KAKA: eleito o melhor do mundo em 2007

                       Ricardo Izecson dos Santos Leite nasceu dia 22 de abril de 1982, na cidade de Gama, Distrito Federal. Foi criado em São Paulo, na capital paulista, teve uma infância privilegiada pela boa condição de seus pais, mas isso não impediu que passasse por um momento difícil: aos dezoito anos, enquanto se divertia em uma piscina, sofreu uma fratura na espinha dorsal, que quase o deixou paralisado, e foi ajudado pelo seu médico particular.

SÃO PAULO F.C.

                       Ainda conhecido como Cacá, após se recuperar do acidente na espinha dorsal, Kaká, que ficou sem jogar pelo time de juniores durante dois meses, estreou como profissional em 1º de fevereiro de 2001, entrando no decorrer da partida, que terminou em 1×1, contra o Botafogo disputado no Estádio do Morumbi.

                       Marcou o seu primeiro gol como jogador profissional logo no seu segundo jogo com a camisa do São Paulo, na vitória por 4 a 2 contra o Santos, quebrando uma invencibilidade do rival. Kaká entrou no segundo tempo com o jogo empatado por 1 a 1. O São Paulo estava com um jogador a menos em campo, após a expulsão do jogador Fabiano e conseguiu marcar o gol da virada, colocando o São Paulo em vantagem no placar.

                       Kaká foi considerado o principal responsável pela vitória naquele clássico e após o jogo, a imprensa começou a compará-lo com o ex-jogador Raí, ídolo no São Paulo. Após disputar sua terceira partida, Kaká começou a ser um ídolo para a maioria dos são-paulinos, que pediam a sua titularidade na equipe.

                       No dia 7 de março, no segundo jogo contra o Botafogo pela final do Torneio Rio-São Paulo de 2001, Kaká entrou aos 14 minutos do segundo tempo, com o São Paulo perdendo por 1 a 0 para o time carioca. O jovem meia fez dois gols em dois minutos, aos 35 e 37 do segundo tempo, fato que deu a vitória de virada sobre o clube carioca. O São Paulo foi o campeão do torneio, conseguindo um dos últimos títulos oficiais que ainda não havia conquistado. Logo, passa a assinar seu apelido com a letra K no lugar do C  e torna-se definitivamente o novo ídolo da torcida tricolor, surgindo comparações a Raí, que jogava na mesma posição do meio de campo e que, como o novo talento, desfrutava de grande carisma e assédio do público feminino, em especial, pela imagem de galã e de bom moço.

                        Em dez meses, tão querido quanto Rogério Ceni e França, Kaká cumpre sete dos dez objetivos que havia traçado no final do ano anterior para a sua carreira: desde voltar a jogar futebol, após um acidente que quase o deixou paraplégico, a manter-se entre os titulares do São Paulo após jogar o Mundial Sub-20 pela Seleção Brasileira. Apesar de alternar atuações boas e outras discretas, é um dos líderes do São Paulo no Campeonato Brasileiro de 2001. Deixa o torneio sobre uma maca, após violenta falta cometida por Cocito, na eliminação frente ao futuro campeão Atlético Paranaense.

                         No mês de novembro de 2001, Kaká foi convocado pela primeira vez para disputar os amistosos no início de 2002, pelo técnico da Seleção Brasileira Felipão, que havia anunciado que convocaria uma seleção só com jogadores que atuavam no Brasil para testar alguns que estavam muito bem em seus clubes. Antes de completar um ano de carreira como profissional, Kaká estreou com a camisa da seleção brasileira no dia 31 de janeiro de 2002, no amistoso contra a Bolívia (completando o seu oitavo e nono objetivo; ser convocado pela seleção e jogar por ela).

