CLÁUDIO DUARTE: bicampeão brasileiro pelo Inter/RS em 1975 / 76

                               Cláudio Roberto Pires Duarte nasceu em São Jerônimo (RS), em 9 de maio de 1951. Revelado nos quadros amadores do Sport Club Internacional, Cláudio Duarte jogava inicialmente pela meia-cancha, até ser deslocado para o corredor direito defensivo.

                              Aproveitado no time principal pelo técnico Daltro Menezes, Cláudio Duarte permaneceu por um bom tempo na suplência de Laurício e Édson Madureira. Com o trabalho desenvolvido pelo técnico Dino Sani, Cláudio Duarte ganhou confiança e recebeu suas primeiras oportunidades entre os titulares.

                               Rotulado como “cintura dura” pela exigente imprensa gaúcha, o lateral precisou trabalhar muito para superar a enxurrada de críticas por sua lentidão, algo que mudou bastante com a chegada de Rubens Minelli em 1974.

                               Com boas atuações no bicampeonato brasileiro de 1975 e 1976, seu nome foi cotado para o mundial da Argentina em 1978. Porém, muitas ocorrências médicas o impossibilitaram de chegar ao escrete canarinho.

                               Respeitado por sua liderança, Cláudio Duarte foi escolhido como o primeiro presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul. Abaixo, os registros da partida decisiva do Campeonato Brasileiro de 1976, um grande momento na carreira de Cláudio Duarte como jogador:

                               12 de dezembro de 1976 – Partida decisiva do campeonato nacional – Internacional 2×0 Corinthians – Estádio Beira Rio – Árbitro: José Roberto Wright – Gols: Dario aos 29′ do primeiro tempo e Valdomiro aos 12′ do segundo tempo.

                               Internacional: Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli.

                               Corinthians: Tobias; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Givanildo, Ruço e Neca; Vaguinho, Geraldão e Romeu. Técnico: Duque.

                              Apesar de toda dedicação com a preparação física, constantes lesões no joelho abreviaram sua carreira justamente no auge de sua forma. Como lateral direito do Internacional, além do bicampeonato brasileiro, Cláudio Duarte foi octacampeão gaúcho nas edições de 1969 até 1976.

                              No findar de 1977, após duas cirurgias no joelho, o Departamento Médico do Internacional comunicou que dificilmente Cláudio Duarte conseguiria voltar aos gramados. Em março de 1978, o lateral direito trabalhava firme em seu processo de recuperação, período em que também colaborava como Auxiliar Técnico do treinador Carlos Gainete.

                               Com a saída de Gainete, Cláudio Duarte foi convidado para assumir o cargo de treinador, uma condição provisória até que um novo profissional fosse anunciado pelo corpo diretivo. Conforme reportagem publicada pela revista Placar em 7 de abril de 1978, Cláudio Duarte deixou claro em sua primeira preleção o que esperava de seus jogadores:

– Não vamos ganhar nada com uma equipe de “bonecas”. Por isso vou logo avisando, quem não chegar junto vai sair do time; seja quem for e tenha o nome que tiver!

                                E sua breve participação como treinador logo apresentou resultados imediatos. Além do título gaúcho de 1978, o “Colorado” realizou uma grande campanha no campeonato nacional.

                                Cláudio Duarte permaneceu por quatro meses no cargo. Foi o treinador mais jovem na história do clube. Em 1979 ocupou o cargo de Supervisor Técnico durante a campanha invicta do tricampeonato brasileiro.

                                A convivência com Ênio Andrade foi significativa, o que lapidou consideravelmente seus conhecimentos na profissão. Como treinador, além de comandar o Internacional em diversas oportunidades, Cláudio Duarte orientou várias equipes no cenário nacional e também no exterior:

– Bahia (BA), Ceará (CE), Gama (DF), Atlético Goianiense (GO), Santa Cruz (PE), Atlético Paranaense (PR), Colorado (PR), Coritiba (PR), Paraná (PR), Pinheiros (PR), Fluminense (RJ), Brasil de Pelotas (RS), Esportivo Bento Gonçalves (RS), Grêmio (RS), Juventude (RS), Avaí (SC), Criciúma (SC), Guarani (SP), Juventus (SP) e São Bento (SP), além de uma passagem pelo futebol árabe.

                                Os títulos como treinador também muitos. No futebol paranaense faturou o título estadual de 1984 pelo Pinheiros. Pelo Grêmio foi campeão gaúcho e campeão da Copa do Brasil de 1989. Pelo Internacional conquistou os títulos gaúchos de 1978, 1981, 1991 e 1994.  Cláudio Duarte também trabalhou como Diretor Técnico na temporada de 2003.

Em pé: Pontes, Manga, Cláudio, Figueroa, Vacaria e Falcão    –    Agachados: Valdomiro, Escurinho, Sérgio Lima, Paulo César Carpegiani e Lula
1973 – Em pé: Pontes, Schneider, Cláudio, Figueroa, Jorge Andrade e Tovar       –       Agachados: Valdomiro, Paulo César Carpegiani, Claudiomiro, Djair e Manoel
1973 – Pontes, Schneider, Cláudio, Figueroa, Tovar e Jorge Andrade; agachados estão Arlem, Bráulio, Manoel, Carpegiani e Djair
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