma goleada diante dos alemães. Este jogo aconteceu no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo e o árbitro da partida foi o italiano Roberto Rosseti, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 4 para Gana e 1 para a Austrália.

                         O jogo foi muito disputado, pois as duas seleções entraram em campo com um só objetivo, a vitória.  E foi logo aos 11 minutos de jogo que os australianos, através de Holman abriu o placar. Gana não se intimidou e foi em busca do empate, o que aconteceu aos 25 minutos, depois do jogador australiano Kewell salvar um gol em cima da linha com o braço.  Com isto o juiz marcou o pênalti e ainda expulsou o jogador.  Coube ao atacante Gyan fazer a cobrança e empatar a partida para Gana. No segundo tempo, a Austrália teve algumas oportunidades para chegar a vitória, mas não soube aproveitar, e assim o jogo terminou empatado em 1 a 1. O fato triste do jogo foi o jogador John Pantsil, de Gana, que ao subir para cabecear a bola, chocou-se com seu próprio companheiro e acabou fraturando o nariz. Este lance aconteceu já nos acréscimos do segundo tempo.

Gana  0x1  Alemanha

                         Este jogo aconteceu no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, um estádio que foi construído em  1987 e foi reformado para este mundial. O árbitro da partida foi o brasileiro Carlos Eugênio Simon, que foi auxiliado pelos também brasileiros, Roberto Bratz e Altemir Haustmann.  Foi uma arbitragem tranqüila, onde foram aplicados somente dois cartões amarelos, um para cada lado.

                        Foi um jogo em que as atenções também estavam voltadas para a outra partida do grupo entre Sérvia x Austrália, pois dependendo do resultado, tudo iria mudar na classificação. Sendo assim, a Alemanha tratou de ir logo ao ataque, mas como Gana também não estava com sua classificação garantida, também se lançou ao ataque. Mas o primeiro tempo terminou no mesmo jeito que começou, ou seja, zero a zero. No segundo tempo, os alemães foram mais ousados e logo aos 15 minutos, Ozil fez o gol alemão. Gol que deu a vitória à Alemanha e como no outro jogo a Austrália havia vencido, a Alemanha ficou em primeiro no seu grupo, enquanto que Gana ficou em segundo com a derrota da Sérvia.

Austrália  2×1  Sérvia

                         Este jogo foi realizado no Estádio Mbombela, na cidade de Nelspruit, que é a menor cidade em que foram disputados os jogos da Copa. Para a Austrália, a classificação estava praticamente impossível, mesmo assim entrou em campo com muita disposição. Mas somente aos 22 minutos do segundo tempo que ela abriu o placar através de Cahill. Cinco minutos depois ampliou o marcador através de Holman. A Sérvia que precisava e muito de uma vitória, só conseguiu marcar seu gol de honra aos 37 minutos através de Pantelic. Com este resultado, as duas seleções estavam eliminadas da competição. O árbitro da partida foi o uruguaio Jorge Larrionda, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para a Sérvia e 3 para a Austrália.

GRUPO  “E”

14-06-2010

Holanda 2 x 0 Dinamarca
14-06-2010 Japão 1 x 0

Camarões

19-06-2010

Holanda 1 x 0 Japão
19-06-2010 Camarões 1 x 2

Dinamarca

24-06-2010

Dinamarca 1 x 3 Japão
24-06-2010 Camarões 1 x 2

Holanda

Holanda  2×0  Dinamarca

                         Este jogo marcou a abertura da primeira rodada do grupo E. Era um jogo muito aguardado por todos, pois as duas seleções fizeram uma excelente eliminatória e sempre proporcionaram grandes espetáculos nos mundiais que participaram, a Holanda por exemplo, entrou na competição com uma invencibilidade de mais de um ano e meio sem conhecer uma derrota. O jogo começou bem equilibrado, mas no decorrer da partida a Holanda foi tomando conta do jogo e a Dinamarca não soube como reverter a situação. O primeiro tempo terminou com o placar em branco, embora a Holanda tivesse boas oportunidades de abrir o placar. Mas logo a 1 minuto da segunda etapa, a Holanda abriu o placar com um gol contra do zagueiro Poulsen. Os dinamarqueses não tiveram forças para reagir e a Holanda dominou até o fim. Ainda aos 39 minutos, o atacante Kuyt ampliou para a Holanda, fechando assim o placar em 2 a 0.

                         Este jogo foi realizado no estádio Soccer City, da cidade de Johannesburgo e o árbitro da partida foi o francês Stephane Lannoy, que teve uma excelente arbitragem, onde mostrou somente três cartões amarelos, sendo dois para a Holanda e um para a Dinamarca.

Japão  1×0  Camarões

                         Este jogo foi disputado no estádio Free State, em Bloemfontein,  cidade das Flores e foi ele que fechou a primeira rodada do grupo E. Foi um jogo muito interessante pois as duas seleções lutaram do começo ao fim, mas os japoneses tiveram um melhor desempenho e souberam conquistar os três primeiros pontos ao derrotar os camaroneses por 1 a 0, gol de Honda aos 39 minutos do primeiro tempo. Foi um jogo de muitas faltas, ao todo 47, mas o árbitro português, Olegário Benquerença, aplicou somente dois cartões amarelos, sendo um para cada lado.

Holanda  1×0  Japão

                         Este era um jogo muito aguardado na segunda rodada do grupo, pois as duas seleções haviam vencido em suas estreias. Portanto, os dois sabiam que uma vitória seria muito importante, pois daria um grande passo para as oitavas de final. O jogo foi realizado no Estádio Moses Mabhida, em Durban e teve como árbitro o argentino Hector Baldassi, que não teve nenhum trabalho, principalmente na parte disciplinar, tanto é, que aplicou somente um cartão amarelo e foi para a Holanda.

                        O primeiro tempo foi um jogo muito equilibrado, pois ninguém queria se expor, com medo de tomar um contra ataque, sendo assim, o placar foi o mesmo que começou.  Veio o segundo tempo e logo aos 8 minutos de jogo o jogador holandês Sneijder chutou forte e o goleiro japonês foi enganado pela curva que a bola fez e assim a Holanda abriu o placar. Depois disso o Japão foi mais para o ataque proporcionando vários contra ataques da Holanda, que não chegaram a transformar em gol devido a boa intervenção do goleiro japonês. Esta foi a 4ª Copa que o Japão participou e este foi seu jogo de nº 12.

Camarões  1×2  Dinamarca

                         As duas seleções entraram em campo sabendo que somente a vitória interessava, pois com uma derrota estaria carimbando o passaporte de retorno ao seu país.  E assim as duas seleções jogaram o tempo todo no ataque, e com isto foi um jogo aberto, onde apareceram inúmeras oportunidades de gol. O jogo foi disputado no Estádio Lottus Versfeld, em Pretória e o árbitro do jogo foi o uruguaio Jorge Larrionda, que estava apitando sua segunda partida nesta Copa. Não teve trabalho algum, pois foi um jogo bem disputado e não tivemos qualquer tipo de violência. Foram aplicados somente 3 cartões amarelos, sendo dois para Camarões e um para a Dinamarca. Logo aos 10 minutos de jogo, o camaronês Eto´o abriu o placar e fez muita festa, pois sabia muito bem a importância de uma vitória. A Dinamarca precisando virar o placar, partiu toda para o ataque e aos 32 minutos ainda do primeiro tempo, o jogador Bendtner aproveitou uma oportunidade e empatou a partida. Final do primeiro tempo.

Veio então a segunda etapa e as duas seleções novamente no ataque, proporcionando um belíssimo espetáculo ao público presente no estádio. E de tanto atacar, a Dinamarca chegou ao seu segundo gol através de Rommedahl aos 15  minutos.  Daí por diante, o que se viu foi um verdadeiro bombardeio por parte dos camaroneses, que não se conformavam com a derrota. Mas os dinamarqueses souberam segurar o placar e o jogo terminou com a vitória de Dinamarca por 2 a 1. Com esta derrota, Camarões foi a primeira seleção que estava matematicamente eliminada da Copa. Por outro lado, com este resultado a Holanda era a primeira seleção matematicamente classificada para as oitavas de final.

Dinamarca  1×3  Japão

                         Os japoneses entraram em campo dispostos a garantir o segundo lugar no grupo e não teve muito trabalho para conseguir isto.  Logo aos 17 minutos de jogo, o atacante Honda abriu o placar cobrando uma falta.  E foi numa cobrança de falta também, que os japoneses chegaram ao segundo gol e isto aconteceu aos 30 minutos através do jogador Endo. Veio o segundo tempo e o Japão passou a administrar o marcador, mas os dinamarqueses fizeram seu gol de honra através de Tomasson, cobrando penalidade máxima aos 36 minutos.  Mas o Japão ainda marcou mais um aos 42 minutos com o jogador Okazaki, depois de uma linda jogada de Honda.

                         Com esta vitória de 3 a 1, o Japão ficou em segundo lugar no grupo. Este jogo aconteceu no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo e o árbitro da partida foi Jerome Damon, da África do Sul, que aplicou 4 cartões amarelos, sendo 1 para o Japão e 3 para a Dinamarca.

Camarões  1×2  Holanda

                         A Holanda fechou sua participação na primeira fase, com 100% de aproveitamento ao vencer Camarões na última rodada. Este jogo aconteceu no Estádio Green Point, na cidade do Cabo e teve como árbitro o chileno Pablo Pozo que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para os camaroneses e 3 para os holandeses. A Holanda mostrando sua força e abriu o placar aos 36 minutos do primeiro tempo através do atacante Van Persie.  Nas segunda etapa Camarões chegou ao empate aos 20 minutos com um gol de Samuel Eto´o.  Mas a Holanda não se abalou e fez seu segundo gol através de Huntelaar aos 38 minutos, dando assim, números finais ao jogo. Com esta vitória a Holanda ficou em primeiro lugar no grupo, vencendo os três jogos que disputou. Em compensação, Camarões não venceu nenhuma das três partidas que disputou.

