COPA de 2006

                     A Copa de 2006 foi realizada no período de 09 de junho a 09 de julho e assim como em 1974 ela voltou a ser disputada na Alemanha. Mas, para isto se concretizar, muitas coisas aconteceram, e tudo começou assim: Em 1998, durante o Congresso da FIFA em Paris, havia dúvidas sobre os critérios de escolha da sede da Copa de 2006. A alternância que havia entre Europa e América estava superada com a realização em 2002, quando já se sabia que ela seria disputada no continente asiático. Alemanha e Inglaterra eram candidatos ostensivos e faziam campanha promocional em seu favor. A África do Sul, com a intervenção direta de seu presidente Nelson Mandela, lutava pelo que considerava seu direito desde que se extinguira o “apartheid” e a América do Sul se declarava em apoio ao Brasil.

                    Em 20 de outubro de 1998, a FIFA enviou uma circular a todos os seus membros, convidando-os formalmente a candidatar-se a sediar a Copa 2006. Era demonstração evidente de que não se impunha nenhuma região geográfica, como até então. Com Franz Beckenbauer liderando, a Associação Alemã de Futebol foi a primeira a se manifestar confirmando seu interesse. Em agosto de 1999 todos os países que pretendiam sediar a Copa entregaram à FIFA toda a documentação exigida. Começou, então, um período de visitas de inspeção aos países candidatos. Dia 6 de julho de 2000, o Comitê Executivo da FIFA reunido em Zurique, apreciou os documentos e viu que o Brasil havia desistido e pelos estudos feitos, restaram somente a Alemanha e a África do Sul em disputa. A votação foi decidida em três turnos, sendo que no final os votos apontavam 12 votos para a Alemanha e 11 votos para a África do Sul.

                    Imediatamente começaram as inscrições para a disputa das eliminatórias. A Europa tinha 51 seleções em busca de apenas 13 vagas. Classificaram-se os 11 primeiros e os 2 melhores segundo colocados. Portanto tivemos 14 seleções representando o continente europeu, pois a Alemanha que não precisou disputar as eliminatórias completou os 14 países europeus. A África tinha 52 países em busca de somente 5 vagas, a Ásia tinha 39 países disputando apenas 4 vagas, a América do Norte, Central e Caribe, tinham 4 vagas somente para 34 países que estavam disputando, os sul-americanos tinham 10 países em disputa de 4 vagas e a Oceania tinha 12 países em busca de apenas 1 vaga, que foi conquistada pela Austrália, que por sinal foi a última Copa em que os australianos disputaram como integrantes da Confederação de Oceania, já que passaram a integrar a zona asiática.

                    O primeiro jogo das eliminatórias é o jogo nº 1 e o começo oficial da Copa, e o primeiro jogo das eliminatórias aconteceu no dia 6 de novembro de 2003, com o Equador vencendo a Venezuela por 2 a 1. Seu encerramento aconteceu no dia 16 de novembro de 2005, em Sidney, no jogo nº 847, quando a Austrália venceu o Uruguai por 1 a 0 e assim, depois de 32 anos ela estava de volta a um mundial. Nestes jogos eliminatórios, tivemos 2.464 gols marcados, em média 2,91 por jogo e um público pagante de 18 milhões, dando uma média de 22.000 pessoas por jogo. Os jogos foram 190 na África, 135 na Ásia, 282 na Europa, 111 na América do Norte, Central e Caribe, 38 na Oceania e 91 na América do Sul. Uma curiosidade, para se classificar a seleção de Trinidad Tobago precisou jogar 20 vezes, enquanto que a seleção da Austrália jogou somente 9 vezes. Das 194 seleções que disputaram as eliminatórias, classificaram-se as 31 que faltavam para disputar a 18ª Copa do Mundo, pois a 32ª era a anfitriam do grande espetáculo, a Alemanha, que pela segunda vez sediava uma Copa do Mundo.

JOGOS DA PRIMEIRA FASE

GRUPO “A”

09-06-2006

Alemanha 4 x 2 Costa Rica
09-06-2006 Polônia 0 x 2

Equador

14-06-2006

Alemanha 1 x 0 Polônia
15-06-2006 Equador 3 x 0

Costa Rica

20-06-2006

Alemanha 3 x 0 Equador
20-06-2006 Costa Rica 1 x 2

Polônia

                         Dia 9 de junho de 2006, no novo estádio de Munich, às 18:00 horas, Alemanha e Costa Rica, abriram a 18ª Copa do Mundo. Os donos da casa não tiveram nenhuma dificuldade em vencer a fraca seleção de Costa Rica por 4 a 2. O primeiro gol da Copa foi do alemão Philipp Lahm. No mesmo dia, às 21:00h a Polônia se surpreendeu com a seleção do Equador e perdeu por 2 a 0. Cinco dias depois, a Alemanha voltava a campo e desta vez para enfrentar a seleção polonesa, que não viera bem preparada para esse mundial e assim foi derrotada mais uma vez por 1 a 0. No dia seguinte, a seleção do Equador confirmando sua boa apresentação da sua estreia, voltou a vencer, desta vez a Costa Rica por 3 a 0.

                        E na última rodada do grupo A, a Alemanha diante de sua torcida mostrou um bom futebol e derrotou a boa seleção do Equador por 3 a 0. Fechando a rodada, a Polônia conseguiu sua primeira vitória ao derrotar a fraquíssima seleção de Costa Rica por 2 a 1. Com estes resultados, classificaram-se; Alemanha em primeiro e Equador em segundo do grupo.

