ALDAIR: campeão mundial com nossa seleção em 1994

                  Aldair Nascimento Santos nasceu dia 30 de novembro de 1965, na acidade Ilhéu (BA). Se transformou em um símbolo de garra e técnica fora do comum no Flamengo, onde começou sua carreira em 1985, nas divisões de base do clube, e veio se firmar no um ano depois, em 1986, quando Leandro e Mozer ainda eram parte da zaga rubro-negra.

                 Aldair chegou a fazer testes no Vasco da Gama, pelo qual seu pai era torcedor fanático, mas, decepcionado com o tratamento que recebera, abandonou o clube. Para evitar desavenças, disse que fora dispensado. Nas peladas que disputava, chamou a atenção de Juarez dos Santos, ex-jogador do Flamengo, que o levou ao Rubro-Negro em 1982.

FLAMENGO

                 Em 1985, aos 19 anos, iniciou sua carreira profissional, tendo a oportunidade de jogar ao lado de ídolos rubro-negros como ZicoAndrade e Leandro.

                 Em quatro anos na Gávea, o zagueiro atuou em mais de 180 partidas e conquistou 6 títulos. Com um futebol técnico e de muita pegada, ele ganhava respeito dos adversários e admiração dos fãs.

                Aldair atuou no Flamengo de 1985 ate 1989, com um total de 185 partidas com a camisa Rubro-Negra, fazendo 11 gols. Conquistou 6 títulos. O Campeonato Carioca: 1986, Taça Guanabara: 1988, 1989, Taça Rio: 1985, 1986, Campeonato Brasileiro: 1987

EUROPA

                Aldair saiu do Flamengo em 1989, para ir para o Benfica, de Portugal em 1989, como substituto de Mozer, que tinha saído para atuar no Marseille, da França, onde formou dupla de zaga com Ricardo Gomes, e na decisão da Taça dos Campeões, contra o Milan, que venceu por 1 a 0 (gol de Frank Rijkaard). Neste jogo, Aldair quase marcou um belo gol depois de roubar a bola de Marco van Basten, deixar Ruud Gullit para trás e com liberdade para finalizar, mas foi neutralizado pela zaga milanista.

                Depois de um ano de sucesso, que acabou no vice campeonato da UEFA Champions League na terra lusitana, o zagueiro foi para a Roma, onde fez história e atuou por treze anos consecutivos.

               Sua contratação foi a última na gestão do presidente Dino Viola. Durante a passagem de Aldair (que ganhou o apelido de “Pluto”, por sua semelhança com o personagem) pela equipe da capital italiana, conquistou 3 títulos, sendo o mais importante deles o Campeonato Italiano de 2000-01.

              Ao deixar a Roma em 2003, com 415 partidas e 20 gols marcados, o zagueiro teve a camisa que usava a número 6  aposentada. Mas o clube voltou a utilizá-la em 2013, quando, a pedido do próprio Aldair, repassou-a ao recém-contratado holandês Kevin Strootman.

              Em 2004, aos 39 anos de idade, Aldair chegou a encerrar sua carreira no Genoa, onde atuou em apenas 17 jogos, marcando um gol. Entretanto, repensou a aposentadoria no ano seguinte, atendendo um pedido de sua esposa, para jogar no Rio Branco, tendo atuado em 2 jogos.

              Três anos depois, aos 41 anos, foi persuadido pelo amigo Massimo Agostini a atuar pelo Murata, principal clube de San Marino, participando de jogos da fase preliminar da Liga dos Campeões da UEFA em 2007 e 2008. Encerrou definitivamente sua carreira em 2010.

SELEÇÃO BRASILEIRA

              Sua técnica e garra o fizeram participar de 3 Copas do Mundo pela Seleção Brasileira, sendo campeão de uma delas, em 1994, e também a conquistar outros títulos, como a Copa América.

              A história de Aldair com a Seleção Brasileira teve início em março de 1989, num amistoso contra o Equador. Convocado por Sebastião Lazaroni para a Copa América, atuou em 5 partidas na competição, disputada em território brasileiro.

              Em 1990, na Copa da Itália, Aldair não participou de nenhum jogo, fato que o deixou bastante inconformado com Lazaroni, que deixou o comando da Seleção logo após o torneio. Quatro anos mais tarde, nos Estados Unidos, após as contusões de Ricardo GomesRicardo Rocha, Aldair e Márcio Santos formaram a dupla de zaga tetracampeã mundial. Aldair também participou das Olimpíadas de Atlanta, como um dos 3 atletas com mais de 23 anos de idade (os outros foram Rivaldo e Bebeto), quando o Brasil decepcionou e conseguiu apenas a medalha de bronze.

               Na Copa de 1998, em vez de Márcio Santos, que foi cortado em virtude de uma lesão, teve Júnior Baiano como novo companheiro de zaga. Porém, não repetiu as atuações da Copa anterior e chegou a encerrar a carreira internacional.  Porém, Aldair voltou a vestir a camisa da Seleção Brasileira em junho do ano seguinte, já com Wanderley Luxemburgo no comando. O último jogo do zagueiro foi contra o Uruguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2002. Criticado por falhar no gol de Dario Silva, Aldair decidiu encerrar de vez uma trajetória de 11 anos pela Seleção Brasileira, com 81 partidas disputadas e 3 gols marcados.

CARREIRA ENCERRADA

                Em 2012, defendeu a seleção da Itália de Futevôlei, que terminou na 4ª colocação do II Mundial de Futevôlei 4 por 4, e foi campeão da 4ª etapa Liga Nacional de Futevôlei, defendendo as cores do Flamengo

               Aldair fugia dos estereótipos para um zagueiro. Não precisava ser muito alto, nem muito forte, e muito menos truculento. Afinal, poucos zagueiros de seu tempo tinham tanta técnica.

                O defensor preciso nos desarmes também possuía qualidades na saída de bola. E mantinha a consistência graças à calma acima do comum, mesmo diante dos melhores atacantes do mundo. Em nove anos de Seleção, Aldair atravessou os seus momentos de crítica, sobretudo no fim dos anos 1990. Ainda assim, disputou três Copas do Mundo, somando 80 partidas.

Em pé: Taffarel; Célio Silva; Cafu; Mauro Silva; Aldair e Roberto Carlos   –    Agachados: Romário; Dunga; Leonardo; Denílson e Ronaldo
Em pé: Junior Baiano, Taffarel, César Sampaio, Aldair, Cafu e Rivaldo    –   Agachados: Roberto Carlos, Ronaldo, Denílson, Romário e Dunga
Em pé: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco   –    Agachados: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo
Em pé: Taffarel, César Sampaio, Rivaldo, Aldair, Júnior Baiano e Cafú    –    Agachados: Ronaldo, Roberto Carlos, Leonardo, Bebeto e Dunga
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