                          Suas atuações nos amistosos e no Tricolor fizeram o jogador ser eleito pelo torcedor brasileiro como um dos que seriam titulares absoluto na “Seleção do Povo”, em uma pesquisa realizada em maio no site oficial da Placar. Foi convocado para a Copa do Mundo de 2002, onde fez parte do time misto que jogou já classificado contra a Costa Rica, na primeira fase, sendo considerado como azarão. Nos minutos finais no jogo da final da Copa, Felipão colocou Kaká para entrar em campo, porém, quando estava esperando a autorização do árbitro para a substituição o mesmo acabou apitando o encerramento da partida.

                          Antes de Copa, embora ainda magro, sem tanta velocidade nem noção de posicionamento e até com dificuldade para escapar de marcação individual, é elogiado por Carlos Alberto Parreira como “um daqueles jogadores que aparecem a cada vinte, trinta anos, como Zico. A experiência na Copa e ter saído dela como campeão, embora jogando apenas cerca de vinte minutos, fez bem ao novato: foi um dos líderes da boa campanha são paulina no Brasileirão que se seguiu, em que o time terminou a primeira fase do campeonato disparado na liderança, com ele mais maduro e se responsabilizando em armar as jogadas.

                             Nas oitavas de final, não teve uma boa atuação no segundo jogo contra o Santos, que, vindo da oitava colocação, venceu os dois clássicos, eliminando o Tricolor. Porém, o seu desempenho no torneio, em que marcou nove vezes e distribuiu várias assistências para Reinaldo e Luís Fabiano, lhe renderia a Bola de Prata como o melhor ‘meia’ do campeonato e também a Bola de Ouro da Placar como o ‘melhor jogador da competição’.

                             Ao conquistar a Bola de Ouro, a edição de número 1.252 publicada em dezembro de 2002 da revista Placar, destacou que Kaká conseguiu quebrar um tabu que durava desde 1997, onde todos os vencedores da Bola de Ouro pertenciam ao time campeão. Classificou o fato como “um feito e tanto”, pela liderança de ‘ponta a ponta’ na disputa pelo prêmio. mesmo com vários jogos a menos do que seus principais concorrentes. A revista destacou também que Kaká só não foi o jogador mais jovem a receber o prêmio por causa de Amoroso que também tinha os mesmos 20 anos de idade, porém, era dois meses mais novo do que Kaká.

                             A eliminação precoce lhe renderia os primeiros atritos com a torcida. A fama de “amarelão” aumenta com outro título perdido a seguir, o Paulistão de 2003, em que ele, com um estiramento na coxa, não joga a final contra o Corinthians. Mesmo sem atuar, é apontado como culpado pelos torcedores pelos resultados ruins da equipe, bem como na eliminação na Copa do Brasil, pelo Goiás. Kaká chegou a disputar o Campeonato Brasileiro de 2003, quando finalmente recebe convite para transferir-se para um grande clube europeu da Itália ou Espanha, a última meta que ele havia traçado dois anos antes.

MILAN

                             Em 2003, embora houvesse uma proposta de 12 milhões de euros do Chelsea, Kaká preferiu o ambiente do recém campeão europeu do Milan (que contava com os brasileiros DidaCafuRoque JúniorSerginhoRivaldo além do cartola Leonardo, um dos responsáveis pela sua contratação e seu ex-colega de São Paulo, em 2001), numa transação inicialmente programada apenas para o verão seguinte, e apressada justamente pelo interesse do clube inglês.

                             O acerto da transferência de Kaká para o clube de Milão foi fechado por 8,5 milhões de euros. Devido ao que vinha tendo no São Paulo, este valor foi considerado muito baixo pelos torcedores do tricolor e jornalistas esportivos, além de ter sido ridicularizado pelo presidente do MilanSilvio Berlusconi, que, com seu característico bom-humor, batizou a contratação de Kaká como “preço de banana“.