GRUPO “B”

10-06-2006

Inglaterra 1 x 0 Paraguai
10-06-2006 Trinidad Tobago 0 x 0

Suécia

15-06-2006

Inglaterra 2 x 0 Trinidad Tobago
15-06-2006 Suécia 1 x 0

Paraguai

20-06-2006

Inglaterra 2 x 2 Suécia
20-06-2006 Paraguai 2 x 0

Trinidad Tobago

                        Inglaterra e Paraguai abriram o grupo B e não apresentaram um bom futebol. Os dois ataques foram incapazes de proporcionar algum trabalho aos seus goleiros, mas a Inglaterra soube aproveitar a única oportunidade e fez 1 a 0, começando bem sua participação no mundial. Trinidad Tobago que veio do Caribe, estava acostumado a abrir os jogos eliminatórios de Copas do Mundo, e por dez vezes foram desclassificados nos últimos jogos. Tinha como técnico, o holandês Leo Beenhakker, que já havia sido técnico do Ajax da Holanda e do Real Madrid e seus jogadores a maioria jogavam em clubes estrangeiros, portanto, não era uma seleção tão ingênua como muitos pensavam. E na sua estreia, arrancou um empate contra a Suécia em 0x0.

                        Cinco dias depois, a Inglaterra voltava a campo e desta vez não teve dificuldades para derrotar a fraca seleção de Trinidad Tobago por 2 a 0. Ainda no mesmo dia, a Suécia com um futebol defensivo, passou pelo Paraguai por 1×0. No último dia de competição deste grupo B, Inglaterra e Suécia, fizeram um jogo de quatro gols, mas não houve vencedor, pois a partida terminou empatada em 2 a 2. E fechando este grupo, a seleção de Trinidad Tobago que não marcou nenhum gol neste mundial, despediu-se da Copa com mais uma derrota, desta vez para o Paraguai por 2×0. Portanto, estavam classificados neste grupo B, a Inglaterra em primeiro e a Suécia em segundo.

GRUPO “C”

10-06-2006

Argentina 2 x 1 Costa do Marfim
11-06-2006 Sérvia Montenegro 0 x 1

Holanda

16-06-2006

Argentina 6 x 0 Sérvia Montenegro
16-06-2006 Holanda 2 x 1

Costa do Marfim

21-06-2006

Argentina 0 x 0 Holanda
21-06-2006 Costa do Marfim 3 x 2

Sérvia Montenegro

                         Costa do Marfim e Argentina abriram o grupo C. A seleção africana para chegar até este mundial, precisou eliminar Camarões e Egito, forças respeitadas em Copas do Mundo. Mas na sua estreia não foi feliz e perdeu para a poderosa seleção argentina por 2 a 1. No dia seguinte, a Holanda de tantas tradições no futebol mundial, sofreu para vencer a seleção de Sérvia Montenegro por apenas 1 a 0. Seis dias depois de fazer sua estreia, a Argentina goleou a fraquíssima seleção de Sérvia Montenegro por 6 a 0. Esta foi a maior goleada da Copa. E no mesmo dia, a Holanda passou pela Costa do Marfim por 2 a 1.

                        Fechando este grupo, Holanda e Argentina fizeram um jogo só para cumprir tabela, pois já estavam classificados para a fase seguinte, sendo assim, o empate de 0 a 0 foi bom para as duas seleções. E no último jogo do grupo, se enfrentaram as duas seleções que já estavam eliminadas da competição, e assim, Sérvia Montenegro despediu-se com mais uma derrota, 3 a 2 para a Costa do Marfim.

GRUPO “D”

11-06-2006

México 3 x 1 Irã
11-06-2006 Angola 0 x 1

Portugal

16-06-2006

México 0 x 0 Angola
17-06-2006 Portugal 2 x 0

Irã

21-06-2006

México 1 x 2 Portugal
21-06-2006 Irã 1 x 1

Angola

                         Abrindo este grupo, a experiente seleção mexicana não teve dificuldades para vencer a fraca seleção do Irã por 3 a 1. Já Portugal encontrou muitas dificuldades para derrotar Angola por apenas 1 a 0. Cinco dias depois, tivemos a primeira surpresa da Copa, o México não conseguiu vencer Angola, e assim, o jogo terminou do mesmo modo que começou, 0 a 0. E no dia seguinte, Irã se despedia da Copa ao ser derrotado por Portugal por 2 a 0.

                        Fechando este grupo, México e Portugal fizeram um jogo somente para decidir quem seria o primeiro do grupo, e os portugueses levaram a melhor ao vencer por 2 a 1. E no último jogo do grupo, somente para cumprir tabela, Irã e Angola empataram em 1 a 1. Com estes resultados, Portugal se classificou em primeiro e o México em segundo.

GRUPO “E”

12-06-2006

Itália 2 x 0 Gana
12-06-2006 Estados Unidos 0 x 3

República Checa

17-06-2006

Itália 1 x 1 Estados Unidos
17-06-2006 República Checa 0 x 2

Gama

22-06-2006

Itália 2 x 0 República Checa
22-06-2006 Gana 3 x 2

Estados Unidos

                        Gana era mais uma seleção estreante em Copas do Mundo vinda da África, onde figura um astro de 36 milhões de euros, pagos pelo Chelsea da Inglaterra. Trata-se do jogador Michael Essien, que aos 23 anos já havia sido campeão francês pelo Olimpique de Lyon. Mas ele não foi suficiente para enfrentar a poderosa seleção da Itália, que venceu a partida por 2 a 0, na abertura do grupo E neste mundial. No mesmo dia, a fraca seleção dos Estados Unidos não suportou o forte futebol da República Tcheca e perdeu por 3 a 0.

