DUNGA: nosso capitão na conquista do Tetra

                  Carlos Caetano Bledorn Verri nasceu dia 31 de outubro de 1963, na cidade de Ijuí (RS). Nos meios futebolísticos, ele é conhecido por Dunga. O apelido foi dado pelo tio Cláudio, em referência a um dos Sete Anões, acreditando que Carlos não teria uma estatura maior. Foi um excelente jogador meio-campista, de ascendência alemã e italiana. Jogou em vários clubes brasileiros e também no exterior. Participou de três Copas do Mundo (90, 94 e 98), inclusive sagrando-se campeão em 94, na qual teve a honra de erguer a taça, pois era o capitão da equipe. Depois que encerrou sua brilhante carreira de jogador, passou a viver fortes emoções fora das quatro linhas e é atualmente o técnico da nossa seleção brasileira, que ele estará comandando na Copa de 2010, lá na África do Sul. Como jogador, sempre chamou a atenção pela liderança em campo. Volante duro na marcação, não hesitava em tentar lançamentos para os companheiros da frente, nem em desferir potentes chutes com a perna direita.

INTERNACIONAL

                 Começou sua carreira no Inter de Porto Alegre em 1983, com 20 anos de idade. No ano seguinte, o Brasil participou das Olimpíadas de Los Angeles e conquistou a primeira medalha de prata. A nossa seleção estava representada pelos jogadores do Internacional, e lá estava o nosso Dunga, ao lado de Mauro Galvão, Pinga e outros craques que anos depois se consagrariam no futebol. Foi sem dúvida, uma grande oportunidade para aqueles garotos mostrarem seu potencial e com isto abriram as portas para o sucesso, tanto que todos fizeram carreira em grandes clubes do futebol brasileiro.  Depois de jogar em vários clubes brasileiros e estrangeiros, no ano de 1999, voltou a vestir a camisa do Colorado, pelo qual fez 3 gols na sua ultima passagem.

                O primeiro foi de falta num Gre-Nal na Copa Sul que terminou 2×0 para o Inter. Num clássico Gre-Nal “levou um chapéu” do futuro craque Ronaldinho Gaúcho, o que marcou muito o final de sua carreira como jogador. Porém deu a volta por cima ao fazer o gol que livrou o Inter do rebaixamento no Brasileiro, contra o Palmeiras na última rodada da competição. E em 2000 fez seu último gol contra o 15 de Novembro, jogo no qual o Inter venceu por 3×0. Pelo Internacional, Dunga foi tricampeão gaucho em 1982, 83 e 84.

CORINTHIANS

               Dunga chegou no Corinthians em 1984 e sua estréia aconteceu no dia 14 de outubro no clássico contra o São Paulo pelo segundo turno do campeonato paulista. Neste dia o Corinthians jogou e perdeu por 1 a 0 gol de Careca, com a seguinte formação; Carlos, Edson, Juninho, Wagner e Wladimir; Biro Biro, Arthurzinho (Dunga), e Zenon; Eduardo, Lima e João Paulo. O técnico era Jair Picerni. Jogou no Corinthians até novembro de 1985, quando no dia 24 fez sua última partida com a camisa do Timão, quando o Corinthians perdeu para o Comercial de Ribeirão Preto por 1 a 0, lá no estádio Palma Travasso. Nesse um ano que defendeu as cores do alvinegro de Parque São Jorge, Dunga realizou 61 partidas. Venceu 26, empatou 22 e perdeu 13. Marcou 5 gols com a camisa do Corinthians.

SANTOS  e  VASCO

                Logo que deixou o Corinthians, Dunga foi jogar no Santos. Com ele também foram Serginho Chulapa e De Leon e lá na Vila Belmiro permaneceu por pouco tempo, menos de um ano para ser mais preciso. No Peixe também não conseguiu mostrar seu grande futebol, então foi jogar no Vasco da Gama, que na época tinha um grande time; Acácio, Paulo Roberto, Donato, Moroni e Mazinho; Dunga, Geovani e Tita; Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário. E já no ano que chegou a São Januário, Dunga sagrou-se campeão carioca. Foi um triangular entre Vasco, Flamengo e Bangu. Contra o time de Moça Bonita, o Vasco goleou por 4 a 0.  E na grande decisão contra o Flamengo, depois de um lindo passe de Roberto Dinamite, Tita marcou o único gol da partida. Assim, o Vasco de Dunga sagrou-se campeão daquele ano.

EXTERIOR

                Em 1988, Dunga resolveu partir para o velho continente e foi jogar na Fiorentina, da Itália. Ficou por quatro anos defendendo o clube da belíssima Florença. Depois foi jogar no Pescara, outro clube italiano, onde ficou um ano. Em 1993, foi jogar no Stuttgart, da Alemanha, onde ficou por dois anos. Em 1995 foi para o Japão, onde jogou no Júbilo Iwata por tres anos e sagrou-se campeão em 1997 e 1998. Depois retornou ao Brasil para jogar novamente no clube que o revelou para o futebol mundial, o Inter de Porto Alegre, onde encerrou sua brilhante carreira de jogador de futebol.

