ALFINETE: campeão brasileiro pelo Vasco da Gama em 1974

                             Paulo César Barreiros, mais conhecido por Alfinete, nascido no bairro de Água Santa, subúrbio carioca, no dia 30 de maio de 1949. O apelido “Alfinete” apareceu quando ainda defendia o infanto juvenil do Olaria Atlético Clube nos anos 60. Foi um treinador chamado Arlindo que notou que o lateral esquerdo Paulo César sempre cutucava, ou “espetava”, o tornozelo de seus adversários.

                              Em 1971 o Olaria do técnico Jair Rosa Pinto realizou uma boa campanha no Campeonato Carioca. O time, decorado na ponta da língua por seus torcedores, era assim escalado: Pedro Paulo, Haroldo, Miguel, Altivo e Alfinete; Afonsinho e Roberto Pinto; Marco Antônio, Salvador, Luiz Carlos Feijão e Antoninho.

                             Alfinete chegou ao Vasco da Gama no segundo semestre de 1971. Na época, o time da “Colina” era servido por Eberval na lateral esquerda, que logo em seguida deixou o clube para ser emprestado ao Santa Cruz.

                            Além de bom marcador, Alfinete também batia muito bem na bola, principalmente nas bolas paradas, onde alternava nas cobranças de falta com o jovem Roberto Dinamite. Foi na disputa do Campeonato Brasileiro de 1974, que Alfinete viveu seu melhor momento no Vasco, o primeiro time carioca campeão nacional na nova configuração instituída pela então CBD em 1971.

                            Naquele ano de 1974, o técnico Mário Travaglini comandou o time no quadrangular final ao lado de Cruzeiro, Internacional e Santos.

                            Cruzeiro e Vasco chegaram empatados em número de pontos na liderança desse quadrangular, graças ao gol marcado por Alfinete, no empate em 1×1 contra o Cruzeiro, partida realizada no dia 24 de julho no Mineirão.

                            A partida extra entre Vasco e Cruzeiro para decidir o título aconteceria no Mineirão, já que o time mineiro somava mais pontos nas três fases anteriores da competição. No entanto, nesse empate de 1×1 acontecido em 24 de julho, o árbitro Sebastião Rufino (PE) registrou uma invasão de campo por parte do técnico Ílton Chaves e do diretor de futebol Furletti, por um suposto pênalti não marcado sobre o atacante Palhinha.

                           Então, o Vasco entrou com um recurso no STJD solicitando inversão do mando de campo para o Maracanã, baseado no que estava previsto no regulamento do Campeonato Brasileiro em caso de invasão do gramado.

                           Como o STJD levaria muito tempo para julgar o recurso dos cariocas, o encontro extra corria o risco de ser disputado somente no ano seguinte por falta de datas no calendário. Assim, diretores dos clubes entraram em um acordo para que o recurso fosse retirado em troca de uma maior participação dos mineiros na renda do Maracanã.

                            Dessa forma, em 1 de agosto de 1974, o Vasco venceu o Cruzeiro por 2×1 e Alfinete colocou a faixa de campeão brasileiro em seu peito suado, de tanto correr atrás do também lateral Nelinho durante o jogo.

                            Em 1976 seus direitos federativos foram negociados junto ao Uberaba Sport Club (MG). Alfinete jogou ainda pelo Esporte Clube Democrata (MG), antes de encerrar sua carreira profissional em 1980, pouco antes de completar os 30 anos de idade.

                            Depois de tentar o ramo empresarial na fabricação de bolsas na cidade de São Paulo, Alfinete retornou ao Vasco da Gama. Em São Januário o ex-lateral acumulou funções de gerente da concentração e observador técnico, trabalhando posteriormente nas categorias amadoras do clube.

                             Correr atrás de Cafuringa, Gil, Rogério  e Zequinha era uma tarefa espinhosa naquele futebol carioca do começo dos anos 70. Além disso, quando jogou pelo Vasco, o lateral esquerdo Alfinete teve concorrentes de peso quando o assunto era Seleção Brasileira: Marco Antônio (Fluminense), Everaldo (Grêmio) e Marinho Chagas (Botafogo).

Em pé: Andrada, Miguel, Alcir, Fidélis, Moisés e Alfinete    –     Agachados: Jorginho Carvoeiro, Zanata, Ademir, Roberto e Luís Carlos
Em pé: Andrada, Haroldo, Renê, Alcir Portella, Miguel e Alfinete   –    Agachados: Luis Carlos, Buglê, Ferretti, Benetti e Gilson Nunes
Em pé: Andrada, Paulo César, Alcir, Renê, Moisés e Alfinete    –     Agachados: Luis Fumanchu, Gaúcho, Roberto Dinamite, Zanata e Luís Carlos
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