                             Chegou para ser reserva, mas, surpreendendo a todos, desbancou o português Rui Costa (e também o brasileiro Rivaldo) ainda no primeiro turno e transformou-se no principal astro da equipe, ao lado de Andriy Shevchenko. Em dois meses sua camisa já estava entre as mais vendidas do clube,] tornando-se ídolo logo no início do campeonato, ao dar passe de 30 metros para Shevchenko marcar o gol da vitória contra o Ancona, logo em sua estreia pela Serie A e, na quinta rodada, ao marcar um dos gols da vitória por 3 x 1 sobre a rival Internazionale, em partida em que peitou o argentino Kily González. “Eu precisava me impor naquele momento. Não por maldade, mas para mostrar que estava ali de fato, que vim para ficar, que não era só um garoto”, declarou.

                              Eleito o melhor da partida em diversos jornais, tornou-se o primeiro jogador latino-americano a fazer parte de campanha mundial da Adidas, da qual também entrou no grupo dos cinco atletas mais importantes, desbancando Oliver Kahn. Foi eleito pelo Guerin Sportivo também o melhor jogador da campanha que levou o Milan novamente ao título italiano depois de cinco anos, marcando dez gols em seus trinta jogos no campeonato. Na Itália, foi tornando-se um jogador completo: aprendeu a marcar, desmarcar-se e adquiriu impressionante velocidade, conseguindo inclusive terminar ainda em aceleração piques de 100 metros nos treinamentos, além de aflorar seu lado goleador.

                             As decepções ficaram na Liga dos Campeões: defendendo o título, o Milan venceu a partida de ida contra o La Coruña, no San Siro, por 4 x 1, com Kaká marcando duas vezes. Na partida de volta, na Espanha, os galegos conseguiram espantosamente reverter o resultado e vencer por 4 x 0, eliminando os rossoneri nas quartas-de-final; e quanto ao sonho de participar das Olimpíadas de 2004, mas a Seleção foi eliminada ainda no torneio pré-olímpico, do qual ele não foi liberado pelo Milan para participar.

                              Na temporada seguinte, a de 2004-05, com Kaká já intocável, mas sendo melhor conhecido entre os adversários da Serie A, o time não teve o mesmo desempenho. Em determinado momento do campeonato, com o título cada vez mais próximo da Juventus, o Milan abriu mão da competição, escalando reservas para priorizar a Liga dos Campeões. A equipe chegou à final, eliminando no caminho a rival Internazionale. Na decisão, favorita, abriu 3 a 0 no primeiro tempo sobre o oponente, os ingleses do Liverpool. Na segunda etapa, novo revés espantoso, com o clube britânico empatando em seis minutos o placar, no que ficou conhecido como Milagre de Istambul, cidade onde foi realizada a partida. O título foi decido nos pênaltis e, abalados, os milanistas perderam, com Kaká sendo um dos dois únicos do Milan que acertaram as cobranças, junto com o colega dinamarquês Jon Dahl Tomasson. A nova decepção é compensada com o título na Copa das Confederações de 2005 sobre a rival Argentina, em que Kaká fez o segundo gol na vitória por 4 a 1.

                               A estratégia do Milan repete-se na temporada seguinte, com o time ficando na segunda colocação no campeonato italiano, atrás da campeã Juventus, para tentar novo título europeu. Na Liga dos Campeões, entretanto, a equipe é parada nas semifinais pelo Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, com quem foi à Copa do Mundo de 2006 como dois dos componentes do “quadrado mágico”, composto também por Ronaldo e Adriano. Kaká inicia a Copa como protagonista da Seleção, marcando o gol da vitória apertada de 1 a 0 sobre a Croácia na estreia.

                               Entretanto, passou a ter desempenho aquém do primeiro jogo e afundou com o resto do time na eliminação frente à França, em partida em que foi um dos piores em campo. Atribuiu a má atuação a fortes dores no joelho, que fizeram-lhe jogar no sacrifício.

