PERI: bicampeão pelo Operário (MS) em 1976 / 77

                            Pedro Borzato Filho nasceu no município de Indiana (SP), em 20 de abril de 1951. Em 1966, o franzino e habilidoso Peri participou de um festival de futebol amador, uma feliz iniciativa promovida pelo Sport Club Corinthians Paulista.

                             Naquela oportunidade, Peri jogava por uma equipe da cidade de Osasco e foi considerado o melhor atacante da competição, o que representou um pronto convite para treinar no Parque São Jorge.

                             Depois do período de testes, o rapazola da cidade de Indiana consolidou seu espaço nos quadros de base do alvinegro, que na época era orientado pelo técnico José Castelli, o famoso Rato. Naqueles tempos, Peri também trabalhou na secretaria do clube, atividade que foi deixada de lado em meados de 1969, quando seu aproveitamento no elenco principal já era algo esperado.

                             Seu primeiro salário foi uma espécie de ajuda de custo, com valores fixados em 400 cruzeiros mensais, além da promessa de uma chance no elenco principal na excursão pela Europa em 1970. No entanto, o prometido não foi devidamente cumprido. Desolado, Peri acabou cortado do grupo de jogadores que viajou ao “Velho Mundo”.

                             Peri permaneceu treinando até receber uma oportunidade do técnico Aymoré Moreira em 1971. Pequenino e driblador, Peri dizia não temer os anseios da tão sofrida Fiel Torcida. Para Peri, então com 20 anos de idade, seu maior temor eram os comentários da exigente imprensa paulista, que facilmente poderiam liquidar com qualquer aspiração de seguir em frente.

                             Quando o ponteiro-esquerdo Aladim chegou ao Parque São Jorge para ser titular, Peri não ficou incomodado. Sabia que sua chance estava mais próxima do que nunca! E realmente aconteceu. Depois da chegada do técnico Francisco Sarno a sorte mudou. Peri entrava no decorrer de algumas partidas no lugar de Aladim, até ser efetivado como titular.

                             Seu primeiro grande momento aconteceu na gelada tarde de 25 de abril de 1971, quando o Corinthians venceu de virada o Palmeiras por 4×3 no Morumbi. Ainda em 1971, o jovem ponteiro-esquerdo viveu um enorme drama pessoal, uma fatalidade que quase o afastou dos gramados para sempre!

                             No dia 6 de junho, na vitória sobre o São Paulo por 1×0, Peri sofreu uma fratura na perna esquerda, após uma dividida com o meio-campista Gerson, o “Canhotinha de Ouro”. Depois de um longo período de recuperação, em 1972 Peri foi emprestado para o Clube do Remo (PA), inclusive participando da boa campanha no Campeonato Brasileiro.

                             No ano seguinte, seus direitos foram negociados com o Esporte Clube Bahia (BA). Algum tempo depois, Peri voltou ao Parque São Jorge em razão de um desacordo financeiro. Foi então que o conceituado treinador Sylvio Pirillo confiou em seu futebol no Campeonato Paulista de 1974. Foi um bom momento, que valeu mais pela experiência do que pelos resultados.

                             Campeão do primeiro turno do certame, Peri rumou confiante até o compromisso final contra o Palmeiras. A sofrida derrota por 1×0 para o Palmeiras em 22 de dezembro de 1974 foi um duro golpe. O resultado sepultou o sonho de Peri e de jogadores experientes; como o goleiro Ado, o médio-volante Tião e o ídolo Roberto Rivellino.

                             Com o “Passe Livre” em mãos, Peri entrou em entendimentos com o Sport Club do Recife (PE) em 1975. Peri disputou ao todo 34 compromissos; com 14 vitórias, 10 empates, 10 derrotas e apenas 1 gol marcado.

                             Depois da passagem pelo cenário pernambucano, Peri acertou suas bases financeiras com o Operário (MS), onde foi bicampeão estadual nas temporadas de 1976 e 1977. Em seguida jogou passou pelo Internacional de Porto Alegre entre 1978 e 1979; pelo Atlético Paranaense (PR) entre 1980 e 1981 e finalmente no Central de Caruaru (PE) em 1982, sua última equipe.

                               Após sofrer um grave acidente doméstico, Pedro Borzato Filho faleceu na cidade de São Paulo (SP), em 31 de agosto de 2016.

1971  –  Em pé: Luís Carlos, Tião, Sadi, Ado, Zé Maria e Pedrinho     –     Agachados: Lindóia, Samarone, Rivelino, Mirandinha e Peri
Em pé: Buticce, Roberto Rebouças, Romero, Washington, Baiaco e Ubaldo    –     Agachados: Natal, Douglas, Picolé, Fito e Peri
Em pé:  Buttice, Sapatão, Roberto Rebouças, Altivo, Baiaco e Ubaldo     –    Agachados: Natal, Douglas, Picolé, Fito e Peri
Em pé: Zé Maria, Buttice, Tião, Brito, Baldochi e Wladimir     –     Agachados: Vaguinho, Lance, Zé Roberto, Pita e Peri
Em pé: Aranha, Dutra, Mendes, Dico, Tito e Lúcio     –    Agachados: Rogério, Caíto, Roberto, Hertz e Peri
1974 – Em pé: Zé Maria, Tião, Brito, Ado, Baldochi e Wladimir    –    Agachados: Vaguinho, Lance, Adãozinho, Rivelino e Peri

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