GRUPO  “F”

14-06-2010

Itália 1 x 1 Paraguai
15-06-2010 Nova Zelandia 1 x 1

Eslováquia

20-06-2010

Eslováquia 0 x 2 Paraguai
20-06-2010 Itália 1 x 1

Nova Zelandia

24-06-2010

Eslováquia 3 x 2 Itália
24-06-2010 Paraguai 0 x 0

Nova Zelandia

Itália  1×1  Paraguai

                         A campeã da última Copa estava novamente em campo, desta vez para disputar sua 17ª Copa do Mundo e seu adversário foi o Paraguai, uma seleção que fez uma brilhante eliminatória, tendo inclusive vencido o Brasil e a Argentina. Este jogo aconteceu no estádio Green Point, na cidade do Cabo, que tem uma capacidade de 66.000 lugares, e é considerado um dos estádios mais bonito do mundo. Esta foi a terceira vez que Itália e Paraguai se enfrentaram, a primeira foi na Copa de 50, realizada no Brasil e o jogo foi no Estádio Municipal do Pacaembu, onde os italianos venceram por 2 a 0.

                         Mas agora em 2010 as coisas mudaram, a seleção paraguaia evoluiu muito e não se intimidou diante dos italianos e aos 38 minutos do primeiro tempo abriram o placar através de Alcaraz e assim terminou a primeira etapa. Veio o segundo tempo e a Itália encontrando muita dificuldade em chegar ao gol paraguaio. Somente aos 18 minutos, através de Derossi, foi que conseguiu empatar a partida e este foi o placar final.  O jogo foi realizado debaixo de muita chuva, muito vento e muito frio, com a temperatura chegando a 8 graus. O árbitro da partida foi o mexicano Benito Archundia, que aplicou somente dois cartões amarelos, sendo um para cada lado. Este árbitro os torcedores são-paulinos lembram muito bem, pois foi ele que apitou a partida em que o Tricolor sagrou-se Campeão Mundial em 2005.

Nova Zelândia  1×1  Eslováquia

                         As duas seleções entraram em campo para provarem que poderiam ao menos dar trabalho em que pese a falta de experiência em Copas do Mundo. A Eslováquia herda parte do legado da antiga Checoslováquia, duas vezes vice-campeã mundial, mas disputou na África do Sul a sua primeira Copa como nação independente. Já a Nova Zelândia volta a disputar a maior competição do futebol depois de 28 anos. Sua primeira e única participação foi na Copa de 1982, na Espanha. Este jogo aconteceu no Estádio Bafokeng, na cidade de Rustemburgo, que tem uma capacidade para 46.000 pessoas, e foi comandado pelo árbitro Sul Africano, Jerome Damon, que aplicou somente um cartão amarelo e foi para a Nova Zelândia.  Foi um jogo de pouquíssimas emoções, onde o público saiu do estádio bem decepcionado pelo que viram.

                          A Eslováquia abriu o placar aos 5 minutos do segundo tempo, através do atacante Vittek.  Depois a partida transcorreu na mesma lentidão da primeira etapa. Quando todos achavam que aquele seria o placar final, já nos acréscimos, a Nova Zelândia marcou o gol de empate aos 47 minutos, através do jogador Reide.

Eslováquia  0x2  Paraguai

                         Na primeira rodada deste grupo só tivemos empates, sendo assim, as duas seleções entraram em campo em busca da primeira vitória para poder ficar melhor na tábua de classificação. Mesmo assim, não foi um jogo de muitas emoções, parecia até que o empate estava agradando as duas equipes. Mas o Paraguai vendo a fragilidade de seu adversário, partiu para o ataque com mais velocidade e chegou ao primeiro gol aos 27 minutos do primeiro tempo, através de Vera.  E assim terminou a primeira etapa.

                         Veio o segundo tempo e a Eslováquia na mesma passividade da primeira etapa, sendo assim, o Paraguai resolveu atacar, mas isto no final do jogo, pois somente aos 41 minutos que chegou ao segundo gol através de Riveros. Com este resultado o Paraguai deu um grande passo para sua classificação para as oitavas de final. Este jogo aconteceu no Estádio Free State, em Bloemfontein e o árbitro da partida foi Eddy Maillet, das Ilhas Seychelles, que aplicou 4 cartões amarelos, sendo 1 para o Paraguai e 3 para a Eslováquia.

Itália  1×1  Nova Zelândia

                         Quando Itália e Nova Zelândia entraram em campo, já sabiam do resultado do jogo entre Paraguai e Eslováquia, por isso, sabiam que uma vitória seria muito importante naquele momento.  E com este pensamento, os italianos partiram logo para o ataque, mas não contavam com uma triste surpresa de levarem um gol logo aos 7 minutos de jogo, através do atacante Smeltz. Mas isto não foi motivo para os italianos desanimarem e deixarem de atacar, pois sua equipe era muito superior a do seu adversário.

                         E de tanto atacar, aos 28 minutos ainda do primeiro tempo, veio um pênalti a favor da Itália, que o centroavante Iaquinta bateu e converteu, empatando assim a partida. Final de primeiro tempo 1 a 1. Começou o segundo tempo e a Itália foi todinha ao ataque, enquanto que a Nova Zelândia só preocupava em se defender. E foi assim até o final do jogo, um verdadeiro massacre italiano, mas que não teve a capacidade de transformar em gol.

                          A Itália teve 22 finalizações contra apenas 3 da Nova Zelandia. A Itália teve 15 escanteios a seu favor, enquanto que a Nova Zelândia não teve nenhum, enfim, estes números mostram bem o que foi o jogo que terminou empatado para desespero dos italianos, que estavam disputando sua 17ª Copa. Este jogo foi realizado no Estádio Mbombela, na cidade de Nelspruit, que tem capacidade para 45.000 pessoas e que foi construído especialmente para este mundial.  O árbitro da partida foi Carlos Batres, da Guatemala, que aplicou apenas 3 cartões amarelos, todos para a Nova Zelândia. Este foi o segundo jogo que este árbitro apitou, o primeiro foi no jogo entre Argélia e Eslovênia.

Eslováquia  3×2  Itália

                         Sem dúvida alguma, foi um dos jogos mais emocionantes desta Copa. O jogo aconteceu no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo e teve como árbitro o inglês Howard Webb, que aplicou 8 cartões amarelos, sendo quatro para cada lado. As duas seleções precisavam da vitória, aquela que perdesse estava eliminada da competição, sendo assim, as duas equipes entraram em campo dispostas a tudo. Esta foi a 80ª partida da Itália em Copas do Mundo. Para desespero dos italianos, a Eslováquia abriu o placar aos 25 minutos de jogo através do atacante Vittek e assim terminou a primeira etapa. Veio então o segundo tempo e ai começou o drama italiano, pois aos 28 minutos o mesmo Vittek ampliou o placar.

                         A Itália precisava somente de um empate para prosseguir na competição e aos 37 minutos marcou através de Di Natale. Suas esperanças se renovaram, afinal, faltava apenas um gol.  Mas para tristeza e desespero da colônia italiana, a Eslováquia aos 44 minutos, marcou seu terceiro gol através de Kopunek, um jogador que acabara de entrar e seu primeiro toque na bola foi para fazer este gol.  Quando todos já davam a partida como liquidada, o italiano Quagliarela marcou o segundo gol aos 47 minutos.  O jogo iria até os 49, e os italianos na esperança de mais um gol, mas isto não aconteceu e a Itália, a campeã da última Copa estava eliminada ainda na primeira fase.  Enquanto isso, os eslovacos faziam uma grande festa, pois tinham conseguido o segundo lugar no grupo e iriam disputar as oitavas de final.

Paraguai  0x0  Nova Zelândia

                         Fechando as participações neste grupo, Paraguai e Nova Zelândia fizeram um jogo morno, sem nenhuma emoção ao público presente no Estádio Peter Mokaba, em Polokwane. O árbitro da partida foi o japonês Yuichi Nishimura, que aplicou 3 cartões amarelos, sendo 2 para o Paraguai e 1 para a Nova Zelândia.  Com este resultado o Paraguai se classificou em primeiro lugar.

GRUPO  “G”

15-06-2010

Costa do Marfim 0 x 0 Portugal
15-06-2010 Brasil 2 x 1

Coréia do Norte

20-06-2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim
21-06-2010 Portugal 7 x 0

Coréia do Norte

25-06-2010

Portugal 0 x 0 Brasil
25-06-2010 Coréia do Norte 0 x 3

Costa do Marfim

 Costa do Marfim  0x0  Portugal

                         Este grupo G era apontado como o mais equilibrado da Copa. Neste confronto entre Portugal e Costa do Marfim, ambos sabiam que o perdedor dificilmente teria chances de se classificar para as oitavas de final, já que ainda teriam que enfrentar o Brasil.  Portugal tinha o jogador mais caro do mundo, Cristiano Ronaldo, mas que no entanto enfrentava um jejum, não marcava há 16 jogos pela seleção portuguesa. Já por outro lado, a Costa do Marfim também possuía um jogador que seu pais confiava e muito, era o atacante Didier Drogba, que se recuperava de uma cirurgia no braço, devido a uma fratura num amistoso contra o Japão, há menos de duas semanas do início do mundial.

                         A seleção da Costa do Marfim era comandada pelo experiente técnico sueco, Sven Goran-Eriksson, que assumiu o cargo apenas no começo de abril, ou seja, dois meses antes do mundial. Mas ele contava com grandes jogadores, como Kalou (Chelsea), Eboué (Arsenal), Yaya Touré (Manchester City), além é claro, de Drogba (Real Madrid). O jogo foi no estádio Nelson Mandela Bay, na cidade de Port Elizabeth e teve como árbitro o uruguaio Jorge Larrionda, que aplicou 3 cartões amarelos, sendo dois para a Costa do Marfim, e um para Portugal, justamente para seu maior ídolo, Cristiano Ronaldo.

                         Esta era a 5ª participação de Portugal em Copas do Mundo e esta era a primeira vez que participava por três vezes consecutivas, ou seja, participou em 66, 86, 2002, 2006 e 2010.  Sua estréia neste mundial não foi das melhores, apresentou um futebol de baixa qualidade e não saiu do 0 a 0 contra os africanos.

Brasil  2×1  Coréia do Norte

                         A seleção brasileira entrava em campo para disputar sua 19ª Copa do mundo, aliás, o Brasil participou de todas as edições. Neste ano de 2010 a seleção canarinho vinha confiante, afinal, classificou-se para o mundial com três rodadas de antecedência durante as eliminatórias realizadas na América do Sul. O Brasil estava no grupo G, e fez sua estréia contra a Coréia do Norte. O jogo foi realizado no estádio Ellis Park, na cidade de Johannesburgo, que recebeu neste dia um público de 54.331 pagantes.