MELHOR DO MUNDO

                               Ainda assim, é bastante assediado pelo Real Madrid após a Copa, tornando-se a estrela máxima do Milan com a saída de Shevchenko, seu melhor amigo no elenco. Na seleção, é a primeira estrela do fiasco na Copa a ser chamada pelo novo técnico, Dunga, que adota como medida pô-las inicialmente na reserva.

                                Logo conquistou a confiança deste, não criando polêmicas e marcando inclusive belíssimo gol de arrancada em sua reestreia, em amistoso contra a Argentina vencido por 3 x 0. A temporada segue com Kaká demonstrando sua melhor fase desde a de sua chegada na Europa, culminando finalmente em título na Liga dos Campeões, vencido em revanche contra o Liverpool. Se não marcou na decisão, foi dele a assistência precisa para o segundo gol de Filippo Inzaghi na decisão. 

                                Foi ainda o artilheiro do torneio, marcando dez gols, quatro cruciais: o da vitória sobre o retrancado Celtic, nas oitavas de final, em que driblou três adversários na corrida e tocou por baixo do goleiro Artur Boruc, fazendo o único gol de uma partida que se arrastava para uma disputa por pênaltis; e três na vitória agregada de 5 x 3 nas semifinais, contra o Manchester United (os dois na derrota por 2 x 3, no jogo de ida, um deles fazendo trombar os adversários Wes Brown e Gabriel Heinze; e um na vitória por 3 x 0 na volta, onde comandou a vitória milanista, chegando a deixar o marcador Nemanja Vidić sentado), vista como muitos como um duelo particular entre os dois maiores candidatos a melhor do mundo: ele e o português Cristiano Ronaldo.

                                 O desempenho decisivo lhe rendeu ao final de 2007, quando já tinha seu irmão Digão alçado ao time principal, os prêmios de melhor do mundo pela FIFA e do Ballon d’Orda France Football. Já vinha sendo considerado por imprensa e torcida o vencedor dos prêmios por antecipação; em jogo contra o Equador pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, comandou a goleada de 5 a 0 no Maracanã e ouviu os gritos de “melhor do mundo!” da plateia carioca, em incomum ovação a um jogador “paulista”. Foi substituído aos 42 minutos da segunda etapa apenas para poder receber toda a atenção a aplausos do público, fazendo até o técnico Dunga curvar-se.

                                 O treinador não escondera seu descontentamento quando Kaká pedira dispensa da Copa América de 2007, mesmo com o jogador explicando com documentos o seu esgotamento físico, na época.  2007-2008 viu Kaká formar no Milan um trio brasileiro denominado Ka-Pa-Ro (uma referência ao trio sueco GreNoLi, que fizera sucesso no clube nos anos 1950), com os reforços de Alexandre Pato e Ronaldo, mas o time não se deu bem no italiano, não se classificando para a Liga dos Campeões de 2008-09.

                                 Na edição de 2007/08 do torneio, o detentor do título foi eliminado logo nas oitavas-de-final pelo Arsenal. A nova temporada iniciou-se com Ronaldinho Gaúcho substituindo o xará Fenômeno (que deixara lesionado o time, no início de 2008) na sigla do trio e com o clube tendo de contentar-se em disputar a Copa da UEFA, com o consolo de jamais ter conquistado o troféu. Nesta competição, todavia, os rossoneri foram eliminados no início do mata-mata

SAÍDA DO MILAN

                                 Em meio à temporada, Kaká esteve envolvido em várias especulações após a tentadora proposta de 105 milhões de euros do Manchester City, “novo-rico” clube da Inglaterra. Embora pressionado pelos próprios dirigentes do Milan e por parte da família, recusou o que seria a mais cara transferência do futebol mundial e permaneceu no Milan, ajudando-o a voltar a classificar-se para a Liga dos Campeões do ano seguinte: na última rodada, em confronto direto contra a Fiorentina, fora de casa, Kaká marcou o primeiro o gol e deu a assistência ao outro na vitória por 2 x 0.

