ÉLVIO: brilhou na Inter de Limeira e no São Paulo F.C.

                   Élvio Donizete Ezequiel nasceu dia 28 de março de 1956, na cidade de São Carlos (SP).  Jogou no São Paulo, Internacional de Limeira, Coritiba, Santa Cruz e outras equipes nos anos 70 e 80, hoje mora em São Carlos (SP), sua cidade natal, onde é comerciante (proprietário do “Armazém da Cachaça”) e dá aulas de futebol para garotos do Country Club de São Carlos.

                   Tem um comércio de bebidas (Armazém da Cachaça). Chegou a ser técnico do Palmeirinha de Porto Ferreira, mas ficou um pouco decepcionado porque o time perdeu o patrocinador. Também recebeu convites para dirigir o Araçatuba. Achou melhor ficar em São Carlos. É casado, pai de três filhas e avô de um neto.

                  Élvio começou a carreira de jogador no Grêmio Sãocarlense.  Tinha acabado de servir o tiro de guerra quando foi lançado no time profissional pelo técnico Adésio de Almeida. Em 1978, ele deixou São Carlos para defender o Jaboticabal, do técnico Pinho. Foi campeão da Segunda Divisão.
No ano seguinte, o volante se transferiu para o Rio Claro Futebol Clube. Atuando no time da Cidade Azul, Élvio teve a oportunidade de aparecer para os dirigentes da Internacional de Limeira. O Rio Claro participou de um quadrangular com equipes da região e o meio-campista foi um dos destaques de sua equipe.

                  Era o chamado Torneio da Fome, já que os clubes buscavam receitas. Participaram da competição o XV de Piracicaba, o Rio Claro, o Velo Clube Rioclarense e a Internacional de Limeira. As boas exibições contra a Inter, inclusive o fato de ter marcado um gol contra a equipe alvinegra, foram importantes para a sua transferência. O XV de Piracicaba também queria a sua contratação, mas acabou acertando com a Inter que comprou o seu passe.

                  O clube de Limeira não decepcionou no Paulistão de 1980. Com Élvio, Toinzinho e Elói no meio de campo, a Inter fez boa campanha. Élvio se destacou em partidas contra o São Paulo, o que lhe facilitou o caminho para defender o time do Morumbi. Fez gols contra o São Paulo e o Carlos Alberto Silva (então técnico do São Paulo) pediu a sua contratação.

                 Em 1981, fez parte do elenco são-paulino campeão paulista e vice-campeão brasileiro. Élvio enfrentou como concorrentes diretos ao posto de titular jogadores como Almir e Márcio Araújo. O técnico Carlos Alberto Silva queria que ele fosse o reserva imediato do Renato, que era meia. Mas não se adaptou à função. Isso causou um atrito com o técnico.

                 No ano seguinte Élvio foi para o Santa Cruz. O Poy era o treinador do Santa. Foi campeão estadual pernambucano. O time tinha o Chiquito (ex-São Paulo), Hamilton Rocha (ex-Palmeiras), Caxias, Aloísio Guerreiro (ex-Santos), entre outros.

                 Com passe preso ao São Paulo, Élvio foi emprestado outras vezes. Em 1983 defendeu o Botafogo de Ribeirão de Preto no Campeonato Brasileiro. O técnico era o Lori Sandri e tinha jogadores como o Maxwell, Joãozinho Paulista e o Celso Cajuru. Ainda em 1983 foi contratado, também por empréstimo, pelo Coritiba. Ficou no time paranaense, jogando improvisado na quarta-zaga, até 1984.

                 Foi campeão paranaense em 1984. E só não continuou lá em 1985 (ano do título do Brasileirão) porque o São Paulo não aceitou um novo empréstimo, e assim em 1985 retornou para a Internacional de Limeira.

                 Ficou na Inter até 1986, jogando inclusive no Paulistão daquele ano. Deixou o clube durante o primeiro turno do estadual. O Gilberto Costa chegou e ele foi para o Uberaba. No final, a Internacional conquistou o título estadual, e assim ficou de fora de mais um título.

                Élvio também defendeu o Grêmio Sãocarlense, em 1988, a Platinense (PR), em 1989, o Londrina (PR), em 1989, o Operário de Ponta Grossa (PR), em 1990 e o Araçatuba (SP), onde encerrou a carreira em 1991. Seu último técnico foi o saudoso Afrânio Riul. Estava com 35 anos e achou melhor pendurar as chuteiras.

                Ainda quando estava na Internacional de Limeira, em 1980, Élvio foi convocado para defender a seleção paulista. Carlos Alberto Silva era o técnico. Formou o meio de campo com o Sócrates e Pita em amistoso contra a União Soviética. A partida terminou empatada por 2 a 2. O Pita diz até hoje que o gol mais bonito de sua carreira aconteceu naquele jogo. O outro gol da seleção paulista foi marcado pelo Edmar, que estava começando a carreira. Ele entrou no lugar do Serginho Chulapa.
Élvio diz que aprendeu muito com vários treinadores, mas dois se destacaram: Sérgio Clérice e Telê Santana. Não teve oportunidade de jogar quando Telê era técnico do São Paulo. Ficou apenas três meses com ele. “Ele merecia mesmo o apelido de Mestre”, Élvio conta emocionado.

               Com a camisa do São Paulo F.C., Élvio fez 40 partidas (12 vitórias, 15 empates e 13 derrotas) e marcou 13 gols.

Em pé: Waldir Perez, Oscar, Élvio, Dario Pereira, Getúlio e Marinho Chagas    –   Agachados: Paulo César, Renato, Serginho Chulapa, Heriberto e Zé Sérgio
Em pé: Toinho, Marinho Chagas, Dario Pereira, Almir, Nei e Chiquito    –   Agachados: Paulo César, Élvio, Everton, Heriberto e Assis
Em pé: Flavinho, Renato Pé Murcho, Paulo César, Teodoro, Oscar, Marinho Chagas, o cantor Julio Iglesias, Dário Pereira, Poy, Toínho, Waldir Peres, Nelsinho e Barbirotto    –    Agachados: Luiz Fernando, Tatu, Almir, Edel, Heriberto, Serginho Chulapa, Jaiminho, Everton e Gassen    –    Sentados: Mário Sérgio, Carlinhos Maracanã, Zé Sérgio, Élvio, o massagista Hélio Santos e Getúlio
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