O povo francês começou a comemorar a 16ª Copa do Mundo, dia 2 de junho de 1992, quando a FIFA anunciou a escolha da França para sediar a sua segunda Copa do Mundo, que viria a ser a maior da história, com 32 países disputando 64 jogos. A Copa de 98 foi realizada no período de 10 de junho a 12 de julho, e depois de 60 anos, ela voltou a ser disputada na França. Devido ao número de países, eles foram divididos em oito grupos de quatro seleções. Nesta Copa também foi abolido a tal de “repescagem”, ou seja, classificavam duas seleções em cada grupo, em caso de empate em número de pontos, classificaria a seleção que tivesse melhor saldo de gols, depois o maior número de gols marcados e em caso de empate nestes três itens, faria um sorteio.

                    Nesta Copa tivemos outra novidade, a partir das “oitavas de final”, quando uma partida terminasse empatada, haveria uma prorrogação de 15 por 15, com “morte súbita”, ou por muitos chamado de “gol de ouro”, ou seja, a seleção que marcasse o primeiro gol, estava classificada e terminaria ali a prorrogação. Em caso da prorrogação terminar sem gol, haveria cinco cobranças de pênaltis de cada lado, persistindo o empate, cobrariam alternativamente, até chegarmos a um vencedor. Exatamente 174 países se inscreveram para o sorteio que, em 12 de dezembro de 1995, em Paris, definiu a tabela dos 642 jogos eliminatórios, que teve início no dia 4 de março de 1996 e terminou dia 15 de novembro de 1997, com a Itália jogando em Roma, derrotando a Rússia por 1 a 0.

                    Num espetáculo de luzes e beleza, no melhor estilo da tradição francesa, em dezembro de 1997, aconteceu o sorteio dos grupos. Pela primeira vez a céu aberto, em um estádio de futebol, os grupos foram escolhidos no Velodrome, de Marselha. Os critérios da nova Copa, estabelecidos pelo Comitê Executivo da FIFA, determinaram a formação de oito grupos de quatro seleções. De cada grupo sairiam dois primeiros colocados para as oitavas de final, fase em que os jogos passaram a ser eliminatórios.

                   Oito vencedores iriam às quartas de final e daí quatro prosseguiam para as semi finais e finais. Mantida a norma de ser o jogo de abertura disputado entre o campeão anterior e outro integrante sorteado de seu grupo. Sendo assim, coube ao Brasil e Escócia fizeram a abertura do mundial.

JOGOS DA PRIMEIRA FASE

GRUPO  “A”

10-06-1998	Brasil	2	x	1	Escócia
10-06-1998	Marrocos	2	x	2	Noruega
16-06-1998	Noruega	1	x	1	Escócia
16-06-1998	Brasil	3	x	0	Marrocos
23-06-1998	Marrocos	3	x	0	Escócia
23-06-1998	Noruega	2	x	1	Brasil

                         O estádio de Saint Denis estava lotado, com seus 80.000 lugares ocupados, presentes o Presidente da República da França, acompanhado por João Havelange, agora como Presidente de Honora e pelo recém eleito novo presidente da FIFA, Joseph Blatter, quando, após os hinos da França, do Brasil e da Escócia, às 17:30h do dia 10 de junho de 1998, o árbitro espanhol José Manuel Garcia Aranda autorizou o início do jogo nº 643 de toda a competição. Começava então a 16ª Copa do Mundo.

                        Vinte quatro anos depois, Brasil e Escócia voltaram a se encontrar numa Copa. Naquela época jogando em Frankfurt, houve empate de 0 a 0. Já em 98, o Brasil partiu para o ataque não querendo que aquele placar se repetisse e a Escócia se concentrou nas imediações de sua área, resistindo quatro minutos apenas para sofrer o gol do meio campista César Sampaio, que abriu a contagem marcando de ombro. O empate veio 33 minutos depois, por intermédio de Collins cobrando pênalti. No segundo tempo parecia que iríamos ver repetido o empate de 1974, o que não aconteceu porque Boyd desviou para o fundo das rede de sua equipe um lançamento brasileiro para a área. Brasil 2 a 1, resultado final. Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Cafú, Junior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio, Gionvanni (Leonardo) e Rivaldo; Bebeto (Denilson) e Ronaldo.

