COPA de 1994

                             Após vinte anos de sua primeira eleição, João Havelange foi reeleito, em congresso nos Estados Unidos, para novo mandato de quatro anos como presidente da FIFA. Dias depois, seria cumprido o mais audacioso ponto do plano anunciado em Frankfurt, em seu discurso de posse como primeiro não-europeu a presidir à entidade mundial do futebol, em 17 de junho de 1994, a mais poderosa nação do mundo reconheceu a importância do desconhecido “soccer”, quando o presidente Bill Clinton declarou inaugurado, no Soldier Field de Chicago, lotado, o 15º Campeonato Mundial de Futebol.

                        Durante um mês, 24 seleções nacionais disputaram em nove cidades norte-americanas, 52 jogos da Copa do Mundo, vistos nos estádios por 3.587.537 pagantes e assistidos, em direto, pela televisão via satélite, por 31 bilhões de espectadores. Números estonteantes e recordes absolutos de audiência para qualquer tipo de espetáculo ou esporte. Neste mundial, tivemos algumas inovações, como por exemplo, cada vitória passaria a valer 3 pontos, expulsão sumária por entrada por trás, em proteção aos jogadores virtuosos, o desconto pelo árbitro do tempo das paralizações e a punição dos responsáveis pelo retardamento voluntário do jogo.

                        Em Las Vegas, Nevada, em 19 de dezembro de 1993, realizou-se o sorteio da tabela. Mais uma vez foram previamente escolhidos os cabeças de grupos. Mais uma vez o anfitrião e o atual campeão (Alemanha) já estavam automaticamente classificados. Além deles se juntaram os outros 22 países que tinha conquistado, em jogos de qualificação, o direito de disputar o mundial. O esquema de classificação seria igual ao da última Copa, ou seja, seriam formados seis grupos de quatro seleções, classificando os dois primeiros colocados de cada grupo e mais quatro terceiros pelo índice técnico para as oitavas de final. Dos dezesseis, oito passavam para as quartas de final e quatro para as semi-finais e finais.

JOGOS DA PRIMEIRA FASE

GRUPO  “A”

18-06-1994

Estados Unidos 1 x 1 Suíça
18-06-1994 Romênia 3 x 1

Colômbia

22-06-1994

Suíça 4 x 1 Romênia
22-06-1994 Estados Unidos 2 x 1

Colômbia

26-06-1994

Romênia 1 x 0 Estados Unidos
26-06-1994 Colômbia 2 x 0

Suíça

                         O primeiro dia do grupo A, marcou dois recordes de público. Em Detroit, 73.425 pagantes viram a estreia dos Estados Unidos contra a Suíça, num empate de 1 a 1, gols de Wynalda para os americanos e Bregy para os suíços, no campo de gramado natural do estádio Silverdome totalmente coberto. Em Los Angeles, no Rose Bowl, a Colômbia, anunciada como a sensação da Copa, atraiu 91.856 espectadores e foi derrotada pela Romênia por 3 a 1, gols de Raducioiu (2) e Hagi, para a Romênia, enquanto que Valencia marcou o gol de honra dos colombianos.

                       Na segunda rodada, em Detroit, a Suíça surpreendeu a Romênia com a aplicação de sua defesa, em duas linhas de quatro homens, que praticaram com eficiência a tática de provocar o impedimento. O primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1, Sutter abriu o placar para a Suíça e Hagi empatou logo em seguida. Na segunda etapa, um novo recorde nesta Copa, os suíços chutaram apenas três bolas no gol da Romênia e marcaram em todas. Final surpreendente de jogo, Suíça 4×1 Romênia.

                        No outro jogo deste grupo, em Los Angeles, a favorita Colômbia foi eliminada pelos Estados Unidos com um gol contra do seu zagueiro Escobar, presente 93.869 espectadores. O segundo gol americano foi anotado por Stewart, enquanto que Valencia marcou o único gol colombiano. Final EUA 2×1 Colômbia. Na última rodada do grupo, a Romênia reabilitou-se e venceu os Estados Unidos por 1 a 0, gol de Petrescu. Já no outro jogo, a Colômbia venceu a Suíça por 2 a 0, gols de Gaviria e Luzano. Com estes resultados, estavam classificados para a outra fase; Romênia em primeiro, pelo número de gols marcados, Suíça em segundo e os Estados Unidos em terceiro pelo índice técnico.

