EDINHO: conquistou vários títulos pelo Fluminense

                    Edino Nazareth Filho nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 5 de junho de 1955. No meio futebolístico era conhecido por Edinho.  Ele foi uma das grandes descobertas do técnico João Carlos Batista Pinheiro. Um artigo de primeira linha da nova safra de valores do futebol brasileiro no início dos anos 70.

                    Sua trajetória foi iniciada nas areias da praia de Copacabana, até ser encaminhado para testes no Fluminense Football Club. Com uma chuteira surrada e um par de meias mais adequado para passeio do que para o futebol, Edinho tinha preferência para jogar na meia-cancha.

                    Aprovado nas seletivas, o garoto de boa estatura e habilidade ganhou uma chance na quarta-zaga da categoria “Dente de Leite” do Fluminense. Mas, muito antes dessa aventura nas Laranjeiras, o menino Edinho precisou mostrar que já era um forte.

                    Conforme artigo publicado pela revista Placar em 7 de abril de 1986, Edinho foi abandonado pelo pai aos 4 anos de idade. Na mesma situação, a irmã também pequena e o irmão mais novo, ainda na barriga da mãe. Edinho nunca mais quis ver o pai!

                     Durante o mundial de 1978, em meio ao turbilhão de críticas por sua improvisação na lateral esquerda, Edinho foi informado que o pai tinha falecido. Não derramou uma única lágrima!

                     Voltando aos tempos do “Dente de Leite” do Fluminense, Edinho permaneceu nessa categoria até estourar o limite de idade, quando foi promovido ao Infanto Juvenil em 1971. Em 1973 foi promovido ao Juvenil, que na época era orientado pelo técnico Pinheiro. A primeira participação no elenco principal aconteceu em 26 de setembro de 1973, na derrota para o Figueirense por 1×0 em Florianópolis.

                      Com talento e muita dedicação, Edinho foi um dos destaques da chamada “Máquina”, o famoso time de estrelas montado pelo presidente Francisco Horta em 1975. Ainda em 1975, Edinho fez parte do selecionado amador que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1975, na cidade do México.

                      No ano seguinte participou da seleção olímpica do técnico Cláudio Coutinho nos Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá. Excelente cobrador de faltas, Edinho conquistou muitos títulos: Campeão da Taça Guanabara 1975, bicampeão carioca 1975 e 1976, Torneio de Paris 1976, Torneio de Viña Del Mar 1976 e a Taça Teresa Herrera 1977.

                      Convocado pelo técnico Cláudio Coutinho para o mundial da Argentina em 1978, seu aproveitamento na lateral esquerda foi muito questionado pela imprensa da época. No apagar das luzes de uma Copa do Mundo marcada pela marmelada peruana, Edinho consolidou sua passagem pela lateral esquerda com o título de “Campeão Moral” de 1978.

                     Mais experiente, seu futebol foi determinante na conquista do Campeonato Carioca de 1980, quando inclusive marcou o gol do título contra o Vasco em uma cobrança de falta. Neste dia o Fluminense jogou com: Paulo Goulart, Edevaldo, Tadeu, Edinho e Rubem Galaxe; Delei, Mário e Gilberto; Mario Jorge, Cláudio Adão e Zezé. O técnico era Nelsinho. Esse jogo foi dia 30 de novembro.

                      Em boa fase, Edinho foi convocado para a Copa do Mundo da Espanha em 1982. Premiado com a Bola de Prata da revista Placar, no segundo semestre de 1982 seu passe foi negociado com a Udinese por 500.000 dólares.

                      Nesse meio tempo disputou sua terceira Copa do Mundo no México em 1986. Permaneceu no futebol italiano até 1987, quando voltou ao Rio de Janeiro para assinar com o Clube de Regatas do Flamengo. Pelo time da Gávea, entre 1987 e 1988, Edinho foi campeão da Copa União em 1987. Pelo Flamengo,  Edinho disputou 61 jogos com 36 vitórias, 14 empates, 11 derrotas e 4 gols marcados.

                       Marcado pela passagem no Flamengo, o zagueiro viveu um breve e frio retorno ao Fluminense em 1988, antes de ser transferido para o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, onde foi campeão da Copa do Brasil de 1989.

                        Edinho é o 15° jogador que mais jogou pelo Fluminense. Foram 358 participações e 34 gols marcados. Seu nome figura no “Melhor Fluminense de Todos os Tempos” da revista Placar de 8 de outubro de 1982.

                       Encerrou a carreira como jogador em 1990 no Canadá. Em 1991 iniciou sua jornada como treinador e trabalhou em várias equipes do Brasil, além de uma passagem pelo Club Sport Marítimo de Portugal.

                       Edinho treinou o Bahia (BA), Vitória (BA), Brasiliense (DF), Goiás (GO), Sport Recife (PE), Atlético Paranaense (PR), Boavista (RJ), Botafogo (RJ) Flamengo (RJ), Fluminense (RJ), Grêmio (RS), Joinville (SC), Americana (SP) e Portuguesa de Desportos (SP). Edinho também trabalhou como Diretor de Futebol no Vitória (BA) e no Atlético Paranaense (PR), em 2007 e 2008 respectivamente. Trabalhou também como comentarista pela Sportv.

Em pé: Félix, Toninho, Edinho, Silveira, Zé Mário e Marco Antonio    –     Agachados: Gil, Kléber, Manfrini, Rivelino e Zé Roberto
1975 – Renato, Carlos Alberto Pintinho, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rubens Galaxe e Rodrigues Neto     –    Agachados: Gil, Kléber, Doval, Rivelino e Dirceu

Em pé: Paulo Vitor, Toninho, Silveira, Edinho, Zé Mário e Marco Antonio    –    Agachados: Gil, Paulo César Cajú, Manfrini, Rivelino e Zé Roberto
Copa de 1986     –    Em pé: Sócrates, Josimar, Júlio César, Edinho, Branco e Carlos    –    Agachados: o massagista Nocaute Jack, Muller, Júnior, Careca, Alemão, Elzo e o roupeiro Ximbica
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