SELEÇÃO BRASILEIRA

              Dunga ficou internacionalmente conhecido quando foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1990, na Itália, pela Seleção Brasileira. O técnico Sebastião Lazaroni, querendo transformar o jeito do Brasil jogar, que nas duas Copas anteriores com Telê Santana havia sido acusado de perder por se preocupar apenas em jogar bonito, convocou jogadores mais aguerridos e fortes na marcação. Dentre estes novos jogadores, o que chamou mais atenção foi Dunga. Daí logo a imprensa apelidar a nova filosofia de jogo como sendo próprio da “Era Dunga”. A derrota na Copa e esse rótulo infeliz trouxeram grandes dissabores para o jogador. Mas em 1994 ele retornaria para uma nova chance. E desta vez não decepcionou: com a faixa de capitão ergueu a taça do mundo do Brasil Tetra Campeão.

               Diga-se de passagem que além da liderança do time, Dunga fora ainda incumbido de outra espinhosa missão, na qual também se saiu bem: teve a dura missão de barrar “supostas” farras e noitadas de Romário. Foi companheiro de quarto do baixinho na ocasião. Vejam só! Nem a presença de Romário apagou a estrela de Dunga como herói depois da conquista do campeonato. E Dunga ganhou tanto pelo Brasil, que ainda venceu a Copa América em 89 e 97. A grande final do mundial de 1994, foi algo inesquecível, pois enfrentamos mais uma vez a poderosa seleção italiana, que tinha entre eles, o craque Roberto Baggio. Debaixo de um calor de 35 graus, Brasil e Itália, com três títulos cada um na bagagem, decidiram quem seria o primeiro tetracampeão do mundo, naquele dia de 17 de Julho de 1994.

               Depois de 90 minutos sem gol, veio a prorrogação com mais 30 minutos e nada de gol. Somente os pênaltis, poderiam resolver aquele problema. De um lado Taffarel, do outro o goleiro italiano, Pagliuca e nos pés de Romário e Cia. estavam nossas esperanças. E foi justamente nos pés de Baggio, o jogador italiano mais famoso da época, que começamos a comemorar o tão sonhado tetra, pois ao bater a penalidade, ele chutou para fora, não só a bola, como também o sonho de milhões de italianos. Éramos Tetra Campeões de Futebol.  

              Em 1998 Dunga disputaria a sua terceira Copa. Mostrando toda a garra e vontade de vencer de sempre, desta vez Dunga acabou exagerando e foi flagrado pelas câmaras de televisão dando uma cabeçada em Bebeto, durante uma discussão em pleno jogo enquanto a bola estava parada. Constrangido, Dunga acabou se sentido isolado e diminuiu seu ímpeto. Jogos pela Seleção: 96 jogos, com 66 vitórias, 21 empates, 9 derrotas, 7 gols.  Copas do Mundo: 18 jogos, com 12 vitórias, 3 empates, 3 derrotas.  Seleção Olímpica: 20 jogos, 13 vitórias, 5 empates, 2 derrotas, 4 gols

TREINADOR 

              A vida de Carlos Caetano Bledorn Verri, começou a mudar, a partir do dia 24 de julho de 2006, quando foi anunciado pela CBF, como o novo técnico da nossa seleção brasileira. Dunga voltou à Seleção Brasileira, desta vez como treinador, com a missão de mexer com o brio dos jogadores e montar novamente um time competitivo e vencedor. Seu discurso sempre se caracterizou por priorizar o orgulho de vestir a camisa amarela, além de uma certa implicância com a imprensa, com a qual Dunga frequentemente tem problemas a respeito de perguntas que ele não gosta. Suas entrevistas normalmente são um tanto quanto padronizadas, sem que ele exponha seus pensamentos a respeito do esquema tático da Seleção brasileira ou de seus adversários. Embora não tivesse nenhuma pré-experiência profissional no cargo, Dunga surpreendeu a crítica quando ganhou seguidamente em seus primeiros cinco jogos.

              Sua estréia aconteceu no dia 16 de agosto de 2006, quando o Brasil empatou com a Noruega em 1 a 1. Sua segunda partida foi contra a Argentina e vencemos por 3 a 0. Por muitas vezes o torcedor brasileiro pediu a saída de Dunga do comando de nossa seleção. A mídia e o povo muitas vezes esquecem tudo que Dunga fez por nossa seleção, por nosso futebol, e com isso acabam destruindo a imagem de alguém que já fez muito pelo nosso futebol. Vamos prestigia-lo e torcer por ele neste mundial que se aproxima, pois ele vencendo, nós também estaremos comemorando e vibrando com mais um título mundial. Salve Dunga, que tanto fez nossa torcida sorrir, jogando duro, sem ter samba nos pés.

Em pé: Taffarel; Célio Silva; Cafu; Mauro Silva; Aldair e Roberto Carlos    –      Agachados: Romário; Dunga; Leonardo; Denílson e Ronaldo
Em pé: Taffarel, César Sampaio, Rivaldo, Aldair, Junior Baiano e Cafú     –    Agachados: Ronaldo, Roberto Carlos, Leonardo, Bebeto e Dunga
Em pé: Junior Baiano, Taffarel, César Sampaio, Aldair, Cafú e Rivaldo     –     Agachados: Roberto Carlos, Ronaldo, Denilson, Romário e Dunga
Em pé: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco   –    Agachados: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo
Em pé: Ricardo Rocha, Taffarel, Mauro Galvão, Jorginho, Ricardo Gomes e Branco    –     Agachados: Bebeto, Careca, Silas, Valdo e Dunga
Em pé: Carlos, Casagrande, Serginho Chulapa, Zenon, Dunga e João Paulo    –   Agachados: De Leon, Juninho, Edson, Biro Biro e Wladimir
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