GRUPO  “B”

19-06-1994

Camarões 2 x 2 Suécia
20-06-1994 Brasil 2 x 0

Rússia

24-06-1994

Brasil 3 x 0 Camarões
25-06-1994 Suécia 3 x 1

Rússia

28-06-1994

Brasil 1 x 1 Suécia
29-06-1994 Rússia 6 x 1

Camarões

                         Camarões e Suécia estrearam no grupo B, perante 93.000 espectadores. O futebol alegre dos africanos foi surpreendido aos oito minutos com o gol de Ljung para os metódicos suecos. A disciplina tática de Camarões nas Copas de 82 e 90, que fazia render boa técnica individual, parecia ter acabado. Embe empatou e Oman Biyck fez o segundo gol de Camarões, mas um gol de Dahin decretou o empate final de 2 a 2.

                        No dia seguinte, o Brasil marcou sua primeira vitória, por 2 a 0 contra a Rússia, gols de Romário aos 26 minutos do primeiro tempo e Raí cobrando pênalti aos 3 minutos do segundo tempo. Este jogo foi no estádio de Stanford, em São Francisco. Os brasileiros mesmo sem terem sido ameaçados em qualquer momento pelos russos, desagradaram pelo futebol apresentado, completamente fora do seu estilo habitual e priorizando uma defesa compacta. O árbitro desta partida foi Na Yan Lim Kee Chong, da Ilha Maurícios e o técnico Carlos Alberto Parreira mandou a campo neste dia, os seguintes jogadores; Taffarel, Jorginho, Ricardo Rocha (Aldair), Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga (Mazinho), Raí e Zinho; Bebeto e Romário.

                        Quatro dias depois, o Brasil voltava a campo, desta vez para enfrentar Camarões. E novamente a seleção brasileira desagradou os observadores e os críticos. O Brasil venceu por 3 a 0, gols de Romário aos 39 do primeiro tempo e Márcio Santos aos 20 e Bebeto aos 27 minutos do segundo tempo, que depois foi até a beira do gramado e fez o gesto de que estava embalando uma criança, uma linda homenagem ao filho do lateral esquerdo Leonardo que acabara de nascer. O árbitro desta partida foi o mexicano Arturo Brizio Carter e o Brasil jogou neste dia com; Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga, Raí (Muller) e Zinho (Paulo Sérgio); Bebeto e Romário.

                           No outro jogo deste grupo, ainda pela segunda rodada, a Suécia venceu a Rússia por 3 a 1, num jogo em que os suecos dominaram o jogo desde o início. O árbitro francês Quiniou marcou duas penalidades, a primeira foi a favor dos russos, que aproveitaram e abriram o placar através de Salenko e a outra foi a favor dos suecos, convertido por Brolin. O jogador russo Gorlukovic foi expulso por jogo violento, e assim, com dez homens os russos se entregaram na partida.

                           Na última rodada, jogando em Detroit, no estádio Silverdome, o Brasil precisava de um empate para ser o primeiro do grupo e a Suécia também para se classificar. Anderson abriu o placar aos 23 minutos do primeiro tempo. Romário empatou logo a 1 minuto da etapa final. O árbitro da partida foi o húngaro Sandor Puhl e neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva (Mazinho), Dunga, Raí (Paulo Sérgio) e Zinho; Bebeto e Romário.

                        E fechando a última rodada deste grupo, a Rússia goleou Camarões por 6 a 1. Com os jogadores de Camarões extremamente individualistas, a derrota foi inevitável. O jogador russo Oleg Salenko marcou cinco gols e o sexto foi de Radchenko, enquanto que Roger Milla marcou o gol de honra para Camarões. Com estes resultados, o Brasil se classificou em primeiro e a Suécia ficou em segundo neste grupo B.

GRUPO  “C”

17-06-1994

Alemanha 1 x 0 Bolívia
17-06-1994 Espanha 2 x 2

Coréia do Sul

21-06-1994

Alemanha 1 x 1 Espanha
21-06-1994 Coréia do Sul 0 x 0

Bolívia

25-06-1994

Espanha 3 x 1 Bolívia
25-06-1994 Alemanha 3 x 2

Coréia do Sul

                         Alemanha e Bolívia fizeram a abertura da Copa, com a presença de 63.117 pagantes no estádio Soldier Field, em Chicago. A novidade foi a primeira vitória de um campeão em jogo inaugural. Com gol de Klinsmann aos 15 minutos do segundo tempo, a Alemanha venceu a Bolívia por 1 a 0. O árbitro da partida foi o mexicano Brizio Carter. Na Copa dos recordes, o boliviano Etcheverry entrou em campo aos 79 minutos e foi expulso logo depois, por falta violenta. Passou à história como recordista de mais curta permanência em campo. No mesmo dia às 19:30h em Dallas, com 56.247 pagantes no Cotton Bowl, a Espanha ficou no empate com a Coréia do Sul em 2 a 2, gols de Salinas e Goicochea para a Espanha e Seo Jung Won e Hong Myung Bo, para a Coréia, todos eles marcados no segundo tempo. A Espanha jogou com 10 homens desde a expulsão de Natal aos 25 minutos de jogo.