                        O grupo A se completou horas depois, em Montpellier, com a Noruega empatando com Marrocos por 2 a 2. Na rodada seguinte, a Escócia e Noruega empataram em 1 a 1. O jogo foi em Bordeaux. Enquanto isso lá em Nantes o Brasil voltava a campo, desta vez para enfrentar o Marrocos, e não teve nenhuma dificuldade para vencer por 3 a 0, com gols de Ronaldo aos 9 e Rivaldo aos 47 minutos do primeiro tempo. E Bebeto fechou o placar aos 5 minutos da segunda etapa. O árbitro da partida foi o russo Nikolai Levnikov e o Brasil jogou com; Taffarel, Cafu, Junior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio (Dorival), Leonardo e Rivaldo (Denilson); Bebeto (Edmundo) e Ronaldo.

                       Fechando este grupo, Marrocos surpreendeu a Escócia com 3 a 0. O jogo foi em Saint Etienne. E finalmente no último jogo do grupo A, o Brasil foi surpreendido pela Noruega, que venceu por 2 a 1. O jogo foi em Marselha. O gol brasileiro foi anotado por Bebeto aos 32 do primeiro tempo. A Noruega empatou aos 37 também do primeiro tempo, através de André Flo e desempatou aos 43 do segundo tempo através de Rekdal cobrando pênalti. Durante toda a transmissão, todos afirmavam que não houve o pênalti, mas no dia seguinte através de uma filmagem feita por um cinegrafista atrás do gol, pode-se ver claramente, que Junior puxou a camisa do jogador norueguês, portanto, o pênalti foi legítimo, muito bem assinalado pelo árbitro Esfandir Baharmast, dos Estados Unidos. Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Cafú, Junior Baiano, Gonçalves e Roberto Carlos; Dunga, Leonardo, Rivaldo e Denilson; Bebeto e Ronaldo. Com estes resultados o Brasil se classificou em primeiro do grupo e a Noruega em segundo.

GRUPO  “B”

11-06-1998	Camarões	1	x	1	Áustria
11-06-1998	Itália	2	x	2	Chile
17-06-1998	Chile	1	x	1	Áustria
17-06-1998	Itália	3	x	0	Camarões
23-06-1998	Chile	1	x	1	Camarões
23-06-1998	Itália	2	x	1	Áustria

                        Na abertura do grupo B, tivemos duas partidas e ambas terminaram empatadas. Camarões e Áustria, jogando em Toulouse, empataram em 1 a 1, gol de Njank para os africanos aos 13 minutos do segundo tempo e Polster para a Áustria no último minuto do jogo. No outro jogo foi a Itália que empatou com o Chile por 2 a 2, sendo que os dois gols do Chile foram através do atacante Salas. Já para os italianos, Vieri e Roberto Baggio marcaram os gols. Este jogo foi em Bordeaux. Um novo empate aconteceu na abertura da segunda rodada, com mais um gol de Salas, o Chile empatou com a Áustria em 1 a 1, sendo que, Vastic marcou para os austríacos já nos acréscimos. Este jogo foi em Saint Etienne.

                       E fechando esta segunda rodada a Itália venceu Camarões por 3 a 0, gols de Vieri (2) e Di Biaggio. Este jogo foi em Montpellier.Na última rodada, dia 23 de junho, em Nantes, Sierra para o Chile e Mboma para Camarões decretaram o empate de 1 a 1, e em Saint Denis, a Itália com gols de Vieri e Di Biaggio derrotou a Áustria por 2 a 0. O único gol austríaco foi anotado por Herzog aos 92 minutos de jogo, ou seja, já nos acréscimos. Com estes resultados, a Itália se classificou em primeiro e o Chile em segundo neste grupo B.

