CLÁUDIO MINEIRO: conquistou vários títulos pel Internacional / RS

                            Cláudio Antônio do Nascimento nasceu dia 18 de julho de 1952, na cidade de Belo Horizoante (MG). No meio futebolístico era conhecido por Cláudio Mineiro. Agosto de 1980. Uma noite chuvosa e fria. No barulhento Estádio Centenário em Montevidéu, Nacional e Internacional estavam prontos para brigar pelo título da Taça Libertadores.

                             No vestiário do Internacional, Cláudio Mineiro recebeu com grande alegria a confirmação de sua escalação, apenas 29 dias depois de uma complicada cirurgia no joelho.

Durante o jogo, o parrudo lateral-esquerdo correu, dividiu e até chutou forte. Mesmo assim, o Nacional venceu por 1×0 e ficou com o título!

                             Triste pela derrota e orgulhoso pelo dever cumprido, Cláudio Mineiro experimentou uma mistura estranha de sentimentos, ainda que não pudesse imaginar o alto preço de tamanha dedicação! A carreira profissional foi iniciada como lateral-esquerdo no América Futebol Clube (MG). Destinado ao sucesso, Cláudio Mineiro participou da brilhante campanha do título estadual de 1971, longe do clube desde 1957.

                             De forma invicta, o técnico Henrique Frade conduziu o time com ousadia e sabedoria. Foram 14 vitórias, 6 empates e 34 gols, com o artilheiro Jair Bala marcando 14 tentos na competição. Valorizado pela conquista de 1971, Cláudio Mineiro foi contratado pelo Clube Atlético Mineiro em 1972. Continuou nas fileiras do “Galo” até 1975, quando seus direitos foram negociados com o Sport Club do Recife (PE).

                             Com qualidade para jogar no corredor direito e esquerdo, seu futebol também foi aproveitado na zaga e até na meia-cancha. Assim, Cláudio Mineiro continuou firme em sua estrela de conquistador de “canecos”.

                             Campeão pernambucano pelo Sport Recife em 1975, o chute forte e a polivalência foram atributos determinantes para o interesse do Sport Club Corinthians Paulista, que em 1977 desembolsou 500 mil cruzeiros pelo passe do jogador. Integrante do elenco campeão paulista de 1977, Cláudio Mineiro cresceu de produção e foi peça importante no esquema do técnico José Teixeira. Considerado um “reserva de luxo”, Cláudio Mineiro logo percebeu que o banco de reservas não era nenhum demérito. Atuou como lateral-direito, médio-volante, quarto-zagueiro; ou ainda como uma boa opção pela ponta-esquerda!

                               Em janeiro de 1978, uma batalha com os irmãos Matheus quase tirou Cláudio Mineiro do Corinthians. O jogador ganhava 17 mil cruzeiros e Vicente Matheus ofereceu 19 mil para renovar o contrato. Cláudio Mineiro queria 24 mil e a imprensa divulgou 35. Então Matheus disparou que o Internacional de Porto Alegre estava aliciando o jogador. Pouco depois, o compromisso foi renovado por 22 mil cruzeiros!

                              Contratado pelo Sport Club Internacional no segundo semestre de 1979, Cláudio Mineiro fez parte do elenco campeão nacional invicto de 1979; além do vice campeonato da Taça Libertadores da América de 1980. Pelo Corinthians entre 1977 e 1979, Cláudio Mineiro disputou 112 partidas com 61 vitórias, 27 empates, 24 derrotas e 10 gols marcados. Conforme publicado pela revista Placar em 23 de julho de 1982, Cláudio Mineiro jogou no sacrifício o duelo final da Taça Libertadores de 1980.

                               Ainda em recuperação de uma cirurgia no joelho, seu retorno foi considerado muito precipitado pelo médico do Internacional. Diagnosticado com artrose, Cláudio Mineiro ficou afastado por um bom tempo, até seu nome ser colocado em uma negociação por empréstimo com o Cruzeiro Esporte Clube, onde não permaneceu por muito tempo!

                               Retornou ao mesmo Internacional e acabou recebendo o “passe livre”, época em que firmou compromisso com o Esporte Clube São José de Porto Alegre. Na mesma reportagem da revista Placar de 23 de julho de 1982, Cláudio Mineiro revelou que na época que foi cedido ao Cruzeiro guardou mágoas do treinador Cláudio Duarte:

– O Cláudio Duarte espalhou que eu estava “bichado”, o que me prejudicou bastante com os clubes interessados. No entanto, quando passei pelo Cruzeiro, o doutor Neylor Lasmar garantiu que eu ainda jogaria por muitos anos.

                                 Esquecido em Porto Alegre, Cláudio Mineiro afirmou na revista Placar que estava pronto para jogar em qualquer equipe, mesmo que fosse necessário assinar um contrato de risco: “Não posso esconder minha artrose. Vai aparecer em qualquer exame”.

                                  Em 1982 voltou ao cenário paulista para defender a Associação Atlética Ponte Preta até 1984, ano em que foi transferido ao Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.

Jogou também pelo Treze (PB), Clube Náutico Capibaribe (PE) e pelo Corumbaense (MS), entre 1987 e 1988. Após encerrar a carreira nos gramados, Cláudio Mineiro trabalhou como treinador.

Em pé: Mazurkiewcz, Getúlio, Grapete, Silvestre, Cláudio Mineiro e Vanderlei Paiva   –      Agachados: Paulinho Kiss, Campos, Toninho Cerezo, Reinaldo e Nilson
Em pé: João Carlos, Mauro Pastor, Tonho, Larry, Benitez e Cláudio Mineiro    –      Agachados: Jair, Washington, Mário, Adilson e Mário Sérgio
Em pé: Cláudio Mineiro, Beliato, Benitez, Mauro Pastor, João Carlos e Tonho      –      Agachados: Jair, Mário, Claudiomiro, Batista e Adílson

Em pé: Nego, Oswaldo Cunha, Pedro Omar, Alemão, Vander e Cláudio Mineiro    –    Agachados: Hélio, Dirceu Alves, Jair Bala, Amaurí e Hilton Oliveira
O goleiro Toinho é o segundo em pé. Tovar é o quarto, seguido por Djalma e Cláudio Mineiro     –     Agachados: Miltão, Luciano, Ramon, Assis Paraíba e Toninho
Em pé: Zé Maria, Tobias, Ruço, Moisés, Ademir e Cláudio Mineiro    –     Agachados: Vaguinho, Basílio, Palhinha, Geraldão e Edu
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