                                Especulações na imprensa que davam como certa sua transferência para o Real Madrid vieram na semana que se seguiu, o que foi confirmado no dia 8 de junho de 2009, em valores estimados em 65 milhões de euros por um contrato de seis anos com o clube madrilenho.

REAL MADRID

                                Sua chegada ao Real Madrid, pouco tempo após a eleição de Florentino Pérez à presidência do clube, marcou uma volta à era galáctica (em que Pérez era o presidente) dos merengues, sensação intensificada com a contratação, dois dias depois, de seu sucessor nos prêmios de melhor do mundo, o português Cristiano Ronaldo.

                                 A primeira temporada, no entanto, acabaria frustrante para as expectativas merengues: apesar dos reforços caros (que incluíam também Raúl AlbiolXabi Alonso e Karim Benzema), o Real não conseguiu nenhum título. No campeonato espanhol, perseguiu o arquirrival Barcelona até a última rodada, com o título ficando com os catalães, cujas vitórias nos dois clássicos mostraram-se decisivas. Na Copa do Rei, os blancos caíram frente a uma equipe da terceira divisão. Na Liga dos Campeões da UEFA, torneio prioritário, inclusive pelo fato de a decisão estar programada para o Santiago Bernabéu, a eliminação veio nas oitavas, para o Lyon.

                                 Além da falta de troféus, Kaká conviveu com críticas ao futebol além do esperado, ainda por cima ofuscado com as boas atuações de Cristiano Ronaldo. Seu rendimento foi prejudicado por pubalgias, que lhe fizeram ficar fora dos gramados duas vezes por mais de um mês. A torcida madridista deu sinais de impaciência, com alguns exaltados afirmando que o brasileiro estaria se poupando para a Copa do Mundo de 2010. Ao ser substituído no jogo em que o time terminaria eliminado pelo Lyon, sofreu vaias e demonstrou irritação pela substituição, com seu assessor de imprensa polemizando ao fazer declarações contra o técnico Manuel Pellegrini no twitter.

                                Após ficar parado durante cerca de sete meses, desde a eliminação brasileira na Copa do Mundo de 2010, em recuperação de uma cirurgia de raspagem na cartilagem do joelho esquerdo, corrigindo um problema no menisco, Kaká voltou aos gramados numa partida contra o Getafe, vencida por 4 a 2 pelos merengues. Voltou a marcar alguns dias depois, na partida contra o Villarreal e mais tarde contra o Real Sociedad. Iniciou seu primeiro jogo como titular após a lesão contra o Almería, num empate por 1 a 1, em janeiro de 2012.

                               Seguiu fazendo uma sequência de boas partidas no princípio do ano de 2012, mostrando que, após mais uma delicada cirurgia, desta vez as coisas pareciam estar dando certo e Kaká estava retomando o bom futebol que o consagrou no Milan. A atuação mais destacada após o retorno aconteceu no dia 27 de março, em partida válida pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA de 2011-12, contra o APOEL, do Chipre, grande zebra da liga que tornou-se o primeiro clube do país a chegar nesta fase do torneio. 

                                Após vir do banco de reservas no segundo tempo, Kaká foi o autor de um gol e uma assistência, sendo considerado por muitos o melhor em campo na vitória por 3×0 na casa dos cipriotas. Já no jogo de volta, realizado no Santiago Bernabéu, Kaká novamente despontou sendo um dos melhores em campo, juntamente com Cristiano Ronaldo, e marcando um belíssimo gol de fora da área.

                                Suas boas partidas pelo Real Madrid no início do ano de 2012 já levantam novas especulações acerca do seu retorno à Seleção Brasileira, pela qual não atua desde a fatídica eliminação na Copa do Mundo de 2010. Muitos jornalistas esportivos já discutem o tema, mas o treinador da seleção, Mano Menezes, mostra-se bastante receoso quanto à convocação de Kaká, devido ao histórico recente de graves lesões. Em 4 de dezembro de 2012, depois de marcar na vitória por 4 a 1 contra o Ajax, Kaká tornou-se o maior artilheiro brasileiro na história da Liga dos Campeões, com 28 gols. 

