Gilson Wilson Francisco nasceu dia 20 de junho de 1957, na cidade de Itaguai (RJ). Gilson era irmão de Gilcimar, que também atuou como ponta, só que no lado direito de ataque. Gilcimar jogou em equipes como Fluminense, America, Inter de Limeira, Bahia — curiosamente, todas equipes em que seu irmão também atuaria —, Palmeiras, Cruzeiro, Itaperuna, Rio Claro e Jataí-GO.
COMO JOGADOR
Revelado nas divisões de base do Fluminense, Gilson recebeu o apelido de “Gênio” em 1976, quando a torcida Ilha Flu resolveu colocar uma faixa nas arquibancadas das Laranjeiras para homenageá-lo. O apelido agradou Gilson, que desde então passou a usá-lo.
Ainda no Fluminense, já no elenco profissional, Gilson Gênio fez parte da Máquina Tricolor, na qual participou do bicampeonato carioca conquistado nos anos de 1975 e 1976. Depois, atuou por clubes como Bahia, America-RJ, Grêmio, Bangu, Inter de Limeira e Santa Cruz.
No final de carreira, Gilson Gênio teve passagem pela Internacional de Limeira e fez parte da equipe do interior que surpreendeu o Palmeiras, ficando com o título paulista de 1986. Gilson Gênio não era o titular nas finais. O camisa 11 da Inter era o baixinho Lê
COMO TREINADOR
Após encerrar a carreira como jogador, Gilson Gênio decidiu iniciar as atividades de treinador no clube que o revelou. Trabalhou por diversas oportunidades nas categorias de base do Tricolor Carioca, tendo, inclusive, duas oportunidades de mostrar seu trabalho também na equipe profissional.
Gilson foi solicitado em 2003 e também em 2009, quando, durante a disputa do Campeonato Carioca, René Simões foi demitido do cargo e a diretoria solicitou, às pressas, que Gilson comandasse o elenco profissional nos treinos que antecederiam às próximas partidas.
Ainda pelas divisões de base do Fluminense, ajudou a revelar alguns jogadores, como é o caso de Carlos Alberto, que surgiu como uma grande revelação no Tricolor, e que passou quatro anos sobre os cuidados de Gilson. Na equipe profissional, porém, não conseguiu mostrar o seu melhor futebol e, logo após passar a temporada 2002–03 no Flu, foi negociado junto ao Porto de Portugal. Depois brilhou no Corinthians.
Outro jogador revelado no Fluminense e que passou pelas mãos de Gilson Gênio foi Rodrigo Tiuí, que teve como primeiro treinador o próprio Gilson Gênio. Quando surgiu em Xerém e subiu para o plantel principal, Tiuí era considerado uma “joia” das categorias de base do Tricolor. Assim como Carlos Alberto, porém, acabou não sendo bem sucedido no time profissional e logo foi emprestado ao Noroeste e Santos para adquirir experiência. Quando retornou às Laranjeiras, logo foi negociado em definitivo junto ao também português Sporting.
Entre o fim de 2010 e o início de 2011, esteve à frente do comando do América-RJ. Também treinou a equipe do São Cristóvão, em 2012. Em 2012, trabalhou no elenco sub-20 do mineiro Itaúna, em 2012. Entre abril e outubro de 2013, comandou a equipe do São Pedro, na Série C do Campeonato Carioca, que quase conquistou o acesso à Série B de 2014.
Em 23 partidas disputadas na terceira divisão sob o comando de Gilson, o clube aldeense obteve um aproveitamento de 68,1% na competição: 15 vitórias, 2 empates e 6 derrotas. Entretanto, apesar do bom aproveitamento e da quase classificação, Gilson Gênio foi demitido do cargo, em outubro de 2013, por não obter o acesso
TRISTEZA
Ídolo do Fluminense da década de 1970, o ex-jogador Gilson Gênio morreu aos 59 anos no dia 28 de maio de 2017. O ponta-esquerda da Máquina Tricolor lutava contra um câncer colorretal desde 2014 e teve o quadro agravado nos últimos meses. As informações foram passadas pela família do ex-atleta que, depois que encerrou a carreira, se tornou treinador e também passou a atuar como pastor da Igreja Assembleia de Deus.
Gilson Gênio estava internado no Instituto Nacional do Câncer (INCA), local onde também realizava o tratamento. De acordo com a família, uma infecção urinária ocasionou uma insuficiência renal, que intensificou a gravidade do quadro dele. No ano passado, o Fluminense chegou a realizar uma campanha pedindo doações para o ex-jogador, que também atuou como técnico no clube nos anos 2000.
O velório aconteceu na Câmara Municipal de Itaguaí e o enterro foi no cemitério São Francisco Xavier de Itaguaí. O presidente do Fluminense decretou luto oficial de três dias pela morte de Gilson Gênio e determinou um minuto de silêncio no jogo seguinte do Fluminense no Maracanã,, que foi contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Os telões do estádio exibiu ainda uma homenagem especial do clube a seu ídolo.
TÍTULOS COMO JOGADOR
FLUMINENSE
Campeonato Carioca: 1975 e 1976
Torneio Viña del Mar: 1976[17]
Torneio de Paris: 1976
Troféu Teresa Herrera: 1977
Copa Governador Faria Lima: 1977
BAHIA
Campeonato Baiano de Futebol de 1981
AMÉRICA
Torneio dos Campeões: 1982[18]
GRÊMIO
Copa Libertadores da América: 1983
INTER DE LIMEIRA
Campeonato Paulista de Futebol: 1986
TÍTULOS COMO TREINADOR
FLUMINENSE
Campeonato Carioca Sub-17 (Juvenil): 2001 e 2007
Campeonato Carioca Sub-20 (Juniores): 2002, 2003 e 2004
Torneio Octávio Pinto Guimarães (Juniores): 2008