Edinaldo Batista Libânio nasceu dia 2 de abril de 1979, na cidade de Campo Limpo Paulista, em Jundiaí (SP). No futebol era conhecido por Grafite e este apelido veio quando jogava na Matonense que o jogador ganhou o apelido pelo qual é conhecido até hoje. Até então era conhecido como Dina – diminutivo de Edinaldo. Quem o batizou como Grafite foi o técnico Estevam Soares.
Eu perguntei ao Estevam por que Grafite? E ele me respondeu “Porque eu joguei com um cara parecido com você. Tinha altura e era bem magro”. Comentou Grafite, “os caras viviam tirando onda, brincando. Quando você não gosta, o apelido pega, não adianta. Apelido marcante. Quando a pessoa ouve, não esquece do Grafite”.
Durante sua carreira foi destaque no São Paulo Futebol Clube e no Wolfsburg, da Alemanha. Grafite teve que enfrentar um grande adversário logo em seus primeiros dias de vida. Por conta de uma broncopneumonia, o jogador ficou na incubadora por nove dias.
Iniciou a carreira na Matonense, em 1999, após nunca ter passado por categorias de base. “Controle de bola, passe, cabeceio, eu não tive nada disso. Aprendi na várzea, aprendi a jogar futebol na vida. Não tive essa divisão de base que falam no futebol”, disse o jogador em entrevista ao Globo Esporte.
Em 2001, Grafite teve uma rápida passagem pela Ferroviária de Araraquara-SP. No mesmo ano chegou ao Santa Cruz. Marcou 16 gols em 22 jogos com a camisa coral, números insuficientes para evitar o rebaixamento da equipe para a Série B de 2002. Contratado pelo Grêmio por R$ 1 milhão, não ficou por muito tempo no tricolor gaúcho. Transferiu-se, em 2003, ao Anyang Cheetahs, da Coréia do Sul.
Menos de seis meses depois estava de volta ao Brasil, desta vez para defender o Goiás. O ótimo Campeonato Brasileiro da equipe goiana comandada por Cuca, fez com que o São Paulo contratasse alguns jogadores do Esmeraldino, entre eles Grafite.
Pelo Tricolor Paulista, Grafite explodiu no cenário nacional, conquistando alguns dos títulos mais importantes da história do clube, como a Libertadores e o Mundial de Clubes de 2005. Ainda em 2005, recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira.
Antes das conquistas, no entanto, desagradou grande parte da torcida tricolor quando ao marcar um gol contra o Juventus, que por consequência salvou o Corinthians do rebaixamento no Campeonato Paulista de 2004.
Grafite foi contratado pelo São Paulo para a temporada de 2004 e logo virou titular, jogando no ataque ao lado de Luis Fabiano. Após a saída deste para a Europa, Grafite tornou-se o artilheiro do São Paulo na temporada, com 26 gols.
Após boas partidas de Grafite pelo São Paulo, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, convocou o atacante para um amistoso contra a Guatemala, que marcou a despedida de Romário da Seleção. Nesse dia o Brasil venceu por 3×2, os gols foram marcados por Anderson, Romário e Grafite, que entrou no lugar do baixinho
Seu nome repercutiu na imprensa mundial em 13 de abril de 2005. Durante um jogo da Copa Libertadores, contra o Quilmes, da Argentina, em uma dividida, Grafite discutiu com o zagueiro adversário Leandro Desábato, que o teria ofendido com expressões de cunho racista. Grafite foi expulso no lance, junto com outro argentino. Desábato acabaria preso ao fim da partida.
Em junho do mesmo ano, quando Grafite estava próximo de ser convocado novamente para defender o Brasil, desta vez na Copa das Confederações, contundiu-se e, como consequência, foi operado. Voltou a jogar somente no final do ano, perdendo, assim, o restante da disputa da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro, mas ainda em tempo de ajudar o São Paulo a se consagrar campeão do Mundial de Clubes, jogando os segundos tempos da semifinal e da final.
Em 2006, Grafite desembarcou em solo francês para defender o Le Mans. Teve destaque em solo francês e foi contratado pelo emergente Wolfsburg, da Alemanha. Foi com a camisa verde do clube alemão que Grafite viveu o auge de sua carreira. Formando dupla com Edin Dzeko, o brasileiro ajudou os lobos a conquistarem o primeiro título alemão de sua história, na temporada 2008/2009, sendo também artilheiro da competição. E ainda ajudou a equipe a conquistar uma inédita vaga na Liga dos Campeões da UEFA de 2009–10.
Mesmo não repetindo o mesmo sucesso da temporada anterior, Grafite foi surpreendido por Dunga com uma convocação para a Copa do Mundo de 2010 (o treinador não costumava chamá-lo com frequência).
Deixou o clube alemão em 2011, com um retrospecto de 59 gols em 107 jogos, para assinar com o Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos. Repetiu o sucesso que o consagrou na Alemanha conquistando quatro títulos em quatro temporadas e marcando incríveis 63 gols em 79 jogos.
No meio do ano de 2015 o Santa Cruz fez uma proposta ao atacante e, depois de algumas negociações, ele assinou com o clube em 30 de junho. Ele pediu para vestir o número 23, que usa como marca própria. Marcou seu primeiro gol na reestreia com a camisa tricolor, com mais de 44 mil presentes no Arruda, na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo. Ajudou na campanha que culminou na volta do clube à elite do futebol brasileiro, sendo um dos principais jogadores da equipe na competição. Em 1 de maio de 2016, realizou seu sonho de conquistar um título pelo Santa (segundo ele próprio seu time do coração), vencendo a Copa do Nordeste e sendo eleito o melhor jogador da competição. Uma semana depois, conquistou o Estadual e também foi escolhido como o craque do certame.
Em junho de 2016, Grafite renovou seu vínculo com o Tricolor do Arruda, recebendo cerca de duzentos mil reais mensais, o que transformou o atacante no maior salário da história do clube pernambucano. Em 9 de dezembro, Grafite rescindiu o contrato, usando cláusula que permitia a liberação do atleta diante de proposta de times brasileiros ou do exterior.
Em 19 de dezembro de 2016, assinou contrato com Atlético-PR para disputar a temporada de 2017. Porém, em julho do mesmo ano, após um fraco rendimento, o atacante rescindiu seu contrato com o Furacão. . Em 7 de julho, após 24 partidas pelo clube e apenas um gol (de pênalti, anotado contra o Millionários, pela segunda fase da Libertadores), pediu sua rescisão.
Em 11 de agosto de 2017, foi anunciada sua volta ao Santa Cruz (quarta). Já em final de carreira, o jogador e ídolo do clube, foi anunciado em uma live no Facebook oficial do clube, conversando com a torcida. Marcou gol em seu retorno no estádio do Arruda, mas não pode evitar a derrota coral para o CRB por 2 a 1. Contra o Boa Esporte, marcou um gol, mas não pôde evitar a derrota por 4 a 2 e o consequente rebaixamento à Série C do Brasileirão.
Em 3 de janeiro de 2018, renovou contrato com o Santa Cruz para aquela temporada, que seria sua última temporada como jogador profissional. Mas no dia 22 de janeiro de 2018, o atacante anunciou a sua aposentadoria dos gramados.
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