                         A temperatura era de 8 graus e o Brasil neste dia jogou com a seguinte formação; Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Felipe Melo (Ramires), Gilberto Silva, Elano (Daniel Alves) e Kaka (Nilmar); Robinho e Luis Fabiano.  O árbitro da partida foi o húngaro Viktor Kassai, que durante a partida aplicou somente um cartão amarelo, que foi para o brasileiro Ramires.

                         O primeiro tempo foi muito complicado para o Brasil, pois a Coréia jogou o tempo inteiro retrancada com 10 jogadores, ficando somente o centroavante lá na frente, e com isto o placar permaneceu em branco.  Veio o segundo tempo e a tática dos coreanos era a mesma. Mas, aos 10 minutos, depois de um lançamento primoroso de Elano, o lateral direito Maicon foi na linha de fundo e quando o goleiro pensou que ele fosse cruzar, ele chutou meio sem ângulo, mas a bola entrou, era 1 a 0 para o Brasil. 

                         Aos 27 minutos foi Robinho que enfiou uma bola na medida para Elano desviar do goleiro e fazer 2 a 0.  Somente aos 43 minutos que a Coréia do Norte chegou com perigo ao gol brasileiro e fez seu gol de honra através de Ji Yun Nam. Placar final, Brasil 2×1 Coréia do Norte.

Brasil  3×1  Costa do Marfim

                         Depois da sofrida vitória sobre a Coréia do Norte na estréia da Copa, a seleção brasileira voltou a jogar enfrentando a Costa do Marfim no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, sabendo que uma vitória lhe daria a classificação antecipada. O jogo começou com a Costa do Marfim tendo total domínio, mas aos poucos o Brasil foi tomando conta da situação e aos 24 minutos do primeiro tempo, Luis Fabiano abriu o placar para alegria do povo brasileiro e em especial para ele, pois estava sendo pressionado pela falta de gols, afinal, não marcava desde setembro de 2009.  E o primeiro tempo terminou.

                         Veio o segundo tempo e logo aos 5 minutos, novamente Luis Fabiano, numa linda jogada, que teve até a ajuda do braço, mas o juiz não viu e o placar apontava 2 a 0.  Não demorou muito, aos 17 minutos veio o terceiro gol brasileiro, através de Elano. A partir daí, os jogadores da Costa do Marfim passaram a usar a violência para conter os jogadores brasileiros, e uma das vítimas foi Elano, que recebeu uma entrada violentíssima e precisou deixar o campo. Depois ficou constatado que Elano estava fora dos demais jogos do Brasil.  Aos 33 minutos o atacante Drogba diminuiu o placar marcando de cabeça o gol de honra. Depois o Brasil foi só administrando o jogo até seu final.  Aos 41 minutos, depois de uma confusão, Kaka foi expulso.

                       O árbitro da partida foi o francês Stephane Lannoy, que teve uma arbitragem muito fraca, principalmente no aspecto disciplinar, onde aplicou somente 3 cartões amarelos para a Costa do Marfim e dois para o Brasil, sendo que os dois foram para Kaka e com o segundo cartão, automaticamente veio o vermelho. Neste dia o Brasil jogou com; Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Fábio Mello, Gilberto Costa, Elano (Daniel Alves) e Kaká; Robinho (Ramires) e Luis Fabiano.  Com esta vitória o Brasil já estava matematicamente classificado para as oitavas de final. O que mais impressionou foi o público presente, que ultrapassou 83.000 espectadores, neste dia em que na África do Sul comemorava-se o Dia dos Pais.

Portugal  7×0  Coréia do Norte

                         Depois de 44 anos Portugal e Coréia do Norte voltaram a se encontrar numa Copa do Mundo. A última vez foi naquele jogo histórico da Copa de 66, onde a Coréia vencia por 3 a 0 e Portugal numa tarde inspirada do jogador Eusébio que marcou 4 gols, virou o placar e venceu por 5 a 3. Mas este jogo de 2010 também entrou para a história, pois Portugal mostrou um futebol objetivo e de alta qualidade técnica, fazendo uma apresentação que encantou a todos que estavam presentes no Estádio Green Point, na cidade do Cabo, uma cidade que tem uma população de um milhão e meio de habitantes. Quanto ao estádio, quando ele está iluminado pode-se ver o desenho de uma taça de champagne.

                         O primeiro tempo foi bem equilibrado, com Portugal fazendo 1 a 0 aos 28 minutos de jogo, através de Raul Meireles. Neste primeiro tempo, uma coisa chamou a atenção de todos, ou seja, a seleção da Coréia do Norte não cometeu uma falta sequer. Veio o segundo tempo e Portugal voltou a campo avassalador, fazendo uma partida simplesmente espetacular. Marcou 6 gols em apenas 45 minutos. A goleada começou a ser aplicada aos 8 minutos através de Simão que fez 2 a 0. Depois Hugo Almeida aos 11, Tiago aos 13, Liedson aos 35, Cristiano Ronaldo aos 42 e finalmente Tiago aos 44 minutos. Esta foi a maior goleada da Copa.

                         Cristiano Ronaldo vibrou muito com seu gol, pois com a camisa da seleção portuguesa em jogos oficiais, já faziam dois anos que ele não marcava. Com esta derrota a Coréia do Norte estava matematicamente eliminada da Copa. O árbitro da partida foi o chileno Pablo Pozo, que teve um trabalho muito tranqüilo, principalmente na parte disciplinar, pois os 22 jogadores colaboraram e muito, principalmente os coreanos. Mesmo assim foram aplicados 4 cartões amarelos, sendo dois para cada lado.

Portugal  0x0  Brasil

                        Este era um jogo aguardado desde dezembro de 2009, quando foi feito o sorteio dos grupos. A última vez que haviam se enfrentado foi no dia 8 de novembro de 2008, quando o Brasil goleou Portugal por 6 a 2. Este jogo aconteceu em Gama, no Distrito Federal. As duas seleções entraram em campo já classificadas, a disputa seria apenas para saber quem seria o primeiro do grupo. O Brasil jogava pelo empate e Portugal contente com a segunda posição, não fizeram muito esforço para que houvesse um vencedor. Foi um jogo de baixíssimo nível técnico, onde os dois goleiros praticamente não trabalharam, ficando o jogo somente no meio de campo.

                        Este jogo foi realizado no Estádio Moses Babhida, em Durban e teve como árbitro o mexicano Benito Archundia, que apitava pela sétima vez em Copa do Mundo.  Muitos diziam que seria um jogo de compadres, pois as duas seleções já estavam classificadas, no entanto, a violência imperou, principalmente na primeira etapa, onde tivemos 7 cartões amarelos, sendo 4 para Portugal e 3 para o Brasil.  Os brasileiros que receberam cartão amarelo foram: Luis Fabiano, Juan e Felipe Melo. Neste dia o Brasil jogou com: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Felipe Melo (Josué), Daniel Alves, Julio Batista (Ramires) e Gilberto Silva; Luis Fabiano (Grafite) e Nilmar.  Com este empate de 0 a 0 o Brasil ficou em primeiro e Portugal em segundo no grupo.

Coréia do Norte  0x3  Costa do Marfim

                         As duas seleções entraram em campo já desclassificadas, talvez por isso, não houve qualquer tipo de violência durante os 90 minutos, tanto é, que não houve nenhum cartão amarelo em todo o jogo, fato raro neste mundial.  O árbitro da partida foi o espanhol Alberto Undiano.

                         Costa do Marfim querendo mostrar por que veio à Copa, jogou com mais determinação e com isto não teve nenhuma dificuldade em vencer a fraquíssima seleção da Coréia do Norte, que perdeu as três partidas que disputou.  O jogo foi no Estádio Mbombela, em Nelspruit e teve aos 14 minutos de jogo o gol de Yaya Toure, aos 20 o gol de Romaric e no segundo tempo aos 37 minutos um gol de Kalou, que fechou o placar na vitória de Costa do Marfim por 3 a 0 sobre os coreanos.  E assim, as duas seleções se despediram da Copa.

GRUPO  “H”

16-06-2010

Honduras 0 x 1 Chile
16-06-2010 Espanha 0 x 1

Suíça

21-06-2010

Chile 1 x 0 Suíça
21-06-2010 Espanha 2 x 0

Honduras

25-06-2010

Chile 1 x 2 Espanha
25-06-2010 Suíça 0 x 0

Honduras

Honduras  0x1  Chile

                         O Chile venceu a seleção de Honduras por 1 a 0, no estádio Mbombela, em Nelspruit, e manteve a invencibilidade de times sul-americanos na Copa do Mundo-2010. Antes, o Uruguai havia empatado sem gols contra a França, e o Paraguai por 1 a 1 com a Itália. A Argentina venceu a Nigéria por 1 a 0, e o Brasil superou a Coréia do Norte por 2 a 1. Com o resultado, o Chile voltou a vencer um jogo de Copa do Mundo após 48 anos. O único gol da partida aconteceu aos 34 minutos da primeira etapa. Isla recebeu belo passe na direita e cruzou para Beausejour, que apareceu no primeiro pau para desviar.

Espanha  0x1  Suíça

                         A estréia da seleção espanhola era muito aguardada por todos, pois chegou à África do Sul com a fama de séria candidata ao título. Mas seu primeiro adversário era uma seleção muito perigosa, a Suíça, que está acostumada a jogar na retranca, tanto é, que na última Copa, não tinha tomado nenhum gol, foi eliminada na disputa de pênaltis. E nesta Copa a Suíça não mudou seu modo de jogar, fazendo com que a Espanha encontrasse muita dificuldade em abrir o placar.  O primeiro tempo terminou 0 a 0. Veio o segundo tempo e logo a 6 minutos de jogo, num contra ataque muito bem feito, a Suíça abriu o placar através de Gelso Fernandes.  Com o gol marcado, a retranca foi ainda maior e o jogo terminou com a vitória da Suíça por 1 a 0. 

                         O jogo foi disputado no estádio Moses Mabhida, na cidade de Durban, uma das cidades mais turísticas da África do Sul, pois ela é realmente muito bonita. O árbitro da partida foi o inglês Howard Webb, que aplicou 4 cartões amarelos, todos para jogadores da Suíça. Este foi o último jogo da primeira rodada desta primeira fase e com os resultados dos jogos, podemos afirmar que esta foi a média de gols mais baixa de todas as Copas referente a primeira rodada.

