COPA de 1958

                       Presenças importantes, novos talentos, recorde de inscrições confirmadas, hospitalidade, organização e, coroando a sucessão de grandes êxitos, a vitória do futebol de arte e beleza, com refinamento, disciplinado e sem violência. Tudo isto seria a definição da 6ª Copa do Mundo, realizada pelos suecos. Ausência sentida, a do Sr. Jules Rimet, falecido em outubro de 1956, em Paris, aos 83 anos.

                       Confirmada a designação da Suécia, a FIFA começou a receber inscrições para as eliminatórias e foi quebrado o recorde com 51 inscritos. Sorteadas as chaves, nove grupos europeus iam indicar nove seleções; da América do Sul viriam os vencedores de três grupos, haveria um representante das América Central e do Norte e uma vaga estava reservada para a Ásia e África.

                       Destes sairiam 14 e as outras duas seriam a Alemanha que era a atual campeã e a Suécia como anfitriã d evento. Surgiram alguns problemas políticos, com isto veio a oportunidade ao País de Gales, que jogou e venceu nas duas oportunidades Israel por 2 a 0 pelas eliminatórias e com isto estava entre as 16 seleções que iriam disputar a Copa de 58 na Suécia.

                         Durante as eliminatórias tivemos algumas surpresas, como o Paraguai desclassificar o bicampeão Uruguai. O Brasil jogando contra o Peru no dia 13 de abril de 1957 empatou em 1 a 1. Este jogo foi em Lima e o gol brasileiro foi anotado por Índio. A segunda partida foi disputada no Maracanã dia 21 de abril de 1957 e o Brasil venceu por 1 a 0 gol de Didi. Com isso o Brasil estava classificado para a Copa.

                         Os grandes ausentes desse mundial foram; Uruguai, Holanda, Bélgica, Suíça e a bicampeã Itália, todos derrotados nas eliminatórias. Poucos meses antes da Copa o avião que transportava diversos jogadores do Manchester United caiu em Munique. O Manchester United era base da seleção inglesa. Ao término das eliminatórias, os 16 países que iriam disputar o mundial seriam:

Europa: Alemanha Ocidental, Áustria, Escócia, França, País de Gales, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, Suécia, Checoslováquia e Rússia.

América do Sul:  Argentina, Brasil e Paraguai

América do Norte:  México

JOGOS DA PRIMEIRA FASE  (OITAVAS-DE-FINAL)

GRUPO 1

08-06-1958

Alemanha 3 x 1 Argentina

08-06-1958

Irlanda do Norte 1 x 0 Checoslováquia

11-06-1958

Alemanha 2 x 2

Checoslováquia

11-06-1958 Argentina 3 x 1

Irlanda do Norte

15-06-1958

Alemanha 2 x 2

Irlanda do Norte

15-06-1958 Checoslováquia 6 x 1

Argentina

                        Na primeira rodada deste grupo não tivemos novidade, pois tanto alemães quanto irlandeses, realmente eram os favoritos. Já na segunda rodada os vencedores da primeira, foram surpreendidos e não venceram. E finalmente na última rodada a Alemanha voltou a empatar, enquanto que a Argentina sofreu uma goleada e foi eliminada.

                        Como Irlanda do Norte e Checoslováquia haviam terminado esta primeira fase com 3 pontos cada, houve a necessidade de uma partida extra, na qual os irlandeses levaram a melhor vencendo por 2 a 1. Este jogo foi realizado dia 17 de junho. Sendo assim, neste Grupo 1, ficaram classificados para a segunda fase, a Alemanha e a Irlanda do Norte.

GRUPO 2

08-06-1958

França 7 x 3 Paraguai

08-06-1958

Escócia 1 x 1 Iugoslávia

11-06-1958

França 2 x 3

Iugoslávia

11-06-1958 Paraguai 3 x 2

Escócia

15-06-1958

França 2 x 1

Escócia

15-06-1958 Iugoslávia 3 x 3

Paraguai

                       Este grupo começou com uma goleada imposta pela França, que foi o destaque da Copa com os craques Just Fontaine e Kopa, inclusive Fontaine foi o artilheiro deste mundial com 13 gols. Na última rodada a França voltou a vence, desta vez foi sobre a Escócia e com este saldo tão bom, a derrota para a Iugoslávia na segunda rodada não fez diferença. Sendo assim, estavam classificados neste grupo, a França em primeiro e a Iugoslávia em segundo.

