NICANOR DE CARVALHO: brilhou no XV de Piracicaba, na Ferroviária e no Japão

                       Nicanor Carvalho Junior nasceu dia 9 de fevereiro de 1948, na cidade de Leme (SP). Começou a carreira de jogador de futebol em 1964, na Internacional de Limeira. Em 1966 foi para o XV de Piracicaba, onde ficou até o final de 1967. Jogou ainda pela Ponte Preta de Campinas e em 1969 chegou no Morumbi, onde defendeu o São Paulo em 13 partidas, sendo 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas e não marcou nenhum gol com a camisa do Tricolor.

                      O namoro do São Paulo por Nicanor começou no dia 9 de fevereiro de 1969, dia em que Nicanor completava 21 anos de idade. Neste dia o Tricolor enfrentou o XV de Piracicaba lá no Estádio Barão de Serra Negra pelo Campeonato Paulista daquele ano e o XV venceu por 1×0, gol de Jair Bala. Para este jogo o técnico Manga do XV mandou a campo os seguintes jogadores; Claudinei, Nei, Macalé, Ademir, Zé Carlos, Eli Cotucha, Jair Bala, Celsinho (Piloto), Afonso, Nicanor e Piau.

                      Depois desse jogo começaram as negociações entre São Paulo e XV de Piracicaba, até que no dia 8 de outubro de 1969, Nicanor fazia sua estreia com a camisa do Tricolor Paulista. Foi num jogo diante do Botafogo do Rio de Janeiro válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o time carioca venceu por 1×0 gol de Roberto aos 32 minutos do primeiro tempo.

                       Para esse jogo o técnico Diede Lameiro escalou a seguinte equipe; Picasso, Cláudio Deodato, Jurandir, Carlos Alberto e Nenê; Edson (Tadeu), Nicanor e Gerson; Zé Roberto (Babá), Toninho Guerreiro e Paraná.

                       A última partida pelo Tricolor foi no dia 6 de dezembro de 1969, quando tivemos no estádio do Morumbi um jogo amistoso entre São Paulo e Seleção de Gana. O jogo terminou com a vitória tricolor por 4×2, gols de Gerson, Toninho Guerreiro, Nenê cobrando falta e Zé Roberto cobrando pênalti. Para este jogo o técnico Diede Lameiro mandou a campo os seguintes jogadores; Picasso, Arlindo, Roberto Dias (Vilela), Edson, Nenê, Tenente, Nicanor (Valter Zum Zum), Zé Roberto, Toninho Guerreiro, Gerson e Paraná.

                       No ano seguinte Nicanor foi defender a Ferroviária de Araraquara, onde permaneceu até 1974. No ano seguinte defendeu as cores do Remo, de Belém do Pará. Pouco depois, encerrou a carreira de jogador profissional no Miami Toros Soccer Club, de Miami – EUA. Mas não largou o futebol, pois passou a atuar fora das quatro linhas como treinador.

TÍTULOS

1967 – Campeão da Divisão de Acesso Campeonato Paulista de Futebol (E.C. XV de Novembro – Piracicaba).
1968 – Vice Campeão da Divisão de Acesso Campeonato Paulista de Futebol (A.A. Ponte Preta – Campinas).
1970 – Campeão do Interior do Campeonato Paulista de Futebol. (Assoc. Ferroviária de Esportes – Araraquara).

PREPARADOR FÍSICO E TÉCNICO

                       Formado em Educação Física pela Universidade Federal de São Carlos, Nicanor passou a atuar como preparador físico e, posteriormente, como técnico. Como preparador, passou pelos seguintes times: Ponte Preta (de 1975 a 1977 – de1981 a 1983), Corinthians (de 1978 a 1980) e EC São José (de 1980 a 1981).

                       Conseguiu os seguintes resultados: vice-campeão do Paulistão de 1977, pela Ponte Preta; campeão da Taça Governo do Estado de São Paulo de 1978, pelo Corinthians; campeão do Paulistão de 1979, pelo Corinthians; campeão do Acesso do Paulistão de 1980, pelo EC São José; e terceiro colocado do Paulistão de 1981, também pelo São José.

                       Nicanor iniciou sua carreira de treinador em 1984, dirigindo a Internacional de Limeira. No mesmo ano, comandou também o Paulista, da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. Ainda passou pelo comando técnico dos seguintes times do Brasil: Grêmio de Maringá (1985), Atlético Paranaense (1986), Coritiba (1986), São José-SP (1987), Ponte Preta de Campinas-SP (1988/89) e Santos FC (1989).

                       Em 1991, Nicanor resolveu tentar a sorte no exterior e foi para o Japão. Dirigiu o Fujita FC (1991/93), o Bellmare Hiratsuka (1994/95), o Kashiwa Reysol (1996/97) e o Verdy Kawasaki (1998). Voltou ao Brasil e ainda comandou o América de São José do Rio Preto-SP (2001), Botafogo de Ribeirão Preto-SP (2002) e Rio Branco de Americana-SP (2003).

TÍTULOS CONQUISTADOS NO JAPÃO

1991 – Campeão da Japan Soccer League ? Fujita F.C.
1994 – Campeão da Japan Football League ? Bellmare Hiratsuka
1995 – Campeão da Copa do Imperador ? Bellmare Hiratsuka
1996 – Manager of the year (técnico do ano) ? Kashiwa Reysol
1996 – Escolhido como Técnico da Jomo Cup
1997 – Escolhido como Técnico do All Stars Game

CRÍTICO

                      Pouco antes da participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, Nicanor de Carvalho participou do programa “Debate Bola”, da Rede Record de Televisão, e fez a seguinte ressalva ao trabalho de Carlos Alberto Parreira. “Treinando desse jeito o Brasil perde a Copa do Mundo. Não entendo porque ninguém fala sobre isso. O pessoal está brincando de bobinho. Acho que o Parreira pensa que o time vai passear na Alemanha”, declarou Nicanor, logo após ver imagens dos treinos da seleção, em Weggis, na Suíça.

TRISTEZA

                      Nicanor Carvalho Júnior, o Nicanor de Carvalho, ex-ponta-direita do XV de Piracicaba e do São Paulo, morreu no dia 28 de novembro de 2018, em Campinas-SP, aos 71 anos, após sofrer três paradas cardíacas. Ele era um famoso técnico de futebol. Era casado, tinha quatro filhas e um casal de netos.

Inter de Limeira em 1966   –    Em pé: Tatão, Aparecido, Biguá, Zé Roberto, Mário e Roni   –    Agachados: Careca, Joaquinzinho, Dedé, Nicanor de Carvalho e Guri

Postado em N

Deixe uma resposta