Chile  1×0  Suíça

                         Este foi um jogo em que as duas seleções haviam vencido em suas estréias, portanto, seria um jogo muito importante para a classificação às oitavas de final. A seleção da Suíça era conhecida como “Ferrolho Suíço”, tal era a dificuldade que seus adversários encontravam para penetrar em sua defesa. O Chile entrou a campo disposto a acabar com esta fama, tanto é que tinha em seu ataque o centroavante Suazo, que foi o artilheiro das eliminatórias da América do Sul, com 10 gols.  O primeiro tempo só deu Chile, mas não conseguiu abrir o placar, mesmo jogando os últimos 15 minutos com um homem a mais, pois o jogador Behrami foi expulso depois de dar uma cotovelada num jogador chileno. Esta foi a 10ª expulsão da Copa e a 4ª direta, ou seja, nem precisou de um cartão amarelo antes.

                        No segundo tempo, a Suíça se fechou ainda mais, pois o empate para ela era muito bom. No entanto, o Chile não pensava assim, e foi todo ao ataque. Até que aos 30 minutos, através de Gonzalez, conseguiu abrir o ferrolho suíço e fez 1 a 0.   E o jogo terminou com este placar. Como o gol que a Suíça sofreu foi aos 30 minutos do segundo tempo, ela quebrou um recorde de ficar 558 minutos sem tomar um gol em Copas do Mundo, recorde que pertencia a Itália, que havia ficado 550 minutos em 1990.

                        Este jogo foi realizado no Estádio Nelson Mandela Bay, na cidade de Port Elizabeth e o árbitro da partida foi Khalil Al Gamdi, da Arábia Saudita, que aplicou 9 cartões amarelos, sendo 6 para o Chile e 3 para a Suíça. O primeiro cartão foi a 1 minuto de jogo para um jogador chileno. Para estas duas seleções, a melhor classificação que obtiveram em Copas do Mundo, foram as que disputaram em seus países, ou seja, o Chile ficou em 3º lugar na Copa de 1962 e a Suíça ficou em 5º lugar na Copa de 1954.

Espanha  2×0  Honduras

                         A Espanha chegou para este mundial, como uma das favoritas, no entanto, na primeira rodada foi derrotada.  Neste segundo jogo, ela precisava se reabilitar e mostrar à seu povo que eles podiam confiar em seus jogadores. E o segundo jogo foi contra Honduras, uma seleção sem nenhuma expressão no futebol mundial e que também já havia perdido na sua estréia. Este jogo aconteceu no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo, um estádio que tem capacidade para 62.000 espectadores. Ele foi construído em 1928 e reformado especialmente para esta Copa. O árbitro desta partida foi o japonês Yuichi Nishimura, que já havia trabalhado no jogo entre Uruguai x França, onde tivemos um empate sem gols.

                         A seleção espanhola começou dominando o jogo desde seu início, inclusive o goleiro espanhol não fazendo nenhuma intervenção. Aos 16 minutos do primeiro tempo, o atacante espanhol David Villa abriu o placar. E assim foi até o final da primeira etapa. Logo aos 5 minutos da segunda etapa, o mesmo Davi Villa ampliou o marcador fazendo 2 a 0.  A supremacia espanhola era total. Aos 17 minutos, a Espanha teve a oportunidade de aumentar o marcador, mas o mesmo David Villa, que já havia marcado dois gols, desperdiçou a penalidade, chutando para fora. Este foi o segundo pênalti perdido neste mundial.

                         Esta foi a 13ª Copa que a Espanha participou e este jogo contra Honduras foi o seu 51º em todas as Copas. Sua melhor classificação em Copas, foi na de 1950, realizada no Brasil, onde ficou em 4º lugar. E neste mundial a Espanha estava fazendo bonito, principalmente na parte disciplinar, pois em dois jogos, não havia tomado nenhum cartão amarelo.  Neste jogo por exemplo, Honduras levou 2 cartões amarelos, enquanto que a Espanha nenhum.

Chile  1×2  Espanha

                       Na última rodada do grupo, Espanha e Chile entraram em campo para decidir quem ficaria com a primeira posição do grupo. O jogo foi realizado no Estádio Loftus Versfeld, em Pretória e o árbitro foi o mexicano Marco Rodriguez, que aplicou 4 cartões amarelos, todos para o Chile. Aplicou também um cartão vermelho, ao jogador Estrada, também do Chile. Espanha e Chile só haviam se enfrentado uma vez em Copas do Mundo, e isto aconteceu na Copa disputada no Brasil, mais precisamente no dia 29 de junho de 1950, quando os espanhóis venceram por 2 a 0.  E foi nesta Copa também, que a Espanha conseguiu sua melhor classificação em mundiais, pois ficou em 4º lugar.

                      Neste jogo contra o Chile, os espanhóis entraram em campo cientes de suas responsabilidades e logo aos 24 minutos de jogo abriu o placar através de David Villa e aos 36 ampliou o marcador através de Iniesta. Este segundo gol espanhol, foi o de nº 100 deste mundial.  No início do segundo tempo, logo aos 2 minutos, Millar diminui para os chilenos e depois disso, as duas seleções se acomodaram em campo e o placar acabou ficando assim, Espanha 2×1 Chile.

Suíça  0x0  Honduras

                      Este jogo aconteceu no Estádio Free State, em Bloemfontein e o árbitro da partida foi o argentino Hector Baldassi, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 4  para os suíços e 1 para os hondurenhos. Honduras já entrou em campo desclassificada, mas a Suíça precisava vencer e aguardar o resultado do outro jogo do grupo entre Espanha e Chile. Mas como o forte da Suíça é a parte defensiva, o ataque pouco produziu e o jogo terminou da mesma maneira que começou, ou seja, 0 a 0.  Com este resultado, as duas seleções saíram de campo dando adeus ao mundial.

OITAVAS-DE-FINAL

                          Dezesseis seleções passaram para as oitavas de final, sendo 5 da América do Sul, 2 da América do Norte, 1 da África, 2 da Ásia e 6 da Europa. Quem fez bonito na primeira fase foi a América do Sul, que teve todas as seleções classificadas, sendo que quatro se classificaram em primeiro em seus grupos, somente o Chile se classificou em segundo.

                          E a tabela para as oitavas de final, ficou da seguinte maneira:

26-06-2010

Uruguai 2 x 1 Coréia do Sul
26-06-2010 Estados Unidos 1 x 2

Gana

27-06-2010

Inglaterra 1 x 4 Alemanha
27-06-2010 México 1 x 3

Argentina

28-06-2010

Holanda 2 x 1 Eslováquia
28-06-2010 Brasil 3 x 0

Chile

29-06-2010

Paraguai 5 x 3 Japão
29-06-2010 Espanha 1 x 0

Portugal

Uruguai  2×1  Coréia do Sul

                         As oitavas de final começou com um jogo muito movimentado. De um lado a Coréia do Sul que vem melhorando seu futebol a cada Copa e do outro lado o Uruguai, que depois de muito tempo, conseguiu formar uma boa seleção e com isto chegou à segunda fase do mundial.  Esta foi a segunda vez que se enfrentaram em Copas. A primeira foi em 1990, quando o Uruguai venceu por 1 a 0 no finalzinho do jogo, com um gol de Fonseca. O jogo deste mundial foi realizado no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth e o árbitro foi o alemão Wolfgang Stark, o mais alto da Copa com 1,91 de altura, que aplicou 3 cartões amarelos, todos para a Coréia.

                         O Uruguai entrou em campo mais ligado no jogo e logo aos 8 minutos de jogo abriu o placar através de Suarez. A Coréia não se entregou e partiu para o ataque, mas a defesa uruguaia estava bem postada e não permitiu que chegasse ao empate.  Veio o segundo tempo e o jogo estava bem equilibrado, até que Lee Chung Yong aos 23 minutos empatou a partida, para delírio dos coreanos nas arquibancadas. Mas era dia do centroavante Suarez, que aos 35 minutos acertou um belo chute e decretou a vitória uruguaia por 2 a 1. Com esta vitória, o Uruguai estava nas quartas de final depois de 40 anos, pois a última vez foi na Copa de 70, quando jogou e perdeu para o Brasil por 3 a 1, lá no México.

Estados Unidos  1×2  Gana

                         No segundo jogo do dia, Gana e Estados Unidos fizeram um bom espetáculo, com muitas emoções do começo ao fim do jogo.  A seleção de Gana foi a única das seis africanas que passou para as oitavas de final, com isto passou a contar com a torcida de todo o povo africano. Este jogo foi o de nº 50 da Copa e foi realizado no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo. O árbitro foi o húngaro Viktor Kassai, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para Gana e 3 para os Estados Unidos. O jogo começou com um gol de Gana logo aos 5 minutos de jogo através de Prince Boateng. Apesar de toda garra americana, o empate só veio aos 18 minutos do segundo tempo através de Donovan cobrando pênalti. E assim terminou o jogo no tempo regulamentar, com o empate em 1 a 1.

                         Como nesta fase não pode haver empate, pois somente um segue o caminho rumo ao título, tivemos a primeira prorrogação da Copa. Foram 30 minutos divididos em duas etapas de 15 minutos cada.  E mal começou a prorrogação, Gyan marcou para Gana, deixando os americanos desesperados, mas não foram capazes de empatar novamente, sendo assim, a seleção de Gana estava classificada para as quartas de final. Com isto ela se juntou à Camarões (1990) e Senegal (2002), que também conseguiram este feito. E Gana tinha motivos de sobra para comemorar, pois esta foi apenas a sua segunda Copa que disputava, sendo que a primeira tinha sido eliminada nas oitavas de final pelo Brasil pelo placar de 3 a 0 no mundial de 2006.

Alemanha  4×1  Inglaterra

                        No terceiro jogo se enfrentaram Alemanha e Inglaterra, um jogo entre dois campeões mundiais e que sempre será lembrado devido a final de 1966, quando os ingleses sagraram-se campeões, depois de um gol que até hoje é comentado devido a uma bola que teria ou não entrado no gol alemão. Mas quis o destino, que este mesmo tipo de lance voltasse a acontecer neste mundial, só que desta vez não teve a menor dúvida, pois a bola entrou no mínimo 50cm, mas que o bandeirinha Maurício Spinosa, do Uruguai, não deu o gol. Este confronto entre alemães e ingleses aconteceu no Estádio Free State, em Bloemfontein e teve como árbitro o uruguaio Jorge Larrionda, que aplicou apenas dois cartões amarelos, um para cada lado.