GRUPO 3

08-06-1958

Suécia 3 x 0 México
08-06-1958 Hungria 1 x 1

País de Gales

11-06-1958

País de Gales 1 x 1 México
11-06-1958 Suécia 2 x 1

Hungria

15-06-1958

Hungria 4 x 0 México
15-06-1958 Suécia 0 x 0

País de Gales

                       Neste Grupo 3 a Suécia, dona da casa, passeou. País de Gales ficou em segundo, após uma partida extra contra a Hungria, na qual venceu por 2 a 1. Esta partida aconteceu dia 17 de junho. Assim, esta foi a única Copa até hoje em que as quatro seleções britânicas participaram juntas (Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra), só a Inglaterra e a Escócia não se classificaram para as quartas-de-final.

GRUPO 4

08-06-1958

Brasil 3 x 0 Áustria
08-06-1958 Rússia 2 x 2

Inglaterra

11-06-1958

Rússia 2 x 0 Áustria
11-06-1958 Brasil 0 x 0

Inglaterra

15-06-1958

Inglaterra 2 x 2 Áustria
15-06-1958 Brasil 2 x 0

Rússia

                          Bem preparada e muito organizada, a seleção brasileira estrearia dia 8 de junho, vencendo a Áustria por 3×0, gols de Mazzola (2) e Nilton Santos. O Brasil estreou neste mundial com a seguinte formação: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Dino Sani, Didi e Zagallo; Joel, Mazzola e Dida. Este jogo foi realizado no estádio Udevalla e o árbitro foi o francês Maurice Guigne. A Rússia era tida com uma das favoritas do Mundial, mas em sua estréia apenas empatou com a Inglaterra em 2 a 2.

                         Três dias depois, ou seja, dia 11 de junho, o Brasil entrava em campo novamente, desta vez para enfrentar os ingleses que haviam empatado na sua estréia com os soviéticos. Nesta segunda partida, a seleção brasileira entrou em campo com a mesma formação da estréia e acabou empatando em 0 a 0. Esta partida foi disputada na cidade Gotemburgo. Depois daquele empate, um grupo de jogadores liderados por Nilton Santos, Didi e Bellini, fizeram uma sábia sugestão aos homens da comissão técnica, ou seja, que fossem escalados, Zito, Vavá, Garrincha e Pelé, uma vez que a próxima partida seria decisiva para que a nossa seleção continuasse na competição e também porque o adversário seria a favorita União Soviética. E mais sabiamente, a comissão técnica aceitou a sugestão.

                      Era o dia 15 de junho e lá estavam frente a frente, brasileiros e soviéticos. Dois minutos de jogo, Garrincha bate a três zagueiros e chuta violentamente contra a trave. Um minuto depois, era a vez de Pelé chutar no travessão. Na jogada seguinte, de Didi para Pelé, de Pelé para Vavá e surge o primeiro gol brasileiro.

                      Não seria exagero afirmar, que aqueles três minutos de jogo, fizera modificar a própria história do futebol brasileiro e superado a infantilidade de 1930, a imaturidade de 1934, a inexperiência de 1938, o otimismo de 1950 e os nervos de 1954. Aos 37 minutos do segundo tempo, Vavá marcou o segundo gol numa jogada que lhe custou um corte profundo em sua perna. Com este resultado, o Brasil passou para as quartas-de-final, juntamente com a Rússia, que precisou fazer um jogo desempate com a Inglaterra, o qual venceu por 1 a 0. O jogo foi realizado no dia 17 de junho.

