PORTUGUESA 7×0 CORINTHIANS – Dia 15 de Novembro de 1961

                   Estávamos no ano de 1961, um ano em que o torcedor corintiano gostaria de esquecer. Era para ser apenas o título de uma música romântica, sucesso na voz da cantora Edith Veiga. Mas, “Faz-me rir” acabou virando, também, o apelido dado pelos rivais para o time do Corinthians naquele fatídico ano de 1961.

                  “Até parece impossível que um dia / Foste o homem sonhado por mim / Esta cínica farsa de agora / Faz-me rir, ai… Faz-me rir…”. Dizia o refrão de um bolero, cantado por Edith Veiga, sucesso nos anos 60.

                 O que não fazia tanto sucesso naquela época era o time do Corinthians que, por essa razão, ganhou de seus rivais como apelido o título do hit do momento: Faz-me rir.
O ano de 1961 foi muito ruim para o Timão. Apesar de começar a temporada com uma bela vitória por 7 a 2 contra o Flamengo, de Gérson e Dida, na noite que inaugurou o sistema de iluminação do Parque São Jorge, o resto do ano não foi nada bom para os corintianos.

                   Ao longo do Campeonato Paulista, foram utilizados 27 jogadores e dois treinadores, Martin Francisco, substituído por Alfredo Ramos. A equipe que chegou a virar o turno nas últimas colocações, terminou em sétimo lugar. Mas não se acertou em nenhum momento.

                   O time perdeu 7 dos 11 primeiros jogos do Campeonato Paulista de 1961. E para completar, já no final do segundo turno, uma goleada impiedosa da Portuguesa por 7 a 0. Este jogo foi no dia 15 de novembro, uma quarta feira a tarde, devido ao feriado nacional. E aquele Corinthians não era tão ruim assim. O time, reforçado por Adílson, Beirute, Espanhol, Ferreira e Manoelzinho, só conseguiu reagir no segundo turno da competição estadual, e a campanha, que começou de maneira pífia, para delírio das torcidas rivais, terminou com uma “honrosa” sétima colocação.

                   Para este jogo diante da Lusa, o técnico Martins Francisco escalou a seguinte equipe; Aldo, Jaime, Walmir e Augusto, Da Silva e Oreco, Espanhol, Adilson, Beirute, Rafael e Neves. Do outro lado o técnico Nena, mandou a campo os seguintes jogadores; Felix, Nelson, Ditão e Ocimar; Hermínio e Lever; Jair da Costa, Didi, Servilio, Nardo e Nilson. O árbitro da partida foi Anacleto Pietrobon.

                    O jogo foi realizado no Estádio do Pacaembu e o jogo terminou com uma sonora goleada de 7 a 0 para a Portuguesa, gols de Ocimar (2), Nilson (2), Didi, Jair e Servilio.

                     Do lado da Portuguesa, o ano de 1961 foi uma verdadeira gangorra, pois aplicou varias goleadas, mas também sofreu outras tantas, como podemos ver nos dados abaixo:

Dia 29-01 – Portuguesa 6×2 Coritiba  –  jogo amistoso

Dia 09-04 – Portuguesa 0x7 Fluminense – torneio Rio-São Paulo

Dia 07-05 – Portuguesa 7×0 White Star (PE) – jogo amistoso

Dia 15-07 – Portuguesa 5×1 Jabaquara – Campeonato Paulista

Dia 13-08 – Portuguesa 1×6 São Paulo – Campeonato Paulista

Dia 17-09 – Portuguesa 1×6 Santos – Campeonato Paulista

Dia 15-11 – Portuguesa 7×0 Corinthians – Campeonato Paulista

Dia 10-12 – Portuguesa 0x6 São Paulo – Campeonato Paulista

Dia 13-12 – Portuguesa 6×3 XV de Piracicaba – Campeonato Paulista

                    Sofrer uma goleada é um golpe muito duro para o torcedor e isto ficou mais que comprovado na Copa de 2014, quando nossa seleção foi goleada pela Alemanha por 7 a 1. Foi uma derrota que envergonhou os brasileiros, causou choro de alguns atletas e dificilmente será cicatrizada. A dor de uma goleada já foi sentida por torcedores de todos os clubes em especial pela torcida corintiana neste ano de 1961, pois foi um dos piores anos de sua história. Vejam abaixo o time da Portuguesa de Desportos em 1961.

Em pé: Vilela, Felix, Odorico, Ditão, Nelson e Jutz     –   Agachados: Jair da Costa, Ocimar, Silvio, Servilio e Melão
CORINTHIANS DE 1961  –  Em pé: Oreco, Walmir, Jaime, Sidnei, Ari Clemente e Gilmar    –   Agachados: Espanhol, Abib, Joaquinzinho, Da Silva e Neves

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