                         A Alemanha começou bem melhor, dominando o jogo e logo aos 19 minutos de jogo, Klose abriu o placar. Este foi o seu 12º gol em Copas do Mundo, se igualando a Pelé.  Aos 32 minutos, a Alemanha ampliou o marcador através de Podolski. Cinco minutos depois a Inglaterra diminuiu através de Upson. Um minuto depois aconteceu o lance mais polêmico da partida, quando o atacante inglês Lampard chutou, a bola bateu no travessão e caiu pelo menos 50cm dentro do gol, mas o auxiliar não deu o gol. E assim terminou a primeira etapa com a vitória alemã por 2 a 1.

                         Veio o segundo tempo e os ingleses inconformados com o gol que o juiz não deu, parece que voltaram à campo meio desanimados e com isto os alemães aproveitaram e fizeram o terceiro gol através de Müller aos 21 minutos.  Aquele terceiro gol desmontou de vez a seleção inglesa e com isto os alemãs três minutos depois marcaram mais um, novamente através de Müller. O jogo já estava liquidado e a Alemanha mais uma vez estava classificada para as quartas de final. Seu adversário sairia do jogo que iria acontecer algumas horas depois entre Argentina e México.

Argentina  3×1  México

                         No quarto jogo das oitavas de final, estavam em campo argentinos e mexicanos. Era um jogo muito aguardado, pois as duas seleções vinham fazendo uma boa campanha no mundial.  Mas aquele parecia não ser o dia dos bandeirinhas, pois aos 26 minutos do primeiro tempo, o atacante Carlitos Tevez da Argentina, em completo impedimento marcou de cabeça o primeiro gol da partida.  Nada adiantou os mexicanos reclamarem, pois o árbitro italiano Roberto Rosseti confirmou o gol.

                         Ainda no primeiro tempo, aos 33 minutos, Higuain ampliou o marcador depois de uma bobeada do zagueiro Osório, e assim terminou a primeira etapa com a vitória Argentina por 2 a 0. Veio o segundo tempo e os jogadores mexicanos pareciam nocauteados em campo, com isto, os argentinos se aproveitaram e fizeram mais um, através de Tevez aos 7 minutos. Depois desse terceiro gol, os argentinos não forçaram mais e com isto o México chegou ao seu único gol do jogo através de Hernandez aos 26 minutos. Com esta derrota o México estava desclassificado do mundial. A melhor classificação mexicana em todas as Copas, aconteceu em 1970, quando foram os anfitriões, ficando em 6º lugar. Este jogo entre argentinos e mexicanos, aconteceu no Estádio Soccer City, em Johannesburgo e foi um jogo que teve apenas 1 cartão amarelo, que foi aplicado ao jogador mexicano Rafa Marques.

Holanda  2×1  Eslováquia

                         No quinto jogo desta fase, se enfrentaram Holanda e Eslováquia. Este jogo aconteceu no Estádio Moses Babhida, em Durban e foi apitado pelo espanhol Alberto Undiano, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 2 para os holandeses e 3 para os eslovacos. Foi um jogo de poucas emoções, pois as duas seleções se preocuparam e muito com sua retaguarda, deixando assim, de atacar e buscar a vitória de uma forma explícita. Mas os holandeses pareciam mais dispostos e abriram o placar aos 39 minutos do primeiro tempo através de Robben. Este foi o 20º gol de fora da área deste mundial. Veio o segundo tempo e o ritmo continuou o mesmo, parecia que  este seria o placar final, mas aos 39 minutos, Sneijder ampliou o placar.  Já nos acréscimos, a Eslováquia diminuiu com o atacante Vitter cobrando pênalti aos 49 minutos de jogo. Com este resultado a Eslováquia estava eliminada da competição, enquanto que a Holanda iria aguardar o jogo que iria acontecer algumas horas depois entre Brasil e Chile, para saber quem seria seu adversário nas quartas de final.

Brasil  3×0  Chile

                         No sexto jogo das oitavas de final, Brasil e Chile voltavam a se enfrentar numa oitavas de final, uma vez que em 1998 já tinham se enfrentado também nesta fase e deu Brasil com uma vitória de 4 a 1. O jogo desta vez aconteceu no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo. O Chile jogou sem três titulares, enquanto que o Brasil entrou com sua força máxima, sendo assim, não foi difícil abrir o placar logo aos 34 minutos de jogo através de Juan, que subiu de cabeça depois de um escanteio. Três minutos depois, era a vez de Luis Fabiano marcar o seu e assim terminou o primeiro tempo.  Começou a segunda etapa com o Chile fazendo algumas substituições, mas de nada adiantou. Aos 14 minutos Robinho ampliou o marcador. Este foi o 8º gol de Robinho contra o Chile, igualando a marca de Pelé.

                         Em Copas do Mundo, esta foi a terceira vez que Brasil e Chile se enfrentaram. A primeira foi em 1962, com vitória brasileira por 4 a 2. A segunda foi em 1998, com vitória brasileira por 4 a 1 e agora em 2010, vitória brasileira por 3 a 0. O árbitro desta partida foi o americano Howard Webb, que aplicou 5 cartões amarelos, sendo 3 para o Chile e 2 para o Brasil, que foram para Kaká e Ramires. Este foi o segundo cartão de Ramires, portanto estava fora da próxima partida, que foi contra a Holanda pelas quartas de final. Neste dia o Brasil jogou com; Julio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Daniel Alves, Ramires, Gilberto Silva e Kaká (Kleberson); Robinho (Gilberto) e Luis Fabiano (Nilmar) – Técnico: Dunga

Paraguai  5×3  Japão

                         Na sétima partida das oitavas de final, Paraguai e Japão brigavam por uma vaga. As duas seleções nunca passaram das oitavas de final em Copas do Mundo, por isso entraram em campo com o desejo de acabar com este tabu.  O jogo foi no Estádio Loftus Versfeld, em Pretória. Os sulamericanos estavam animados, pois tinham deixados para trás a favorita Itália. O jogo no tempo normal foi de pouca emoção, com as duas seleções muito preocupadas em não tomar gol, com isto, deixavam de atacar. Fim de jogo e o placar continuava do mesmo modo que começou.  Veio a prorrogação e parece que as duas seleções perceberam que precisavam vencer, caso contrário voltariam mais cedo para casa. Sendo assim, os 30 minutos do tempo extra foi muito mais movimentado que os 90 iniciais, com os goleiros trabalhando bem mais.

                         Mas, nem o tempo extra fez com que o placar fosse inaugurado, sendo assim, a única solução era a decisão por pênaltis. O Paraguai marcou os três primeiros, assim como o Japão. Na quarta cobrança os paraguaios também marcaram, mas o Japão desperdiçou através do jogador Komano. Veio a quinta cobrança e o jogador Cardozo do Paraguai colocou seu país nas quartas de final pela primeira vez na história ao converter aquele pênalti. Com esta vitória do Paraguai sobre o Japão por 5 a 3, pela primeira vez tínhamos mais sulamericanos do que europeus nas quartas de final. O árbitro da partida foi o belga Frank de Bleeckere, que aplicou 5 cartões amarelos durante os 120 minutos, sendo 1 para o Paraguai e 4 para o Japão.

Espanha  1×0  Portugal

                         Fechando as oitavas de final, tivemos o jogo entre Espanha e Portugal, que foi realizado no Estádio Green Point, na cidade do Cabo. Foi um duelo entre vizinhos da Península Ibérica e os dois países tem muito mais em comum do que a fronteira; são candidatos em conjunto para organizar a Copa do Mundo de 2018 ou 2022.  As duas seleções nunca se enfrentaram numa Copa. Disputaram 35 partidas entre si, com 16 triunfos espanhóis, 7 portugueses e 12 empates. E para esta Copa as duas seleções vieram muito bem preparadas. Na fase de grupo a Espanha foi surpreendida na sua estréia e perdeu para a Suíça por 1 a 0, depois se aprumou e venceu todos os jogos. Já Portugal venceu um jogo de goleada contra a Coréia do Norte por 7 a 0 e teve dois empates sem gols, sendo um deles contra o Brasil.

                          O primeiro tempo foi bem equilibrado, com ligeiro domínio espanhol. Mas no segundo tempo a Espanha foi bem superior e logo aos 18 minutos abriu o placar através de David Villa.  Este foi o primeiro gol que Portugal tomou na Copa, ou seja, ficou 333 minutos sem sofrer um gol sequer. Depois deste gol Portugal parece que sentiu o golpe e não conseguiu se acertar em campo, principalmente na parte emocional, prova disto que aos 43 minutos o jogador Ricardo Costa foi expulso por agressão. Este foi o 14º cartão vermelho da Copa. O árbitro da partida foi o argentino Hector Baldassi, que alem desse cartão vermelho, também aplicou 2 amarelos, sendo um para cada lado. A curiosidade sobre este cartão amarelo da Espanha sobre o jogador Xabi Alonso, é que foi o primeiro cartão durante toda a competição, ou seja, a Espanha ficou 343 minutos sem tomar um cartão amarelo sequer.

QUARTAS-DE-FINAL 

02-07-2010

Holanda 2 x 1 Brasil
02-07-2010 Uruguai 5 x 3

Gana

03-07-2010

Argentina 0 x 4 Alemanha
03-07-2010 Paraguai 0 x 1

Espanha

Holanda  2×1  Brasil

                         Abrindo as quartas de final, Brasil e Holanda se encontravam mais uma vez numa Copa do Mundo. O jogo foi no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, que recebeu neste dia um púbico de 40.186 espectadores. O árbitro da partida foi o japonês Yuichi Nishimura. O Brasil jogou com; Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Felipe Melo, Daniel Alves, Gilberto Silva e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Nilmar) – Técnico: Dunga. Depois de três confrontos decisivos e inesquecíveis no passado (1974, 1994 e 1998), este já pode ser considerado um grande clássico do futebol mundial. As duas seleções entraram em campo confiantes, pois vinham fazendo uma excelente campanha no mundial.