                        Cinco dias depois, a Itália voltou a campo e não saiu de um simples empate com a fraca seleção americana, 1 a 1 foi o placar final. E no mesmo dia, uma nova surpresa na Copa, Gana derrotou a República Checa por 2 a 0. Fechando este grupo, a Itália confirmou seu primeiro lugar no grupo ao derrotar a República Checa por 2 a 0, enquanto que a seleção de Gana surpreendeu novamente ao vencer os Estados Unidos por 3 a 2, num jogo muito movimentado e com cinco gols. E assim, Gana ficou em segundo no grupo.

GRUPO “F”

12-06-2006

Austrália 3 x 1 Japão
13-06-2006 Brasil 1 x 0

Croácia

18-06-2006

Austrália 0 x 2 Brasil
18-06-2006 Japão 0 x 0

Croácia

22-06-2006

Brasil 4 x 1 Japão
22-06-2006 Croácia 2 x 2

Austrália

                          Passaram-se 32 anos desde a sua última participação em Copas do Mundo, agora a Austrália estava de volta e com um técnico respeitado, o holandês Gus Hiddinki, que levou a Coréia do Sul ao terceiro lugar em 2002. Já o Japão, comandado pelo brasileiro Zico, que disputou três mundiais como jogador, também tinha como líder da equipe outro brasileiro, o jogador Alexandre Santos. E os australianos levaram a melhor neste confronto de abertura do grupo, 3 a 1 foi o placar final.

                         No dia seguinte foi a vez do Brasil fazer sua estreia no mundial. O adversário foi a Croácia, que fez uma belíssima apresentação na Copa de 98, mas que não repetiu em 2002. O jogo foi em Berlim, no Estádio Olímpico, que recebeu neste dia um público de 66.021 pessoas. O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Kaká aos 43 minutos do primeiro tempo. O árbitro da partida foi o mexicana Benito Archundia, que deu cartão amarelo a Emerson. Brasil jogou neste dia com; Dida, Cafú, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Émerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo (Robinho) e Adriano. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

                        Na segunda rodada, o Brasil voltava a campo 5 dias depois para enfrentar a Austrália. O jogo foi em Munique, no Estádio Allianz Arena, que recebeu neste dia um público de 59.416 espectadores. O Brasil não teve dificuldades para vencer os australianos por 2 a 0, gols de Adriano logo aos 3 minutos e Fred aos 43, ambos no primeiro tempo. Cafú, Robinho e Ronaldo receberam cartão amarelo, que foi aplicado pelo árbitro alemão Markus Merck. Neste dia o Brasil jogou com; Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva), Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo (Robinho) e Adriano (Fred). Técnico: Carlos Alberto Parreira.

                        Fechando a segunda rodada do grupo, Japão e Croácia fizeram um jogo muito fraco e não conseguiram abrir o placar, sendo assim a partida terminou como começou, 0 a 0. Na última rodada, o Brasil enfrentou o Japão e Dortmund e o público neste dia foi de 60.285 pagantes. O técnico da seleção japonesa era o ex-jogador Zico, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, em especial do Flamengo, onde atuou por muitos anos, sendo o maior artilheiro de todos os tempos. Mas Zico não foi feliz ao enfrentar a seleção brasileira, que ele tantas vezes vestiu a camisa, o placar foi de 4 a 1 para a seleção canarinho.

                        Mas o Japão chegou a estar na frente do marcador, pois Tamada fez 1 a 0 aos 33 minutos do primeiro tempo. O empate brasileiro veio somente nos acréscimos, pois Ronaldo marcou aos 46 minutos. Mas na segunda etapa, só deu Brasil. Juninho Pernambucano virou o placar aos 8 minutos, Gilberto ampliou aos 14 e Ronaldo fechou o placar aos 35 minutos. Neste jogo houve somente um cartão amarelo e foi aplicado ao jogador brasileiro Gilberto. O árbitro da partida foi o francês Eric Poulat e o Brasil jogou neste dia com; Dida (Rogério Ceni), Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Juninho Pernambucano, Kaká (Zé Roberto) e Ronaldinho Gaúcho (Ricardinho); Ronaldo e Robinho. Técnico: Carlos Alberto Parreira. E fechando este grupo, Croácia e Austrália fizeram um jogo para decidir o segundo do grupo e a Austrália levou a melhor ao empatar em 2 a 2.

GRUPO “G”

13-06-2006

França 0 x 0 Suíça
13-06-2006 Coréia do Sul 2 x 1

Togo

18-06-2006

França 1 x 1 Coréia do Sul
19-06-2006 Togo 0 x 2

Suíça

23-06-2006

França 2 x 0 Togo
23-06-2006 Suíça 2 x 0

Coréia do Sul

                        França e Suíça fizeram um jogo totalmente defensivo. A Suíça manteve sua tradição de não levar gols, em compensação, seu ataque foi incapaz de furar o bloqueio francês, sendo assim, o jogo terminou do mesmo modo que começou, ou seja, 0 a 0. No mesmo dia, Coréia do Sul e Togo se enfrentaram na abertura do grupo G. Togo era uma surpresa no mundial, treinada pelo antigo capitão da seleção da Nigéria, em seus 10 jogos da fase eliminatória, ganhou 7, empatou 2 e perdeu somente uma vez. Seu atacante era Adebayor, que jogava no Mônaco, na França. Mas os coreanos mais tarimbados em Copas, venceram por 2 a 1.

