OCIMAR: campeão carioca pelo Bangu em 1966

                        Ocimar dos Santos Dutra nasceu dia 10 de março de 1930, no Rio de Janeiro. Revelado pelo Madureira, Ocimar jogou apenas as temporadas de 1951 e 1952 pelo time da rua Conselheiro Galvão. Depois disso, parecia que sua carreira tinha decaído, ao ser negociado com o Monte Alegre, do Paraná. Pequena equipe do interior do estado, o Monte Alegre acabou conseguindo um feito.

                        Tornou-se campeão paranaense em 1955, desbancando os grandes de Curitiba. E Ocimar era, justamente, o cérebro daquele time. Curiosamente, o título foi um dos últimos suspiros do Monte Alegre, que em 1957 viria a encerrar o seu departamento de futebol profissional.

                        Ocimar não ficou desempregado por muito tempo. Logo foi contratado pela Portuguesa de Desportos. O destaque adquirido no futebol paulista ao longo de várias temporadas aguçou o interesse do Bangu pelo passe do meio-campo.

                         Em 1963, Castor de Andrade buscou o craque, fazendo uma aposta alta. Afinal, Ocimar já tinha 33 anos quando chegou a Moça Bonita. Ao lado de Roberto Pinto, os dois formaram um fortíssimo e criativo meio-campo, ajudando o time a fazer uma grande campanha no Campeonato Carioca daquele ano.

                         Ocimar continuou no clube em 1964, sendo vice-campeão carioca. No certame de 1965, porém, amargou o banco de reservas pela primeira vez, já que Zizinho preferiu colocar Jaime e Roberto Pinto no meio. Deu a volta por cima em 1966, sagrando-se campeão carioca.
Na finalíssima contra o Flamengo, foi autor do primeiro gol, aos 23 minutos, num chute de fora da área, que pegou o goleiro Waldomiro desprevenido.

                         Depois de ser vice novamente em 1967, Ocimar decidiu que o Campeonato Carioca de 1968 seria o seu último. Com 38 anos, ele encerrou a carreira no grande palco do Maracanã, saindo sob aplausos para a entrada de Juarez, numa partida contra o Madureira. Três meses depois, assumia o comando técnico do Bangu, substituindo o treinador Antoninho.

                         Na nova função, Ocimar não obteve o mesmo sucesso dos tempos de jogador. Mesmo assim, foi técnico alvirrubro em 1968, 1969 e 1972. Além do Bangu, Ocimar comandou uma infinidade de clubes, entre eles: São Cristóvão, Portuguesa (RJ), Comercial (MS), Figueirense, Bragantino..
Nos anos 80, continuou ligado ao futebol, agora como funcionário da Legião Brasileira de Assistência, sendo professor de uma escolinha para crianças em Campos.

                         Ocimar dos Santos Dutra, o Ocimar, ex-meia da Portuguesa  e do Bangu, mora no Rio de Janeiro (RJ) e é professor em uma escolinha de futebol. Ocimar venceu o Campeonato Carioca com o Bangu em 1966.

                          Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu – que foi campeão ao golear o Fla por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica. O goleiro Valdomiro (do Fla) foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira (hoje o técnico de juniores, Adaílton Ladeira).

                          O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

                           E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.

                          Com a camisa do Bangu, Ocimar realizou 219 partidas, sendo 123 vitórias, 45 empates e 51 derrotas. Teve um aproveitamento de 66%.  Marcou 15 gols. Sua estreia n clube de Moça Bonita aconteceu dia 23 de março de 1963, num jogo em que o Bangu derrotou o Esportiva por 2×1. Por outro lado, a sua despedida foi no dia 8 de junho de 1968, quando o Bangu empatou com o Madureira em 0x0.

Em pé: Vilela, Félix, Odorico, Ditão, Nélson e Juts     –     Agachados: Jair da Costa, Ocimar, Silvio, Servílio e Melão
Em pé: Fidélis, Ubirajara, Mário Tito, Luiz Alberto, Nilton dos Santos e Ocimar    –    Agachados: Paulo Borges, Bianchini, Parada, Roberto Pinto e Vermelho
Em pé: Vilela, Nélson, Félix, Odorico, Ditão e Juts    –     Agachados: Silvio, Ocimar, Servilio, Didi e Melão
Em pé: Vilela, Nelson, Odorico, Ditão, Félix e Juths    –     Agachados: Jair da Costa, Silvio, Servílio, Ocimar e Nilson Bocão
Em pé: Vilela, Félix, Odorico, Ditão, Lever e Nélson     –     Agachados: Jair da Costa, Ocimar, Nardo, Servilio e Babá
1964 – Em pé: Fidélis, Aldo, Mário Tito, Paulo, Nilton dos Santos e Ocimar    –   Agachados: Membro da comissão técnica, Paulo Borges, Bianchini, Parada, Roberto Pinto e Cabralzinho
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