                        Abrindo a segunda rodada do grupo C,  Espanha foi ao estádio Solder Fiel enfrentar os alemães, que tinha permanecido em Chicago. Goicochea e Klinsmann fizeram os gols do empate de 1 a 1. O árbitro uruguaio Felipe Cavani distribuiu quatro cartões amarelos para conter a violência. Em Boston, em noite fria, com surpreendente 54.453 pagantes, Bolívia e Coréia do Sul ficaram no 0 a 0. Os bolivianos tiveram seu segundo jogador expulso na Copa, foi o jogador Cristaldo, punido pelo árbitro escocês Mottram, a dois minutos do final. E fechando a rodada deste grupo no estádio Soldier Field, os bolivianos dominados pela Espanha perderam por 3 a 1, diante de 63.089 espectadores. O árbitro Sequeira, da Costa Rica, marcou um pênalti contra a Bolívia. Guardiola cobrou e fez 1 a 0, depois Caminero marcou mais dois para os espanhóis, enquanto que Sanchez marcou o único tento pra a Bolívia. E no último jogo do grupo, a Alemanha chegou a fazer 3 a 0, com dois gols de Klinsmann e um de Riedle e depois a Coréia tentou uma reação e fez dois gols, mas já era tarde, pois o jogo terminou com a vitória alemã por 3 a 2. Com estes resultados a Alemanha ficou em primeiro e a Espanha em segundo.

GRUPO  “D”

19-06-1994

Argentina 4 x 0 Grécia
19-06-1994 Nigéria 3 x 0

Bulgária

24-06-1994

Bulgária 4 x 0 Grécia
24-06-1994 Argentina 2 x 1

Nigéria

28-06-1994

Nigéria 2 x 0 Grécia
28-06-1994 Bulgária 2 x 0

Argentina

                           A seleção da Grécia chegou recomendada pela sua categórica vitória no grupo 5 das eliminatórias europeias. Mas, estreando no grupo D do mundial, no estádio Foxboro, em Boston, com 54.456 pagantes, os gregos foram goleados pela Argentina por 4 a 0, com três gols de Batistuta e um de Maradona. A Nigéria estreou surpreendendo a todos com a facilidade de sua vitória sobre a Bulgária por 3 a 0, gols de Yekini, Amokachi e Amamuniki.

                          Cinco dias depois, outra goleada sofrido pela Grécia e novamente pelo placar de 4 a 0, desta vez para os búlgaros, que reabilitaram da derrota sofrida na estreia para a Nigéria. Os gols da Bulgária foram anotados por Letchkov, Bonmirov e dois de Stoichkov cobrando pênalti. Jogando em Boston, Argentina e Nigéria se enfrentaram em disputado jogo. Cannigia fez os dois gols argentinos, enquanto que Sasha fez o gol nigeriano, na vitória sul-americana por 2 a 1.

                         A Grécia voltou a Boston para jogar com a Nigéria e completar seu ciclo de derrotas. Desta vez por 2 a 0, registrando 10 gols contra, sem marcar nenhum. Encerrando este grupo surpreendente, a Bulgária derrotou a Argentina por 2 a 0, gols de Stoichkov e Sirakov. Os búlgaros jogaram com 10 quase todo o tempo final, após a expulsão de Tzvetanov. Foi o primeiro jogo da Argentina depois da exclusão de Maradona da Copa, acusado de dopping. Neste grupo se classificaram Nigéria e Bulgária, enquanto que a Argentina se classificou em terceiro por índice técnico.

GRUPO  “E”

19-06-1994

Irlanda 1 x 0 Itália
20-06-1994 Noruega 1 x 0

México

24-06-1994

Itália 1 x 0 Noruega
25-06-1994 México 2 x 1

Irlanda

28-06-1994

Itália 1 x 1 México
29-06-1994 Irlanda 0 x 0

Noruega

                         O grupo E começou com inesperada vitória da Irlanda sobre a Itália, no estádio Giants, em New York, com 75.338 pagantes, que o tempo todo apoiaram os italianos. Os irlandeses fizeram o único gol da partida aos 11 minutos de jogo com Houghton. Depois defenderam-se até o final, com o ataque italiano incapaz de marcar. No outro jogo do grupo, a Noruega venceu o México também pelo placar de 1 a 0. O jogo foi em Washington. O único gol foi marcado a quatro minutos do final da partida.

                         Alguns dias depois, a Itália reabilitou-se vencendo a Noruega pelo placar de 1 a 0, gol de Dino Baggio. O goleiro Pagliuca foi expulso por cometer toque fora da área, feito para evitar o gol de empate da Noruega. Outro que se reabilitou foi o México que venceu a Irlanda por 2 a 1, permanecendo dessa maneira, na luta pela classificação. Na última rodada, a Itália garantiu sua passagem para a outra fase com um simples empate com o México por 1 a 1. O mesmo acontecendo com a Irlanda que empatou com a Noruega em 0 a 0. Com estes resultados, ficaram classificados; Itália, Irlanda e em terceiro o México pelo índice técnico.