                        Na segunda rodada, a França voltou a empatar, desta vez com os coreanos, 1 a 1. No dia seguinte, Togo mostrou mais uma vez sua fragilidade e perdeu novamente, agora para a Suíça por 2 a 0. E fechando este grupo, na última rodada, França finalmente conheceu sua primeira vitória e passou pela fraquíssima seleção de Togo, 2 a 0. E no último jogo do grupo, a Suíça manteve sua tradição e não tomou nenhum gol e venceu a Coréia do Sul por 2 a 0. Com estes resultados classificaram-se, a Suíça em primeiro e a França em segundo.

GRUPO “H”

14-06-2006

Espanha 4 x 0 Ucrânia
14-06-2006 Tunísia 2 x 2

Arábia Saudita

19-06-2006

Espanha 3 x 1 Tunísia
19-06-2006 Ucrânia 4 x 0

Arábia Saudita

23-06-2006

Arábia Saudita 0 x 1 Espanha
23-06-2006 Ucrânia 1 x 0

Tunísia

                         A seleção espanhola veio para este mundial com sua força máxima e mostrou isto na sua estreia contra a Ucrânia, a qual venceu por 4 a 0. No mesmo dia, Tunísia e Arábia Saudita, duas seleções de nível técnico bem parecido, confirmaram isto ao empatarem em 2 a 2. Cinco dias depois, a Espanha voltou a campo e confirmou seu favoritismo, ao vencer a fraca Tunísia por 3 a 1. Já a Ucrânia que havia perdido por 4 a 0 na sua estreia, devolveu o mesmo placar pra cima da Arábia Saudita.

                        Fechando este grupo, a Espanha se classificou em primeiro ao vencer Arábia Saudita por 1 a 0 e a Ucrânia ficou em segundo ao vencer Tunísia pelo mesmo placar, 1 a 0. Com todos os jogos da primeira fase encerrados, dezesseis países passaram para as oitavas de final, que segundo o regulamento, em caso de empate haveria uma prorrogação de 30 minutos e persistindo o empate, seria decidido no tiro livre direto. E os jogos foram os seguintes.

OITAVAS DE FINAL

24-06-2006

Alemanha 2 x 0 Suécia
24-06-2006 Argentina 2 x 1

México

25-06-2006

Inglaterra 1 x 0 Equador
25-06-2006 Portugal 1 x 0

Holanda

26-06-2006

Itália 1 x 0 Austrália
26-06-2006 Suíça 0 x 3

Ucrânia

27-06-2006

Brasil 3 x 0 Gana
27-06-2006 Espanha 1 x 3

França

                      Abrindo esta nova fase, as oitavas de final, a experiente Alemanha derrotou a Suécia por 2 a 0 e passou para a fase seguinte. No mesmo dia, Argentina e México fizeram um jogo muito equilibrado e depois de 90 minutos a partida terminou empatada em 1 a 1. Veio então a prorrogação e os argentinos souberam aproveitar a única oportunidade marcando o gol da vitória através de Max Rodrigues. No dia seguinte, a Inglaterra sofreu para derrotar o Equador e o placar foi de 1 a 0 para os ingleses, gol de David Beckham. No mesmo dia, Portugal e Holanda fizeram um jogo dramático, onde Portugal marcou seu único gol através de Maniche, o gol da vitória veio nos últimos minutos da partida.

                     Chegavaa vez da Itália mostrar sua tradição, mas foi com muito sofrimento que passou pela Austrália. Foi um jogo muito amarrado, com as duas defesas jogando muito bem, e assim foi até os 47 minutos e 50 segundos do segundo tempo, quando o árbitro espanhol Luiz Medina Cantalejo resolveu dar um pênalti inexistente a favor da Itália. O atacante italiano Totti bateu e fez 1×0, e a Itália já estava nas quartas de final. Com certeza este foi o erro de arbitragem mais grave de toda a Copa e que prejudicou a seleção australiana.

                     Naquele mesmo dia, teríamos outra partida dramática, desta vez entre Suíça x Ucrânia na cidade de Colônia. Foi um verdadeiro jogo de xadrez, pois os dois técnicos armaram suas equipes com muito cuidado para não tomarem gol, principalmente a Suíça que até aquele jogo ainda não havia tomado um gol sequer em toda a competição. Final dos 90 minutos e o placar continuava em branco. Veio a prorrogação e nada de gol. Foram para os pênaltis e a Suíça mostrou muita incompetência, pois desperdiçou todas as cobranças. Sendo assim, a Ucrânia estava classificada para as quartas de final, onde iria enfrentar a Itália.  E assim dessa maneira, a Suíça voltou para casa sem tomar um gol sequer, com exceção dos pênaltis, um fato inédito em Copas do Mundo.

                    Era o dia 27 de junho, a cidade era Dortmund e lá estavam em campo as seleções do Brasil e a de Gana para decidir quem iria para as quartas de final. O árbitro era o Lubos Michael da Eslováquia que entrou em campo com as duas seleções perante um público de 60.285 espectadores. Este jogo aconteceu às 17:00 horas na Alemanha e às 12:00 horas no Brasil. Foi um verdadeiro corre corre para o povo brasileiro, pois foram alterados todos os horários de comércio, escolas, repartições públicas, bancos, enfim, ninguém queria perder aquele jogo.