GRUPO  “C”

12-06-1998	Dinamarca	1	x	0	Arábia Saudita
12-06-1998	França	3	x	0	África do Sul
18-06-1998	África do Sul	1	x	1	Dinamarca
18-06-1998	França	4	x	0	Arábia Saudita
24-06-1998	França	2	x	1	Dinamarca
24-06-1998	Arábia Saudita	2	x	2	África do Sul

                         Abrindo este grupo C, jogando em Lens, a Dinamarca derrotou a Arábia Saudita por 1 a 0, gol de Rieper. E em Marselha, a França estreou brilhando contra a África do Sul. Com 3 a 0, gols de Dugarry, Henry e Issa (contra). Seis dias depois, em Toulouse, África do Sul e Dinamarca fizeram um jogo tumultuado com três expulsões e sete cartões amarelos, no empate de 1 a 1. Gols de Nielsen para os dinamarqueses e McCarthy para os africanos. A arbitragem esteve a cargo do colombiano Toro Rondon. Neste jogo tivemos 6 substituições e um número recorde de faltas.

                        Ainda no dia 18, a França esmagou no Saint Denis lotado, a Arábia Saudita, por 4 a 0, gols de Henry (2), Trezeguet e Lizarazu, vendo o seu astro maior Zinedine Zidane expulso pelo árbitro mexicano Brizio Carter aos 20 minutos do segundo tempo. Fechando este grupo C, às 16:00h, em Lyon, a França, com gols de Djorkaeff de pênalti e Petit, ganhou da Dinamarca por 2 a 1. O único gol dinamarquês foi anotado por Laudrup cobrando pênalti. Já classificados, África do Sul e Arábia Saudita, com um novo treinador substituindo o demitido Carlos Alberto Parreira, em Bordeaux, empataram em 2 a 2. Com estes resultados a França se classificou em primeiro e a Dinamarca em segundo neste grupo C.

GRUPO  “D”

12-06-1998	Paraguai	0	x	0	Bulgária
13-06-1998	Nigéria	3	x	2	Espanha
19-06-1998	Nigéria	1	x	0	Espanha
19-06-1998	Espanha	0	x	0	Paraguai
24-06-1998	Espanha	6	x	1	Bulgária
24-06-1998	Paraguai	3	x	1	Nigéria

                         Paraguai e Bulgária, com 0 a 0, abriram em Montpellier, no dia 12 de junho, o grupo D, que no dia seguinte, em Nantes, registrou a vitória da Nigéria por 3 a 2 sobre a Espanha. Hierro e Raul marcaram para os espanhóis e Adepoju, Lawal e Oliseh para os africanos, que eram dirigidos pelo sérvio Bora Milutinovi em sua quarta Copa do Mundo. A Nigéria, uma semana depois, no Parc de Princes, em Paris, garantiu sua classificação antecipada ao derrotar a Bulgária por 1 a 0, gol de Ikbepa. E no mesmo dia, a Espanha não passou de um 0 a 0 contra o Paraguai, que era dirigido pelo brasileiro Paulo César Carpegiani.

                        A rodada final foi desesperadora para os espanhóis, que precisariam ganhar e ver o Paraguai perder. A Espanha, em Lens, despertou e goleou a Bulgária por 6 a 1, gols de Morientes (2), Kiko (2), Luis Henrique e Hierro de pênalti. Não adiantou. Na mesma hora em Toulouse, o Paraguai fez 3 a 1 na Nigéria, gols de Ayala, Benitez e Cardozo para os paraguaios, enquanto que Oruma marcou para os nigerianos. Era a primeira grande surpresa da Copa, ver a Espanha eliminada ainda na fase inicial.