QUARTAS-DE-FINAL

19-06-1958

França 4 x 0 Irlanda do Norte
19-06-1958 Suécia 2 x 0

Rússia

19-06-1958

Alemanha 1 x 0 Iugoslávia
19-06-1958 Brasil 1 x 0

País de Gales

                       Com um público de apenas 8.000 espectadores, a França goleou a Irlanda do Norte por 4 a 0. Just Fontaine marcou dois gols em sua marcha para a artilharia da Copa. A Suécia derrotou a Rússia sem contestação alguma. O Aranha Negra, como era conhecido o goleiro Yashin pelo seu uniforme todo preto, foi o destaque da partida, mas não pode impedir os dois gols suecos.

                      Alemanha e Iugoslávia fizeram uma partida nervosa e arduamente disputada. Rahn fez o único gol da partida e assim os alemães também estavam classificados para a semi-final.

                      O jogo Brasil e País de Gales foi muito disputado. Os gauleses haviam feito apenas dois gols na primeira fase, mas estavam invictos na competição. Este jogo ficou marcado na história do futebol brasileiro, pois o ainda garoto Pelé, marcou seu primeiro gol em Copa do Mundo, um gol espetacular aos 26 minutos do segundo tempo encobrindo o defensor com um “chapéu”, e depois só teve o trabalho de tocar a bola para o gol quando ela estava ainda na descendente. Foi o único gol do jogo, o qual foi mostrado inúmeras vezes em todo o mundo, gol este que valeu a passagem do Brasil para a semi-final. Esta vitória decidiu a sorte do Brasil, pois vencemos a partida por 1 a 0 e para quem saiu do país desacreditado, já estávamos no lucro, pois já havíamos chegado nas semi-finais daquele Mundial. O próximo adversário do Brasil seria a França, que até aquele momento já havia marcado 15 gols e tinha em sua seleção o artilheiro Just Fontaine, portanto, a missão brasileira não seria nada fácil.

SEMI-FINAL

24-06-1958

Suécia 3 x 1 Alemanha
24-06-1958 Brasil 5 x 2

França

                        Com um público de 49.471 espectadores, a Suécia venceu a Alemanha por 3 a 1, num jogo em que os suecos comandaram a partida durante todo o tempo. E assim, os donos da casa já estavam classificados para a grande final, cujo adversário sairia do vencedor de Brasil e França, que jogavam no mesmo dia na cidade de Estocolmo.

                       Era o dia 24 de junho, de um lado do campo estava Pelé e do outro Just Fontaine. Juiz apita o início e logo aos 2 minutos, Vavá abre a contagem. Sete minutos depois, o atacante francês Just Fontaine confirmou suas condições de grande artilheiro e empatou a partida. Este foi o primeiro gol sofrido pelo goleiro Gilmar na Copa. Aos 39 do primeiro tempo, Didi desempata a partida. Fim do primeiro tempo. O jogador francês Jonquete, se machucou ainda no primeiro tempo e não voltou para a segunda etapa, sendo assim, a França jogou o resto do jogo com dez homens. Para a segunda etapa, Pelé volta a campo iluminado e marca três gols. Aos 7, aos 19 e aos 30 minutos. Com isto, Pelé se consagra, antes de completar 18 anos. Foram três gols, em sequência e inesquecíveis, da jovem revelação do futebol brasileiro. Piantoni ainda marcou mais um gol para a França aos 38 minutos, mas já era tarde, pois o placar terminou com a vitória brasileira por 5 a 2. Estava garantida a ida para a grande final, que seria dia 29 de junho contra os donos da casa.

DECISÃO DO 3º LUGAR 

28-06-1958

França 6 x 3

Alemanha


França e Alemanha fizeram o jogo pelo terceiro lugar, em Gotemburgo, com a arbitragem do argentino Juan Brozzi e 32.483 espectadores estiveram presente ao estádio. Os campeões do mundo se renderam com certa facilidade aos franceses que tinha como atacante o extraordinário Just Fontaine, que neste jogo marcou 4 gols, que somado aos outros 9 que já havia marcado, totalizou 13 gols neste mundial, um recorde que até hoje é mantido.

