ZÉQUINHA: brilhou no Grêmio e no Botaofgo / RJ

                        José Márcio Pereira da Silva nasceu em 17 de novembro de 1949, na Praça da Bandeira, cidade de Leopoldina (MG). Zequinha era um bom ponta direita, que também ficou conhecido pela curiosa alcunha de “Zeca Diabo”, personagem representado pelo ator Lima Duarte na novela “O Bem Amado”, exibida pela Rede Globo de Televisão.

                        Habilidoso, enjoadinho e mortalmente perigoso para qualquer sistema defensivo, foi figura carimbada no time do Botafogo no findar dos anos 60 e início dos anos 70. Filho do senhor Zé da Antônia e de dona Cola, se destacou no Palmeirinha local e posteriormente no juvenil do Ribeiro Junqueira, times da sua cidade.

                         Em 3 de Janeiro de 1965, na cidade de Leopoldina, Zequinha foi o principal destaque do Ribeiro Junqueira na vitória por 3×1 contra o selecionado carioca, que contava com craques como Quarentinha e Brito. Foi depois dessa apresentação de Zequinha, que um olheiro chamado Mineiro, que observava os talentos do interior para os clubes do Rio de Janeiro, foi conversar com o pai de Zequinha para levar o garoto ao time da Gávea. Como família predominantemente flamenguista, Zequinha partiu feliz para o seu desafio na Cidade Maravilhosa.

                         No Flamengo, conquistou o Campeonato Carioca juvenil com duas rodadas de antecipação. Foi então, que os dirigentes resolveram promover diversos jogadores do juvenil para o time principal. Naquela época, o treinador do time juvenil do Flamengo era Valter Miraglia, de quem Zequinha recebeu uma proposta para subir ao time principal. Proposta essa que Zequinha recusou, pois naquele momento, se algo desse errado, poderia voltar novamente para o juvenil.

                        Zequinha acabou emprestado ao Palmeiras em 1968 para um período de três meses em troca do goleiro Donah. Não se acostumando ao ritmo da cidade de São Paulo, Zequinha abandonou o clube, ficando somente um mês no Palmeiras.

                        Deprimido, Zequinha voltou para Leopoldina e no impasse de não saber se estava no Flamengo ou no Palmeiras, o craque Leopoldinense pensou em parar com o futebol. Chegando em Leopoldina, foi prontamente questionado pelo pai, que praticamente obrigou seu regresso ao Rio de Janeiro.

                        Zequinha voltou para o juvenil do Flamengo e uma semana depois recebeu uma proposta do Botafogo. Foi um pedido do técnico Zagallo, famoso por encontrar craques nas categorias de base alheias. Zequinha foi para o “Glorioso” em troca do atacante Zélio. Troca feita, ao chegar ao alvinegro carioca Zequinha foi suplente do então titular da Seleção Brasileira e também do Botafogo, Rogério Hetmanek.

                        Em sua primeira oportunidade, no empate em 1×1 contra o América no dia 4 de agosto de 1968, o ponteiro ganhou elogios de Garrincha, que afirmou em entrevistas que tinha orgulho de ver o número 7 vestido no habilidoso Zequinha.

                        Seu primeiro título aconteceu na conquista da Taça Brasil de 1968, quando Zequinha já era o pavor dos laterais esquerdos. Depois das excelentes campanhas no Vice Campeonato Carioca de 1971 e no vice Campeonato Brasileiro de 1972, seu nome foi lembrado na Seleção Brasileira, onde participou do grupo que conquistou a Taça Independência em 1972.

                        Em 1974 o Botafogo passou por um momento de crise financeira. Zequinha, que estava no auge de sua carreira, foi negociado com o Grêmio, onde foi Campeão Gaúcho de 1977 no time dirigido pelo técnico Telê Santana.

                        Em outubro de 1977, Zequinha foi contratado pelo São Paulo. No tricolor paulista, o ponteiro direito foi campeão brasileiro de 1977. Ao todo, foram 58 partidas disputadas com 30 vitórias, 13 empates, 15 derrotas e 2 gols marcados.

                        Em 1979 foi morar em Dallas, nos Estados Unidos, quando atuou pelo Dallas Tornado (1979-1981 e 1984), Tampa Bay Rowdies (1982) e Tulsa Roughnecks (1983). Zequinha foi para os Estados Unidos em razão de um intercâmbio que o São Paulo mantinha com equipes norte-americanas, pois na época era esperado que o futebol ganharia destaque junto ao público da terra do “Tio Sam”.  

Em pé: Eurico, Cejas, Jerônimo, Beto Fuscão, Ancheta e Bolívar    –    Agachados: Zequinha, Neca, Alcino, Alexandre Bueno e Ortiz
Em pé: Mura, Ubirajara Motta, Brito, Djalma Dias, Nei Conceição e Valtencir    –    Agachados: Zequinha, Paulo César Caju, Nei Oliveira, Roberto Miranda e Galdino
Em pé: Getúlio, Toinho, Antenor, Tecão, Chicão e Bezerra    –    Agachados: Zequinha, Neca, Serginho, Teodoro e Zé Sérgio
Em pé: Waldir Peres, Antenor, Estevam, Chicão, Mário Válter e Bezerra      –    Agachados: Zequinha, Neca, Milton Cruz, Peres e Zé Sérgio
Em pé: Zé Maria, Felix, Brito, Piaza, Clodoaldo e Everaldo    –   Agachados: Zéquinha, Gerson, Tostão, Pelé e Rivelino
Em pé: Waldir Peres, Antenor, Estevam, Getúlio, Bezerra e Chicão     –    Agachados: Zequinha, Neca, Armando, Válter Peres e Edu Bala
Em pé: Jorge Tabajara, Cláudio Radar, Beto Bacamarte, Ancheta, Cacau e Picasso    –     Agachados: Zequinha, Yúra, Luiz Freire, Neca e Loivo
Em pé: Mauro Cruz, Nei Conceição, Wendell, Djalma Dias, Osmar e Valtencir    –   Agachados: Zequinha, Carlos Roberto, Roberto Miranda Jairzinho e Careca
1973. Em pé: Miranda, Wendell, Osmar Guarnelli, Brito, Marinho Chagas e Carlos Roberto    –    Agachados: Zequinha, Marco Aurélio, Fischer, Jairzinho e Dirceu

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