                    Logo aos 5 minutos de jogo, Ronaldo abriu o placar, e com este gol ele entrou para a história, pois chegou ao seu 15º gol em Copas do Mundo, batendo o recorde que pertencia ao alemão Ger Mueller, e aos 46 ainda do primeiro tempo, Adriano aumentou a vantagem. Este gol de Adriano foi o de nº 200 da seleção brasileira em Copas do Mundo. Veio o segundo tempo e o Brasil sempre dominando o jogo, e aos 39 minutos, Zé Roberto fechou o placar de 3 a 0. Levaram cartões amarelos, Juan e Adriano, enquanto que o cartão vermelho foi aplicado ao jogador de Gana, Gyan. Com esta vitória o Brasil estava classificado para as quartas de final. Neste dia o Brasil jogou com; Dida, Cafú, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva), Zé Roberto, Kaka (Ricardinho) e Ronaldinho Gaúcho; Adriano (Juninho Pernambucano) e Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

                      E no último jogo desta fase, a França despachou a Espanha que vinha fazendo uma belíssima campanha, mas caíram diante dos franceses que neste dia jogaram muita bola. O placar foi de 3 a 1. Este jogo entre franceses e espanhóis, foi o de número 700 de todas as Copas.

QUARTA DE FINAL

30-06-2006

Alemanha 4 x 2 Argentina
30-06-2006                     Itália    3    x

   0

                 Ucrânia

01-07-2006

Inglaterra 1 x 3 Portugal
01-07-2006 Brasil 0 x 1

França

                         Chegava o dia 30 de junho e começava as quartas de final, com a dona da casa Alemanha enfrentando a Argentina, num jogo muito aguardado por todos, pois as duas seleções vinham fazendo uma boa campanha na Copa, e também porque a seleção que perdesse, seria a primeira que já havia conquistado um título mundial a se despedir desta Copa de 2006. Esta partida foi realizada na cidade de Berlim e o árbitro foi o eslovaco Lubos Michel de 38 anos de idade e que já havia apitado muitas partidas internacionais, sendo várias delas em importantes decisões, como a final da Copa das Confederações entre Brasil x Argentina no dia 29 de junho de 2005, e que o Brasil empatou aos 45 minutos do segundo tempo e depois venceu nos pênaltis.

                         E neste jogo entre Alemanha x Argentina o árbitro teve que mostrar toda sua experiência, pois começou muito violento de ambas as partes. Somente no segundo tempo aconteceu o primeiro gol da partida, e ele foi da Argentina, através do zagueiro Ayala aos 4 minutos. A Alemanha só veio a empatar aos 35 minutos. Veio a prorrogação e nada de gols. Então foram para os pênaltis. A Alemanha teve 100% de aproveitamento, enquanto a Argentina desperdiçou duas cobranças, através de Ayala e Cambiasso. E assim, a Alemanha estava classificada para a semi-final, só esperando o vencedor de Itália x Ucrânia que iriam jogar naquele mesmo dia na cidade de Hamburgo.

                       No mesmo dia, a Itália mostrando sua força quando chega nas quartas de final, praticou um futebol prático e objetivo, não dando a menor chance aos ucranianos, e o placar foi de 3 a 0 para os italianos. A Ucrânia demonstrou muito eficiência em seu ataque, quase não chutou a gol, enquanto a Itália no começo da partida, ou seja, aos 6 minutos do primeiro tempo, através de Zambrotta abriu o placar. Veio o segundo tempo e a Ucrânia continuou muito frágil, dando à Itália a oportunidade de ampliar o placar, o que aconteceu aos 14 e aos 24 minutos através do atacante Luca Toni. A esquadra azurra estava na semi-final, onde no dia 4 de julho iria enfrentar a dona da casa, a poderosa Alemanha.

                        No dia seguinte Portugal e Inglaterra se enfrentaram na cidade Gelsenkirchen, com arbitragem do argentino Horácio Elizondo. Foi um jogo muito nervoso e com muito equilíbrio, pois as duas seleções se armaram muito bem, não dando muitas oportunidades aos atacantes. Após os 90 minutos o placar continuava em branco. Veio a prorrogação e o placar continuava virgem, sendo assim, a decisão foi nos pênaltis.

                       A Inglaterra marcou somente um gol, com o goleiro português Ricardo fazendo grandes defesas. Enquanto Portugal marcou três vezes, através de Simão, Postiga e Cristiano Ronaldo. Com esta vitória, o técnico Felipão continuava invicto em Copas do Mundo, pois em 2002 não perdeu nenhuma das sete partidas comandando o Brasil e agora seguia sem derrotas comandando Portugal, que ficava a espera do seu adversário na semi-final que sairia da partida entre Brasil e França que aconteceria horas depois.

                        E fechando as quartas de final, Brasil e França se enfrentaram em Frankfurt, perante um público de 43.324 pessoas. O árbitro da partida foi o espanhol Luiz Medina Cantalejo, que distribuiu cartão amarelo para Cafú, Juan, Ronaldo e Lúcio, do Brasil e para Sagnol, Thuran e Saha, da França.

