PAULO HENRIQUE: campeão carioca pelo Flamengo em 1963 e 1965

                         Paulo Henrique Souza de Oliveira nasceu dia 5 de janeiro de 1943, na cidade de Macaé (RJ). Jogando no cenário amador de Macaé, Paulo Henrique ganhou destaque no infantil do Quissamã Futebol Clube, antes de ser encaminhado em 1959 aos quadros de base do Clube de Regatas do Flamengo.

                         Conhecido inicialmente como Paulinho, seu primeiro contrato profissional foi assinado no início da década de 1960. A primeira partida no time principal do Flamengo aconteceu em 24 de outubro de 1960, na vitória sobre o Madureira por 2×1. Paulo Henrique fez parte de uma geração que ofereceu muitas alegrias, como também alguns dissabores para sua grande torcida.

                         Bom marcador, seu aplicado futebol foi determinante nos títulos cariocas de 1963 e 1965, além do Torneio Rio-São Paulo 1961 e outros tantos torneios nacionais e internacionais. Sua primeira participação pela Seleção Brasileira aconteceu em 15 de maio de 1966, um amistoso contra o Chile no Estádio do Morumbi. O confronto terminou empatado em 1×1.

                         Com a camisa do escrete canarinho, Paulo Henrique esteve em campo em 13 partidas com 9 vitórias, 3 empates, 1 derrota e nenhum gol marcado. Convocado pelo técnico Vicente Feola para disputar o mundial de 1966, o lateral do Flamengo embarcou na iminente possibilidade de substituir Nilton Santos.

                          Na Copa do Mundo, Paulo Henrique foi escalado na vitória sobre a Bulgária por 2×0 e na derrota diante da Hungria por 3×1, um resultado que complicou a situação do time de Feola na competição. Abaixo, os registros da comprometedora derrota canarinho diante da Hungria:

15 de julho de 1966 – Copa do Mundo de 1966 – Hungria 3×1 Brasil – Estádio Goodison Park, em Liverpool (Inglaterra) – Árbitro: Kenneth Dagnall (Inglaterra) – Gols: Ferenc Bene aos 2’; Tostão aos 14’, Farkas aos 64’ e Mészöly (pênalti), aos 72’.

Brasil: Gylmar; Djalma Santos, Bellini, Altair e Paulo Henrique; Lima e Gérson; Garrincha, Alcindo, Tostão e Jairzinho. Técnico: Vicente Feola. Hungria: Gelei; Mátrai, Káposzta, Szepesi e Mészöly; Sipos, Ferenc Bene e Mathesz; Florian Albert, Farkas e Rákosi. Técnico: Lajos Bároti.

                          Ainda em 1966, Paulo Henrique participou da conturbada partida decisiva do campeonato carioca, quando o Flamengo perdeu o título na derrota por 3×0 para o Bangu no Maracanã.

                          Campeão da Taça Guanabara de 1970, em 1971 Paulo Henrique foi emprestado ao Botafogo de Futebol e Regatas. No Botafogo, Paulo Henrique jogou ao lado de Brito e foi vice-campeão carioca de 1971. Em seguida passou rapidamente pelo Esporte Clube Bahia, antes de voltar ao mesmo Flamengo para fazer parte do elenco que conquistou o Campeonato Carioca de 1972.

                          Pelo Flamengo foram 437 partidas com 213 vitórias, 119 empates, 105 derrotas e 14 gols marcados. Em 1972, apesar de entendimentos com o América (RJ), Paulo Henrique firmou compromisso com o Avaí Futebol Clube (SC). Campeão catarinense de 1973, Paulo Henrique deixou os gramados em 1974. Algumas fontes registram ainda uma breve passagem pelo Bonsucesso Futebol Clube (RJ).

                          Paulo Henrique iniciou sua trajetória como treinador no Campos Associação, quando inclusive contou com o futebol do ex-companheiro Murilo, já em final de carreira. Também comandou o Rio Branco (ES), Clube do Remo (PA), Americano (RJ), Goytacaz (RJ), Portuguesa (RJ), Quissamã (RJ), América (RN), Seleção de Omã e o Internacional de Lajes (SC).

                           Abaixo um certo desentendimento entre Paulo Henrique e o treinador Yustrich:

– Era mais um dia comum de treino na Gávea. Barulho de apito, jogadores com agasalhos pesados e bolas batendo forte no alambrado.

– Foi quando Paulo Henrique tentou uma jogada de efeito. Foi o suficiente para receber um repertório inteiro de ofensas e palavrões do técnico Yustrich.

– Os companheiros pararam para ouvir, enquanto olhavam assustados procurando pela origem do falatório. O que teria acontecido?

– Indignado e ofendido, Paulo Henrique partiu para cima de Yustrich e foi prontamente contido pela turma do “deixa disso”. Algum tempo depois, o lateral foi emprestado ao Botafogo.

1966 – Em pé: Fidélis, Zito, Bellini, Gylmar, Orlando e Paulo Henrique  –     Agachados: Jairzinho, Gerson, Servíliio, Pelé e Amarildo
Em pé: Ubirajara, Aloísio, Fred, Reyes, Liminha e Paulo Henrique    –     Agachados: Mineiro, Buião, Renato, Zico, Samarone e Rodrigues Neto
Em pé: Murilo, Ditão, Jaime, Franz, Carlinhos e Paulo Henrique    –     Agachados. Carlos Alberto, Nelsinho II, Almir, Silva e Osvaldo
Em pé: Murilo, Jaime, Marco Aurélio, Ditão, Carlinhos e Paulo Henrique    –     Agachados: Paulo Choco, Fefeu, Almir, Silva e Rodrigues
Em pé:  Butticce, Luiz Alberto, Onça, Roberto Rebouças, Elizeu e Paulo Henrique     –     Agachados: Natal, Sima, João Daniel, Baiaco e Gílson Porto
Em pé: Buticce, Odair, Onça, Mário Braga, Baiaco e Paulo Henrique     –     Agachados: Natal, Amorim, Picolé, Eliseu e Gílson Porto

1971 – Em pé: Ubirajara Alcântara, Aloísio, Fred, Reyes, Liminha e Paulo Henrique   –     Agachados: Pai Mineiro, Rogério, Samarone, Zé Eduardo, Zico e Rodrigues Neto

 

Postado em P

Deixe uma resposta