GRUPO  “E”

13-06-1998	Holanda	0	x	0	Bélgica
13-06-1998	México	3	x	1	Coréia do Sul
20-06-1998	Bélgica	2	x	2	México
20-06-1998	Holanda	5	x	0	Coréia do Sul
25-06-1998	Holanda	2	x	2	México
25-06-1998	Coréia do Sul	1	x	1	Bélgica

                         Neste grupo a Holanda estreou no Saint Denis, com 0 a 0 contra a Bélgica. Resultado que os holandeses não esperavam. No mesmo dia o México não teve dificuldades para vencer a Coréia do Sul por 3 a 1. Na segunda rodada, Bélgica e México empataram em 2 a 2, num jogo que foi disputado palmo a palmo e o empate foi o resultado mais justo. Já a Holanda, jogando em Marselha, goleou a Coréia do Sul por 5 a 0, gols de Cocu, Overmars, Bergkamp, Van Hooijdonk e Ronald de Bôer. Cinco dias depois, jogando em Saint Etien a Holanda voltou a empatar, desta vez com o México em 2 a 2, gols de Cocu e Ronald Bôer para os holandeses e de Pelaez e Hernandez para os mexicanos. Com o empate de Coréia do Sul e Bélgica em 1 a 1 no último jogo do grupo, ficaram classificados a Holanda e o México.

 GRUPO  “F”

14-06-1998	Iugoslávia	1	x	0	Irã
15-06-1998	Alemanha	2	x	0	Estados Unidos
21-06-1998	Iugoslávia	2	x	2	Alemanha
21-06-1998	Irã	2	x	1	Estados Unidos
25-06-1998	Alemanha	2	x	0	Irã
25-06-1998	Iugoslávia	1	x	0	Estados Unidos

                         Neste grupo seguiu o previsto. Na primeira rodada jogando em Saint Etienne, a Iugoslávia venceu o Irã por 1 a 0. No dia seguinte jogando no Parc de Princês, em Paris, a Alemanha venceu os Estados Unidos por 2 a 0, gols de Moeller e Klinsmann. Três dias depois, a Alemanha voltou a campo, desta vez para enfrentar a Iugoslávia, onde empatou em 2 a 2. O jogo foi em Lens, numa virada iniciada com o gol contra a 17 minutos da etapa final, de Mihjalovic quando os iugoslavos venciam por 2 a 0, gols do mesmo Mihjalovic e de Sttojkovic. Sete minutos para terminar, o alemão Bierhoff empatou a partida, dando números finais em 2 a 2 no placar.

                         O momento especial do grupo e da Copa foi o encontro de dois inimigos políticos; Irã e Estados Unidos, no dia 21 de junho às 21:00h, em Lyon. A esperada batalha começou com o capitão iraniano entregando flores a uma espectadora norte americana nas tribunas e respeitosos cumprimentos dos dois capitães. No futebol, o jogo foi limpo e com apenas três cartões amarelos. Mc-Bride fez o gol dos norte-americanos que perderam por 2 a 1, gols de Estili e Mandavikia para o Irã.

                       Na última rodada não tivemos surpresa, a Alemanha venceu o Irã por 2 a 0, gols de Bierhoff e Klinsmann e no outro jogo a Iugoslávia venceu os Estados Unidos por 1 a 0. Com estes resultados, os Estados Unidos ficaram em primeiro do grupo e a Iugoslávia em segundo.

GRUPO  “G”

15-06-1998	Romênia	1	x	0	Colômbia
15-06-1998	Inglaterra	2	x	0	Tunísia
22-06-1998	Colômbia	1	x	0	Tunísia
22-06-1998	Romênia	2	x	1	Inglaterra
26-06-1998	Romênia	1	x	1	Tunísia
26-06-1998	Inglaterra	2	x	0	Colômbia

                          A Romênia foi outra surpresa neste mundial, começou vencendo a Colômbia por 1 a 0 gol de Ilie. O jogo foi em Lyon. No mesmo dia a Inglaterra mostrou seu favoritismo ao vencer a Tunísia por 2 a 0 em Marselha. Na rodada seguinte a Colômbia passou pela fraca Tunísia por 1 a 0, enquanto que a Romênia continuava mostrando um bom futebol e voltou a vencer, desta vez a poderosa Inglaterra por 2 a 1. Fechando este grupo, tivemos a grande surpresa, a Romênia que até então era a sensação, apenas empatou com a Tunísia em 1 a 1, enquanto que a Inglaterra passou fácil pela Colômbia por 2 a 0. Se classificaram a Romênia em primeiro e a Inglaterra em segundo neste grupo G.

