EDMAR: foi quatro vezes artilheiro em diversas competições

                    Edmar Bernardes dos Santos nasceu dia 20 de janeiro de 1960, na cidade de Araxá –MG. Foi um centroavante que brilhou em várias equipes brasileiras e que hoje mora em Campinas, onde foi presidente do Campinas Futebol Clube, do qual Careca era dono de 65% das ações e os outros 35% eram dele. O Campinas Futebol Clube, aliás, foi vendido em 2010 para a Red Bull, nome que foi adotado pela equipe.

ARTILHEIRO

                    Edmar, que foi duas vezes artilheiro do Paulistão (Taubaté-80 e Corinthians-87), uma vez do Mineiro (Cruzeiro-81) e uma vez do Brasileirão (Guarani-85), nasceu na cidade mineira de Araxá no dia 20 de janeiro de 1960. A carreira profissional começou no Brasília nos anos 70. Ficou no time do Distrito Federal (onde foi bi-campeão em 77 e 78) até 1979.

GRANDES CLUBES

                    Em 1980, transferiu-se para o Taubaté, o “Burro da Central”, equipe que serviu de trampolim para o sucesso do centroavante. Aliás, pelo time do Vale do Paraíba, ainda em 1980, Edmar foi artilheiro do Campeonato Paulista. Depois do Taubaté, Edmar vestiu várias camisas de grandes clubes do Brasil. Em 1981, ele foi para o Cruzeiro. Em 1982, teve rápida passagem pelo Grêmio, antes de ser negociado com o Flamengo, onde ficou até 1984 (ano, curiosamente, que teve mais oportunidades na equipe titular. Destacou-se inclusive na Libertadores da América).

                    Em 1985, Edmar voltou ao futebol paulista, desta vez para defender o Guarani. Foi uma passagem feliz pelo Guarani. Acabou sendo artilheiro do Brasileirão e, logo depois, acabou sendo negociado com o Palmeiras. Edmar seguiu marcando gols, mas a concorrência com Mirandinha no Palmeiras evitou que tivesse vida longa no Palestra Itália. E quem acabou ficando com Edmar foi justamente o arquirrival do Palmeiras, o Corinthians.

CORINTHIANS

                     No Parque São Jorge, Edmar foi dono absoluto da camisa 9 e seu futebol cresceu ainda mais, tanto que foi convocado para defender a seleção olímpica em Seul-88, quando mais uma medalha de prata foi conquistada.

                     Vestiu a camisa alvinegra de 1986 até 1988 e nesse período fez 95 jogos, onde venceu 37, empatou 34 e perdeu 24. Marcou 51 gols. Tinha acabado de perder o título paulista de 1986 pelo Palmeiras naquela final contra a Internacional de Limeira, quando veio para o Corinthians.

                    Antes do final do Paulistão de 1988, ano em que o Corinthians foi campeão, Edmar teve seu passe negociado com o Pescara, da Itália. Nos jogos decisivos do Paulistão 1988, Edmar não jogou nenhuma partida, em virtude de estar servindo a Seleção Brasileira que disputava um torneio na Austrália e também alguns amistosos pelo Europa.

                    Sua estreia no Corinthians aconteceu em 21 de setembro de 1986, dia em que o Timão derrotou o Flamengo por 3×2 pelo Campeonato Brasileiro. E sua estreia foi muito boa, pois marcou um dos gols da vitória corintiana. Este jogo foi realizado no Maracanã e o técnico corintiano Jorge Vieira mandou a campo os seguintes jogadores; Carlos, Edson, Luiz Pereira, Edvaldo e Jacenir; Biro Biro, Wilson Mano e Cristóvão Borges; Eduardo (Catanoce), Casagrande (Edmar) e João Paulo. Os gols foram marcados por Cristóvão, Edmar e Biro Biro, enquanto que para o Mengão, os dois gols foram anotados por Kita, que havia deixado a Inter de Limeira após o titulo paulista, onde ele foi o artilheiro da competição.

                      A última partida de Edmar pelo Corinthians foi no dia 11 de junho de 1988, quando o Timão empatou em 1×1 com o América de São José do Rio Preto, pelo Campeonato Paulista. Neste dia o técnico Jair Pereira escalou a seguinte equipe; Carlos, Wilson Mano, Pinela, Dama e Ailton; Márcio, Biro Biro e João Paulo; Paulinho Gaúcho, Edmar e Paulinho Carioca (Ari Bazão). O jogo foi em São José do Rio Preto e os gols foram anotados por João Paulo para o alvinegro de Parque São Jorge e Roberto Carlos para o América.