GRUPO  “F”

19-06-1994

Bélgica 1 x 0 Marrocos
20-06-1994 Holanda 2 x 1

Arábia Saudita

24-06-1994

Bélgica 1 x 0 Holanda
25-06-1994 Arábia Saudita 2 x 1

Marrocos

28-06-1994

Arábia Saudita 1 x 0 Bélgica
29-06-1994 Holanda 2 x 1

Marrocos

                        No Citrus Ball, em Orlando, sob o sol da Flórida, a Bélgica iniciou sua jornada com um gol de De Gryse derrotando o Marrocos por 1 a 0. Em Washington, Holanda e Arábia Saudita fizeram um jogo difícil. Jonk e Taument para os holandeses e Amim para os árabes, definiram os 2 a 1 para a Holanda. Na rodada seguinte, a Bélgica venceu a Holanda por 1 a 0, gol de De Gryse, perante 62.387 pagantes. Já em New York, a Arábia Saudita venceu Marrocos por 2 a 1, gols de Al Jaber e Amim. Com esta derrota Marrocos estava eliminado da competição. Neste jogo o público foi de 76.322, um recorde para jogos entre as duas equipes.

                        Na última rodada, a Arábia Saudita surpreendeu a Bélgica vencendo por 1 a 0, gol de Owairan, gol este considerado o mais bonito de toda a Copa, quando ele partiu do meio de campo até a meta vazia, depois de driblar metade da equipe belga. E na última partida deste grupo, jogando em Orlando, a Holanda venceu Marrocos por 2 a 1. Bergkamp fez o primeiro gol para os holandeses. Nader empatou, mas Roy deu números finais à partida. Com esta vitória, a Holanda se classificou em primeiro, a Bélgica em segundo e a Arábia Saudita ficou em terceiro pelo índice técnico.

OITAVAS-DE-FINAL

02-07-1994

Alemanha 3 x 2 Bélgica
02-07-1994 Espanha 3 x 0

Suíça

04-07-1994

Suécia 3 x 1 Arábia Saudita
04-07-1994 Romênia 3 x 2

Argentina

04-07-1994

Brasil 1 x 0 Estados Unidos
05-07-1994 Itália 2 x 1

Nigéria

05-07-1994

Bulgária 6 x 5 México
05-07-1994 Holanda 2 x 0

Irlanda

                         Em Chicago, Alemanha e Bélgica jogaram palmo a palmo, a sua permanência no mundial. Voller fez 1 a 0 para os alemães. Grun empatou dois minutos depois. Klinsmann aos 11, retomou a vantagem alemã e Voller fez o terceiro da Alemanha ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o goleiro belga Preud´Homme teve grande atuação e parou o ataque alemão. Somente aos 90 minutos de jogo, que Albert diminuiu a vantagem, dando números finais a partida, com a vitória da Alemanha por 3 a 2. Em Washington, a Espanha fez o seu melhor jogo e eliminou a Suíça por 3 a 0, gols de Hierro, Luis Henrique e Beguiristain, este último cobrando pênalti. No dia seguinte, em Dallas, a Suécia manteve-se na frente até cinco minutos do final, com gol de Dahin e de Anderson. Aos 41 Al Ghesheyan diminuiu, mas aos 45, Anderson marcou o terceiro gol sueco, dando assim, números finais a partida e eliminando a Arábia Saudita da competição. Romênia e Argentina jogaram para 90.469 espectadores, com 3 a 2 para os romenos, gols de Dumistresco (2) e Haigi, enquanto que Balbo e Batistuta marcaram para os argentinos.

                        Justamente no dia da Independência dos Estados Unidos, 4 de julho, enfrentamos os donos da casa, que esperavam comemorar aquele dia com uma histórica vitória sobre o Brasil. Porem, ficaram só no sonho, poiis com um gol de Bebeto aos 27 minutos do segundo tempo, eles acordaram e caíram na realidade. Depois do gol, Bebeto voltou a beira do gramado e novamente fez o gesto de embalar uma criança, só que desta vez, era seu filho Matheus que havia nascido dois dias antes desta partida. O jogo foi no estádio Stanford e aos 41 minutos do primeiro tempo, o árbitro francês Quiniou expulsou o lateral brasileiro Leonardo, por uma cotovelada em Tab Williams, que por causa desta agressão, ficou seis meses sem poder jogar. Com esta derrota, os americanos estavam eliminados da Copa, mas eram delirantemente aplaudidos pelo público.