                         O jogo começou com o Brasil dominando e levando perigo ao gol holandês. Aos 7 minutos teve um gol de Robinho anulado, mas aos 10 ele marcou novamente e este valeu. Brasil 1 a 0 e assim foi até o final do primeiro tempo, com o Brasil sempre superior e tendo chance de ampliar o marcador. Veio o segundo tempo e o Brasil parecia outra equipe, mais nervosos, errando passes, desatentos na defesa, enfim, foi o suficiente para que os holandeses aos poucos fossem tomando conta do jogo e logo aos 8 minutos, num cruzamento sem muito perigo, a bola resvalou na cabeça do volante Felipe Melo jogando a bola para dentro do gol brasileiro. Estava empatada a partida.

                        Se os jogadores brasileiros já estavam nervosos, depois do empate ficaram completamente perdidos e cometendo erros infantis. A Holanda que tinha jogadores experientes, aproveitaram aquele momento e numa jogada ensaiada, cobrou um escanteio e um jogador no primeiro pau desviou de cabeça para o meio da área, onde encontrou o meia Sneijder que completou de cabeça, fazendo 2 a 1 aos 23 minutos. Se o nervosismo dos brasileiros já era grande, aos 28 minutos o volante Felipe Melo perdeu a cabeça e agrediu o jogador holandês Robben que estava caído. Resultado, foi expulso e o Brasil ficou com dez homens em campo. A partir daí, o que se viu foi uma Holanda dominando completamente a partida e tendo a chance de aumentar o marcador.

                        Mas o jogo terminou mesmo em 2 a 1 para os holandeses e o Brasil mais uma vez caia nas quartas de final, assim como aconteceu na Copa de 2006, quando fomos derrotados pela França por 1 a 0. Esta foi a terceira vitória de virada desta Copa.  Neste jogo, além do cartão vermelho aplicado ao brasileiro Felipe Melo, o árbitro japonês aplicou também  5 cartões amarelos, sendo 4 para a Holanda e 1 para o jogador Michel Bastos do Brasil. Com a vitória, a Holanda ampliou a sua invencibilidade para 24 jogos. A última derrota havia ocorrido em setembro de 2008, num amistoso contra a Austrália. Para este jogo contra o Brasil, a Holanda teve a seguinte formação; Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Va Bronckhorst; De Jong, Van Bommel e Sneijder; Kuyt, Van Persie (Huntelaar) e Robben – Téc. Bert Van Marwijk.

Gana  3×5  Uruguai

                        A alegria era muito grande para as duas seleções. Gana fazia sua 9ª partida em sua segunda Copa do Mundo e nunca tinha ido tão longe. Já o Uruguai desde 1970 não chegava a uma quartas de final, depois daquela derrota para o Brasil por 3 a 1. Mal sabiam aqueles jogadores, que iriam proporcionar ao mundo um dos jogos mais emocionantes daquele mundial. O jogo foi disputado no Estádio Soccer City, em Johannesburgo e o árbitro da partida foi o português Olegário Benquerença, que aplicou 6 cartões amarelos, sendo 3 para cada lado.

                        Já nos acréscimos, ou seja, aos 47 minutos de jogo, Muntari acertou um tiro de longa distância que enganou o arqueiro uruguaio, fazendo assim 1 a 0 para Gana. Fim do primeiro tempo.   O Uruguai precisando virar o placar, foi todo ao ataque e logo aos 10 minutos, Forlan empatou a partida. E assim terminou o jogo no tempo normal.  Veio então a prorrogação com mais 30 minutos, com dois tempos de 15 minutos. No primeiro tempo houve muita luta por parte das duas seleções, mas nada de gol. No segundo tempo da prorrogação, parecia que seria tudo igual, até que aos 15 minutos, uma bola cabeceada por Prince Boateng, tinha o endereço certo do gol, mas o uruguaio Suarez desviou com a mão. Pênalti e o jogador uruguaio expulso de campo.

                       Todo mundo no estádio em pé para ver aquela cobrança, que daria a classificação à semi-final aos africanos. Parecia um sonho para aquele povo, um pênalti a seu favor no último segundo de jogo da prorrogação e quem iria bater o pênalti era o seu melhor jogador, Gyan, que encantou o mundo com seu futebol.  Bola na marca da cal, juiz apita, Gyan corre e chuta. A bola bate no travessão. Gyan não acredita, o goleiro uruguaio vibra de alegria e o árbitro dá o jogo por encerrado.

                      A torcida de Gana nas arquibancadas está calada, não acreditando no que aconteceu, enquanto os uruguaios pulam de alegria, pois renasceram naquele mundial. E começam as cobranças. As duas primeiras, tanto os jogadores de Gana como jogadores do Uruguai marcam. Na terceira cobrança do Uruguai, o pênalti é convertido. Mas, na terceira cobrança de Gana, o jogador Mensah chuta muito mal e o goleiro defende. Festa da torcida uruguaia, desespero da torcida de Gana. Vem a quarta cobrança e lá está o jogador uruguaio Max Pereira para cobrar e ampliar o marcador, mas para desespero de seu povo, ele também desperdiça, chutando por cima do travessão.  No entanto, para compensar toda aquela tristeza, o jogador Adhyan de Gana também chuta muito mal e o goleiro Muslera do Uruguai defende novamente.

                      A esta altura, quatro pênaltis já tinham sido cobrado e o placar era de 3 a 2 para o Uruguai. Sendo assim, nesta quinta cobrança se o Uruguai marcasse, estaria encerrado o jogo, pois o Uruguai faria 4 a 2 e não tinha como Gana empatar novamente.  E para esta última cobrança, o Uruguai indicou Loco Abreu, que na época jogava no Botafogo do Rio de Janeiro. Justificando seu apelido, ele cobrou de uma forma que deixou o povo uruguaio apreensivo, mas para sua sorte o goleiro havia caído no canto direito, enquanto que a bola entrou mansamente no meio do gol. Festa dos jogadores e do povo uruguaio, que via sua seleção numa semi-final, depois de 40 anos

Argentina  0x4  Alemanha

Este foi sem dúvida alguma, um dos jogos mais aguardados da Copa devido a boa campanha que vinham fazendo até aquele momento. O jogo foi disputado no Estádio Green Point, na cidade do Cabo. De um lado Lionel Messi e de outro Klose, que sonhava em alcançar Ronaldo na artilharia das Copas do Mundo, afinal, já tinha marcado 50 gols e este seria o seu jogo de número 100 com a camisa da seleção alemã. Antes do jogo o técnico da Argentina, Diego Maradona disse; “Tenho jogadores excepcionais, que podem decidir a qualquer momento, por isso não temo a Alemanha”.  E realmente ele tinha, inclusive no banco de reserva o atacante Milito que brilhou na Liga dos Campeões da Europa, meses antes.

                        Mal o árbitro Ravshan Irmatov, do Usbequistão apitou o início do jogo, o alemão Müller abriu o placar aos 3 minutos. Este foi o gol mais rápido da Copa 2010. Este foi também o gol de nº 129 da Copa. Até o final da primeira etapa, foi um jogo bem disputado, um verdadeiro jogo de xadrez. Começou o segundo tempo e os alemães bem orientado pelo técnico Joachim Low, armaram uma tática de contra ataque e aos 22 minutos aumentaram o placar através de Klose. Passados seis minutos, novo contra ataque alemão e o zagueiro Friedrich marcou o terceiro gol. A Argentina estava completamente perdida em campo, seu técnico Diego Maradona, só assistia o show alemão. E para fechar com chave de ouro, mais um gol alemão, outra vez Klose aos 44 minutos.  Este foi o seu 14º gol com a camisa da Alemanha em Copas do Mundo e o 4º gol neste mundial.

                         Durante toda a partida não houve nenhum tipo de violência, tanto é, que tivemos somente 3 cartões amarelos, sendo 1 para a Alemanha e 2 para a Argentina. Com esta vitória a Alemanha estava classificada para a semi-final. Já a Argentina com esta derrota quebrou um tabu de 10 jogos sem perder em Copas do Mundo, a última derrota foi em 2002 quando perdeu para a Inglaterra por 1 a 0. Em 2006 perdeu para a Alemanha, mas foi na decisão por pênaltis e não no tempo normal de jogo.  Neste mundial de 2010, a Argentina marcou 10 gols e sofreu 6, sendo 4 num só jogo.

Espanha  1×0  Paraguai

                         Há sessenta anos a Espanha não sabe o que é terminar um mundial entre os quatro primeiros colocados. E nunca esteve tão perto de igualar a marca conquistada em 1950, no Brasil. Contra o Paraguai, um adversário teoricamente mais fraco, a atual campeã da Eurocopa queria seguir mostrando maturidade para não deixar o sonho escapar em mais uma reta final. A melhor colocação da “Fúria” em uma Copa do Mundo foi o 4º lugar, em 1950. Um triunfo neste jogo contra os paraguaios, já deixaria a seleção na história de seu país. O jogo aconteceu no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo e para comandar este espetáculo, lá estava o árbitro guatemalteco, Carlos Batres. O Paraguai não escondia o favoritismo de seu adversário e pretendia surpreende-lo com muita marcação no meio de campo, pois segundo seu técnico; “Se deixar a Espanha tocar a bola, nós iremos só ficar assistindo”.

                         Começou o jogo e o primeiro tempo foi muito equilibrado, pois o Paraguai fez realmente uma marcação forte já no meio de campo, não deixando os espanhóis dominarem o jogo. E assim foi até o final do primeiro tempo, um jogo amarrado e sem nenhuma emoção.  Veio então a segunda etapa. Parecia um outro jogo, a Espanha com mais objetividade partia sempre em direção ao gol. Já o Paraguai, que estava jogando sem cinco titulares, pois esta foi uma opção tática de seu treinador, não se intimidou e também resolveu atacar mais.

                         E as emoções do jogo começaram a surgir aos 13 minutos, quando a Espanha cometeu um pênalti indiscutível. O atacante Cardozo, que na época era o artilheiro no campeonato português, pois joga no Benfica, cobrou e o goleiro Casillas da Espanha defendeu.  Em seguida, deu um chutão para frente, deixando seu atacante na cara do gol, mas o zagueiro paraguaio cometeu pênalti, ou seja, um minuto depois. Xabi Alonso cobrou e marcou, mas o árbitro mandou voltar, pois houve invasão de área. Na segunda cobrança, o goleiro Villar do Paraguai defendeu. Ou seja, em dois minutos tivemos dois pênaltis e os dois não foram convertidos e o placar continuava em branco.

