Luís Carlos de Oliveira Preto, mais conhecido como Pintado, nasceu dia 17 de setembro de 1965, na cidade de Bragança Paulista (SP). Revelado pelas categorias de base do Bragantino, jogou por anos no clube da sua cidade natal. Curiosamente, iniciou como zagueiro devido suas características e a altura de 1,82 metro.
Pintado firmou-se no time principal do Bragantino, mas teve dificuldades, por causa dos salários atrasados e do elenco reduzido. Em 1984, o técnico Boca, que o lançara no Bragantino, foi para o Palmeiras, e Pintado acompanhou-o, convidado para atuar na equipe sub-20 do rival. Lutando por oportunidade em um time grande, treinou ali por 45 dias. Porém, sem definição, o São Paulo mostrou interesse, e contratou-o do Bragantino.
O atleta chegou ao Tricolor no final de 1984 e assinou seu primeiro contrato profissional. Sob o comando de Cilinho, não teve oportunidades. Fez duas partidas na campanha do título do Paulistão de 1985. Para ganhar mais experiência, foi emprestado no final de 1986 ao Taubaté que disputava a segunda divisão do Campeonato Paulista. Em 1987, retornou ao São Paulo. No ano seguinte foi, por empréstimo, para o Bragantino, sendo treinado por Vanderlei Luxemburgo em 1989 e 1990.
Naquela altura, já tinha passado por todas as posições da defesa. Em 1991, descobriu sua posição no campo. A estreia como volante acabou ocorrendo por acidente e foi promovida por Carlos Alberto Parreira. “O Parreira me perguntou se eu queria jogar no meio ou na lateral”, lembraria, anos depois. “Pensei que ele estava se referindo ao miolo da zaga, mas, na verdade, estava falando do meio de campo. Topei atuar no meio e, de repente, me vi escalado como volante.
Quando foi renovar contrato, Pintado não concordou com os baixos termos oferecidos pelo presidente do Bragantino, Jesus Abi Chedid, e o Tricolor foi buscá-lo, a pedido de Telê Santana. Isso não impediu que, em sua volta ao São Paulo, o Bragantino tenha brigado na Justiça, na tentativa de manter o passe do jogador. “Felizmente, tudo acabou bem”, declarou Pintado, ao ser escalado pela primeira vez para um jogo do São Paulo, ainda no banco de reservas, em 19 de fevereiro de 1992. “De repente, o Bragantino não queria me liberar. Mas, no tribunal, o São Paulo foi o vencedor, e estou feliz, porque agora posso jogar.
No São Paulo, foi muito útil na marcação, apesar de limitado tecnicamente. Em sua nova passagem pelo São Paulo, foi bicampeão da Copa Libertadores da América (1992 e 1993) e ganhou o Mundial Interclubes (1992). Já era um ídolo, mas, a partir daquele momento, lembrou os grandes deuses da raça tricolor, como Armando Renganeschi, Pablo Forlán, Chicão e Darío Pereyra. Pintado encerrou a carreira no Pelotas.
COMO TREINADOR
Dirigiu algumas equipes como o América Mineiro e a Inter de Limeira, pela qual se sagrou campeão paulista da Série A2 em 2004. Após passar por Taubaté, Rio Branco de Andradas e Noroeste em 2007, Pintado assinou contrato com o Paraná. Treinou o Ituano no início do Paulistão de 2008, mas terminou o campeonato no comando do São Caetano. Em 1 de julho seria julgado pelo STJD por ter ofendido o árbitro do jogo contra o Santo André, pela Série B e podia pegar de 30 a 180 dias de suspensão.
Pegou 30, mas não chegou a cumpri-los na totalidade pelo São Caetano, porque foi demitido depois da derrota em casa para o Grêmio Barueri, por 3 a 1, em 8 de julho, apesar de seu contrato ir até o fim do ano. Ele terminou com cinco vitórias, seis empates e sete derrotas no comando do Azulão.
Em 15 de julho, foi anunciado como novo comandante do Náutico, mas acabou demitido menos de um mês depois, quando o time caiu de produção e chegou à zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Em 16 de novembro, foi contratado pelo Figueirense, com a missão de livrá-lo do rebaixamento. Não teve sucesso nela, embora tenha vencido os três jogos em que comandou o time. Depois de disputar parte do Paulistão de 2009 no comando do Mirassol, Pintado foi apresentado na Ponte Preta em 25 de maio. Mais tarde retornaria ao Mirassol, para o Paulistão de 2010.
Ele pediria demissão em 13 de março, após derrota em casa que deixou a equipe na décima quarta posição, mas acabou voltando apenas treze dias depois, já que seu substituto, Luís Carlos Goiano, perdeu os dois jogos que disputou. “Fizemos uma reunião, e o Pintado aceitou voltar”, explicou o presidente do Mirassol, Édson Ermenegildo. “Era o nome mais à mão depois do pedido de demissão do Goiano.” Ao retornar, o técnico disse o que esperava: “Acompanhei atentamente os últimos dois jogos. Espero dar a volta por cima e tirar a equipe da incômoda situação na tabela.
Em 25 de fevereiro de 2013, assumiu o comando do Penapolense e conseguiu classificar o clube para a Série D do Campeonato Brasileiro após boa campanha no Campeonato Paulista. No entanto, não continuou no clube após o feito.
Em 10 de outubro, após ser demitido do comando do América de Natal, assinou contrato, no mesmo dia, com o São Caetano, para o restante da Série B do Brasileirão, e com o Botafogo de Ribeirão Preto, para a disputa do Campeonato Paulista de 2014. Entretanto, uma oferta tentadora fez com que ele acertasse com o Cruz Azul, do México, onde já estivera como futebolista, para a temporada de 2014, como auxiliar-técnico de Luis Fernando Tena. Em 2015, retornou ao Brasil, para comandar o Guarani.
Contratado pelo São Paulo para ser auxiliar técnico, chegou a comandar o time interinamente em 2017, após a demissão do técnico Rogério Ceni, mas acabou dispensado da comissão técnica com a contratação de Dorival Júnior.
Pintado ficou sem clube até 6 de fevereiro de 2018, quando a diretoria do São Caetano anunciou sua terceira passagem pelo clube. Ele chegou com o objetivo de reabilitar o Azulão no Estadual, após vencer apenas uma partida sob o comando anterior. No início de março, com a melhora da equipe e dos números sob o comando de Pintado, o São Caetano garantiu vaga na Série D de 2019, competição que disputara pela última vez em 2015, depois de empatar com o Botafogo de Ribeirão Preto e conquistar vaga nas quartas de final do Paulistão.
Após a boa campanha que o São Caetano realizou no Estadual, sendo eliminado pelo São Paulo nas quartas de final, Pintado teve o reconhecimento pela diretoria do clube, que renovou seu contrato até 2020. Ele comandou o clube do ABC Paulista em nove jogos, obtendo quatro vitórias, três derrotas e apenas duas derrotas. Em 31 de janeiro de 2020, foi anunciado como novo treinador do Água Santa.