                       Neste dia 4 de julho, o Brasil jogou e venceu com; Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Cafu); Bebeto e Romário. Em Boston, no dia seguinte, a Nigéria começou fazendo 1 a 0, gol de Amunike e 54.367 espectadores se surpreenderam com a derrota da Itália até os 43 minutos do tempo final, quando Roberto Baggio empatou, levando o jogo para a prorrogação. Aos 10 minutos do tempo extra, o árbitro Brizio Carter assinalou um pênalti contra a Nigéria. Roberto Baggio cobrou e a Itália passou à frente do marcador e também às quartas de finais. México e Bulgária, perante 71.030 pagantes, no Giants de New York, jogaram 120 minutos, tiveram duas expulsões e oito cartões amarelos e não saíram de 1 a 1, gols de Stoickov para os búlgaros e Garcia Aspe para os mexicanos. Na cobrança de pênaltis, apenas quatro foram convertidas em gol, 3 a 1 par a Bulgária. E no último jogo desta fase, a Holanda não teve dificuldades para vencer a Irlanda por 2 a 0, classificando-se assim para as quartas de final.

QUARTAS-DE-FINAL

09-07-1994

Itália 2 x 1 Espanha
09-07-1994 Brasil 3 x 2

Holanda

10-07-1994

Romênia 4 x 5 Suécia
10-07-1994 Alemanha 1 x 2

Bulgária

                        As quartas de final começaram com a Espanha e Itália, tendo Pagliuca de volta ao gol italiano, após cumprir suspensão. Dino Baggio marcou para os italianos, Caminero empatou para os espanhóis e Roberto Baggio a três minutos do final do jogo, driblou Zuybizarreta e com o gol espanhol vazio ele fez 2 a 1, eliminando a Espanha.

                      No mesmo dia em Dallas, o Brasil enfrentou a Holanda. O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. Na segunda etapa, Romário marcou aos 6  e Bebeto ampliou aos 16. A Holanda reagiu e fez seu primeiro gol dois minutos depois através de Bergkamp e aos 30 empatou com um gol de Winter. Mas, seis minutos depois, Branco cobrando uma falta, deu números finais a partida. Vitória brasileira por 3 a 2. O árbitro desta partida foi Rodrigo Badilla, da Costa Rica e o Brasil neste dia jogou com; Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho (Raí) e Zinho; Bebeto e Romário.

                      Jogando em Stanford, Suécia e Romênia foram até as cobranças de pênaltis, depois de terem empatado em 120 minutos de jogo. Perante 83.500 espectadores, Brolin, para os suecos e Raducioiu, para os romenos fizeram 1 a 1 no segundo tempo regulamentar do jogo. Na prorrogação o empate foi de 2 a 2. Na cobrança dos pênaltis, Ravelli defendeu duas cobrança e assim, a Suécia venceu pelo placar de 5 a 4. Completando as quartas de final, a Bulgária, em New York, conquistou sua melhor posição ao derrotar a Alemanha. Stoichkov e Lerchtkov fizeram os gols búlgaros, enquanto que Mathaus marcou o único gol alemão cobrando pênalti.

 SEMI-FINAL

13-07-1994

Itália 2 x 1 Bulgária
13-07-1994 Brasil 1 x 0

Suécia

                        Em New York, Bulgária e Itália; e em Los Angeles, Suécia e Brasil. Provavelmente nenhum experte havia previsto estas semifinais. Para os italianos foi a tarde de reencontro da equipe com seu futebol de categoria, em tarde inspirada de Roberto Baggio, que marcou os dois gols da Itália. Stoichkov fez o único gol búlgaro cobrando um pênalti que o árbitro francês Quiniou marcou no fim do primeiro tempo. Com esta vitória os italianos eram os primeiros finalistas conhecidos da Copa de 94, que foi disputada nos Estados Unidos.

                       Na costa do Pacífico, a Suécia voltava, 36 anos depois de Estocolmo, na Copa de 58, a disputar uma semifinal. O jogo era a reprise da primeira fase, quando empataram suecos e brasileiros, em São Francisco. Agora, porém, não podia deixar de haver um vencedor, que iria bater-se pelo título ali mesmo em Los Angeles. Apesar de superior como equipe, o Brasil não arriscou em nenhum momento, mantendo o padrão adotado até então.

                       Os suecos que haviam chegado além do previsto, resistiram os ataques brasileiros, mesmo depois da expulsão de Them, pelo árbitro colombiano José Joaquin Torres Cadena, aos 18 minutos do segundo tempo. Quando faltavam dez minutos para o final, Bebeto atraiu seus marcadores e cruzou em profundidade para a área sueca, onde Romário se livrou de Nilsson e de Andersson e cabeceou de forma indefensável para fazer 1 a 0, que definiu a parida e o adversário da Itália na grande final, que aconteceria quatro dias depois lá no estádio Rose Bowl de Pasadena – EUA.

