EDU: um dos maiores ídolos do América Carioca

                       Eduardo Antunes Coimbra nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 5 de fevereiro de 1947. Filho de José Antunes Coimbra e Mathilde da Silva Coimbra. Edu foi uma das grandes estrelas da história do América carioca, inclusive reconhecido na especial opinião do cronista, dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues: “Agilidade, domínio de bola, imaginação, malícia e velocidade. Tudo marca Edu como um craque”.

                       Meio-campista de futebol vistoso, Edu foi criado no “berço de couro” da família Coimbra, ao lado de outros grandes talentos que também brilharam no mundo da bola! Na infância, o pequeno Edu cabulava aulas para jogar futebol na Rua Lucinda Barbosa. Com dedicação de sobra na bola e pouca nos estudos, o menino colecionava notas baixas no Colégio João Alfredo de Vila Isabel.

                       Apesar da diferença de idade, os irmãos Coimbra caminharam juntos, inclusive no time do Juventude, do bairro de Quintino. Os primeiros anos da década de 1960 desenharam destinos diferentes para Edu e o irmão mais velho José Antunes Coimbra Filho, mais conhecido como “Zeca”.

                       Em 1962 Edu chegou ao infantil do América. No time principal fez parte de uma geração que marcou época ao lado de Alex, Badeco, Tadeu Ricci e outros tantos valores. Enquanto isso, o irmão José Antunes jogava pelos Aspirantes do Fluminense, equipe onde permaneceu até 1965, ano em que foi transferido para o América.

                       Juntos, Edu e José Antunes foram vice-campeões da Taça Guanabara de 1967, em uma épica decisão contra o Botafogo. Naquela partida, o botafoguense Paulo Cesar Lima fez toda diferença! O América comandou o placar em 2×1 durante boa parte da segunda etapa, até Paulo Cesar Caju empatar para o Botafogo e levar o jogo para a prorrogação, quando o mesmo Paulo Cesar deu números finais ao marcador:

                       Ainda em 1967, Edu participou da conquista da Copa Rio Branco pela Seleção Brasileira. Com boas propostas de outros clubes, Edu não era liberado pelo América, que fazia questão de segurar o jogador com o propósito de valorizar seu passe. Edu viveu um período difícil quando foi castigado por uma hérnia, um problema erroneamente diagnosticado pelos médicos como uma distensão na virilha. 

                       Foram meses de tratamento que não resultaram em nada, o suficiente para que seu futebol fosse esquecido. Por julgarem que Edu estava acabado para o futebol, seu contrato foi renovado por uma verdadeira miséria! Campeão da Taça Guanabara de 1974, Edu permaneceu nas fileiras do América até 1975, quando seu passe foi negociado com o Club de Regatas Vasco da Gama. Edu é confirmado como o maior artilheiro do América em partida oficiais, com 211 gols marcados. O feito foi reconhecido oficialmente quando o ex-jogador recebeu um certificado do clube.

                       No Vasco da Gama, os problemas em sua adaptação causaram impaciência nos dirigentes. Pressionado, Edu não conseguiu repetir seu grande futebol e encerrou seu vínculo com o time de São Januário. Transferido no mesmo ano para o Esporte Clube Bahia, Edu conquistou o campeonato estadual. Em 1976 voltou ao Rio de Janeiro para jogar ao lado do irmão Zico na Gávea. 

                       Em 1977 deixou o Flamengo ao assinar compromisso com o  Colorado Esporte Clube (PR). Edu jogou ainda pelo Joinville (SC), Brasília (DF) e Campo Grande (RJ), onde encerrou a carreira como jogador.

TREINADOR

                      Como treinador seu primeiro trabalho aconteceu em 1982, nas categorias amadoras do mesmo América. Na mesma temporada assumiu o time principal e faturou o título da Taça Rio. Em 1984 comandou o Vasco da Gama na campanha do vice-campeonato brasileiro.

                       Edu teve uma rápida passagem na direção da Seleção Brasileira em 1984. Também comandou o selecionado do Iraque, quando conseguiu uma honrosa classificação para o mundial de 1986, no México. Trabalhou também no Remo (PA), Coritiba (PR), Botafogo (RJ), Campo Grande (RJ), Fluminense (RJ), Criciúma (SC) e Joinville (SC); além de passagens pelo futebol da Colômbia, Grécia, Iraque, Japão, México, Peru, Rússia, Turquia e Uzbequistão.

 

Atrás, os pais Antunes e Matilde. De camisa branca, do América, Edu. Zico está no meio, à frente. Os Antunes sempre tiveram muitos cachorros
Em pé: Rosan, Alex, Tião, Renato (irmão do Amarildo possesso), Marreco e Zé Carlos Cabeleira   –    Agachados: Joãozinho, Badeco, Tadeu Ricci, Edu e Sarão
Em pé: Cabrita, Alex, Tião, Alvanir, Gilmar e Alberto   –    Agachados: Antonio Carlos, Taquito, Sérgio Lima, Edu e Tadeu Ricci.

Bahia de 1976 – Em pé? Joel Mendes, Perivaldo, Zé Augusto, Navarro, Romero e Baiaco   –   Agachados:  Eduzinho, Beijoca, Douglas, Afonsinho e Jésum
Em pé: Alexandre, Queirós, Helinho, Levir Culpi, Raul e Ari   –    Agachados: Buião, Edu, Marinho, Carlos Alberto Rodrigues e Pio
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