                       O primeiro tempo só deu França em campo, com Zidane dando um verdadeiro show de bola. Veio o segundo tempo e logo aos 11 minutos, numa bobeada da defesa brasileira, Henry fez o único gol da partida. Mais uma vez o Brasil estava fora de um mundial. Neste dia o Brasil jogou com; Dida, Cafu (Cicinho), Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho (Adriano) e Kaká (Robinho); Ronaldinho Gaucho e Ronaldo. Técnico: Carlos Alberto Parreira. A França jogou com; Barthez, Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makelele, Vieira, Malouda (Wiltord) e Ribery (Govou); Zidane e Henry (Saha). Técnico: Raymond Domenech.

                      Todos davam o Brasil como a melhor seleção da Copa. Bem, isto antes dela  começar, porque depois os torcedores foram mudando de opinião, pois em nenhuma partida, o Brasil mostrou um futebol que encantasse e demonstrasse que realmente era superior aos demais adversários. Agora, só resta ao torcedor brasileiro aguardar a Copa de 2010 que será realizada na África do Sul, e quem sabe fazer o tão sonhado Hexa.

SEMI-FINAL

04-07-2006

Alemanha 0 x 2 Itália
05-07-2006 Portugal 0 x 1

França

                         Era o dia 04 de julho, e na cidade de Dortmund iriam se enfrentar Alemanha x Itália. O árbitro da partida foi o mexicano Benito Archundia, que apitava pela quinta vez nesta Copa. Foi um jogo de muito equilíbrio no seu tempo normal, com os goleiros tendo pouco trabalho, e o placar continuava em branco. Esta foi a primeira semi-final de todas as Copas, que terminou 0 a 0 no tempo normal. E a Itália batia maus um recorde, ou seja, a seleção que mais prorrogação disputou em Copas do Mundo, pois com esta seria sua 10ª disputa.

                     Veio a prorrogação e aí começaram as grandes emoções, tanto é que, com dois minutos a Itália já havia chutado duas bolas na trave alemã. Foram 30 minutos dramáticos e eletrizantes, com os dois goleiros fazendo grandes defesas. Mas para tristeza dos alemães, quando faltavam dois minutos para o término da prorrogação, o lateral esquerdo italiano Fábio Grosso, acertou um belíssimo chute sem defesa para o goleiro alemão. A Alemanha foi com tudo para o ataque e com isto, proporcionou a Itália um contra ataque fulminante com Gilardino deixando Del Piero na cara do goleiro, e só teve o trabalho de chutar a bola no canto esquerdo, fazendo 2×0 e despachando a dona da casa da competição.

                    Com esta vitória, a Itália estava classificada para a grande final, que aconteceria no dia 9 de julho na cidade de Berlim contra o vencedor da partida entre Portugal x França. Desde a Copa de 1966 que Portugal não chegava a uma semi-final, quando perdeu para a dona da casa, a Inglaterra. E depois foi decidir o terceiro  lugar com a Russia e venceu por 2×1. Nesta Copa a seleção portuguesa foi comandada por um técnico brasileiro, Oto Gloria, e teve como artilheiro daquela competição, também um português, Eusébio com 9 gols.

                    Passados 40 anos, quis o destino que Portuga chegasse a outra semi-final e novamente sendo comandada por um brasileiro, desta vez por Luiz Felipe Scolari, que naquele momento era mais querido pelos portugueses, do que Pedro Alvares Cabral. A partida entre Portugal e França, fo a primeira na história das Copas, nunca tinham se enfrentado antes. Talvez pelas poucas vezes que Portugal participou, pois esta foi a quarta Copa que os portugueses estiveram presentes: 66 – 86 – 2002 – 2006. Esta partida entre portugueses e franceses foi disputada dia 5 de julho na cidade de Munique e o árbitro foi o uruguaio Jorge Larrionda.

                   Foi uma partida bem disputada, mas os goleiros tiveram pouca participação, pois os ataques não exigiram muito deles. Aos 33 minutos do primeiro tempo, Zidane de pênalti abriu o placar para os franceses, e este placar ficou até o fim da partida, o que à França o direito de disputar a grande final contra a Itália no dia 9 de julho de 2006. Com esta derrota, Portugal quebrou um tabu de exatamente dois anos, pois sua última derrota havia sido no dia 4 de julho de 2004, na final da Eurocopa, onde a Grécia venceu por 1×0. Mas não foi somente Portugal que quebrou um tabu, pois seu técnico, o brasileiro Luiz Felipe Scolari também, pois em 2002 disputou sete partidas como técnico da seleção brasileira e venceu todas, e neste mundial já havia vencido cinco partidas.

DECISÃO DO 3º LUGAR

08-07-2006

Alemanha 2 x 0

Portugal

                        E chegava o dia 8 de julho, dia da decisão do terceiro lugar. E lá estava frente a frente, a dona da casa Alemanha, e Portugal, que pela primeira vez se enfrentavam numa Copa do Mundo. A partida foi disputada na cidade de Stuttgart e o árbitro da partida foi o japonês Toru Kamikawa. O primeiro tempo foi um jogo de pouca situação de gol, com o placar permanecendo em branco. Veio o segundo tempo, e logo aos 11 minutos o alemão Schweinsteiger num tiro longo de fora da área abriu o placar. Cinco minutos depois, este mesmo alemão chutou novamente de fora da área e o português Petit desviou a bola para os fundos da sua própria rede, fazendo dois a zero.

