GOIÁS ESPORTE CLUBE – Fundado em 6 de Abril de 1943

                     Goiás Esporte Clube é uma agremiação esportiva sediada na cidade de Goiânia, no estado brasileiro de Goiás. Tem como cores o verde e o branco (alviverde) e atualmente manda seus jogos no Estádio Hailé Pinheiro no campeonato estadual e reveza entre Serra Dourada e Olímpico nas competições nacionais.

                     Fundado em 6 de abril de 1943, o Goiás disputou o Campeonato Brasileiro pela primeira vez em 1967 (durante a nona edição da então Taça Brasil). É o único clube goiano a ter participado da Copa Libertadores da América e a ter chegado a uma final de Copa Sul-Americana e de Copa do Brasil. Além disso, é o maior campeão do torneio estadual com 28 títulos goianos, sendo um pentacampeonato entre 1996 a 2000.

                     O Verdão da Serra, como é chamado por sua torcida, também conquistou o Campeonato Brasileiro da Série B em 1999 e 2012, e 3 edições da Copa Centro-Oeste, em 2000, 2001 e 2002, tendo alcançado a terceira colocação no Campeonato Brasileiro Série A de 2005 na sua campanha mais destacada, além de vencer os torneios Manoel dos Reis e Silva, em 1971, quando derrotou na final o Alianza Lima do Peru, e campeão em 2015 da Granada Cup, sendo assim a agremiação mais vitoriosa da região.

FUNDAÇÃO

                      O clube foi fundado em 6 de abril de 1943. Idealizado por Lino Barsi, foi na calçada, embaixo de um poste, que surgiram os primeiros passos de um sonho, chamado Goiás Esporte Clube. Para jogar a primeira partida de sua história, contra o Atlético Goianiense, o time sem recursos, utilizou camisas (verdes com listas horizontais brancas) doadas pelo América Mineiro (MG). Só que os mineiros só puderam dar nove camisas e foi preciso completar com duas inteiras brancas.

                       Por mais de 20 anos, o clube permaneceu pequeno. Sem dinheiro e ainda tímido próximo aos grandes do estado, durante as décadas de 1950 e 1960, o Goiás foi chamado jocosamente pelos rivais de “Clube dos 33” – brincadeira de que seria esse o número de torcedores que o clube tinha. Além da fama de impopular, o time também era considerado perdedor: foram anos, em que o único brilho vinha do atacante Tão Segurado, que vestiu a camisa esmeraldina entre 1954 e 1961 e foi o primeiro jogador do time a ser artilheiro do Campeonato Goiano, em 1956.

PRIMEIRO TÍTULO ESTADUAL E ASCENSÃO NACIONAL

                           Na década de 1960, as coisas começavam a mudar. Em 1966, a equipe conquistou o seu primeiro título no Campeonato Goiano, comandado pelos zagueiros Macalé e Japonês. O Goiás começava a ser um encalço para os dois grandes da época, Goiânia e Atlético Goianiense.

                        Durante a década de 1970, os esmeraldinos conquistaram 4 títulos estaduais e participaram, em 1973, de seu primeiro Campeonato Brasileiro da era moderna. A 13ª colocação foi aceitável, mas destacada mesmo foi uma partida específica, uma das maiores da história do clube: no Pacaembu, diante do Santos, o Santos vencia por 4 x 1 e a vitória já parecia assegurada, tanto que Pelé foi substituído. Nos últimos 15 minutos, Lucinho, Matinha e principalmente Paghetti , que marcou três gols, brilharam e arrancaram um glorioso empate por 4 a 4. Quando os santistas desceram para o vestiário com cabeça baixa, Pelé, que já tinha tomado banho, achou que era brincadeira.

O DOMÍNIO DO TIME NA REGIÃO

                             Durante os anos 1980, o Goiás já era o dono do Estado. Com a conquista de 5 títulos estaduais na década e uma conquista da Copa Centro-Oeste, sua torcida se massificava e já era uma das maiores da região. O “Verdão da Serra”, como carinhosamente o clube era chamado, também alçava voos maiores no Campeonato Brasileiro de forma constante, muitas vezes tendo um papel de destaque como em 1983. Nesse ano tinha na equipe Zé Teodoro na lateral-direita, Dadá Maravilha na frente e era liderado por Luvanor. Esse time terminou em 5º lugar no Campeonato Nacional. Depois da participação destacada, o meia Luvanor se transferiu para o Catania, da Itália e voltou em 1990, a tempo de comandar outra campanha ilustre, a do vice-campeonato da Copa do Brasil.

                         Foi por essa época que começou outra tradição: a de ser o lar de grandes artilheiros do Campeonato Brasileiro. Na edição de 1989, surgiu para o país um centroavante que passaria a ser referência de oportunismo e marketing pessoal durante as duas décadas seguintes: Túlio (que na época ainda não carregava a alcunha de “Maravilha”).

