PAULO LEÃO: marcou cinco gols em apenas quinze minutos

                   Paulo Gracindo Leão nasceu dia 18 de novembro de 1938, na cidade Lins (SP). Teve passagens marcantes pelo Guarani de Campinas, América do Rio de Janeiro e Palmeiras. Ele era professor de Educação Física e trabalhava em uma imobiliária na cidade de Campinas-SP. Paulo era casado e tinha cinco filhos. Como jogador, Paulo Leão começou a carreira no Guarani. Em uma partida contra o Taubaté, no começo dos anos 60, Paulo Leão que estava na reserva, foi o herói da vitória bugrina, de virada.

                   Ele marcou cinco gols em apenas 15 minutos, mas, mesmo assim, um jornalista de Campinas publicou assim a avaliação do centroavante: “Paulo Leão: marcou cinco gols e mais nada. Nota 2”. Mas, o centroavante, apesar da avaliação bastante equivocada além de cômica do jornalista, garante não ter ficado nervoso. “Acho que ele estava de bronca comigo (risos)”, comentou certa vez o ex-atacante.

                   Em 1963, o Guarani negociou Paulo Leão. Deixou o clube para jogar no Palmeiras. Na época foi uma negociação cara. Com a camisa palmeirense, o atacante fez 25 partidas (dezesseis vitórias, sete empates e duas derrotas) e marcou oito gols.

                   Em 64, um ano após conquistar o Paulista pelo Verdão, ele saiu do estado de São Paulo e foi jogar no América do Rio, que era dirigido por Zizinho e tinha jogadores como o ponta-esquerda Eduardo, que depois jogou no Corinthians. Depois do América, ele ainda jogou no Botafogo e na Francana, onde encerrou a carreira com apenas 32 anos. “Estava cansado de jogar. Queria fazer faculdade de Educação Física em Ribeirão. Por isso, parei”.

                    Certa vez Paulo Leão disse “O futebol não é um vício, mas estou vendo qualquer um trabalhando como treinador. Acho que tenho condições de trabalhar em algum time. Gostaria de ser auxiliar técnico em uma boa equipe? Logo depois, Paulo Leão começou a carreira de técnico. Em 78, ele assumiu a Ponte Preta, que tinha sido vice-campeã paulista um ano antes (sob o comando de Zé Duarte).

                  Em 81, o ex-atacante foi o treinador do Avaí, campeão catarinense. “Levei bons jogadores para o Avaí, entre eles o meia Eli e o ponta-esquerda Carlinhos (ambos ex-Corinthians), e o time foi bem”, dizia Paulo Leão, que em 87 voltou a trabalhar em Campinas e com uma equipe cheia de estrelas. “Dirigi o Guarani, que tinha o Neto, o Evair e companhia. Era outro grande time”, lembrava o ex-centroavante, que também trabalhou como técnico no Botafogo de Ribeirão, no Uberaba (MG), no Moto Clube (MA) e outras equipes do futebol brasileiro.

                  O autor da “célebre” nota dois dada ao jovem Paulo Leão, quando marcou cinco gols e apenas 15 minutos foi o saudoso jornalista Paulo Rosky. Ele escrevia no tradicional jornal campineiro “Diário do Povo” que continua firme e forte “no ar” com boas tiragens. Paulo Rosky, autor daquela pérola jornalística, morreu em Campinas (SP) em setembro de 1987. E quem escalou Paulo Leão naquele Guarani 5×1 Taubaté foi o também saudoso treinador e zagueiro-central Armando Renganeschi, argentino de nascimento e brasileiro por afeição.

                  Paulo Gracindo Leão, ex-centroavante com passagens marcantes pelo Guarani e pelo Palmeiras, morreu na madrugada do dia  8 de abril de 2015, aos 76 anos, em Campinas-SP, vítima de falência múltipla de órgãos. O ex-atleta estava há mais de três meses internado na UTI do Hospital de Clínicas da Unicamp.

                  Paulo Leão jogou: Guarani (1956), Palmeiras (1961), América do Rio de Janeiro (1963), Botafogo de Ribeirão Preto (1964), Ponte Preta (1968) e Francana (1969).

Guarani em 1960   –   Em pé: Dimas, Ferrari, Ditinho, Walter, Eraldo e Diogo    –    Agachados: Paulo Leão, Ilton, Cabrita, Benê e Oswaldo
Em pé: Dimas, Amaral, Cidinho, João Carlos, Heraldo e Diogo   –    Agachados: Dorival, Bataglia, Paulo Leão, Cido e Osvaldo
Em pé: Pompéia, Jorge, William, Carlos Pedro, Leônidas, Itamar e o massagista Olavo   –    Agachados: Uriel, Paulo Leão, Zezinho, João Carlos e Abel   –   América Carioca jogando em Praga em 1964

Postado em P

Deixe uma resposta