SILAS: fez parte dos Menudos do Morumbi

                Paulo Silas do Prado Pereira nasceu dia 27 de agosto de 1965, na cidade de Campinas – SP. Durante sua carreira de jogador profissional de 1985 a 2004 ele jogou no Brasil, Portugal, Uruguai, Argentina, Japão e Itália. Com a seleção de base do Brasil ganhou o prêmio Bola de Ouro da Adidas no Mundial sub-20, e com a equipe principal jogou 38 partidas e participou das Copas do Mundo de 1986 e 1990. Após encerrar sua carreira como jogador, fixou residência em Campinas e virou empresário trabalhando com franquia de pastéis, além de ter participado de um projeto que auxilia “Atletas de Cristo”. Depois disso optou por atuar como treinador de futebol.

SÃO PAULO F.C.

                 Silas iniciou sua carreira no início da década de 1980, jogando nas categorias de base do São Paulo. Em 1985 por intermédio do então técnico do tricolor Cilinho, inicia a sua carreira profissional e já neste ano sagra-se Campeão Paulista . O time era formado por; Gilmar, Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereira e Nelsinho; Falcão, Márcio Araujo e Silas; Muller, Careca e Sidney. Nesta época, devido ao grande sucesso do grupo portoriquenho Menudo aqui no Brasil, o time de garotos sensação do São Paulo ficou conhecido como “Menudos do Morumbi”. Esse time era formado, entre outros por Silas, Muller e Sidney. Ainda no ano de 1985, sagrou-se campeão da Copa do Mundo Sub-20 na União Soviética pela Seleção Brasileira, aonde foi escolhido o melhor jogador da competição.

                Já a sua carreira na Seleção principal iniciou no dia 16 de março de 1986, num amistoso contra a Hungria na cidade de Budapeste.  Foi convocado para a Copa do Mundo de 1986, na qual a Seleção Brasileira chegou até às quartas de final. Em 1987 foi convocado por Carlos Alberto Silva para a Seleção que disputaria a Copa América, Silas atuou somente no jogo contra a Venezuela. No ano de 1988, Silas deixa o Brasil rumo ao futebol europeu. É contratado pelo Sporting de Portugal juntamente com outras estrelas e o treinador uruguaio Pedro Rocha.

               Para a Copa América de 1989 novamente surge a convocação, desta vez pelo técnico Sebastião Lazaroni. O Brasil conquista o seu quarto título na competição contando com quatro atuações de Silas. No dia 20 de agosto de 1989 num jogo válido pela eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990, Silas marcou o seu primeiro e único gol pela Seleção, foi o terceiro do Brasil na vitória de seis a zero sobre a Venezuela, aos 37 minutos do primeiro tempo. Com a regularidade das boas atuações pela Seleção e a confiança do técnico, Silas é convocado para a sua segunda Copa do Mundo, disputada na Itália em 1990. No mundial, o Brasil é eliminado nas oitavas de final pela Argentina e Silas atuou em dois jogos, contra a Costa Rica e Argentina.

               Ainda no ano de 1990, deixa o Sporting rumo ao Uruguai para atuar no Central Español time em que, em uma passagem rápida, marcou três gols em dois jogos. Logo após isso, rumou para a Itália para atuar no Cesena, aonde não conseguiu evitar o rebaixamento da equipe no campeonato. Na temporada seguinte transferiu-se para a Sampdoria, ajudando a equipe a ficar em sexto lugar na Liga Italiana. No final da mesma temporada, volta ao Brasil para ser Campeão Gaúcho e da Copa do Brasil pelo Internacional. Antes de alçar novos desafios, Silas ainda foi Campeão Carioca em 1994 atuando pelo Vasco da Gama ao lado de craques como Dener e Jardel.

               Em abril de 1995, foi para a Argentina aonde, com 24 gols marcados em 95 jogos, tornou-se ídolo do San Lorenzo vencendo o Campeonato Argentino daquele ano. É até hoje considerado o melhor camisa 10 que passou pelo clube na década de 1990. Em 1997, volta ao São Paulo F.C. para atuar pouco, mas mesmo assim vencer o Campeonato Paulista de 1998. Logo após, volta ao Japão para jogar pelo Kyoto Sanga durante duas temporadas. No ano 2000, volta ao Brasil para ser Campeão Paranaense pelo Atlético Paranaense, título este o seu último conquistado. A partir disso, passou por clubes menos expressivos até encerrar sua gloriosa carreira na Inter de Limeira em 2004.

TÉCNICO

               Como treinador, Silas iniciou seu aprendizado sendo auxiliar de seu amigo pessoal Zetti no Paraná, Atlético Mineiro e Fortaleza. No tricolor cearense no ano de 2007, Silas foi admitido como treinador principal quando Zetti foi demitido. Já em meados de 2008, foi contratado pelo Avaí para a continuação do Campeonato Catarinense e para o Brasileiro da Série B daquele ano.