                         Ele foi o maior goleador daquele torneio, repetindo o feito no Campeonato Brasileiro de 1991 e chamou a atenção do Sion, da Suíça, a primeira das muitíssimas andanças do artilheiro. Seu substituto, no ano seguinte, foi Baltazar. O “Artilheiro de Deus”, que começou sua carreira no rival Atlético Goianiense. Se destacou na conquista do Goiano de 1994, quando marcou 25 gols, e no vice-campeonato da Série B do Brasileirão, que levou o clube de volta à elite do campeonato.

                          Dono também da maior estrutura de futebol no Centro-Oeste, no segundo ano de seu retorno à divisão principal, o Goiás se tornou a primeira e única equipe goiana a chegar à semifinal do Campeonato Brasileiro. Com um ataque imparável formado por Alex Dias (que depois se transferiria para a França), Lúcio e Dill, em 1996 os goianos só foram barrados pelo Grêmio, que se sagraria campeão.

                          Alguns dos principais nomes daquela equipe acabaram negociados, o que resultou em duas campanhas fracas: 19º lugar em 1997 e o 22º em 1998, quando o clube voltou à Série B. Mas foi por pouco tempo: uma nova geração já se formava, com nomes como o atacante Fernandão. O Goiás foi campeão da segunda divisão em 1999 e voltou à Série A pela porta da frente.

A REVELAÇÃO DE BONS JOGADORES

                                Na temporada do ano 2000, o atacante Dill foi artilheiro do Goiano com 29 gols e também do Brasileirão, em que marcou 20 gols na campanha da equipe rumo à 10ª posição. É nessa época que o Goiás se consolida como um dos grandes clubes do futebol brasileiro e a “Torcida dos 33” se firma sem contestações como a maior do estado. Nessa década o Goiás conquistou 5 estaduais, 2 Copas Centro-Oeste além de boas campanhas nacionais e internacionais.

                            Desde então, a condição de um dos melhores clubes do Brasil, e um dos que mais revelam artilheiros, não se alterou mais. Primeiro foi a quebra de recorde conseguida por Dimba em 2003. Graças à ajuda valiosa de Danilo, Grafite e Araújo, o camisa 9 marcou 31 gols naquela temporada e bateu a marca de maior número de gols numa edição do Brasileirão, que era de Edmundo (e que seria quebrada novamente por Washington, do Atlético-PR, em 2004).

                             Apesar da saída de tantos jogadores, o núcleo foi refeito e, com nomes como Paulo Baier, Rodrigo Tabata, Jadílson e Souza, os esmeraldinos comandados por Geninho terminaram o Brasileiro de 2005 em terceiro lugar e conquistaram uma vaga inédita na Libertadores da América. E não só a vaga: o time passou pela primeira fase como líder e caiu nas oitavas-de-final, por causa do critério do gol fora de casa, contra o Estudiantes de La Plata, da Argentina.

                             Mais um ano, mais um camisa 9 do Goiás na artilharia: em 2006, quando o clube completou a quarta temporada seguida entre os 10 primeiros do Brasil, Souza liderou a tabela com 17 gols.

                             Em 2009, a equipe conquistou o Campeonato Goiano sobre o Atlético-GO e com a melhor campanha da competição. Alegando que o jogador Everton foi escalado irregularmente nos jogos da semifinal, o Atlético-GO entrou com uma ação na justiça contra o Goiás que poderia tirar até 12 pontos do clube esmeraldino (ou seja, perder o título do Goianão) e mais uma multa de 1 a 10 mil reais. Porém, o jogo político dos rivais não surtiu efeito e o STJD deu ganho de causa ao Goiás que manteve o título. O clube foi eliminado (de forma invicta) nas oitavas-de-final da Copa do Brasil pelo Fluminense.

                               O Goiás começou o Brasileiro com uma série de empates e derrotas, mas encaixou uma sequência de 6 vitórias consecutivas e terminou o 1º turno na 3ª posição. Mas o time caiu muito de rendimento na segunda metade do certame, e com uma das piores campanhas do returno fechou a principal competição nacional em 9º lugar. Na Copa Sul-Americana o Goiás foi eliminado para o Cerro Porteño, do Paraguai também nas oitavas e terminou a competição em 12º lugar.