FINAL

29-06-1958

Brasil 5 x 2

Suécia

                          Em Solna-Rasunda, Estocolmo, chovera muito e o gramado estava pesado, o que de certa forma prejudicial à seleção brasileira, mais leve e mais técnica. O público reunia 47.737 pessoas e não era o maior da Copa.

                         O árbitro era o francês Maurice Guigne, que apitava sua quarta partida naquele mundial. Ele entrou em campo ladeado pelas duas equipes. O Brasil usava camisas azuis, em lugar de seu uniforme nº 1 que é igual ao da Suécia, por isso, dias antes foi feito um sorteio para se saber quem iria jogar com a camisa amarela e a Suécia ganhou o sorteio.

                         Alguns dirigentes pessimistas e alguns jogadores supersticiosos começaram a dizer que jogar com a camisa azul não iria dar sorte, pois o Brasil até então só havia jogado com a camisa amarela e não tinha perdido nenhuma. Foi aí que o chefe da delegação brasileira, o Sr. Paulo Machado de Carvalho, deu um grito e disse: “Nós vamos jogar de azul, que é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, e sendo Ela a padroeira do Brasil, vocês acham que Ela irá nos abandonar nesta hora?”

                      E assim, entraram em campo mais confiantes ainda, os seguintes jogadores; Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Logo aos 3 minutos de jogo a Suécia abriu o placar através de Liedholm, que levantou o público. Didi pegou a bola e foi até o meio de campo dizendo aos companheiros: “No mês passado o Botafogo veio aqui e ganhou desses caras, por que nós vamos perder?”. E aquela conversa deu resultado, pois aos 9 minutos Vava empatou a partida e aos 32 ainda do primeiro tempo, virou o placar. Foram dois gols bem semelhantes, onde Garrincha bateu seu marcador, foi na linha de fundo e cruzou rasteiro para a entrada de Vavá.

                      Já estávamos com a mão na taça, mas depois da Copa de 50, tudo era possível. Veio o segundo tempo e aos 14 minutos Pelé faz mais um para o Brasil. Aos 23 Zagallo aumentou o placar. Aos 25 a Suécia diminuiu através do jogador Simmonsson. Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, Pelé fechou o placar. Brasil 5 a 2. Pela primeira vez, o Brasil era Campeão Mundial de Futebol.

                      Bellini ergueu a Taça de Ouro. Graças a ele, foi criado um dos gestos mais significativos do futebol e, até mesmo, dos outros esportes; o levantar a taça de campeão. Os brasileiros em especial, jamais esquecerão daquele gesto feito por Bellini no dia 29 de junho de 1958. Os jogadores deram a famosa volta olímpica, o Rei Gustavo saudou os campeões e o Brasil realizou um sonho de oito anos, depois daquela catástrofe de 1950.

                     O povo brasileiro saiu às ruas para comemorar e a música que o povo cantava se referindo ao placar da partida final, era aquela marchinha carnavalesca da época “Jardineira”, que dizia;  O jardineira por que estás tão triste, mas o que foi que aconteceu?  Foi a Camélia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

                       Uma revista francesa, analisando os candidatos ao título mundial, na Suécia, referia-se ao Brasil em tom de descrença: um futebol talentoso, mas psicologicamente e mentalmente, primário. Os favoritos desta vez, eram os soviéticos.

                       Um ano depois, nossa seleção seguia para a Europa sem muito alarde. A “CBD” pela primeira vez cuidara cientificamente da seleção: uma equipe de técnicos, preparador físico, cozinheiro, dentista e até um psicólogo. No entanto, esqueceram de enviar ao Comitê Organizador da Copa do Mundo, os números das camisas que os jogadores brasileiros iriam usar durante a competição, sendo assim coube ao uruguaio Lorenzo Villizio, que era um dos organizadores da Copa, colocar os números, e como ele não conhecia ninguém, colocou qualquer número para os jogadores. Aí nasceu o grande casamento de Pelé e a camisa 10, da qual nunca mais se separou.