GRUPO  “H”

14-06-1998	Croácia	3	x	1	Jamaica
14-06-1998	Argentina	1	x	0	Japão
20-06-1998	Croácia	1	x	0	Japão
21-06-1998	Argentina	5	x	0	Jamaica
26-06-1998	Argentina	1	x	0	Croácia
26-06-1998	Jamaica	2	x	1	Japão

                          O grupo H começou com a Croácia jogando em Lens e derrotando a Jamaica por 3 a 1, gols de Stanic, Prosinec e Suker, enquanto que Earle marcou para os jamaicanos. No outro jogo disputado em Toulouse, a Argentina venceu com dificuldades o Japão por 1 a 0, gol de Batistuta. Na rodada seguinte, a Croácia e o Japão confirmaram suas boas estreias. Em Nantes, os croatas lutaram 77 minutos para Suker fazer o 1 a 0 da vitória. No dia seguinte, no Parc de Prince, em Paris, a Argentina deslanchou com 5 a 0 sobre a fraquíssima Jamaica. Gols de Batistuta (3) e Ortega (2).

                         Fechando a rodada deste grupo, jogando em Bordeaux, a Argentina se impôs à Croácia e venceu por 1 a 0, gol de Pineda, num jogo com sete cartões amarelos. E no último jogo do grupo, em Lyon, a Jamaica dominou o Japão e venceu por 2 a 1. Com estes resultadod, a Croácia se classificou em primeiro e a Argentina em segundo

OITAVAS-DE-FINAL

                        Os resultados dos dezesseis jogos eliminatórios registraram surpresas, como a eliminação da Espanha e da Colômbia e as ótimas campanhas da Romênia, de Nigéria, do Paraguai e da Croácia.

27-06-1998	Itália	1	x	0	Noruega
27-06-1998	Brasil	4	x	1	Chile
28-06-1998	Dinamarca	4	x	1	Nigéria
28-06-1998	França	1	x	0	Paraguai
29-06-1998	Alemanha	2	x	1	México
29-06-1998	Holanda	2	x	1	Iugoslávia
30-06-1998	Croácia	1	x	0	Romênia
30-06-1998	Argentina	4	x	3	Inglaterra

                         A partir desta fase, todos os jogos eram eliminatórios e as oitavas de final começaram dia 27 de junho às 16:30h com Itália e Noruega no Velodrome, de Marselha, onde 55.000 espectadores, vira Vieri classificar os italianos, com um gol. Foram seis os cartões amarelos, três para cada equipe.

                        No Parc de Prince, em Paris, o Brasil não teve dificuldades para vencer o Chile por 4 a 1. Gols de César Sampaio aos 11 e aos 26 minutos e ainda no primeiro tempo, aos 46 minutos, Ronaldo marcou mais um cobrando pênalti. No segundo tempo Salas diminuiu aos 23, mas dois minutos depois, Ronaldo fechou o placar de 4 a 1 para o Brasil. O árbitro da partida foi o francês Marc Batta e o Brasil jogou neste dia com a seguinte formação; Taffarel, Cafú, Junior Baiano, Aldair (Gonçalves) e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio, Leonardo e Rivaldo; Bebeto (Denilson) e Ronaldo.