                      Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho (Raí) e Zinho; Bebeto e Romário.

DECISÃO DO 3º LUGAR

16-07-1994

Suécia 4 x 0

Bulgária

                      O jogo foi no estádio Rose Bowl, que recebeu neste dia um público de 91.500 espectadores para ver o jogo que iria decidir o terceiro lugar, em geral considerado prêmio de consolação. Para a Bulgária chegar àquele jogo era o mesmo que conquistar um troféu inédito. Para os suecos era a melhor posição desde 1974 na Alemanha. Desde o primeiro minuto a Suécia mostrou que queria ganhar. Brolin aos oito minutos e log depois Mild, Larssen e Andersen fizeram os 4 a 0, contagem final par a segunda Copa com o terceiro lugar dos suecos.

FINAL

17-07-1994

Brasil 3 x 2

Itália

                          A final foi disputada no mesmo estádio em que Suécia e Bulgária haviam jogado no dia anterior. E neste dia o público foi de 94.194 pagantes. Brasil e Itália era os tricampeões que entraram com o árbitro húngaro Sandor Puhl para jogar a grande final, em 17 de julho. Os italianos haviam chegado até aquele jogo sem demonstrar a inegável força de seu futebol. Os brasileiros esbanjavam a arte e a alegria que caracterizavam suas seleções, mas atingiam a final como a mais bem armada e mais consciente de suas forças entre todas as equipes que disputaram a Copa. Os italianos dependeram da inspiração do seu grande jogador Roberto Baggio para ir adiante, ainda que no minuto final do jogo. Os brasileiros pareciam jamais ter estado em perigo, impondo-se no campo pelo talento de vários dos seus jogadores, bem encaixados na estrutura coletiva desenhada pelo seu treinador. Os apreciadores de esquema falam que as duas equipes jogaram no 4-4-2, isto é, com dois atacantes apenas. Romário e Bebeto, no Brasil e Massaro e Roberto Baggio na Itália.

                         O fato de que os 90 minutos regulamentares e mais os 30 do tempo extra não tiveram um único gol não invalida a alta categoria da disputa, numa final plena de emoção. Itália e Brasil, numa Copa de tantos recordes e novidades, foram protagonistas da primeira decisão de um título mundial pela chamada “loteria dos pênaltis”. No México, 24 anos antes, brasileiros e italianos jogaram uma final inesquecível pelos seus cinco gols. Desta vez, nenhum gol. A decisão foi conseguida no confronto direto entre atacantes e goleiros.

                        Um dos maiores jogadores italianos de todos os tempos, que, após séria contusão, voltara para jogar a final, Franco Baresi, que iniciou a série de pênaltis, e, incrivelmente errou. O guardião Pagliuca, logo em seguida refez a moral da equipe e as esperanças da vitória ao segurar o chute fraco de Márcio Santos. Albertini foi o segundo a cobrar pela Itália e fez 1 a 0. Romário empatou. Evani desempatou e Branco tornou a empatar. Veio então a vez de  Taffarel, que defendeu a bola chutada por Massaro. O capitão Dunga fez a última cobrança a que tinham direito os brasileiros e colocou pela primeira vez o Brasil a frente no placar, 3 a 2.

                       Tudo passou a depender de Roberto Baggio que, acertando, obrigaria a nova série ou, errando faria dos brasileiros os primeiros tetracampeões mundiais de futebol. Baggio caminhou lentamente, colocou a bola na marca e encarou o guardião brasileiro. Completo silêncio no estádio. Depois a explosão dos gritos de alegria dos brasileiros, quando Baggio desferiu potente chute por cima do travessão da baliza. Brasil Tetracampeão do Mundo.

                        Neste dia o Brasil jogou com; Taffarel, Jorginho (Cafú), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Viola); Bebeto e Romário. A Itália jogou com; Pagliuca, Mussi (Apolloni), Baresi, Benarrivo e Maldini; Dino Baggio (Evani), Donadoni, Berti e Albertini; Roberto Baggio e Massaro. Os jogadores dão olimpicamente a volta por cima das críticas que sofreram durante todo o mundial nos Estados Unidos. Ao contrário do que aconteceu nos três títulos de 1958, 1962 e 1970, quando aquelas seleções eram elogiadas a cada jogo, o time do tetra esteve sempre na berlinda. Por isso, o capitão Dunga ergueu a taça diferente dos capitães anteriores. Fez do seu gesto uma explosão de desabafo. O mesmo sentimento que esteve em cada abraço trocado pelos jogadores.