               Silas chegou ao Avaí em 15 de março de 2008 e se consagrou na história do Clube, ao ser um dos destaques na campanha do acesso à primeira divisão do campeonato brasileiro de futebol. Devido a boa campanha do time, o Avaí se classificou para disputar a série A de 2009 com três rodadas de antecedência. Silas ainda foi eleito o melhor técnico do campeonato, na seleção final feita por jornalistas de todo o Brasil, desbancando o até então favorito Mano Menezes. Em 2008, Silas foi agraciado com o Troféu Gustavo Kuerten, eleito o melhor técnico do ano no estado de Santa Catarina. No dia 26 de setembro de 2009 é anunciado o final do ciclo vitorioso do técnico Silas no Avaí.

             As partes não chegaram num acordo e decidiram não renovar o contrato para o próximo ano. Como o contrato, ainda vigente, finaliza somente no último dia do ano, Silas ainda comanda o time nos dois últimos jogos do Campeonato Brasileiro. Ele agradeceu aos adeptos, afirmando que “o amor da torcida pagou sua vinda para Florianópolis”. Após o adeus de Silas, o Avaí resolve criar mais uma homenagem ao ex-técnico. Seguindo a linha “Heróis Avaianos” criada pelo clube em homenagem às pessoas que marcaram na história do time, lança a miniatura do treinador consagrando-o como um grande ícone nessa história.

               Silas foi anunciado oficialmente como treinador do Grêmio em 6 de dezembro de 2009. A declaração de Silas, dada antes do jogo entre Avaí e Grêmio (seu novo clube), válido pela Copa do Brasil de 2010, dizendo que o “amor” pelo atual clube já era maior do que o que sentia pelo antigo time gerou uma repercussão enorme em Florianópolis o que deixou a torcida azurra enfurecida. Antes do jogo de entre Grêmio e Avaí, realizado na Ressacada, em Florianópolis, Silas foi xingado por um torcedor, no hotel da concentração do Grêmio.

              Momentos antes e durante a partida, o treinador foi fortemente hostilizado e vaiado pela torcida do Avaí, inclusive com a colocação de uma faixa nas arquibancadas com a inscrição “traíra”, o que provocou reação do treinador em entrevista posterior à partida. Ele declarou que “não gostaria de voltar a trabalhar no Avaí depois da recepção que teve”, apesar de que seu sentimento pelo clube não tenha mudado; o técnico considerou a reação da torcida foi uma “palhaçada muito grande” e sugeriu que a ela teria sido influenciada por uma jornalista local; ao final, descreveu-se como “humilhado”.

               Silas chegou ao Grêmio com a imagem de um técnico em ascensão, mas nunca conseguiu montar um time realmente competitivo. Conquistou o Campeonato Gaúcho em 2010, numa disputa que ficou caracterizada pelo confronto com times fracos e pouco organizados. Quando o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil começaram, o Grêmio passou a ter como adversários times bem mais fortes. Nesse momento, ficou claro que, mesmo com bons jogadores, o técnico Silas não conseguia repetir no Grêmio sua atuação no Avaí. As derrotas se multiplicaram e uma crise se instalou no Olímpico. Ainda assim, a diretoria decidiu manter Silas no comando do Grêmio apesar da desclassificação na Copa do Brasil e a ida do time para a zona do rebaixamento na tabela do campeonato brasileiro.

              No dia 8 de agosto de 2010, com pressão da torcida, Silas foi demitido do Grêmio juntamente com o diretor de futebol Luiz Onofre Meira, depois da derrota por 2 a 1 em casa para o Fluminense. Silas vinha de uma série de oito jogos oficiais sem vitórias. No dia 29 de agosto de 2010, Silas foi contratado pelo Flamengo. Após um pouco mais de um mês no comando do time rubro-negro, Silas foi demitido no dia 4 de outubro por não ter um bom aproveitamento, venceu apenas uma partida em dez jogos a frente do Flamengo.

              No dia 15 de fevereiro de 2011, anunciou sua volta ao Avaí, onde teve seu melhor desempenho como treinador. Contrariando o que havia dito enquanto era treinador do Grêmio, após confusões, que jamais voltaria a treinar o Avaí. Sua reestreia pelo time foi no dia 23 de fevereiro de 2011, num jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil. O Avaí saiu vitorioso por 3 a 0 sobre o Vilhena fora de casa, e eliminou o jogo de volta que seria na Ressacada. No dia seguinte a bela vitória do Avaí por 2 a 0 sobre o seu maior rival o Figueirense pela semifinal do returno do estadual fora de casa, Silas recebe uma proposta do San Lorenzo da Argentina para treinar o clube aonde ele já havia atuado como jogador. Segundo o treinador, a proposta realmente aconteceu mas ele não aceitou. Na segunda proposta recebida, Silas cedeu. Seguiu para o Catar para treinar o Al-Arabi. Depois voltou ao Brasil, onde trabalha até os dias de hoje.

Em pé: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco    –   Agachados: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo
Em pé: Wagner, Zé Carlos, Bernardo, Dario Pereira, Daniel e Zé Teodoro    –   Agachados: Muller, Silas, Careca, Pita e Sidney
Em pé: Ricardo Rocha, Taffarel, Mauro Galvão, Jorginho, Ricardo Gomes e Branco    –   Agachados: Bebeto, Careca, Silas, Valdo e Dunga

Os Menudos – Muller, Silas, Pita, Sidney e Careca, recebendo orientação tática do treinador Cilinho
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