ALCIR PORTELLA: campeão brasileiro pelo Vasco da Gama em 1974

                        Alcir Pinto Portella Prates nasceu no Rio de Janeiro em 09 de maio de 1944 e faleceu no dia 29 de agosto de 2008. Estava com câncer na próstata, doença que combatia desde o ano 2000. Deixou esposa e dois filhos.

                       Terceiro jogador a mais vezes vestir a camisa do clube, com 508 atuações, atrás de Roberto Dinamite e Sabará, atuou em São Januário entre 1963 e 1975, tendo sido capitão do time que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1974.

                        Em qualquer ramo de atividade, falar de profissionalismo significa, entre tantas coisas, aquele que exerce suas atividades com conhecimento, competência, ética e respeito. Mas para definir a passagem de Alcir pelo Vasco da Gama, ainda é necessário incluir o imenso prazer de defender uma camisa por tanto tempo, como se fosse sempre a primeira vez.

                        Desde o início da década de 60, Alcir tentou por várias vezes realizar o sonho de ser aprovado nas seletivas do Club de Regatas Vasco da Gama. Depois de tanto insistir, Alcir finalmente iniciou sua trajetória nas categorias amadoras do time de São Januário. Passou pelo infanto-juvenil e pelo juvenil antes de se firmar no quadro de Aspirantes em 1963.

                        Em 1964 recebeu suas primeiras oportunidades no elenco principal, como suplente do volante Maranhão. Colocado em um listão de dispensa, Alcir desanimou e não queria mais saber do futebol. Arrumou emprego como caixa em uma loja e meses depois foi chamado para voltar. Continuou lutando por um lugar no time até ser emprestado ao Bonsucesso Futebol Clube.

                        Em novo retorno ao Vasco, seu futebol foi aproveitado pelo técnico Paulinho de Almeida. Querido dentro do clube, Alcir orientava os companheiros até nas renovações de contrato. Mais tarde, já como capitão, seu papel de orientador e conciliador era muito respeitado, até mesmo por jogadores de temperamento forte, como Brito e Fontana.

                         Integrante do elenco campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1966 e campeão carioca de 1970, Alcir foi determinante nos planos do técnico Mário Travaglini para a conquista do campeonato brasileiro de 1974.

                       O capitão Alcir permaneceu no Vasco até o mês de agosto de 1975, um total de 508 partidas disputadas, o que o torna um dos maiores recordistas em participações pelo clube. Alcir jogou ainda pelo Operário Futebol Clube (MS), antes de encerrar sua carreira como jogador profissional.

                       Ao encerrar a carreira, permaneceu no Vasco por mais de 20 anos atuando como treinador, auxiliar técnico e supervisor. A grande mágoa de sua vida foi ter sido demitido por Eurico Miranda do clube que tanto amou após 43 anos de serviços prestados. Sua principal ocupação a partir de então passou a ser frequentar a quadra da Imperatriz Leopoldinense, onde fazia parte da direção de harmonia.

                       A saída de São Januário foi tão traumática que sua filha, Nathália, tomou o mesmo rumo. Na época, aos 16 anos, era campeã brasileira juvenil de ginástica olímpica e ressaltou que não tinha mais ambiente para treinar ali.

                       Como treinador, Alcir trabalhou principalmente em equipes do Mato Grosso e do Rio de Janeiro, onde comandou o Olaria e o Campo Grande. Novamente no Vasco, Alcir permaneceu por um longo período nas funções de Auxiliar Técnico e Supervisor, inclusive fazendo parte da comissão técnica nos títulos brasileiros de 1989, 1997 e 2000.

                       Alcir Pinto Portella Prates faleceu em 29 de agosto de 2008, depois de uma longa batalha contra um câncer de próstata. Há quem diga que ele se foi de tristeza por ter deixado São Januário, uma verdadeira extensão de sua existência.

                        E a importância de Alcir pode ser comprovada em vários depoimentos publicados na revista Placar. Para o ponteiro esquerdo Luís Carlos da Silva Lemos, o Vasco sem Alcir não era o Vasco. Para o técnico Mário Travaglini, Alcir era seu representante direto nas quatro linhas.

Em pé: Mazaropi, Joel Santana, Alcir Portela, Moisés, Toninho e Deodoro     –    Agachados: Pai Santana, Freitas, Zanata, Willian, Roberto Dinamite e Luis Carlos Tatu
Em pé: Valdir, Brito, Fernando, Alcir, Eberval e Fidélis    –      Agachados: Nado, Buglê, Adilson, Nei, Silvinho e Chico
Em pé: Andrada, Joel Santana, Rossi, Alcir, Batista e Fidélis   –    Agachados: Santa (massagista), Jailson, Buglê, Tião, Silva e Kosilek
Em pé: Andrada, Renê, Paulo César, Alcir, Miguel e Eberval     –     Agachados: Marco Antonio, Roberto Dinamite, Tostão, Silva e Gilson Nunes
1975 – Em pé: Andrada, Paulo César, Renê, Alcir Portella, Miguel e Alfinete      –    Agachados: Dé, Jair Pereira, Zanata, Roberto Dinamite, Luis Carlos e o massagista Santana
Em pé: Valdir Appel, Joel Santana, a Miss Vasco, Alcir Portella, Rossi, Batista e Fidélis    –    Agachados: o massagista Pai Santana, Benetti, Jaílson, Buglê, Silva e Gilson Nunes

 

 

 

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