                       Era mesmo o dia de Schweinsteiger, pois aos 33 minutos novamente de fora da área marcou o terceiro gol da Alemanha. Somente aos 43 minutos, que Portugal através de Nuno Gomes, marcou seu gol de honra, fechando assim o placar. Alemanha 3×1 Portugal. E com este resultado ficou definido que Alemanha seria a terceira colocada na competição, ficando para Portugal a quarta colocação. No final da partida houve muita confraternização entre jogadores e técnicos, mesmo porque, muitos estavam se despedindo de suas seleções, como por exemplo, Figo de Portugal e o goleiro Oliver Khan da Alemanha.

F IN A L

09-07-2006

Itália 5 x 3

França

                      Era o dia 9 de julho de 2006, e a partir daquele momento, todas as atenções estavam voltadas para a grande final daquele mundial, onde França e Itália iriam decidir quem era o Campeão do Mundo. E esta partida aconteceu na cidade de Berlim, no estádio Olímpico, que tem a capacidade para 66.021 lugares, os quais estavam todos ocupados. O árbitro da partida foi o argentino Horácio Elizondo, que teve como auxiliares os também argentinos Dário Garcia e Rodolfo Otero. Este árbitro foi o mesmo que abriu a Copa na partida entre Alemanha 4×2 Costa Rica, no dia 9 de junho, e agora exatamente um mês depois, ele faria o encerramento daquele evento.

                      Neste dia a Itália jogou com a seguinte formação; Buffon, Zambrotta, Materazzi, Cannavaro e Grosso; Pirilo, Perrota (De Rossi), Gattuso e Camaronesi (Del Piero); Totti (Iaquinta) e Luca Toni. Seu técnico foi Marcello Lippi. Enquanto que a França jogou com a seguinte formação; Barthez, Sagnol, Thuran, Gallas e Abidal; Vieira (Diarra), Makelele e Zidane; Ribery (Trezeguet), Malouda e Thierry Henry (Wiltord). Técnico Raymond Domenech. Assim que a bola rolou, Henry bateu o rosto no ombro de Cannavaro e ficou por alguns minutos desacordado, causando muita preocupação a todos no estádio.

                    Aos 7 minutos Maloud sofreu pênalti cometido por Materazzi. Zidane cobrou com categoria e fez França 1×0. Mas a Itália não se abateu, e aos 19 minutos ainda do primeiro tempo, o zagueirão Materazzi de 1,93m aproveitou um escanteio cobrado por Pirlo e de cabeça empatou a partida, 1×1. Caso a Itália virasse o placar, esta seria a segunda vez que aconteceria numa final de Copa do Mundo, pois a única vez que isto aconteceu foi em 74, quando a Alemanha perdia e virou sobre a Holanda fazendo 2×1. Depois disso, nem parecia final de Copa do Mundo, pois italianos e franceses fizeram um futebol fraco, sem emoção e nenhum trabalho para os goleiros. Veio o segundo tempo e o ritmo continuou o mesmo. Sendo assim, a partida no seu tempo normal terminou empatada em 1 a 1.

                   Começou a prorrogação, que para a Itália seria a 11ª em todas as Copas, e nada de sair o gol. O único fato mais importante que ocorreu durante a prorrogação, aconteceu aos 4 minutos do segundo tempo, quando Zidane se desentendeu com Materazzi e deu-lhe uma cabeçada em seu peito. O juiz imediatamente o expulsou de campo. Era o fim da carreira de Zinedine Zidane, que já havia dito que se aposentaria após a Copa. Com a prorrogação também terminando empatada, vieram os pênaltis, e os italianos lembrando a Copa de 94 quando perderam para o Brasil, já começaram a se preocupar, afinal, até hoje só houve duas decisões por pênalti em Copa do Mundo e a Itália participou das duas.

                   Mas desta vez a sorte sorriu para os italianos, que tiveram 100% de aproveitamento, enquanto que Trezeguet chutou no travessão. Marcaram para Itália: Pirlo, Materazzi, De Rossi, Del Piero e Grosso. Enquanto que para a França marcaram: Wiltord, Abidal e Sagnol. Tecnicamente falando, foi uma Copa muito fraca, onde os chamados craques não se destacaram e as seleções que eram  favoritas decepcionaram no decorrer da competição, que foi o caso do Brasil, da Argentina, da Inglaterra e da própria Alemanha.

                          Os maiores elogios foram para os goleiros e zagueiros, tanto é, que nesta Copa que teve 64 partidas, tivemos apenas 47 gols, com uma média de 2,29 por partida, só não perdeu para a Copa de 90, e o artilheiro desta Copa, marcou somente 5 gols, que foi o alemão Miroslav Klose, seguido de Crespo da Argentina, Ronaldo do Brasil, Fernando Torres da Espanha e Thierry Henry da França com 3 gols cada. Com esta vitória, da seleção italiana sobre a seleção francesa, a esquadra azurra conquistou depois de 24 anos, o seu tão ambicionado Tetra Campeonato Mundial de Futebol, uma vez que já havia conquistado em 1934, 1938, 1982 e agora em 2006.

                        Nesta Copa de 2006, não continuou prevalecendo o critério adotado nas duas últimas Copas, ou seja, a partir das oitavas de final, a partida que terminasse empatada, teríamos uma prorrogação de 30 minutos dividida em dois tempos de 15, no entanto, acontecendo um gol a qualquer momento, a partida daria por encerrada, o que a FIFA deu o nome de “gol de ouro”. Nesta Copa, caso houvesse empate no tempo normal, teríamos uma prorrogação de 30 minutos divididos em dois tempos de 15, caso não fosse decidido, teríamos a decisão nos pênaltis.

