CASOS DE “SÃO MARCOS”

               Ídolos da torcida do Palmeiras, os goleiros Marcos e Sergio são conhecidos pela simpatia e pelo bom caráter. Por pouco, porém, os dois também não passaram a integrar uma lista barra-pesada: a dos jogadores que já tiveram problemas sérios com a polícia. 

               Nascido em Oriente, uma pequena cidade do interior paulista, Marcos teve Sergio como um dos primeiros amigos na capital, lá pelos idos de 1993. Descontente com as más condições do alojamento do Palmeiras na época, a então promessa aproveitou um jantar oferecido pelo companheiro de posição para viver um ano e meio na casa dele. Detalhe: Sergio era recém-casado.

           Certa vez, ambos estavam na porta do prédio onde o goleiro Sérgio morava em um dia de chuva, quando avistaram um Monza morrer. O motorista então desceu e fez um pedido a eles:

 – Ô amigão, não dá para vocês empurrarem o carro aí? 

              Solícitos, os dois ajudaram o pobre motorista, que após algumas tentativas foi embora com o veículo funcionando normalmente. Tudo não passaria de uma boa ação de ambos, se pouco depois um outro rapaz não aparecesse correndo: 

– Pô, vocês não viram um cara passar com um carro assim e assim?

             A resposta foi positiva. Surpreendente, no entanto, foi a resposta do rapaz:

 – Esse cara roubou o meu carro!!!

           Com receio de maiores problemas, os “cúmplices” do bandido ficaram quietos. Hoje o momento de criminalidade involuntária é motivo de muitas risadas com os amigos.

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              Este outro caso ocorrido com o goleiro Marcos que era conhecido por “São Marcos” pelos torcedores palmeirenses, aconteceu num jogo pela mesma Copa do Brasil, mas em 2003, pelas oitavas de final, quando o Palmeiras levou 7 a 2 do Vitória, em pleno Parque Antarctica. 

              Naquele dia 23 de abril de 2003, o Palmeiras ainda recolhia os cacos do rebaixamento e se preparava para a estreia na Série B, que ocorreria três dias depois, contra o Brasiliense. E, como naquele jogo foi um dia daqueles que não deu nada certo para o Palmeiras – e muito menos para Marcos, que falhou em três gols do time baiano, ele estava triste pelos torcedores alviverdes e só pensava o que poderia fazer para trazer novamente a alegria àquela imensa torcida.

              No dia seguinte, o goleiro seguia ao clube juntamente com um amigo que havia lhe pedido uma carona para irem treinar, cabisbaixo, quando parou num semáforo e viu um mendigo pedindo esmolas vestindo uma camisa do Palmeiras – velha, amarrotada e pirata, mas era camisa do Palmeiras.

              O goleiro não teve dúvidas: puxou R$ 50,00 da carteira, chamou o mendigo e deu o dinheiro a ele. O amigo que estava ao lado ficou incrédulo pelo valor que Marcos deu de esmola. Então Marcos deu ao amigo a seguinte explicação;

– Para esse sujeito estar com a camisa do Palmeiras nessa fase em que o times se encontra, ele deve estar muito na pior. Foi por isso que eu dei cinquentão para ele”. Dias depois o Palmeiras perdeu para o Coritiba por 6×2 e Marcos só não contou se desta vez, depois do jogo, precisou abrir de novo a carteira…

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              Era final de ano e Marcos viajou para o Mato Grosso do Sul para visitar sua irmã. Na época ele tinha um carro da marca Chrysler. No caminho o carro deu um problema mecânico. Então ele ligou para o seu cunhado e perguntou:

–  Olá cunhado, estou parado aqui na estrada pois meu carro deu problema. Então eu gostaria de saber se ai na cidade tem alguma revendedora da Chrysler.

              De imediato seu cunhado respondeu:

– Fique tranquilo cunhadão, porque aqui na cidade nós temos de tudo, ou seja, temos Kaiser, Brahma, Skol, Boêmia, Schincariol, etc…

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