                        No dia seguinte, e Saint Denis, a Dinamarca paro a caminhada da Nigéria, goleando por 4 a 1, gols de Moller, Laudrup, Sand e Helveg para os dinamarqueses e Babangida para os africanos. À tarde, em Lens, a França teve que lutar muito para superar o Paraguai. O tempo normal terminou empatado em 0 a 0 e os paraguaios receberam os cinco cartões amarelos do jogo, que foram aplicados pelo árbitro Busaim Ali, dos Emirados Árabes. Aos 23 minutos da prorrogação, Laurent Blanc fez o primeiro gol de ouro (ou morte súbita) de uma Copa do Mundo, eliminando assim, o Paraguai da competição.

                         A 29 de junho foi a terceira rodada das oitavas. Em Montpellier, a Alemanha, com gols de Klinsmann e Bierhoff, virando o jogo a 14 minutos do final, venceu o México por 2 a 1, que iniciara o segundo tempo com um gol de Hernandez. E no mesmo dia, em Toulouse, a Holanda eliminou a Iugoslávia por 2 a 1, com gols de Bergkamp e Davids, e Kolmjenovic para os iugoslavos.

                        No último dia de jogos pelas oitavas, a Croácia eliminou a Romênia com um gol de pênalti do artilheiro Suker. Este jogo foi em Bordeaux. E no mesmo dia, em Saint Etienne, Argentina e Inglaterra fizeram o mais destacado confronto das oitavas. O primeiro tempo foi a exibição do futebol clássico, em alto estilo, de duas grandes escolas. Batistuta abriu o placar e Shearer empatou, ambos de pênalti. Houve numerosos cartões amarelos, cinco para argentinos, em sua maioria pelas reclamações nervosas ao árbitro dinamarquês Nielsen. Seis minutos depois, Owen, em belíssimo gol, colocou os ingleses na frente e no segundo final da etapa inicial Zanetti empatou cobrando, com precisão, uma falta fora da área.

                       Logo ao recomeçar o jogo, Beckman entrou forte contra o corpo de Simeone e foi imediatamente expulso pelo árbitro que depois advertiu o goleiro Seamman por retardar o jogo. Campbell, em ataque desesperado na área argentina, saltou em Roa e marcou o gol que seria a vitória inglesa. O árbitro anulou, alegando falta do zagueiro inglês no goleiro argentino. No final 2 a 2. Veio o tempo extra de 30 minutos e permaneceu o mesmo placar. Nada decidido, cobrança de tiros livres da marca de pênalti. Na quinta cobrança inglesa, o goleiro argentino defendeu e com isso a seleção da Argentina estava classificada para as quartas de final.

QUARTAS-DE-FINAL

03-07-1998	França	4	x	3	Itália
03-07-1998	Brasil	3	x	2	Dinamarca
04-07-1998	Holanda	2	x	1	Argentina
04-07-1998	Croácia	3	x	0	Alemanha

                         Em dois dias foram disputadas as quartas de final. Dia 3 de julho às 16:30h em Saint Denis, Itália e França empolgaram os 77.000 espectadores que estiveram presente ao estádio. O tempo regulamentar do jogo e os 30 minutos adicionais terminaram em 0 a 0. A decisão foi para os tiros livres. Zidane abriu a série para a França e fez 1 a 0. Roberto Baggio empatou para os italianos. Luzarazu chutou e Pagliuca defendeu. Albertini cobrou e Barthez defendeu. Tudo igual novamente. Depois marcaram para a França, Trezeget, Henry e Blanc, enquanto que para a Itália marcaram; Costacurta e Vieiri. O jogador italiano Di Biaggio chutou violentamente e a bola foi para fora. A França estava classificada para a semi-final.

                       Ainda no dia 3 de julho, às 21:00h, o Brasil foi à Nantes decidir com a Dinamarca. Jorgense abriu a contagem aos dois minutos de jogo. Bebeto empatou para o Brasil aos 10 e Rivaldo fez 2 a 1 aos 25 minutos do primeiro tempo. No início da segunda etapa, Laudrup tornou a empatar e Rivaldo aos 14 minutos fez 3 a 2 para o Brasil, que estava assim, classificado para a semi-final. O árbitro da partida foi Gamal Ghandour, do Egito e o Brasil neste dia jogou com; Taffarel, Cafu, Junior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio (Zé Roberto), Leonardo (Emerson) e Rivaldo; Bebeto (Denilson) e Ronaldo.