                         Sendo assim, naquela Copa os jogadores convocados por Vicente Feola receberam as seguintes numerações:  Castilho-1,  Bellini-2,  Gilmar-3,  Djalma Santos-4,  Dino Sani-5,  Didi-6,  Zagallo-7,  Oreco-8,  Zózimo-9,  Pelé-10,  Garrincha-11,  Nilton Santos-12,  Moacir-13,  De Sordi-14,  Orlando-15,  Mauro-16,  Joel-17,  Mazzola-18,  Zito-19,  Vavá-20,  Dida-21 e Pepe-22.

                         Trinta e cinco homens representaram o Brasil na Copa do Mundo da Suécia. Do chefe da delegação ao roupeiro, dos goleiros aos atacantes, todos honraram as cores do país. Como recompensa, entraram para a história e ganharam uma vaga cativa no coração da torcida brasileira.

                          A delegação brasileira retornou da Europa no dia 2 de julho e foi homenageada em desfiles e cerimônias em Pernambuco,  Rio de Janeiro e São Paulo. Os jogadores campeões foram recebidos pelo Presidente Juscelino Kibitschek, pelo Governador Carlos Lacerda do Rio de Janeiro e por Jânio Quadros, governador de São Paulo que prometeu, aos campeões, “um emprego público para cada um”. Os prêmios mais recebidos foram dados por empresas particulares: televisores, máquinas de costura, aspiradores de pó, aparelhos de barbear e outros de menor expressão.

                         No comando tinha o doutor Paulo Machado de Carvalho, um magnata das comunicações, mas também o folclórico massagista Mário Américo, um sujeito simples e folgazão; o supervisor Carlos Nascimento, homem severo e às vezes arredio, e o dentista Mário Trigo, comediante nas horas vagas. Entre os atletas, havia brancos, negros e pardos; havia paulistas, cariocas, alagoanos, gaúchos e mineiros. Os zagueiros Bellini e De Sordi tem sobrenome de italiano, mas Garrincha descendente de índios. O sucesso na Suécia comprova que nossa rica variedade de talentos é, na verdade, uma fórmula para a vitória.

                         A primeira Copa do Mundo conquistada pela Seleção Brasileira, em 1958, foi um sonho que, finalmente, matou o “complexo de vira-lata” que, no dizer de Nelson Rodrigues, os brasileiros tinham desde a derrota de 1950 no Maracanã.

                       Para Piracicaba, o grande acontecimento revestiu-se de importância ainda maior, de um orgulho bairrista que, literalmente, enlouqueceu de alegria a população. Pois dois piracicabanos estavam entre os jogadores campeões: Nilton De Sordi e José Altafini, o Mazzola, mais conhecido como Cuíca, nas suas origens no Atlético Piracicabano. De Sordi foi titular até o último jogo, quando se machucou, dando lugar ao notável Djalma Santos, que se consagrou como um dos mais completos laterais direitos de todos os tempos.

                         De Sordi fez questão de lembrar a sua grande surpresa na Europa: “Preto era artigo de luxo.” Referia-se aos jogadores negros que despertavam intensa curiosidade dos europeus. Eram os mais fotografados pela população e por torcedores e De Sordi não se esqueceu que, na Alemanha, havia quem quisesse tocar no jogador negro para ter certeza de que a cor era mesmo verdadeira.  

                         O Brasil fez 6 jogos, empatou um contra a Inglaterra e venceu 5. Marcou 16 gols e sofreu apenas 4, por isso, foi o legítimo campeão de futebol, um esporte que é uma paixão que nasce no berço, se desenvolve na infância, aumenta na adolescência, amadurece na juventude e não abandona mais, até o fim da vida.

Os atletas que formaram a Seleção Brasileira daquela Copa, eram os seguintes:

 Goleiros: Gilmar e Castilho

Zagueiros: Bellini – De Sordi – Djalma Santos – Mauro – Oréco – Orlando – Nilton Santos e Zózimo

Meias: Dino Sani – Zito e Didi

Atacantes: Dida – Garrincha – Pelé – Joel – Vavá – Mazzola – Zagallo – Pepe e Moacir

Técnico: Vicente Feola

SELEÇÃO BRASILEIRA – CAMPEÃ DA COPA DE 1958      –    Em pé: Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar      –     Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo

 

 

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