José Carlos Silvério nasceu dia 25 de março de 1938, na cidade de Lavras (MG).  Fez parte da Seleção Paulista de 1959, quando ainda jogava pelo Taubaté. Foi aí que o Santos se interessou por ele e o contratou.

                      Contratado pelo Santos em 1960, Zé Carlos tinha a concorrência de Dalmo e Feijó pela ala esquerda, e mesmo assim, conseguiu realizar bons jogos pelo Alvinegro. A sua primeira temporada, foi o ano em que mais atuou, com 45 jogos disputados. No ano seguinte disputou 11 jogos, em 1962 disputou 22 jogos, em 1963, apenas 4 jogos e em 1966 foram 41 jogos, perfazendo um total de 123 jogos. com a camisa do glorioso alvinegro praiano.

PRIMEIRO JOGO

                       A sua estreia com a camisa do Peixe foi no dia 27 de março de 1960, quando o Santos enfrentou o Palmeiras no Pacaembu, em jogo válido pelo Torneio Rio-São Pualo. O jogo terminou empatado em 0x0. O árbitro foi Catão Montez Junior e o público foi de 23.084 pagantes.

                       Neste dia o Santos jogou com; Lalá; Getúlio, Mauro e Zé Carlos; Zito e Formiga; Dorval, Mário, Ney, Coutinho (Tite) e Pepe. Técnico: Lula. Do outro lado o Palmeiras jogou com; Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Zequinha e Dicão; Julinho, Valter Prado (Romeiro), Américo, Chinesinho e Cruz. Técnico: Oswaldo Brandão.

O ÚNICO GOL

                       Pelo clube de Vila Belmiro Zé Carlos disputou 123 jogos e marcou um gol, que foi no dia 20 de março de 1966, quando o Peixe goleou o Vasco da Gama por 5×2.  Os gols santistas foram marcados por Dorval, Zé Carlos, Toninho e Lima (2). Para o Vasco marcaram, Célio e Picolé. Este jogo foi no Pacaembu e válido pelo Torneio Rio-São Paulo.

                        O árbitro da partida foi Eunápio de Queiróz e neste dia o Santos jogou com; Laércio; Carlos Alberto, Oberdan, Haroldo e Zé Carlos; Zito (Joel Camargo) e Mengálvio; Dorval, Toninho (Wilson), Del Vecchio (Lima) e Edu. O técnico foi Luiz Alonse Perez, o popular Lula. Do outro lado o Vasco jogou com/ Amauri; Joel, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Picolé) e Tião. Técnico: Zezé Moreira

ÚLTIMO JOGO

                         O último jogo de Zé Carlos pelo Santos foi no dia 19 de dezembro de 1966, quando o Peixe derrotou a Prudentina por 3×0, com três gols do atacante Toinho. O jogo foi válido pelo Campeonato Paulista. O jogo foi na Vila Belmiro, o árbitro foi Anacleto Pietrobon e o Peixe jogou com; Cláudio; Zé Carlos, Modesto e Geraldino; Lima e Orlando; Amauri, Joel Camargo, Toninho, Dorval e Abel. Técnico: Lula

                         Do outro lado a Prudentina da cidade de Presidente Prudente, jogou com;  Glauco; Zé Carlos, Santo, Dobreu e Tomás; Capitão e Lorico; Zuino, Claudio, Reginaldo e Diogo. Técnico: Nestor. O público deste jogo foi de 1.727 pagantes.

                      Apelidado pelo Rei Pelé de “patinho feio”, Zé Carlos fez parte do grupo Bicampeão da Libertadores e Bicampeão do Mundo, além das conquistas dos Títulos Paulistas, Brasileiros e do Torneio Rio-São Paulo.

                     Em 1963, foi emprestado ao Jabaquara, retornando no ano seguinte, quando recebeu passe livre. Dois anos depois, em 1966, Zé Carlos foi recontratado pelo clube, onde atuou em mais 41 jogos. Na temporada seguinte, transferiu-se para o XV de Piracicaba, e encerrou sua carreira na Portuguesa Santista.

TRISTEZA

                     O lateral-esquerdo campeão do mundo pelo Santos em 1962, morreu na Beneficência Portuguesa de Santos, no dia 4 de junho de 2007, aos 69 anos, vítima de parada cardíaca.

                      Ele morava lá mesmo na Baixada, no bairro Marapé, estava aposentado como motorista de ônibus da CSTC (a CMTC de Santos) e já estava há algum tempo mal de saúde. Com problemas nas pernas, o ex-lateral não conseguia mais andar. O Santos FC ajudou no que era possível, buscando e levando Zé Carlos de sua casa para as instalações médicas do clube, proporcionando ao ex-craque um tratamento fisioterápico de primeira qualidade.

                      Um mês antes de morrer, enquanto se preparava para colocar prótese nas pernas, sofreu paralisação dos rins e teve de fazer sessões de hemodiálise. Não aguentou o sofrimento. Seu corpo está sepultado no Cemitério Saboó, na entrada da cidade de Santos.

                     Além de jogador do Santos FC e da Portuguesa Santista, Zé Carlos passou também pelo XV de Piracicaba, do interior de São Paulo. Na Briosa atuou com marcantes jogadores dos anos 60, como Cláudio Corteggiano, Samarone, Lio, Pereirinha, entre outros.