                       O Brasil explodiu de alegria ao repetir nos Estados Unidos as façanhas de 1958, 1962 e 1970, tornando-se o primeiro país a conquistar pela quarta vez um título de campeão do mundo. O Brasil é o campeão do século XX. Na decisão, o que ajudou muito a conquista do tetra foi o condicionamento físico de nossos atletas. Depois de 120 minutos, na cobrança das penalidades máximas, os italianos estavam se arrastando pelo gramado. Os brasileiros estavam inteiros. Moraci Santana e Vincenzo Pincolini foram os responsáveis por esse trabalho. A grande vitória do Brasil foi exemplar. Serviu para se perceber que é somente depois de plantar com paciência, semear dia após dia, trabalhar no campo, que colhe os louros da vitória merecidamente. Essa grande conquista também serviu para mostrar ao mundo a nossa grande vocação de fabricantes de sonhos e exportadores de esperanças.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

                        A participação do Brasil neste mundial foi a seguinte: 8 cartões amarelos, 1 cartão vermelho (Leonardo), marcou 11 gols, sofreu 3, seu público nos jogos foi de 575.812 pessoas e o artilheiro da seleção canarinho, foi Romário com 5 gols. O país ainda chorava a morte de Ayrton Senna (1-5-94) e precisava de algo que fizesse voltar a alegria à esse povo tão sofrido. E nada melhor que um título mundial. Debaixo de um calor de 35 graus, Brasil e Itália, com três títulos cada um na bagagem, decidiram quem seria o primeiro tetracampeão do mundo, naquele dia 17 de julho de 1994.

                       Depois de 90 minutos sem gol, veio a prorrogação com mais 30 minutos e nada de gol. Somente os pênaltis, poderiam resolver aquele problema. De um lado Taffarel, de outro o goleiro italiano, Pagliuca e nos pés de Romário e Cia. Estavam nossas esperanças. E foi justamente nos pés de Baggio, o jogador italiano mais famoso da época, que começamos a comemorar o tão sonhado tetra, pois ao bater a penalidade, ele chutou para fora, não só a bola, como também o sonho de milhões de italianos. Éramos Tetra Campeões de Futebol.

                        A delegação brasileira embarcou para os Estados Unidos no dia 25 de maio em um avião DC-10 com 41 integrantes. Os treinamentos da seleção foram realizados na Universidade de Santa Clara, na Califórnia. Durante três semanas o Brasil realizou treinamentos antes de estrear na Copa contra a Rússia. No último amistoso realizado contra o time de El Salvador, Ricardo Gomes sofreu forte distensão na coxa e retornou ao Rio de Janeiro. O zagueiro foi substituído por Márcio Santos. Romário que também sentia uma contusão na virilha melhorou e foi escalado para o jogo de estreia.

                       O Brasil enfrenta seu primeiro adversário e vence por 2×0 a seleção da Rússia. Romário, artilheiro do Barcelona, infernizou a defesa russa com seus deslocamentos sem bola. Quando estava com a bola nos pés, então, o estrago era maior. E foi Romário quem marcou o primeiro gol do Brasil no mundial de 1994. Raí assinalou o segundo na cobrança de um pênalti cometido em cima de Romário. O Brasil jogou utilizando os flancos do campo, não insistindo em atuar pelo meio, que sempre estava congestionado.

                       O segundo adversário foi a seleção de Camarões que tinha feito muito sucesso na Copa anterior. Durante o jogo o Brasil foi sempre melhor, mais sólido, mais consciente. A vitória era questão de tempo. Tempo que passou sem maiores emoções até que Romário recebeu um passe de Dunga e abriu a contagem. Depois que Márcio Santos marcou o segundo gol, a seleção brasileira começa administrar suas energias. Mesmo assim, Bebeto ainda aproveita um rebote da defesa de Camarões e fechou o marcador em 3×0. Estamos classificados com antecedência.

                        Com a presença garantida nas oitavas de finais, o Brasil foi a Detroit enfrentar a também classificada Suécia. Foi uma partida que só tem a importância para quem pensa em escolher o próximo adversário. Comentou-se que os jogadores se reuniram com a comissão técnica para discutir a questão. Vencer ou empatar com a Suécia para enfrentar os Estados Unidos, no dia de sua Independência. Ou entregar o jogo e jogar, provavelmente, contra a Holanda. No começo nossa seleção parecia querer vencer, mas jogava mal e a Suécia abriu a contagem. No segundo tempo entrou Mazinho no lugar de Zinho. Romário empatou e os torcedores brasileiros fizeram festa no estádio de Silverdome. Encharcados de orgulho, entusiasmo e patriotismo, os americanos acreditavam que dava para vencer o Brasil. Uma vitória que encerraria em grande estilo as comemorações do dia da Independência dos Estados Unidos.

