JORDAN: tricampeão carioca pelo Flamengo em 1953 / 54 / 55

                    Jordan da Costa nasceu dia 24 de novembro de 1932, na cidade do Rio de Janeiro; O primeiro dos três filhos do casal Costa, Jordan foi criado ao lado de duas irmãs; Doriceles e Miriam. Antes de vencer no futebol, Jordan trabalhou vendendo balas e depois como vidreiro até meados de 1949, quando foi encaminhado aos quadros amadores do São Cristóvão de Futebol e Regatas.

                   Depois de passar pelos Aspirantes, Jordan foi aproveitado no time principal durante o Campeonato Carioca de 1951, temporada em que seu futebol foi devidamente percebido pelos grandes times do Rio.

                   O sonho de jogar pelo Flamengo virou realidade em 1952. A primeira participação aconteceu em 27 de janeiro de 1952, na vitória por 3×1 sobre o Deportivo Cali, um amistoso realizado no Maracanã.

                   Com a camisa do Rubro-Negro, Jordan fez parte da histórica “linha média” ao lado de Jadir e Dequinha, no fabuloso esquadrão tricampeão carioca de 1953, 1954 e 1955 com o comando do técnico Fleitas Solich.

                    Jordan raramente visitava o Departamento Médico do clube. Quando isso acontecia, não era motivo suficiente para ficar ausente do próximo prélio. Das 84 partidas disputadas pelo time da Gávea naquele período, Jordan ficou de fora em apenas 2 compromissos.

                    Jordan esteve em campo contra seu ex-clube na maior goleada registrada até hoje no Maracanã. O confronto, válido pelo Campeonato Carioca, aconteceu em 27 de outubro de 1956 e o Flamengo venceu o São Cristóvão por 12×2.

                    Em 1961 o Flamengo de Jordan superou o Botafogo de Garrincha e conquistou o Torneio Rio-São Paulo da temporada. Contra Garrincha era sempre o mesmo roteiro em quase todos os clássicos entre Botafogo e Flamengo. Mais uma vez, o volante e também lateral esquerdo Jordan teria pela frente a ingrata missão de marcar o previsível Garrincha, já que o ponteiro do Botafogo sempre driblava para o lado direito.

                  Se Garrincha balançava para o lado direito, como de costume, Jordan também balançava. E assim seguia o duelo. Mas Jordan sempre foi leal e nunca foi violento com Garrincha, nem mesmo naquela medonha tarde de 15 de dezembro de 1962, quando o Botafogo foi bicampeão carioca ao vencer o Flamengo por 3×0, com 2 gols do gênio da cidade de Pau Grande.

                  Naquele dia, com o jogo já decidido, Jordan ainda teve que suportar o regozijo de Garrincha, que com o couro nos pés ainda dizia: “Vem Jordan, vem me pegar”.

                  Certa vez, questionado por um repórter sobre o tormento de marcar Garrincha, Jordan respondeu que preferia correr atrás do camisa 7 do que passar vergonha por ser considerado um carniceiro qualquer.

           Além de Garrincha, Jordan enfrentou outros tormentos; como Sabará do Vasco da Gama, Canário do América e outros tantos bons valores daquele período. Jordan ainda fez parte do elenco que conquistou o título carioca de 1963. Também faturou o Torneio Octogonal de Verão, uma espécie de antecessor da Copa Sul Americana.

                   Em 1963, aos 31 anos de idade, Jordan perdeu espaço no time comandado pelo técnico Flávio Costa. Para justificar o aproveitamento do jovem Paulo Henrique, Flávio Costa afirmou que Jordan era uma “bananeira que já deu cacho”, palavras que não foram bem recebidas pelos torcedores.

                   Jordan nunca foi expulso de campo nos 589 jogos pelo Flamengo. Ao todo foram 352 vitórias, 104 empates, 133 derrotas e 3 gols marcados.  Jordan poderia ter escolhido outro clube e jogar por mais algum tempo. Mas não o fez. Preferiu encerrar sua carreira no clube de coração, como se não fizesse sentido jogar por outra agremiação.

                   Além do amor declarado pelo Flamengo, Jordan tinha outra grande paixão: A Estação Primeira de Mangueira, onde costumeiramente era encontrado. Criado na comunidade da Mangueira onde morou por muito tempo, Jordan sempre estava presente para rever os amigos, mesmo depois de conhecer o sucesso como jogador do Flamengo.

                     Em 14 de fevereiro de 2012, o ex-jogador do Flamengo foi internado para os procedimentos de amputação de sua perna direita em decorrência da Diabetes. Em 17 de fevereiro, Jordan da Costa não resistiu e faleceu no Hospital Salgado Filho.

Em pé: Servílio, Chamorro, Pavão, Tomires, Déquinha e Jordan      –     Agachados: Joel, Paulinho, Evaristo de Macedo, Dida e Zagallo
Em pé: Joubert, Pavão, Ari, Milton Copolilo, Dequinha e Jordan     –     Agachados: o segundo é Duca, seguido por Henrique, Dida e Zagallo
1962     –    Em pé: Joubert, Fernando, Décio Crespo, Vanderley, Carlinhos e Jordan    –     Agachados: Espanhol, Nelsinho, Henrique Frade, Dida e Gérson
Em pé: Chamorro, Servílio, Pavão, Tomires, Dequinha e Jordan     –    Agachados: Joel, Paulinho, Índio, Evaristo e Zagallo
1959    –    Em pé: Joubert, Ari, Bolero, Jadir, Carlinhos e Jordan     –     Agachados: Othon, Moacir, Henrique, Gerson e Babá
1953   –  Em pé: Garcia, Servílio, Pavão, Marinho, Dequinha e Jordan     –    Agachados: Joel, Rubens, Índio, Benitez e Esquerdinha
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