                         O jogo continuava com as duas equipes buscando o gol. Até que aos 38 minutos, o atacante Pedro chutou uma bola no pé da trave, na volta ela caiu nos pés de David Villa, que chutou, a bola bateu numa das traves, correu sobre a linha do gol, bateu na outra trave para depois entrar. Espanha 1 a 0. Com este gol, Villa passou a ser o artilheiro isolado da Copa com 5 gols. Com este gol também, ele se igualou a Butragüenho e a Hierro, que também marcaram 5 gols com a camisa espanhola em Copas do Mundo. Com esta vitória a Espanha estava depois de 60 anos, numa semi-final, onde já sabia que iria enfrentar a poderosa Alemanha, que nos seus dois últimos confrontos, havia vencido muito bem, a Inglaterra e a Argentina, marcando 4 gols em cada jogo. Neste jogo, o árbitro guatemalteco aplicou 6 cartões amarelos, sendo 2 para a Espanha e 4 para o Paraguai.

SEMI FINAL  

06-07-2010

Holanda 3 x 2 Uruguai
07-07-2010 Alemanha 0 x 1

Espanha

Holanda  3×2  Uruguai

                         Depois de ter eliminado o Brasil nas quartas de final, a Holanda ganhou enorme confiança para buscar o inédito título mundial. Mas, para chegar à decisão da Copa do Mundo na África do Sul, ainda teria um desafio complicado pela frente, ou seja, iria enfrentar no Estádio Green Point, na cidade do Cabo, a seleção do Uruguai que depois de uma vitória dramática contra Gana, viria com tudo para conseguir sua classificação na final da Copa.

                         A Holanda tinha a melhor campanha da Copa até o momento. Era a única seleção com 100% de aproveitamento, após as vitórias sobre Dinamarca, Japão, Camarões, Eslováquia e Brasil. O Uruguai, por sua vez, sofreu um pouco mais para chegar à semifinal. Estreou com empate contra a França e depois venceu África do Sul, México e Coréia do Sul até a dramática classificação nos pênaltis diante de Gana nas quartas de final. O Uruguai jogou contra a Holanda sem quatro titulares e isto fez com que a equipe não tivesse a mesma força dos jogos anteriores. Uruguai que chegou à Copa depois de uma sofrida classificação, quando venceu Costa Rica na repescagem, enquanto que a Holanda venceu os oito jogos das eliminatórias e estava há 24 jogos sem perder, ou seja, exatamente um ano e nove meses sem conhecer o dissabor de uma derrota.

                         Holanda e Uruguai se enfrentaram em Copas do Mundo, somente uma vez e foi na Copa de 1974, na Alemanha, quando o mundo ficou assombrado com a famosa “Laranja Mecânica” e mais assombrado ficou o Uruguai que fizeram o primeiro jogo do grupo. Aonde tinha um jogador uruguaio, haviam no mínino quatro jogadores holandeses a cercá-lo. E depois de 36 anos, lá estavam novamente frente a frente holandeses e uruguaios. O árbitro da partida foi Ravshan Irmatov, de Usbequistão, que já havia apitado quatro jogos neste mundial. Foi ele também que apitou o jogo de abertura da Copa e apitou também a final da Liga dos Campeões de 2009 entre Barcelona e Estudiantes da Argentina, portanto, apesar de ser de um país onde o futebol é primário, ele já tinha uma boa experiência na arbitragem mundial.

                          O jogo começou com muito estudo de ambos os lados. Mas, aos 18 minutos de jogo, o lateral esquerdo Van Bronckhorst acertou um tiro longo de fora da área, que foi no ângulo esquerdo do goleiro uruguaio, que nada pode fazer. Estava aberto o placar.  O Uruguai que é uma seleção guerreira, não se intimidou e foi ao ataque. Aos 41 minutos, também de fora da área, Forlan empatou a partida.  Este foi o 26º gol de fora da área deste mundial.  Final de primeiro tempo e tudo igual no marcador.

                          Veio o segundo tempo e a Holanda parecia bem melhor, não errando tanto passes como no primeiro tempo e aos poucos foi dominando o jogo.  Aos 25 minutos, Sneijder marcou o segundo gol holandês. Foi um golpe que deixou os uruguaios atordoados. Três minutos depois, foram a nocaute, quando Robben de cabeça fez o terceiro gol da Holanda. Parecia tudo liquidado, mas a garra uruguaia não dizia isto. Aos 47 minutos, ou seja, já nos acréscimos, o Uruguai marcou seu segundo gol através de Max Pereira. O jogo foi até os 50 minutos e naqueles instantes que restavam, o Uruguai fez uma grande pressão, quase chegando ao empate, mas, o árbitro apitou o final, Holanda 3 x 2 Uruguai.

                          Foi um jogo em que foram aplicados 6 cartões amarelos, sendo 3 para cada lado. Depois de 32 anos, a Holanda estava numa final de Copa do Mundo novamente. Ela que já havia ficado Vice por duas vezes, tinha uma nova oportunidade de levantar a Taça. Já o Uruguai, depois de 40 anos iria disputar o terceiro lugar novamente, a última vez foi na Copa de 70, no México, quando perdeu para a Alemanha por 1 a 0.

Alemanha  0x1  Espanha

                         Até o início da Copa, a Espanha era apontada como a dona do futebol mais vistoso do planeta e a Alemanha ainda era taxada pela eficiência fria com que ficou marcada ao longo da história. Neste jogo, as duas seleções com papeis invertidos iriam decidir uma vaga na final do mundial. Os germânicos eram a sensação do torneio, principalmente depois de três vitórias com 4 gols, principalmente sobre a Inglaterra e a Argentina.  O jogo aconteceu no Estádio Mose Mabhida, um estádio com capacidade para 68.000 lugares e que está localizado na cidade de Durban. O árbitro da partida foi o húngaro Viktor Kassai, que participava de sua primeira Copa e esta era sua quarta partida que apitava no mundial. Teve um trabalho muito tranqüilo, tão tranqüilo, que a primeira falta do jogo aconteceu somente aos 27 minutos de jogo e durante toda a partida, não foi necessário exibir nenhum cartão amarelo, prova de que as duas equipes estavam preocupadas em somente jogar futebol.

                        A última vez que estas duas seleções se enfrentaram, foi em 2008, na final da Eurocopa, quando a Espanha venceu por 1 a 0, gol de Fernando Torres, por isso também, os alemães faziam questão de vencer esta partida. Assim que o jogo começou, logo aos 3 minutos, um gaiato invadiu o campo com uma vuvuzela nas mãos, mas logo foi contido pelos seguranças, que ao todo eram 200 policiais. O primeiro tempo foi um jogo morno, sem nenhum trabalho para os goleiros, mesmo tendo em campo dois grandes artilheiros, Klose pelo lado alemão, e Villa pelo lado espanhol. Começou o segundo tempo e a Espanha continuava com a posse de bola bem superior. A Alemanha estava amarrada no sistema de jogo espanhol e não conseguia repetir as belas apresentações anteriores, em especial contra Inglaterra e Argentina.

                        Aos 28 minutos, surgiu um escanteio na esquerda para a Espanha cobrar. Xavi cruzou na medida e o zagueiro Puyol chegou na bola como um míssil e cabeceou fortemente, sem nenhuma chance ao goleiro alemão. Espanha 1 a 0, aumentando ainda mais a intranquilidade dos alemães, que não conseguiam colocar seu bom futebol em prática. Somente nos últimos minutos que a Alemanha pressionou a defesa espanhola, mas era uma pressão enganosa, pois com isto proporcionava aos espanhóis terríveis contra ataques, que por pouco não se transformou em gol. Com esta derrota, a Alemanha deixou de participar de sua 8ª final de Copa do Mundo e assim como em 2006, caiu na semifinal e agora só restava disputar o 3º lugar, repetindo o que aconteceu em 1970.  Já a Espanha, jamais decidiu um título, sua melhor campanha foi em 1950, quando ficou em 4º lugar. Portanto, teríamos uma final inédita entre Espanha e Holanda, duas seleções que até então não tinham nenhum título em sua história.

DECISÃO DO 3º LUGAR

10-07-2010

Alemanha 3 x 2

Uruguai

                           Alemães e uruguaios repetiam depois de 40 anos, a decisão do terceiro lugar. Na Copa de 1970, disputada no México, a Alemanha venceu por 1 a 0, gol de Overath. A Alemanha tinha sido eliminada pela Itália, enquanto que o Uruguai foi eliminado pelo Brasil. Neste mundial de 2010 a cena se repetiu, desta vez no Estádio Nelson Mandela Bay, na cidade de Port Elizabeth. Esta foi a 17ª decisão de terceiro lugar numa só partida, uma vez que em 1930 e 1950, a fórmula da competição era diferente. Nesta decisão de terceiro lugar, nunca houve um 0 a 0, pelo contrário, sempre tivemos uma boa média de gols.

                          Esta era a quinta decisão de terceiro lugar da Alemanha, enquanto que o Uruguai fazia sua terceira decisão, e nas três ele foi derrotado. Para este jogo de 2010, seus jogadores entraram em campo dispostos a acabarem com aquele tabu e começaram a partida jogando-se ao ataque. Mas aos 19 minutos, Müller fez 1 a 0 para os alemães. Não satisfeitos com o resultado, continuaram atacando, até que aos 28 minutos, Cavani empatou a partida. Final do primeiro tempo, tudo igual. Veio o segundo tempo e a garra uruguaia levou ao desempate através de Forlan aos 6 minutos, depois de um cruzamento da direita, ele acertou um belo voleio, sem nenhuma chance para o goleiro alemão.  Mas aquela alegria uruguaia não demorou muito, pois aos 11 minutos, o alemão Jansen de cabeça empatou a partida.

                           Tudo parecia que íamos para a prorrogação, quando aos 37 minutos, Khedira também de cabeça, marcou o terceiro gol alemão. E assim terminava mais uma decisão de terceiro lugar, com a Alemanha conquistando aquele posto, e o Uruguai mais uma vez ficando em quarto lugar. O árbitro da partida foi o mexicano Benito Archundia, que aplicou 4 cartões amarelos, sendo 3 para a Alemanha e 1 para o Uruguai. Neste mundial a Alemanha confirmou que sempre foi uma séria candidata ao título, pois das 17 participações em Copas do Mundo, em 12 ela ficou entre os 4 primeiros, ou seja, ficou campeã em 3 oportunidades, vice em 4, terceiro lugar por 4 vezes e em quarto lugar somente uma vez.

