RUBENS GALAXE: conquistou vários títulos pelo Fluminense

                             Rubens Márcio Cordeiro Galaxe nasceu em 29 de abril de 1952 no município de Campos dos Goytacazes (RJ). Adepto da formação de jogadores multifuncionais, Pinheiro nunca duvidou da importância dos especialistas em posições estratégicas; embora em seu íntimo, o ex-zagueiro do Fluminense acreditasse que o futuro pertencia aos polivalentes.

                             E na defesa de suas teorias, Pinheiro rebatia veementemente o conceito de alguns conservadores, que ainda consideravam que jogador sem posição fixa não passava de um tapa-buraco! Nessa linha de pensamento estava um jovem colaborativo e corajoso, um faz-tudo no esquema de Pinheiro: “É um crime pensar que Rubens Galaxe é apenas um tapa-buraco. Ele é um jogador útil em qualquer canto do gramado”.

                             Encantado pela magia do futebol, Rubens Galaxe era um dos assíduos frequentadores das disputadas peladas de Conselheiro Josino e região. Levado pelo irmão Adílson ao clube das Laranjeiras em 1968, Rubens Galaxe trilhou com sucesso pelas divisões amadoras do clube.

                             Campeão carioca na categoria juvenil em 1970, o promissor Rubens Galaxe chegou ao time principal sem dar prioridade ao dinheiro ou mesmo aos louros da fama! Convocado para o selecionado canarinho amador que faturou o Torneio de Cannes em 1971, Rubens Galaxe também participou dos Jogos Olímpicos de 1972.

                             Aplicado taticamente, seu futebol logo caiu nas graças do exigente Mário Jorge Lobo Zagallo. Dessa forma, Rubens Galaxe fez parte do elenco que faturou a Taça Guanabara e o título carioca de 1971.

                             Apontado com o sucessor legítimo do futebol versátil de Telê Santana na década de 1950, Rubens Galaxe foi aos poucos pavimentando uma relação de confiança com dirigentes e torcedores. Ainda um tanto desconhecido por uma parte da mídia esportiva, seu nome era equivocadamente escrito e associado com o luxuoso automóvel “Ford Galaxie”, um símbolo de status e grande prestígio!

                             Mesmo com o sucesso repentino, seus conceitos de simplicidade permaneceram intocáveis. Do trabalho para casa, a dedicação nas aulas do curso de Economia cobravam uma alta parcela de cansaço. Arredio e rotulado pelos companheiros como pão-duro, o rapazola de Campos dos Goytacazes sabia que ainda estava muito longe dos astros que encantavam o público.

                              Campeão do Torneio Internacional de Verão e do campeonato carioca de 1973, Rubens Galaxe ganhou tarimba no futebol colombiano entre junho de 1974 e maio de 1975. De volta ao Rio de Janeiro conquistou a Taça Guanabara e do título de campeão carioca de 1975. Em 1976 faturou o campeonato carioca, o Torneio de Paris e a Copa Viña Del Mar no Chile.

                               Rubens Galaxe também foi campeão da Taça Tereza Herrera em 1977 e do campeonato carioca de 1980, seu último “caneco” estadual. Abaixo, uma das participações de Rubens Galaxe na campanha do memorável título carioca de 1980:

17 de agosto de 1980 – Campeonato carioca primeiro turno – Fluminense 2×0 Bonsucesso – Estádio da Ilha do Governador – Árbitro: José Roberto Wright – Gols: Gilberto aos 24 e Edinho aos 44 do segundo tempo.

Fluminense: Paulo Goulart; Edevaldo, Tadeu, Edinho e Rubens Galaxe; Delei, Gilberto e Mário (Cristovão); Robertinho, Neinha e Zezé. Técnico: Nelsinho. Bonsucesso: Julio; Elzo, Toninho, Ramiro e Jorge Galvão; Batista, Jair (Helinho) e Carlos Alberto; Jorginho, Luís Carlos e Ricardo (Roberto). Técnico: Denílson.

                               Continuou nas fileiras Fluminense até 1982. Com 18 gols marcados em 462 compromissos disputados, seu nome permanece no rol dos que mais vestiram a camisa do tricolor das Laranjeiras. Com o “Passe Livre” nas mãos, Rubens Galaxe jogou depois pelo São Cristóvão (RJ) e em seguida pelo Goytacaz Futebol Clube (RJ). *Algumas fontes apontam ainda uma passagem pelo Criciúma Esporte Clube (SC).

                               Pós-graduado em gestão esportiva pela Fundação Getúlio Vargas, Rubens Galaxe iniciou sua trajetória como treinador. Orientou os quadros de base do Fluminense, além de comandar o time principal como interino em alguns compromissos. Trabalhou também no mundo árabe e no Clube do Remo (PA).

                               Longe da bola ocupou o cargo de coordenador de postos de habilitação no Detran (RJ). Dos gramados, Rubens Galaxe só guardou boas recordações: “Nunca fui vaiado pela torcida do Fluminense, só faltou mesmo o título de campeão brasileiro”.

Em pé: Renato, Carlos Alberto Pintinho, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rubens Galaxe e Rodrigues Neto Agachados: Gil, Cléber, Doval, Rivellino e Dirceu
Seleção Brasileira olímpica de 1972   –    Em pé: Terezo, Nielsen, Abel Braga, Osmar Guarnelli, Celso Ferreira, Rubens Galaxe e membro da comissão técnica     –    Agachados: O roupeiro Ximbica, Pedrinho, Washington, Paulo Roberto Falcão, Manoel e Dirceu
1970  –  Em pé: Félix, Toninho, Carlos Alberto Pintinho, Silveira, Assis e Marco Antônio     –     Agachados: Rubens Galaxe, Kléber, Dionísio, Manfrini e Lula

 

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