                        Depois de péssima atuação contra a Suécia, Parreira coloca Mazinho no lugar de Raí. Mesmo assim, a seleção joga um futebol confuso e burocrático. A cada minuto que passa o time brasileiro fica mais tenso. Não por sofrer sérias ameaças do time americano, mas por causa de seus próprios defeitos. Aos 41 minutos, o sempre tranquilo lateral Leonardo dá uma cotovelada em Tab e é expulso. Com 10 jogadores, Mazinho passa para a lateral esquerda. Para o segundo tempo, surpreendentemente, o Brasil volta melhor. Os americanos formam uma linha atrás do meio campo apostando em arrastar a partida para a prorrogação e depois para os pênaltis. Pressão, sufoco, angustia e um estádio inteiro, enlouquecido gritava sem parar para ajudar os americanos. Somente aos 27 minutos é que veio o gol de Bebeto que decidiu a partida. O Brasil, mesmo criticado vai chegando ao seu objetivo. Mesmo sem encantar a torcida, é ainda, o melhor time da Copa.

                       Havia um consenso entre os jogadores, jornalistas e torcedores: de todos os adversários do Brasil até agora, a Holanda seria a mais difícil. É um time com experiência, uma boa escola e jogadores de alto nível. A nossa preocupação era o lateral Branco que substituía Leonardo expulso no jogo anterior. Sentindo fortes dores lombares, Branco ainda não tinha participado de nenhum jogo. Afinal, ele marcaria melhor o jogador da Holanda. Foi a melhor partida do Brasil na Copa. Dominando amplamente, os brasileiros fazem dois gols com Romário e Bebeto e apresentava um futebol vibrante, rápido, inteligente e de emocionar. O marcador fazia justiça ao melhor futebol. Entretanto, uma falha de Márcio Santos, permitiu que a Holanda marcasse seu primeiro gol. Um jogo fácil se tornou difícil. Uma nova bobeada e novo gol holandês. Mas, aos 36 minutos, Branco cava uma falta e ele mesmo cobra. Era o gol da vitória. Magoado com as críticas, Branco batiza o gol como “gol cala boca”. O tetra está cada vez mais perto.

                        Os torcedores começaram a acreditar na seleção. O adversário da semi-final foi a Suécia. Uma equipe fisicamente forte, cuja maior virtude estava na marcação dura e incansável que exercia a partir do meio campo. A disciplina tática dos suecos bloqueavam os espaços e formavam uma muralha ao redor da sua área. Mesmo assim, o Brasil criou boas oportunidades e soube aproveitar. No segundo tempo, Raí entrou no lugar de Mazinho. A Suécia arriscou mais e abriu sua defesa. Teve o jogador Thern expulso e Romário terminou fazendo o único gol da partida. Um gol que colocou o Brasil na sua quinta final de um mundial.

                        E chegou o dia da grande final. Em 1970, Brasil e Itália, bicampeões mundiais decidiram quem seria o primeiro tricampeão. Em 1994, novamente Brasil e Itália, tricampeões, decidiram quem seria o primeiro tetracampeão da história. Também estava em jogo o título de campeão mundial do século. O Brasil jogo completo e inteiro. A Itália jogo completa, mas suas duas grandes figuras, Baresi e Roberto Baggio, sem suas melhores condições físicas.

                       O Brasil começa forçando e a Itália se defendendo. Ainda no primeiro tempo, Jorginho se machuca e Cafu entra em seu lugar. Na etapa complementar, as equipes continuavam sem se expor. Aos 30 minutos Mauro Silva chuta de longe, a bola escapa do goleiro Pagliuca, bate na trave e volta para o italiano. Antes de terminar o jogo, Viola entrou no lugar de Zinho. E o jogo do século foi para a prorrogação. A prorrogação foi dramática com os brasileiros tentando o gol e os italianos se defendendo heroicamente. Pela primeira vez, uma final de Copa do Mundo, foi decidida nos pênaltis. Uma defesa de Taffarel e um chute de Roberto Baggio para fora decidiram o tetra campeonato para o Brasil.

A seleção brasileira desta conquista teve os seguintes jogadores:

Goleiros: Taffarel, Zetti e Gilmar Rinaldi

Zagueiros: Cafu, Aldair, Márcio Santos, Ronaldão, Leonardo, Branco, Ricardo Rocha e Jorginho

Meias: Mauro Silva, Zinho, Raí, Mazinho e Dunga

Atacantes: Ronaldo, Muller, Viola, Bebeto, Romário e Paulo Sérgio

Técnico: Carlos Alberto Parreira

Auxiliar Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo

SELEÇÃO BRASILEIRA – CAMPEÃ DA COPA DE 1994      –    Em pé: Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Márcio Santos e Branco      –     Agachados: Mazinho, Romário, Dunga, Bebeto e Zinho

 

 

 

 

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