                           Neste mundial de 2010, o artilheiro do Uruguai foi Forlan com 5 gols, enquanto que o artilheiro alemão foi Müller também com 5 gols. O atacante alemão Miroslav Klose neste mundial marcou 4 gols, com isso ele se igualou ao seu compatriota Gerd Muller com 14 gols em Copas e ficou a um gol do brasileiro Ronaldo, que até então é o artilheiro de todas as Copas com 15 gols assinalados.

F I  N A L

11-07-2010

Holanda 0 x 1

Espanha

                           Esta foi uma decisão inédita e também o campeão iria sentir a sensação da conquista de um mundial pela primeira vez.  A Espanha jamais chegou a uma decisão, enquanto que a Holanda já participou de duas finais, uma em 1974 contra a Alemanha e outra em 1978 contra a Argentina, nas duas oportunidades jogou contra os donos da casa e perdeu. O jogo foi no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, e lá estavam as duas seleções perfiladas, tendo ao centro o árbitro inglês Howard Webb. De um lado os jogadores holandeses, que o técnico Bert Van Marwijk mandou a campo; Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Jong, Van Bommel e Sneijder; Robben, Van Persie e Kuyt. Do outro lado os jogadores espanhóis, que o técnico Vicente Del Bosque escalou; Casillas, Sergio Ramos, Pique, Puyol e Capdevilla; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; David Villa e Pedro.

                          Era o dia 11 de julho e neste dia já tivemos grandes acontecimentos dentro do futebol, por exemplo; dia 11 de julho de 1920, o Corinthians goleou o Santos por 11 a 0 em plena Vila Belmiro; em 1966 tivemos a abertura da Copa na Inglaterra; em 1971, Pelé fazia sua despedida da nossa seleção no Morumbi contra a Áustria e em 1982, a Itália sagrava-se campeã do mundo ao vencer a Alemanha por 3 a 1.

                          E em 2010 também tivemos um grande acontecimento, que ficará marcado por toda a eternidade. Espanhóis e holandeses buscavam o primeiro título mundial para seus países. Antes das duas seleções entrarem em campo, o jogador italiano Cannavaro entrou e colocou no centro do gramado a Taça que estava em disputa. Um gaiato invadiu o campo para pega-la, mas foi contido pelos seguranças. E quando a bola rolou, o que se viu foi muita determinação, muito estudo, parecia um jogo de xadrez, ninguém queria se arriscar muito ao ataque e assim foi até o final da primeira etapa.

                          Mas no segundo tempo, as coisas foram bem diferentes. Aos 16 minutos o atacante Robben da Holanda perdeu um gol incrível, ao sair na cara do goleiro Casillas ele chutou, mas o arqueiro mesmo caído, conseguiu jogá-la para escanteio com os pés.  Aos 24 minutos foi a vez da Espanha perder um gol que dificilmente David Villa costuma perder. Ainda no segundo tempo, a Espanha fez duas substituições, entrando Navas no lugar de Pedro e Fabregas no lugar de Xabi Alonso, enquanto que Elia entrou no lugar do Kuyt pelo lado holandês.

                        Depois de 90 minutos o placar continuava do mesmo jeito que o jogo começou, 0 a 0. Foram jogados mais 30 minutos em dois tempos de 15. As duas seleções pareciam que não queriam ir para os pênaltis, por isso, aumentaram ainda mais a pressão e com isso aumentaram também a violência, tanto é que neste jogo tivemos 14 cartões amarelos, sendo 9 para a Holanda; Van Persie, Van Bronckhorst, De Jong, Van Bommel, Robben, Van der Wiel, Mathijsen e Heitinga que recebeu dois cartões, sendo o segundo acompanhado de um vermelho aos 4 minutos do primeiro tempo da prorrogação.  Já a Espanha recebeu 5 cartões amarelos; Puyol, Sérgio Ramos, Capdevilla, Xavi e Iniesta.

                          Na prorrogação também aconteceram algumas substituições. Na Holanda entraram; Van der Vaart no lugar de De Jong e Braafheid no lugar de Van Bronckhorst.  Na seleção espanhola entrou Fernando Alonso no lugar de David Villa e assim as duas seleções fizeram todas as substituições que tinham direito.  O jogo continuava num ritmo alucinante, com os dois goleiros fazendo grandes defesas. Quando parecia que somente os pênaltis iria decidir quem seria o grande campeão, Iniesta acertou um chute forte no canto direito do goleiro holandês que nada pode fazer. Há esta altura, já estávamos com 11 minutos do segundo tempo.

                          Os minutos que ainda restavam à Holanda, foi de desespero, muitos chuveirinhos na área e chutes de fora da área. Mas não foram suficientes, pois o jogo terminou com a vitória espanhola por 1 a 0 e assim dessa maneira, a Espanha sagrou-se Campeã Mundial pela primeira vez em sua história. Esta foi a 5ª prorrogação da Copa 2010 e a 4ª em finais de todas as Copas. Este jogo quebrou dois tabus:

1º – A Holanda não perdia há quase dois anos, ou seja, há 14 jogos, sendo 8 pelas eliminatórias e 6 durante a Copa.

2º – A Espanha não vencia a Holanda desde o dia 16 de novembro de 1983, jogo este válido pela Eurocopa, quando os holandeses venceram por 2 a 1, portanto, foi quebrado um tabu de 27 anos. Agora a Espanha entrou para o seleto grupo dos campeões mundiais, enquanto que a Holanda conquistou seu Tri em Vice Mundial. 

                           Ao chegarem em Madri, os jogadores espanhóis foram recebidos por uma grande multidão. As ruas da capital espanhola foram tingidas desde cedo por uma maré de camisas vermelhas e bandeiras da Espanha, pois todos queriam saudar os heróis que conquistaram o título mundial de futebol pela primeira vez na história de seu país.  O rei Juan Carlos disse àqueles jogadores; “Vocês conseguiram unir todos os espanhóis e tornar realidade um sonho que durava muitos anos, vocês projetaram o nome da Espanha para o mundo inteiro e com certeza serão exemplo de esforço e superação para as novas gerações”.  

PARTICIPAÇÃO  DO  BRASIL

                         Neste mundial o Brasil realizou 5 partidas, marcou 9 gols e sofreu apenas 3. Teve dois cartões vermelhos (Kaka e Felipe Melo) e  9 cartões amarelos. O artilheiro foi Luis Fabiano com 3 gols e o Brasil foi eliminado nas quartas de finais, assim como na Copa de 2006. A eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo não foi nenhuma surpresa. Os jogos comprovam isto. Na estréia com a fraca Coréia do Norte só 2 a 1. Contra a Costa do Marfim, 3 a 1 num time que deixou o Brasil jogar e contra Portugal uma apresentação ridícula. Nem a vitória sobre o Chile, eterno freguês, foi suficiente para dar confiança aos torcedores. Na partida contra a Holanda, mesmo jogando bem a primeira etapa, com pleno domínio das ações, os jogadores não conseguiram ampliar a vantagem, conquistada logo no início do jogo. E não foram uma ou duas chances, foram pelo menos quatro oportunidades de decidir o jogo.

                         Um velho jargão do futebol diz que quando um time não faz, toma. E o Brasil tomou dois gols da Holanda na etapa final. Depois o que se viu foi um time completamente destemperado, principalmente o jogador Felipe Melo, que desde o início da Copa já se esperava uma atitude daquela, onde agrediu um adversário e deixou o time com dez homens em campo. E foi nesse momento, que milhões de brasileiros, faziam a mesma pergunta, por que não levou Ronaldinho Gaucho, Paulo Henrique Ganso, Neymar, mas naquela altura, já era tarde demais, não adiantou o apelo do povo brasileiro antes da convocação, e lá estavam na lista; Grafite, Kleberson, Gilberto e outros que só mesmo o técnico Dunga sabia porque.

                         Resta-nos relembrarmos um pouco do passado para vermos como foi a nossa gloriosa caminhada até o Penta.  O Brasil sentiu o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na Copa disputada na Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a Taça Jules Rimet.

                         Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores (Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Gerson, entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da Taça Jules Rimet. Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Em 2002, na Copa do Mundo do Japão/Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.

                        A esperança do Hexa fica para 2014, quando o Brasil sediará a Copa do Mundo. O trabalho de reconstrução da equipe precisa começar logo, de preferência ainda em 2010, com um treinador mais experiente e menos teimoso do que foi o nosso Dunga, pois o povo brasileiro que tanto ama o futebol, merece um pouco mais de alegria com nossa seleção, afinal somos pentacampeões mundiais, uma conquista que nenhum outro país tem. Infelizmente não temos mais Pelé, Gilmar, Garrincha, Gerson, Rivelino, Romário, Ronaldo, Djalma Santos, Nilton Santos, Didi e tantos outros que souberam honrar a camisa canarinho, mas o povo brasileiro ainda tem amor, confiança e muita fé em nosso futebol, por isso, com certeza ela está confiante que em 2014, conquistaremos o tão sonhado Hexa.

                       Dia 11 de maio de 2010, o técnico Dunga divulgou a relação de jogadores que iriam defender nossa seleção na África do Sul.

Goleiros – Júlio César, Doni e Gomes

Laterais – Maicon, Daniel Alves, Michel Bastos e Gilberto

Zagueiros – Lúcio, Juan, Luisão e Thiago Silva

Volantes – Gilberto Silva, Josué, Felipe Melo e Ramires

Meias – Kaká, Elano, Kléberson e Júlio Baptista

Atacantes – Luís Fabiano, Nilmar, Grafite e Robinho

SELEÇÃO DA ESPANHA – CAMPEÃ DA COPA DE 2010
SELEÇÃO BRASILEIRA DA COPA 2010      –     Em Pé: Lúcio, Júlio César, Gilberto Silva, Luizão, Felipe Melo e Kaká     –     Agachados: Gilberto, Luiz Fabiano, Robinho, Daniel Alves e Elano

2 comentários em “COPA de 2010

  1. Olá, quero registrar meu elogio referente a essa excelente e completa matéria sobre a Copa do Mundo de 2010!
    Realmente está sensacional, completa e muito detalhada!
    Parabéns ao autor José Carlos de Oliveira!

    Abraços

    1. Ola querida Juliana;
      Muito obrigado por suas palavras. Continue nos prestigiando, o que nos dará muita honra.
      José Carlos de Oliveira

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