SÃO PAULO 3X2 MILAN – Dia 12 de Dezembro de 1993

                 Para chegar ao titulo mundial, o São Paulo teve que conquistar a Libertadores da América. Nas oitavas-de-final passou pelo Newell`s Old Boys, da Argentina. Os resultados foram (0x2 e 4×0). Nas quartas-de-final a vítima foi o Flamengo do Rio de Janeiro. Os resultados foram (1×1 e 2×0). Na semi-final passou pelo Cerro Porteño, do Paraguai. Os resultados foram (1×0 e 0x0). E na final enfrentou o Universidad Católica, clube chileno. O primeiro jogo foi dia 5 de maio de 1993, no Morumbi e deu Tricolor por 5×1, gols de Vítor, Raí, Gilmar, Müller e contra; Almada descontou para o Universidad Católica. O segundo jogo foi em Santiago, dia 26 de maio e o Tricolor perdeu por 2×0, gols de Lunari e Almada. E assim o Tricolor conquistou o bi da Libertadores, repetindo o feito do Santos de Pelé e Cia. há 30 anos.

MUNDIAL DE CLUBES

                 Ao vencer o Milan por 3×2, na madrugada brasileira do dia 12 de dezembro de 1993, em emocionante jogo disputado no estádio Nacional de Tóquio, o São Paulo conquistou o bicampeonato mundial interclubes, igualando o fato histórico do Santos da era Pelé e fechando o ano de 1993 com quatro títulos internacionais. Durante o ano, em que o São Paulo disputou 97 jogos, o São Paulo conquistara também os troféus da Recopa, Libertadores da América e da Supercopa.  

                 O adversário do mundial de 1993 era o super time do Milan, com seus internacionais Baresi, “o melhor líbero do mundo”, Albertini, Maldini, Donadoni, Papin, Desailly, Raduciou,…. Um timaço muito respeitado. Mas, o Milan experimentou o que é enfrentar o São Paulo. Caiu por 3×2. O time de Baresi tentou impor autoridade, com seu jeito mecânico de marcar e bater na bola, mas fracassou diante de uma equipe premiada por uma estrela. Um campeão precisa ter sorte, e foi o que sobrou para Zetti e Müller nos dois lances que decidiram o título Mundial Interclubes.

               No primeiro, ainda no primeiro tempo, a bola chutada por Massaro bateu no travessão e voltou para as mãos do goleiro.  Se tivesse entrado, seria 1×0 para o Milan. No outro lance, já no final do jogo então empatado em 2×2, a bola tocada pelo goleiro Rossi bateu no calcanhar esquerdo de Müller e tomou o caminho do gol, que acabou garantindo ao São Paulo o bicampeonato mundial. O São Paulo encarou o Milan com muito respeito. Entrou em campo fechado, tocando a bola e esperando o momento certo para atacar. Telê dizia que time para ganhar do Milan não podia desperdiçar oportunidades de gol, pois elas mal apareciam, devido à solidez da defesa italiana.

               O São Paulo, atendendo a seu técnico, primou pela objetividade naquela partida. Os italianos correram o tempo todo atrás do resultado. O São Paulo de Telê Santana raramente foi tão objetivo em outros jogos desta temporada: criou apenas seis chances de gol e marcou três. Marcou o primeiro gol quando resistia à pressão do Milan e estava inferiorizado em campo. A exceção era Cafu, que avançava sobre Maldini e levava vantagem em muitos lances.

              No 1×0, Cafu ganhou a bola na lateral, deu à Palhinha, que rolou para Cerezo. O volante descobriu André do lado esquerdo, de onde partiu um lançamento longo para Cafu na ponta direita. Cafu cruzou de primeira e Palhinha antecipando-se aos zagueiros, mandou a bola para o gol.  O Milan passou a atacar mais. O São Paulo se defendia bem, com firmeza. Mas aos 3 minutos do segundo tempo, o Milan empatou com um gol de Massaro, o melhor do time, após receber passe do francês Desailly no espaço deixado por Válber.

              Os jogadores do Milan insistiram nos toques de primeira, mas sofreram com a forte marcação Tricolor. O Milan se entusiasmou e passou a atacar mais, descuidando-se um pouco da defesa. Franco Baresi estava ajudando na frente e esqueceu-se que o São Paulo tinha craques excepcionais. O segundo gol do São Paulo começou com um chutão de Zetti, que Muller desviou de cabeça para Palhinha. O autor do primeiro gol rolou a bola para Leonardo, que procurou a linha de fundo, pela esquerda, e cruzou na medida para o aproveitamento de Cerezo quase embaixo do gol, 2×1. Palhinha estava bem no jogo, mas Telê colocou Juninho para dar velocidade ao time.

              Papim empatou de novo, a nove minutos do final, completando o passe de cabeça de Massaro, em nova falha do são-paulino Válber. O São Paulo estava muito atento à linha de impedimento do adversário e procurava explorar as brechas em tabelas curtas e velozes pelas laterais. A quatro minutos do final, Cerezo lançou Müller, o goleiro Rossi saiu do gol, rebateu a bola e ela bateu no calcanhar esquerdo de Müller e entrou. Um gol com a estrela do São Paulo, que fechou o ano como bicampeão mundial.

              Para esta grande final o técnico Telê Santana mandou a campo os seguintes jogadores; Zetti, Cafu, Válber, Ronaldão e André; Dinho, Doriva, Toninho Cerezo e Leonardo; Müller e Palhinha (Juninho). O árbitro da partida foi o francês Joel Quiniou. Em 2005, o São Paulo conquistaria o seu tricampeonato mundial, algo que nenhum outro clube brasileiro conquistou.

 

 

 

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