REBAIXAMENTO E VOLTA POR CIMA

                                    Após uma campanha ruim no Campeonato Brasileiro, o time foi rebaixado, em 2010, à Série B com dois jogos de antecipação. No entanto, o time fez uma boa campanha na Copa Sul-Americana, chegando a sua primeira final de uma competição internacional em vitória sobre o Palmeiras, de virada, por 2 a 1, no Pacaembu

                               O Goiás tinha perdido o primeiro jogo por 1 a 0, no Serra Dourada e venceu no critério do gol fora de casa. No dia 1 de dezembro de 2010, venceu o Independiente da Argentina pelo placar de 2 a 0 no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Porém na partida de volta, o time perdeu por 3 a 1 no tempo normal e foi derrotado nos pênaltis por 5 a 3, ficando assim, em segundo lugar.

                                Em 2011, a equipe terminou o Campeonato Brasileiro Série B em 11° lugar, assim não conseguiu subir para a Série A do ano seguinte, mesmo dando uma grande reagida com a chegada do técnico Enderson Moreira, que deu a chance da equipe de conseguir subir para a Série A, mas o time perdeu para o Bragantino por 4×0 e com esse resultado, acabou com as chances do esmeraldino de subir a elite do futebol brasileiro. Na Copa do Brasil foi eliminado pelo São Paulo nas oitavas-de-final com duas vitórias por 1×0 do time de São Paulo e no Campeonato Goiano foi vice-campeão com dois empates com o Atlético-GO na final, que tinha a vantagem de jogar por empates.

                                 Em 2012, com uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro da Série B, conquistou o acesso com duas rodadas de antecedência ao ganhar do Grêmio Barueri em casa por 3 a 0, com o maior público do campeonato, com mais de 39 mil pagantes, e no último jogo repetiu o grande público presente e vencendo de virada a equipe do Joinville por 2 x 1, garantiu o bicampeonato da Série B. O time conquistou 78 pontos e não perdeu nenhuma partida em casa na Série B.

                                   Em 2013, foi bicampeão goiano em cima do Atlético-GO. Fez uma ótima campanha na Copa do Brasil, perdendo para o Flamengo nas semifinais. Fez uma boa campanha na Série A, brigando por uma vaga na Libertadores, porém perdeu em casa na última e decisiva rodada do campeonato para o Santos, o que acabou com o sonho da Libertadores, ficando na sexta colocação.

REGISTROS HISTÓRICOS

                                   Único clube da Região Centro-Oeste a ter artilheiros no Campeonato Brasileiro. Tal feito aconteceu por 4 vezes: Túlio Maravilha (1989), Dill (2000), Dimba (2003) e Souza (2006). O primeiro depois do G12 (times de SP, RJ, MG e RS) a atingir a marca de mil gols como também de mil jogos em Campeonatos Brasileiros – Série A.

GOLS EM CAMPEONATO BRASILEIRO

                          O Primeiro Gol – Foi marcado por Lincoln contra o Flamengo no dia 29 de agosto de 1973 no Estádio Olímpico.

                          O Centésimo Gol – Foi marcado por Maisena contra o América-RJ no dia 26 de setembro de 1976 no Estádio Olímpico.

                         O Gol de número 500 – Foi marcado por Evandro contra o Grêmio no dia 5 de dezembro de 1996 no Estádio Serra Dourada.

                         O Milésimo Gol – Foi marcado por Paulo Baier contra o Atlético-MG no dia 08 de Agosto de 2007 no Estádio Serra Dourada.

JOGOS DO CAMPEONATO BRASILEIRO

                         O Primeiro Jogo – Goiás 0 x 0 Olaria realizado no Estádio Olímpico pelo Campeonato Brasileiro de 1973.

                         O Milésimo Jogo –  Corinthians 3×0 Goiás realizado na Arena Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 2015

MAIORES PÚBLICOS

1 – Goiás x Vila Nova – 64.614 pagantes – Campeonato Goiano de 1979

2 – Goiás x Flamengo – 61.258 pagantes – Campeonato Brasileiro de 1983

3 – Goiás x Vila Nova – 58.953 pagantes – Campeonato Goiano de 1977

UNIFORME DOS JOGADORES

1º uniforme – Camisa verde, calção branco e meias verdes

2º uniforme – Camisa branca, calção verde e meias brancas

3º uniforme – Camisa branca com listras em verde, calção e meias brancas

HINO

Eu sou Goiás Esporte Clube

Eu sou Goiás, eu sou Goiás e vou vibrar

Até o peito me doer

Até perder a voz eu sou Goiás

Eu sou Goiás até morrer, eu Sou Goiás,

Eu sou Goiás de coração

Cada vez nossa torcida cresce mais

Eternamente serei Goiás

Nosso Clube é a nossa glória

A nossa garra, nossa gente, nossa história

O amor pela nossa bandeira

É para nós a maior vitória

Nosso Clube é a nossa glória

Nossa garra, nossa gente, nossa história

A vida toda eu vou torcer

Eu sou Goiás, Goiás, até morrer

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