                       No dia seguinte, em Marselha, à tarde, a Holanda com gols de Kluivert e Bergkamp venceu a Argentina por 2 a 1. O gol argentino foi anotado por Lopez. Norman com dois amarelos e Ortega por falta violenta aos 87 minutos, foram expulsos pelo árbitro mexicano Brizio Carter. Ainda no dia 4 de julho, às 21:00h a Croácia derrotou a Alemanha por 3 a 0, com gols de Jarni, Vladovic e Suker. O alemão Worns foi expulso aos 40 minutos do primeiro tempo, pelo árbitro norueguês Rune Pedersen. E assim a Croácia era o quarto país a se classificar para a semi-final. 

SEMI-FINAL

07-07-1998	Brasil	4	x	2	Holanda
08-07-1998	França	2	x	1	Croácia

                         Brasil e Holanda se enfrentaram no dia 7 de julho em Marselha, perante um público de 54.000 espectadores. Foi um dos mais belos jogos da Copa. O árbitro Busaim Ali, dos Emirados Árabes, aplicou quatro cartões amarelos, aos holandeses e dois aos brasileiros.

                        O primeiro tempo terminou em 0 a 0. No primeiro minuto do segundo tempo, Ronaldo fez 1 a 0 para o Brasil. A três minutos do final, Kluivert de cabeça empatou. Veio a prorrogação e o placar não foi alterado e a decisão foi para os tiros livres. Ronaldo começou a série e marcou. Frank de Bôer empatou. Rivaldo marcou o segundo gol brasileiro, mas Bergkamp voltou a empatar. Emerson colocou o Brasil na frente e Cocu fez a terceira cobrança para a Holanda e Taffarel defendeu. Dunga fez 4 a 2 e Ronaldo Bôer atirou forte e Taffarel voltou a defender. Final, Brasil 4 a 2, e mais uma vez classificado para uma final de Copa do Mundo. Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Zé Carlos, Junior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio, Leonardo (Emerson) e Rivaldo; Bebeto (Denilson) e Ronaldo.

                        No dia seguinte, a revelação Croácia jogou para 70.000 espectadores, em Saint Denis, com a França. O croata Suker abriu a contagem assustando os franceses. Um minuto depois, o lateral direito Lilian Thuran marcou seu primeiro gol na Copa e empatou. Ele mesmo aos 20 minutos com seu segundo gol definiu o placar, colocando a França na final da Copa do Mundo, cujo adversário seria o Brasil.

DECISÃO DO 3º LUGAR

11-07-1998

Croácia

2

x

1

Holanda

                          Holanda e Croácia se encontraram em Paris, no Parc de Prince, para decidir o terceiro lugar. O jogo, normalmente tido como morno e de consolação, foi duramente disputado e o árbitro paraguaio Ephifanio Gonzáles aplicou quatro cartões amarelos aos croatas e dois aos holandeses. Prosinec e Suker fizeram os dois gols da Croácia, enquanto que Zenden marcou o único tento dos holandeses. Com este gol, o croata Suker tornou-se o artilheiro da Copa.

FINAL

12-07-1998

França

3

x

0

Brasil

                         Havia grande expectativa pela final. O Brasil poderia conquistar o pentacampeonato e a França tinha a sua melhor oportunidade para chegar ao tão almejado título de Campeão do Mundo, que buscava há décadas. No dia 12 de julho, pela manhã, surgia a notícia de que Ronaldo tinha tido uma convulsão no hotel e estava hospitalizado. Roberto Carlos, seu companheiro de quarto, confirmara a informação. Um comunicado oficial da FIFA, no meio da manhã, anunciava a escalação de Edmundo como seu substituto na seleção brasileira.

