JOUBERT: conquistou vários titulos pelo Flamengo

                      Joubert Luís Meira nasceu no município de Tombos (MG), em 14 de junho de 1935. Filho do comerciante Francisco Meira e de dona Maria da Conceição Rosa Meira. Bons tempos aqueles. No findar da década de 1940, o futebol estava em franca ebulição; até mesmo nas regiões mineiras de Carangola, Cataguases, Muriaé e Tombos.

                       E assim, com pouca diferença de idade, os irmãos da conhecida família “Meira” jogavam juntos nas fileiras do simpático Tombense Futebol Clube (MG). Joélcio era goleiro, Joanete jogava como médio-volante e Joubert como lateral-direito ou zagueiro. Joanete foi o único que não chegou ao futebol profissional; enquanto Joélcio e Joubert brilharam principalmente no cenário carioca.

                       Conforme continuou jogando pelo seu querido Tombense até meados de 1953. Em seguida, o promissor zagueiro da cidade de Tombos foi encaminhado ao Rio de Janeiro, momento em que foi aproveitado nos quadros amadores do Clube de Regatas do Flamengo (RJ).

                        Inicialmente, o jovem mineiro recebia uma modesta ajuda de custo que beirava os 1.000 cruzeiros, uma situação que só melhorou em 1955, quando assinou seu primeiro compromisso profissional para receber 5.000 cruzeiros mensais.

                        Morando em um pequeno apartamento no bairro da Tijuca, o dedicado Joubert foi aos poucos conquistando seu espaço no elenco principal do Flamengo. Pouco aproveitado na campanha do tricampeonato carioca de 1955, Joubert precisou substituir o titular Tomires em uma única oportunidade.

                        Foi na tarde de 11 de setembro, na vitória sobre o Fluminense por 2×1 no Maracanã, compromisso válido pelo primeiro turno do campeonato carioca. Com a saída definitiva do alagoano Tomires, Joubert assumiu definitivamente a condição de titular da lateral-direita; embora tenha colaborado também como zagueiro em várias oportunidades.

                        Pelo Flamengo, Joubert disputou 358 partidas com 210 vitórias, 75 empates, 73 derrotas e nenhum gol marcado.  Campeão Carioca de 1963, Joubert também faturou o Torneio Início de 1959 e o Torneio Rio-São Paulo de 1961; além de torneios importantes como o Torneio Naranja de 1964, na Espanha. Abaixo, uma participação na campanha de 1963:

15 de setembro de 1963 – campeonato carioca – Flamengo 2×0 Olaria – Estádio General Severiano – Árbitro: Amílcar Ferreira – Gols: Nélson aos 25’ e Aírton aos 45’ do primeiro tempo.

Flamengo: Marcial; Murilo, Joubert e Paulinho; Nélson e Ananias; Espanhol, Nelsinho, Aírton, Dida e Paulo. Olaria: Ari, Átila, Mafra e Casemiro; Marcos e Nézio; Valter, Luiz Carlos, Jaburu, Waltinho e Othon.

TREINADOR

                        Joubert deixou os gramados durante a temporada de 1964, quando inclusive já colaborava como auxiliar técnico nas categorias de base do Flamengo. Obstinado e observador, Joubert aproveitou ao máximo sua convivência ao lado de grandes estrategistas; como Armando Renganeschi, Aymoré Moreira, Flávio Costa, Gradim, Modesto Bria, Tim e Zagallo.

                         Sua primeira oportunidade como técnico efetivo do Flamengo aconteceu na temporada de 1969. Deixou o cargo em 1970 e só voltou ao comando do time em 1972 e depois em 1974.

                         Sempre atento ao aparecimento de jovens valores, Joubert foi o responsável pela revelação e o aproveitamento de grandes talentos que marcaram época na história do clube; principalmente Zico.

                          Em suas várias passagens como treinador do Flamengo, Joubert foi campeão carioca de 1974 e comandou o “Rubro-Negro” em 194 partidas oficiais entre 1969 e 1985. Ao deixar o comando do Flamengo em 1975, Joubert decidiu investir seu tempo em cursos de especialização para treinadores na Alemanha.

                          Trabalhou também no Clube do Remo (PA), Santa Cruz (PE), Pinheiros (PR), América (RJ) e por muito tempo no Oriente Médio. Seu último trabalho no comando do Flamengo aconteceu na temporada de 1985, oportunidade em que substituiu Edu Coimbra (irmão de Zico)

                          Enquanto viveu do futebol, o bom mineiro também ficou conhecido por falar o que pensava, mesmo que para isso fosse necessário frear o ímpeto sonhador de alguns dirigentes:

– “ Vamos com calma minha gente! Não pensem que existe um Zico em cada esquina do Rio de Janeiro”.

1962 – Em pé: Joubert, Fernando, Décio Crespo, Vanderley, Carlinhos e Jordan        –    Agachados: Espanhol, Nelsinho, Henrique Frade, Dida e Gérson
Em pé: Joubert, Ari, Bolero, Jadir, Carlinhos e Jordan. Agachados: Othon, Moacir, Henrique, Gerson e Babá
Em pé: Joubert, Pavão, Ari, Milton Copolilo, Dequinha e Jordan. Agachados:  Othon, Duca, Henrique Frade, Dida e Zagallo
Em pé: Ari, Nelinho, Bolero, Jadir, Joubert e Jordan    –    Agachados: Joel, Gerson, Henrique, Manuelzinho e Babá
1957 – Em pé: Joubert, Pavão, Ari, Jadir, Dequinha e Jordan   –     Agachados: Luis Carlos, Moacir, Henrique Frade, Dida e Zagallo

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