DIMAS: brilhou no gol do Guarani de Campinas nos anos 60

                                    Dimas Monteiro da Silva nasceu em São Paulo, no dia 19 de agosto de 1932, e iniciou sua carreira nas equipes de base da Portuguesa de Desportos, no início da década de 50, onde foi reserva de Chamorro. Depois, Dimas chegou aos Aspirantes e em seguida arrumou suas malas e foi para a cidade de São José do Rio Preto para defender o América.

                                   Depois, Dimas jogou pelo Batatais Futebol Clube e em seguida pelo Clube Atlético Taquaritinga. E foi em Taquaritinga que o conhecido Godê foi buscá-lo para o Bugre, pagando pelo seu passe o valor de 150.000 cruzeiros. Junto com o goleiro também vieram Ditinho, Heraldo e o volante Walter, que ainda jogou pelo Boca Juniors da Argentina. 

                                   Era uma terça feira de 18 agosto de 1959, quando pela primeira vez ele cruzou os portões do novo Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Na quarta feira, já estava pronto e disposto para enfrentar o São Paulo no Pacaembu. A estreia não foi lá essas coisas, pois o tricolor aplicou um retumbante 4×2 no quadro campineiro.

                                   Quando chegou ao Brinco de Ouro, Dimas disputou um lugar com Nicanor e Walter. Pouco depois já era o dono absoluto da camisa 1. É difícil encontrar um poster do Guarani daqueles tempos sem a presença de Dimas.

                                   Entre os seus grandes momentos, registramos a maiúscula goleada de 6×0 no “Derby” campineiro disputado em 5 de junho de 1960, no amistoso que marcou a chegada do meia-atacante Cabrita. Como muitos goleiros de sua época, Dimas também penou nas mãos de Pelé quando enfrentava o Santos.

                                   Um desses confrontos aconteceu em um amistoso disputado na Vila Belmiro, em 10 de janeiro de 1961. O goleiro Nicanor não aguentou permanecer em campo por muito tempo. Sobrou para Dimas o martírio do elástico placar de 10×2.

                                   Depois de deixar o Guarani no findar dos anos 60, Dimas jogou por seis meses no Botafogo de Ribeirão Preto e em seguida pelo Clube Atlético Bragantino, onde definitivamente pendurou suas chuteiras.

                                   Encerrada a carreira de jogador, Dimas foi contratado pela Ponte Preta de Campinas para ser o treinador de goleiros. Lá, revelou goleiros que fizeram sucesso no futebol como Wilson Quiqueto, Waldir Peres e Carlos.                                   

                                    Em 1984 Dimas ainda voltou ao Guarani contratado pelo então diretor de futebol Beto Zini. para trabalhar na Comissão Técnica. No Bugre, Dimas, o “Gato Preto” trabalhou até sua morte.

                                   Por muitos anos, o goleiro Dimas seguiu fielmente um trecho bastante conhecido do hino do Guarani Futebol Clube, que diz: “Eu levo sempre comigo, em todo campo que eu for, a bandeira do verde e branco, símbolo do torcedor”. O goleiro Dimas faleceu no dia 15 de março de 1996.

1960: Em pé: Dimas, Ferrari, Ditinho, Walter, Eraldo e Diogo   –    Agachados: Paulo Leão, Ilton, Cabrita, Benê e Oswaldo

Em pé: Dimas, Ferrari, Ditinho, Walter, Eraldo Cabeção e Diogo.     –    Agachados: Paulo Leão, Ilton Porco, Cabrita, Benê e Oswaldo
Em pé: Dimas é o primeiro, Cidinho o terceiro, Heraldo o quinto e Diogo o sexto    =    Agachados: Dorival, Bataglia, Paulo Leão, Cido e Osvaldo
5 de junho de 1960 – Em pé: Dimas; Ferrari, Carlão; Valter, Eraldo e Diogo    –     Agachados: Dorival, Marim, Cabrita, Benê e Osvaldo

Postado em D

Deixe uma resposta