                       Ronaldo foi levado ao hospital, examinado e os médicos não detectaram qualquer anormalidade, liberando-o. Permaneceu a dúvida sobre a sua presença no jogo até minutos antes da apresentação, quando novo informe mencionava Ronaldo no ataque brasileiro. A delegação brasileira confirmou, explicando que o técnico Zagallo relutara em escalar o jogador, mas fora o próprio Ronaldo quem insistiu em jogar, declarando estar bem. O episódio jamais foi perfeitamente esclarecido, dando margem às mais estranhas histórias e versões.

                       Inexplicavelmente o Brasil como de costume, não entrou em campo para fazer o aquecimento e finalmente o jogo começou com Ronaldo em campo. A seleção francesa começou muito melhor, quando aos 26 minutos, Zidane cabeceou sem apelação para o arqueiro Taffarel e fez 1 a 0 para a França. Ainda nos acréscimos Zidane novamente marcou para os franceses. Veio o segundo tempo e aos 18 minutos Desailly, que já´havia tido um cartão amarelo, fez uma falta violenta e desnecessária em Cafú e foi corretamente expulso pelo árbitro da partida, o marroquino, Said Belgola.

                       Ronaldo continuava apático e sem inspiração, mas estava claro que não seria substituído. Os franceses jogavam com 10 quando Zagallo tirou o meio campista César Sampaio e fez entrar Edmundo. O jogo já estava decidido e o púlbico delirava nas arquibancadas. No minuto derradeiro, em clima de festa, Petit fechou a contagem de 3 a 0, indiscutível e merecida. Acabava ali os nossos sonhos de sermos penta, enquanto que os franceses faziam a festa em grande estilo, pelo seu primeiro título mundial. A partir daquele 12 de julho de 1998, era sete os países Campeões do Mundo de Futebol.

                       Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Cafu, Junior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio (Edmundo), Leonardo (Denilson) e Rivaldo; Bebeto e Ronaldo. O técnico da seleção brasileira foi Mário Jorge Lobo Zagallo. A França jogou com; Barthez, Thuram, Leboeuf, Desailly e Lizarazu; Karembeu (Boghossian), Deschamps, Petit e Zidane; Djorkaeff (Vieira) e Guivarc´h (Dugarry). O técnico da seleção francesa foi Aimé Jacquet.

                      Durante toda a Copa, somente uma partida foi decidida com a “morte súbita” e isto aconteceu no jogo entre França x Paraguai nas oitavas de final, quando o jogador francês Blanc, aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, marcou o “gol de ouro” eliminando dessa maneira, a seleção paraguaia. A decisão por pênalti aconteceu três vezes: Argentina x Inglaterra, com viória da seleção Argentina, Itália x Franca, com vitória da seleção francesa e também Brasil x Holanda, com vitória da seleção brasileira.

                        Mais uma vez as seleções africanas mostraram que estão evoluindo e muito, com um futebol alegre e de um refinado toque de bola, porem ainda falta á eles, aquele experiência e também aquela garra necessária para uma disputa de uma Copa do Mundo. Já as seleções asiáticas tiveram uma participação fraca.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

                       A seleção brasileira teve a seguinte participação nesta Copa de 98: Marcou 14 gols e sofreu 10. Venceu 5 partidas e perdeu 2. O artilheiro da seleção brasileira foi Ronaldo com 4 gols. A delegação brasileira foi assim formada:

Goleiros: Taffarel, Carlos Germano e Dida

Zagueiros: Cafu,  Zé Carlos, Junior Baiano, Aldair, Roberto Carlos, Gonçalves, André Cruz e Zé Roberto.

Meias: César Sampaio, Dunga, Rivaldo, Leonardo, Doriva, Giovanni e Emerson

Atacantes: Ronaldo, Edmundo, Denilson e Bebeto

Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo