CRICIÚMA ESPORTE CLUBE – Fundado em 13 de Maio de 1947

                       Criciúma Esporte Clube é um clube brasileiro de futebol sediado na cidade de Criciúma, no Estado de Santa Catarina. Fundado em 13 de maio de 1947, com o nome de Comerciário Esporte Clube. Atualmente disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

                       O Criciúma foi o primeiro e único clube de Santa Catarina a conquistar o título da Copa do Brasil, em 1991, de forma invicta. O Criciúma tem em seu currículo um Campeonato Brasileiro da Série B conquistado em 2002 e um título do Campeonato Brasileiro da Série C, conquistado em 2006.

                        No campeonato estadual, o Criciúma comemorou o título por 10 vezes, sendo o 4º maior vencedor do Catarinão e o time que mais terminou com o vice-campeonato — 10 vezes. Foi o primeiro clube catarinense a participar de uma Copa Libertadores da América, alcançando a fase de quartas-de-final. No futebol, é considerado pela imprensa catarinense como um dos cinco grandes clubes do estado, junto com o AvaíFigueirenseJoinville e Chapecoense.

                         O Criciúma é o segundo clube catarinense com mais participações no Campeonato Brasileiro da Série A, com 13, atrás do Figueirense, com 4 a mais. E o clube que mais participou da Copa do Brasil, com 18 participações.

                         No Ranking da CBF, o Criciúma liderou como melhor catarinense até 2012, quando a CBF implementou um novo critério de pontuação, deixando de lado o histórico do clube e levando em conta apenas os últimos 5 anos. Em 2016, figura como segundo melhor, na 22ª colocação.

                         Seu maior rival é o Joinville, com quem protagoniza o Clássico do Interior (ou Clássico Norte-Sul), uma rivalidade regional que se acirrou a partir da década de 1970.

                         Suas cores oficiais, presentes no escudo e bandeira do clube, são o amarelopreto e branco. Manda suas partidas no Estádio Heriberto Hülse, que possui capacidade para 19.300 espectadores

FUNDAÇÃO

                         O Comerciário Esporte Clube foi fundado em 13 de maio de 1947, na Praça Nereu Ramos, por um grupo de rapazes, na maioria com 18 anos, moradores do centro da cidade de Criciúma. Esta foi a primeira vez que o centro possuía um time de futebol.

                         No dia 15 de maio, do mesmo ano, aconteceu a primeira partida do recém fundado clube. O adversário foi o já tradicional São Paulo Futebol Clube, da Vila Operária. O jogo aconteceu no estádio do Ouro Preto e a jovem equipe foi derrotada por 4 a 0.

                         A primeira bola do time foi comprada por 17 contos e 500 réis e o primeiro terno, listrado de azul e branco, adquirido após uma coleta no comércio. No dia 8 de junho, as duas equipes voltaram a se defrontar no mesmo local. O time do São Paulo voltou a aplicar outra goleada, 4 a 1, sendo que o zagueiro, Carlitos, foi o autor do primeiro gol do time do centro.

                         A primeira vitória só aconteceu na terceira partida, também diante do São Paulo, o Comerciário venceu pelo placar de 3 a 2. A primeira viagem foi para Siderópolis, onde o time enfrentou o Grêmio Esportivo Macedo Soares, onde a equipe de Criciúma Esporte Clube empatou com os donos da casa.

PRIMEIROS TÍTULOS

                         O primeiro título do Comerciário foi conquistado em Siderópolis, em 8 de fevereiro de 1948. O time era considerado a zebra do torneio, por ser o caçula da região. Em 1949 aconteceu a primeira grande vitória do time do centro, a equipe azul e branca derrotou o Atlético Operário em duas oportunidades, por 3 a 1 e 6 a 1, conquistando assim o seu primeiro título da LARM (Liga Atlética da Região Mineira. O esquadrão campeão era formado por: Mário; Colombi, Vante, Muricy e Zoile; Ary, Carlitos e Eraldo; Detefon, Aníbal e Bigode.

                          Em 1949, repetindo a mesma base, tornou-se novamente campeão, derrotando de novo o Atlético Operário. O tricampeonato foi conseguido em 1951. Com uma campanha invejável, o Comerciário venceu 20 partidas das 28 disputadas, empatou 4 e perdeu 4. Em 1955, o clube inaugurava o Estádio Heriberto Hülse. Apesar de ter perdido para o Imbituba Esporte Clube por 1 a 0, na inauguração, a vinda do estádio deu novo ânimo ao time, que em 1957 e 1958 voltaria a ser campeão da LARM.

PRIMEIRO TÍTULO ESTADUAL E A CRISE FINANCEIRA

                           A principal façanha do time do centro foi a conquista do primeiro título estadual, que aconteceu no ano de 1968. Naquele tempo, estava despontando para o futebol nacional o ponteiro direito Valdomiro Vaz Franco, que depois foi um dos grandes ídolos do Sport Club Internacional de Porto Alegre. O título foi ganho em uma partida extra, contra o Caxias de Joinville, no Estádio Adolfo Konder, em Florianópolis. O time campeão era este: Batista; Alemão, Lili, Conti e Toco; Bita, Ivanzinho e Sado; Valdomiro, Chiquinho e Bossinha. O Caxias foi derrotado por 2 a 0 e a vitória ratificou o título dos Comercialinos.

                            Em 1970, atingido por uma séria crise financeira, o Comerciário Esporte Clube foi obrigado a encerrar as atividades no departamento de futebol profissional, só retornando a disputar o Campeonato Catarinense em 1977.

NOVA ERA: SURGE O CRICIUMA ESPORTE CLUBE

                            No ano de 1977, o Comerciário resolveu voltar as atividades profissionais. Sob a tutela de Osvaldo Patrício de Souza, o clube queria recriar o passado de glória que o futebol havia vivido na cidade. Mesmo contando com um bom apoio financeiro, o Comerciário não conseguia reagir naquele primeiro ano de retorno. Em virtude de uma briga com a federação em função de confusões que aconteceram no primeiro jogo do campeonato estadual daquele ano, em que o Comerciário perdeu para o Avaí por 2 a 1, o clube acabou perdendo o mando de campo em dois jogos decisivos que definiram a classificação para a fase final. Assim, o Comerciário acabou perdendo a vaga e foi obrigado a disputar uma deficitária repescagem.

                            Havia, no entanto, um outro grande problema que o clube tinha que enfrentar e não vinha obtendo resultados: a falta de torcida. O fantasma do Esporte Clube Metropol ainda habitava a cabeça dos criciumenses. Conhecido como o “time dos mineiros”, o Metropol foi diversas vezes campeão estadual, excursionou pela Europa e representou por cinco vezes o estado na Taça Brasil sendo que, em uma delas, chegou às finais. Com tudo isso, a comparação era inevitável, e o Comerciário sempre saia perdendo.

                            Foi então, que surgiu a ideia de se trocar o nome para Criciúma Esporte Clube, no intuito de trazer para o estádio os torcedores dos extintos Ouro Preto, Atlético Operário, Próspera, Boa Vista e até o Metropol. Assim, em 2 de abril de 1978, o clube passava a se chamar Criciúma Esporte Clube.

O PRIMEIRO GRANDE TIME

                            O time de 1982 foi o melhor que a cidade já teve. O meio campo contava com: Edgar, Paulinho Criciúma e Luiz Freire. No ataque: Anchieta e Vargas e, mais tarde, viria Paulinho Cascavel. Este time deu a primeira glória ao Criciúma ao vencer o Flamengo por 4 a 2, logo após o mesmo ter sido campeão do mundo. Os gols foram marcados por Luiz Freire, Vargas (2) e Naldo para o Criciúma; Lico e Zico para o Flamengo.

                            A equipe que venceu o Flamengo era treinada por Lori Sandri. O jogo foi no dia 25 de fevereiro de 1982 e o time do Criciúma jogou com: Zé Carlos, Assis, Larry, Eduardo e Alvaro; Edmar, Paulinho Criciúma e Luis Freire; Mica, Vargas e Anchieta. No 2º tempo, entraram: Naldo, Serrano e Dagoberto. Foi a primeira derrota do Flamengo após o título Mundial. O Flamengo jogou com: Cantarelli, Leandro, Figueiredo, Marinho (Moser) e Júnior; Andrade (Vítor), Adílio, Zico e Lico; Tita (Popéia) e Nunes. O técnico era Carpegiani. O estádio ficou completamente lotado.

                             No dia 11 de dezembro de 1982, o Criciúma viria a perder o campeonato estadual para o Joinville ao empatar, em casa, em 1 a 1, Sendo que em 1981, já havia perdido a primeira decisão no estádio Ernesto Schillen Sobrinho. A torcida, revoltada com o resultado, invadiu o campo, transformando o estádio Heriberto Hülse numa praça de guerra. Houve confronto entre polícia e torcedores. A polícia militar de Florianópolis estava em peso e usou bombas de gás lacrimogêneo, além de soltar cães policiais treinados contra a turba. Muita gente foi parar no hospital e o episódio repercutiu nacionalmente.

AS NOVAS CORES DO ESCUDO E A BANDEIRA

                             Mesmo depois da troca de nome o Criciúma ainda não conseguia se firmar como unanimidade na cidade, pelo simples fato de ainda conservar as cores do Comerciário. Começou, então, um movimento para a troca das cores do clube. Muita polêmica foi gerada. Alguns opinavam por uma mistura das cores de todas as equipes que a cidade já teve. Outros queriam que fossem oficializadas as cores da bandeira da cidade.

                             Após muitas reuniões, decidiu-se pelo amarelopreto e branco. O amarelo demonstrando a riqueza da região; o preto, o carvão; e o branco, por ser uma cor presente em todos os demais clubes que existiram.

                             O dia escolhido para a estreia das novas cores foi 13 de maio de 1984, data em que o Criciúma completaria 37 anos. O jogo valia pelo Campeonato Estadual e o adversário era o Joinville, que saiu ganhando por 2 a 0. Tudo parecia perdido até que o árbitro Dalmo Bozzano marcou um pênalti em favor do Criciúma. Zé Carlos Paulista (ex-Joinville) bateu e diminuiu. Quase no final Galvão (também ex-Joinville) avançou pela lateral, invadiu a área e bateu forte empatando o jogo. A torcida foi a loucura, pois Galvão demonstrou muita raça na jogada e por ele ter feito contra o segundo gol do Joinville. Aquele empate, teve sabor de vitória.

CRICIUMA – UM DOS PRINCIPAIS CENTROS FUTEBOLISTICOS DO ESTADO

                               Pela sua tradição no futebol, e pelo passado de glórias do Metropol, Criciúma não podia mais viver aquela sina de time perdedor. O primeiro título da história do Criciúma viria com a conquista da Taça Governador do Estado. Depois de vencer o Joinville, em Criciúma por 2 a 0, o Tigre só precisava do empate no jogo da volta na casa do adversário e foi o que aconteceu. A partida terminou 0 a 0 e Criciúma viveu um dia de festa.

                               Pouco mais de um mês depois, o Criciúma ganharia mais uma taça, equivalente ao segundo turno do campeonato estadual. Desta vez a situação era inversa, quem precisava do empate era o Joinville que jogava fora de casa.

                               O jogo começou emocionante com o Criciúma fazendo 1 a 0 logo no primeiro minuto, através de Rached. No começo do segundo tempo, Nardela empatou e fez voltar a lembrar dos títulos que, o Joinville conquistou dentro de Criciúma. Mas, aos 9 minutos, Guinga marcou o gol que daria a vitória necessária ao Criciúma. Com este resultado, o Tigre ganhava mais um turno e levava um ponto extra para o hexagonal final do campeonato.

DÉCADA DE 90 – A MAIOR GLÓRIA DO CRICIÚMA ESPORTE CLUBE

                               Em 1987, o Criciúma consegue a oitava colocação no módulo amarelo da Copa União, reconhecido pela CBF como o Campeonato Brasileiro de Futebol daquele ano. Em 1989, o time volta a ser campeão estadual, conquistando também em 1990 e em 1991 com o tri-campeonato estadual.

                               Ainda em 1991, o clube conseguiu o principal título da história do futebol catarinense em todos os tempos, a Copa do Brasil, contra o Grêmio. Na primeira partida, em Porto Alegre, aconteceu um empate em 1 a 1, com o gol do Tigre sendo assinalado em uma cabeçada do zagueiro Vilmar. Na partida de volta, no Heriberto Hülse, ocorreu outro empate, só que desta vez em 0 a 0. A vantagem do gol fora de casa deu ao Tigre o tão sonhado campeonato e a vaga para disputar a Libertadores da América em 1992 . O grupo base tinha: Alexandre; Sarandi (Jairo Santos), Vilmar, Altair (Wilsão) e Itá;Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo; Zé Roberto (Vanderlei), Soares e Jairo Lenzi. Técnico: Felipão.

CAMPANHA NA LIBERTADORES DE 1992

                               Com o título da Copa do Brasil, o Criciúma assegurou vaga na Libertadores da América de 1992, sendo o primeiro time catarinense a participar de uma competição desse porte internacional. Terminou a Fase de Grupos com a melhor campanha e avançou até as quartas-de-final, então sendo eliminado pelo São Paulo, de Telê Santana, que acabou campeão da competição e do Mundial de Clubes do mesmo ano.

ESTÁDIO

                               O Estádio Heriberto Hülse, um dos principais do estado de Santa Catarina, já abrigou competições de nível internacional como a Copa Libertadores da América, época na qual foi completamente adaptado para competição, destaque entre os principais estádios do estado, é o único completamente coberto.

                               O proprietário do estádio é o Criciúma Esporte Clube, que até 1978 era conhecido como Comerciário Esporte Clube, ano que veio através de assembleia dos conselheiros do Comerciário Esporte Clube aprovar a mudança de nome.

                               O estádio atualmente tem capacidade para 19.300 torcedores, pois a capacidade foi adequada para cumprir as normas do Estatuto do Torcedor.

                               O nome do estádio é uma homenagem ao ex-governador do estado de Santa CatarinaHeriberto Hülse, por ser uma figura política que representou o Sul Catarinense, onde se situa a cidade de Criciúma e por vez o Majestoso.

Em 2023 conquistou o direito de retornar a eleite do futebol brasileiro, onde passou a disputar a Série A em 2024.

MASCOTE

                               Após a mudança do nome para Criciúma EC em 1978 e posteriormente a alteração das cores para amarelo, preto e branco em 1984, em um churrasco de confraternização de torcedores do Criciúma, o senhor Mário Machado, que na época era dentista do clube e Nelson Dal Toé, chefe da primeira torcida organizada do Criciúma, a “Garra Tricolor”, lideraram a discussão em torno de um novo mascote para representar o time. E, associando as novas cores do clube com algo que pudesse lhe representar, chegaram à figura do Tigre, que possui as cores que tanto representa nosso Criciúma, e dali nasceu o novo mascote, que teve o seu primeiro desenho feito por Sérgio “Brody”.

HINO

Letra e Música: Carlos Ernesto R. Lacombe

Lembrando os heróis do passado
Que escreveram seus nomes na história
Ó, Tricolor Predestinado!
A um presente e futuro de glórias
Salve o Criciúma!
No esporte nacional
Salve o Criciúma!
De patrimônio imortal
Na hora da decisão
Numa só voz, grita feliz o meu povão:
Criciúma! Criciúma!
Nosso Clube de amor
Alma, garra e coração!
Criciúma! Criciúma!
Nosso Clube de amor
Alma, garra e coração!
Vibrando estaremos contigo
Desfraldando o teu pavilhão
Onde estiver o mais querido
Dos campeões, o nosso campeão!

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