BUGLÊ: campeão brasileiro pelo Vasco da Gama em 1974

                       José Alberto Bouglaux, também conhecido como Buglê, nasceu dia 26 de julho de 1944, no município de São Gotardo (MG). É filho de Alberto Bougleux e Maria Braga Bougleux, O sobrenome, de origem francesa, não era muito fácil de ser entendido, então foi adaptado para uma versão nacional e ficou “Buglê”, que também era chamado pelos amigos de “Tio Patinhas”, jogava sua bolinha pelo time amador do Real Madrid da mesma cidade.

                      Em razão de uma transferência profissional de sua mãe, que era diretora em uma instituição de ensino, a família estabeleceu residência em Belo Horizonte. Sem ficar longe da bola, o jovem Buglê foi jogar Futebol de Salão no Cruzeiro, onde conviveu com grandes valores, como Eduardo Gonçalves de Andrade, o afamado craque Tostão.

                      Quando prestava o serviço militar, Buglê jogava pelo time de seu batalhão. Foi assim que seu futebol vistoso foi descoberto pelo treinador Wilson de Oliveira, que o encaminhou para um período de testes no juvenil do Atlético Mineiro.

                      Pouco tempo depois, Buglê foi aproveitado na equipe principal. Habilidoso meia-direita, sua notável disciplina tática também foi de grande utilidade na posição de médio-volante. O primeiro compromisso profissional foi assinado em 1963, mesmo ano em que participou do elenco que faturou o título mineiro.

                      Em 5 de setembro de 1965, o nome de Buglê entrou para os livros de história ao marcar o primeiro gol do novo “Estádio Governador Magalhães Pinto”, o popular Mineirão. A partida inaugural foi entre o selecionado mineiro e o Club Atlético River Plate da Argentina. Foi uma festa digna do tamanho da nova praça esportiva, com a presença de autoridades e vultos importantes do mundo da bola!

                      Comandados pelo treinador Gerson dos Santos, os mineiros entraram em campo com Fábio; Canindé, Grapete, Bueno e Décio Teixeira; Buglê, Dirceu Lopes e Wilson Almeida; Tostão, Silvestre e Tião. O técnico Jose Curti mandou o River Plate ao gramado com Gatti; Sainz, Ramos Delgado, Grispo e Matosas; Capp e Sarnari; Cubilla, Artime, Delém e Más.

                      Quem teve a oportunidade de sair na frente do marcador foram os argentinos, que perderam uma penalidade cobrada por Sarnari ainda na primeira etapa!

                      A vitória do quadro mineiro pela contagem mínima foi testemunhada por mais de 73.000 pessoas. A arbitragem foi do carioca Antônio Viug, auxiliado pelos colegas Joaquim Gonçalves e Luís Pereira Filho.

                      Buglê permaneceu firme no elenco do Atlético Mineiro até 1966. Transferido por empréstimo ao Santos Futebol Clube em 1967, o rico aprendizado com o volante Zito foi especialmente importante para o seu desenvolvimento.

                      Pelo time da Vila Belmiro, Buglê participou do plantel que foi bicampeão paulista em 1967 e 1968. Em seguida, seus direitos foram transferido em definitivo para o Club de Regatas Vasco da Gama, onde foi campeão carioca de 1970.

                      Ainda pelo Vasco da Gama, Buglê fez parte do elenco que foi campeão brasileiro de 1974, antes de conseguir entrar em um acordo com a diretoria e comprar o próprio passe. Com o passe em mãos, Buglê colocou em prática o seu projeto pessoal de jogar no badalado cenário europeu. Sem intermediação de nenhum empresário, Buglê jogou pelo Sporting de Portugal e depois pelo Atlético de Madrid.

                      De volta ao futebol brasileiro, Buglê firmou compromisso com o América Futebol Clube (MG) em 1975, sua última equipe como jogador profissional. Hoje mora em Brasília-DF, onde é funcionário do Ministério Público Federal, e continua batendo sua bolinha no clube do Minas Brasília, ao lado de grandes amigos.

21 de dezembro de 1967, quando o Santos bateu o São Paulo por 2 a 1, no Pacaembu, e conquistou o Paulistão daquele ano.      Em pé: Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel Camargo, Clodoaldo, Cláudio e Rildo     –     Agachados: Wilson, Buglê, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu
Em pé: Andrada, Fidélis, Eberval, Gaúcho, Moisés e Renê    –    Agachados: Marco Antonio, Buglê, Ferretti, Luis Carlos e Gilson Nunes
Em pé: Grapete, Hélio, Wander, Procópio, Airton e Décio Teixeira    –     Agachados: Buião, Santana, Roberto Mauro, Buglê e Tião
Em pé: Andrada, Joel Santana, Rossi, Alcir, Batista e Fidélis    –    Agachados: Santa (massagista), Jailson, Buglê, Tião, Silva e Kosilek
Em pé: Valdir, Brito, Fernando, Alcir, Eberval e Fidélis    –     Agachados: Nado, Buglê, Adilson, Nei, Silvinho e Chico (massagista)
Em pé: Andrada, Haroldo, Renê, Alcir Portella, Miguel e Alfinete    –     Agachados: Luis Carlos, Buglê, Ferretti, Benetti e Gilson Nunes
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