                      Edmar foi convocado para a seleção e com isso ajudou Viola a despontar no Corinthians no Campeonato Paulista de 1988. Viola ainda dava seus primeiros passos no Corinthians. A convocação do titular Edmar para a seleção brasileira, porém, deu-lhe a oportunidade de brilhar na grande decisão, contra o Guarani: após empate por 1 a 1 no jogo de ida, no Morumbi, o atacante que havia entrado no decorrer da primeira partida foi titular no duelo de volta (1 a 0), no Brinco de Ouro, e acabou fazendo o gol do título, aos 4 minutos da etapa inicial da prorrogação. Edmar brinca com a situação e diz que não existiria Viola caso ele não tivesse sido convocado para a seleção brasileira. No Corinthians foi um momento muito bom: foi campeão paulista em 1988 e foi artilheiro em 1987 com 19 gols

DE VOLTA AO BRASIL   

                      Edmar voltou ao Brasil três anos depois para jogar no Atlético Mineiro (campeão mineiro em 91), no Santos em 92, no Rio Branco de Americana em 93 e no Guarani em 94. Em 95, aceitou o desafiou de jogar no desconhecido Brumel Sendai, do Japão. Convidado por Careca, Edmar encerrou a carreira no Campinas em 1998.

PARCEIROS

                  Ao longo de sua carreira, Edmar acumulou diversas parcerias no ataque, algumas delas especiais como a de Romário, na seleção brasileira. Mas ficou faltando a medalha de ouro em 1988. Citaria também o Jorginho, ex-Marília, com quem jogou no Palmeiras e no Corinthians, sem esquecer do Romário. Na seleção, tiveram vários jogos legais que participaram, ganharam o bicentenário da Austrália, a Copa das Nações em Los Angeles e, infelizmente, nas Olimpíadas em 88, onde fomos prata, era para ter sido ouro. O Brasil tinha um time muito forte e o caminho para nós chegarmos à prata foi muito difícil, pegamos várias seleções de peso pela frente e fomos eliminando e, chegou na final, contra a União Soviética, e acabamos perdendo na prorrogação. Outro parceiro que Edmar não esquece foi o Everton no Corinthians.

TREINADOR

                         Nada de ser técnico. Edmar quer é curtir a vida. Dono de um complexo esportivo ao lado de Careca, em Campinas (SP), Edmar não pensa em seguir alguma carreira que lhe obrigue a viver novamente o dia a dia do futebol. Hoje, o ex-atacante quer algo simples: curtir a vida com tudo que conquistou. “Nós alugamos cinco quadras de tênis, temos academia, piscina semiolímpica aquecida, cinco campos de grama sintética, choperia, auditório, golfe… Não quero ser treinador. Eu tive até propostas para seguir a carreira de treinador em outros times após treinar o Campinas FC, mas eu não quis isso para mim porque eu vejo assim: ao longo de carreira de jogador você se sacrifica muito em vários momentos, por muitos anos, de estar fora, e se for treinador você vai ficar levando a mesma vida.

                         Tem concentração, tem que viajar, e eu falei: `Não, eu quero curtir a vida, eu quero usufruir do que eu ganhei, porque senão você vai viver só trabalhando, trabalhando, trabalhando. Não. Hoje estou vivendo a vida e, graças a Deus, está tudo na paz. Tenho minhas coisas, estou de boa, e só tenho que agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de fazer bem aquilo que me deu condição para fazer”, completa.

Cruzeiro de 1983 – Em pé: Aílton, Douglas, Alves, Vítor, Silva e Luis Cosme   –    Agachados: Edmar, Eduardo, Palhinha, Tostão e Mauro
Em pé: Taffarel, Aldair, Evair, Júlio César, Mauro Galvão, Amarildo, Branco e Casagrande    –     Agachados: Alemão, Zico, Careca, Dunga, Silas, Baltazar e Edmar
Guarani 1985    –     Em pé: Waldir Peres, Vinícius, Wilson Gottardo, Mauro, Giba e Júlio César    –     Agachados: Neto, Barbieri, Edmar, Evair e Gerson Sodré
1987 – Em pé: Cacau, Carlos, Edson, Edivaldo, Wilson Mano, Marco Antonio e Dida   –    Agachados: Biro-Biro, Edmar, Márcio Bittencourt e Eduardo Amorim
Em pé: Casagrande, Dida, Edmar, Biro-Biro, João Paulo e Carlos     –     Agachados: Edvaldo, Jacenir, Edson, Wilson Mano e Luis Pereira
Em pé: Humberto, Alfinete, Éder Lopes, Luis Eduardo, Ryuller e Paulo Roberto   –    Agachados: Sérgio Araújo, Zé Carlos, Edmar, Moacir e Edu Lima
Corinthians 1987   –   Em pé: Waldir Peres, Mauro, Biro Biro, Dida, Édson e Edevaldo    –     Agachados: Jorginho, Eduardo Amorim, Edmar, Éverton e João Paulo
Em pé: André Cruz, Taffarel, Luis Carlos Winck, Batista, Aloísio e Ademir     –     Agachados: Milton, Edmar, Careca, Geovani e Romário
Em pé: Waldir Perez, Biro Biro, Dida, Marco Antônio, Jatobá e Edson     –   Agachados: Jorginho, Eduardo, Edmar, Everton e João Paulo
1986    –    Em pé: Ivan, Amarildo, Martorelli, Márcio, Diogo, Lino e Denys     –   Agachados: Toninho, Gérson Caçapava, Mirandinha, Edmar, Eder e Jorginho

 

 

Postado em E

Deixe uma resposta