                        Durante toda a Copa, aconteceu 6 vezes este tipo de situação. A primeira vez foi no jogo Argentina x México no dia 24 de junho, que no tempo normal terminou 1×1 e na prorrogação a Argentina marcou mais um gol e ao término dos 30 minutos, passava para as quartas de finais. A segunda vez foi no jogo entre Suíça x Ucrânia no dia 26 de junho, em que no tempo normal terminou 0x0. Veio a prorrogação e o placar continuou virgem, sendo assim só restavam os pênaltis. A Suíça desperdiçou as três primeiras penalidades, enquanto a Ucrânia marcou e se classificou para as quartas de finais.

                      A terceira vez foi no jogo entre Alemanha x Argentina nas quartas de final dia 30 de junho. No tempo normal terminou 1×1. Na prorrogação não houve gols, então foi para os pênaltis. A Alemanha venceu por 4×2 e se classificou para a semi-final. A quarta vez foi no jogo entre Portugal x Inglaterra nas quartas de final dia 01 de julho. No tempo normal terminou empatado em 0x0. Foram para a prorrogação e o placar continuou virgem. Sendo assim, foram para os pênaltis, e Portugal venceu por 3 a 1.

                     A quinta vez foi no jogo entre Alemanha x Itália na semi-final que aconteceu dia 04 de julho. No tempo normal terminou empatado em 0x0. Na prorrogação a Itália marcou dois gols e venceu a partida. Com esta vitória ela se classificou para a grande final. A sexta vez foi na final do mundial, onde se enfrentaram Itália x França que aconteceu dia 09 de julho. No tempo normal terminou empatado em 1×1. Na prorrogação ninguém marcou. Nos pênaltis a Itália venceu por 5×3 e sagrou-se Campeã.

                    A abertura da Copa aconteceu na cidade de Munique com a seleção  da Alemanha vencendo Costa Rica por 4×2. O primeiro gol da Copa foi marcado pelo lateral esquerdo alemão Philipp Lahm. Na primeira fase da competição não tivemos nenhuma surpresa, pois todos os cabeças de chave passaram para as oitavas de final. A única surpresa da primeira fase foi a classificação  da seleção de Gana no grupo E, juntamente com a Itália, pois nenhuma seleção apresentou alguma novidade, pelo contrário, um nível muito baixo, com os defensores e principalmente os goleiros se destacando.

                   A parte positiva foi a organização, que esteve perfeita em todos os sentidos, com os alemães incentivando e muito sua seleção, que no decorrer da competição, foi aumentando e muito sua esperança de chegar a final, e esta esperança se transformou em alegria para aquele povo que é considerado “frio”, e aquela união em torno de sua seleção, fez com que o povo alemão voltasse a  sorrir, coisa que há muito não se via, principalmente por causa do futebol. Em todas as partidas os estádios estavam sempre cheios, e isto aconteceu em todas as cidades que foram sedes deste mundial, e sempre com muita ordem, tanto dentro, quanto fora de campo.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

                       Para chegar ao mundial da Alemanha, o Brasil precisou passar pelas eliminatórias, na qual participaram 10 países sul-americanos. Jogaram entre eles num total de 90 jogos, nos quais foram assinalados 233 gols, nos dando uma média de 2,59 gol por partida. A seleção brasileira teve a seguinte participação nesta Copa de 2006: Ficou em 5º lugar. Marcou 10 gols e sofreu 2.  O artilheiro da seleção brasileira foi Ronaldo que marcou 3 gols.

                       Na seleção brasileira, aconteceu um fato que merece ser lembrado, ou seja, na véspera da seleção estrear na Copa, o médio volante Edmilson foi cortado da delegação, quando já fazia seus treinamentos na Suíça, onde nossa seleção permaneceu por quase um mês antes da Copa. Em seu lugar foi chamado o atleta Mineiro, que na época jogava no São Paulo F.C.

                       Assim como Mineiro, Rogério Ceni e Ricardinho foram os únicos jogadores da nossa seleção que jogavam no Brasil, pois os demais, todos em clubes europeus, tanto é, que após ser eliminado da Copa, praticamente todos nem vieram ao Brasil. Primeiro porque moram na Europa, segundo porque sabiam que o povo brasileiro queria uma explicação para um futebol tão inexpressivo como aquele que apresentaram na Copa, e como eles não tinham uma explicação que pudesse convencer esta nação, ficaram por lá mesmo.

                        O técnico Carlos Alberto Parreira voltou ao Brasil, mas ao chegar no aeroporto do Rio de Janeiro, saiu pelas portas do fundo, numa atitude pouco educada para com o povo que tanto confiou nele. A delegação da seleção brasileira foi assim formada:

Goleiros: Dida, Rogério Ceni e Júlio César

Zagueiros: Cafú, Cris, Lúcio, Luizão, Cicinho, Roberto Carlos, Juan e Gilberto

Meio de Campo: Emerson, Juninho Pernambucano, Gilberto Silva, Zé Roberto, Ricardinho e Mineiro.

Atacantes: Ronaldo, Robinho, Adriano, Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Fredy.

Técnico: Carlos Alberto Parreira.

SELEÇÃO DA ITÁLIA – CAMPEÃ DA COPA DE 2006
SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DE 2006      –     Em pé: Dida, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Cafú       –      Agachados: Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto, Roberto Carlos, Kaká e Ronaldo

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