                                Após Kaká ser reserva duas vezes, foi expulso no jogo contra o Osasuna no empate por 0 a 0, em 12 de janeiro de 2013. Foi a sua primeira expulsão no Real desde que ele foi para o clube, sua última expulsão foi em 2010, no jogo contra a Costa do Marfim na Copa do Mundo. E fez um dos gols da virada do Real Madrid sobre o Deportivo La Coruña por 2 a 1 fora de casa, fazendo o gol após passe de Cristiano Ronaldo. Marcou um gol de pênalti contra o Levante em 6 de abril de 2013, pelo campeonato espanhol na vitória por 5 a 1 dentro de casa. Atuou no clássico entre Atlético de Madrid e Real em 27 de abril, no Vicente Calderón. Voltou novamente a marcar contra o Real Valladolid na vitória por 4 a 3 em 4 de maio, assumindo a segunda colocação do campeonato espanhol.

RETORNO AO MILAN

                                Em 2 de setembro de 2013 foi anunciado oficialmente seu retorno pelo Milan. Utilizará o mesmo uniforme número 22 que vestiu durante toda a sua passagem anterior. Em 15 de setembro reestreou oficialmente pelos rossoneri, no empate por 2 a 2 com o Torino, pelo Campeonato Italiano. Sofreu uma lesão que o afastou dos gramados por 1 mês, voltou no jogo contra a Udinese na vitória por 1 a 0, entrando no decorrer da partida, jogou também pelo contra o Barcelona pela UEFA Champions League em que o Milan empatou por 1 a 1 nesse jogo deu um passe para o brasileiro Robinho marcar o primeiro gol dos rossoneri. Marcou o seu 100º gol com a camisa do Milan na partida contra o Atalanta válida pelo Campeonato Italiano nesse jogo também marcou outro gol que foi o seu 101º gol com a camisa do Milan.

ORLANDO CITY

                                Após a temporada 2013-14, devido a não classificação do Milan para a Liga dos Campeões da UEFA o meia decidiu que era hora de por um fim na sua passagem pelo clube rubro negro e utilizou uma cláusula no seu contrato que lhe permitia sair do clube caso o mesmo ficasse fora da competição continental. Em 1 de julho de 2014 assinou contrato por três temporadas com o Orlando City Soccer Club utilizando a camisa dez, sendo uma das principais estrelas da Major League Soccer. Kaká fez sua estreia oficial pelo Orlando City em 8 de março de 2015 contra o New York City, na 1° rodada da MLS. Sendo protagonista da partida, o jogador marcou o gol de empate da partida, que terminou 1×1.

EMPRÉSTIO AO SÃO PAULO F.C.

                                Com a temporada da MLS iniciando apenas em março de 2015, Kaká foi emprestado ao São Paulo, seu clube de origem, até o final de 2014. No dia 6 de julho, Kaká foi apresentado no São Paulo no estádio Morumbi, sendo recepcionado por 25 mil torcedores. De volta ao São Paulo, Kaká utilizou o mesmo número de sua passagem anterior pelo time do tricolor, a camisa 8. Na reestreia pelo clube, marcou o único gol da derrota do São Paulo contra o Goiás por 2×1 no estádio Serra Dourada, pela 12° rodada do Campeonato Brasileiro. No dia 30 de novembro de 2014 ele completou seu último jogo pelo time paulista, em uma partida contra o Figueirense.

SELEÇÃO BRASILEIRA

                                Kaká foi convocado para o Championship Youth World de 2001, mas sua equipe foi eliminada pela Gana nas quartas de final. Vários meses depois, ele fez sua estreia na equipe sênior do Brasil, em um amistoso contra a Bolívia, em 31 de janeiro de 2002. Ele foi convocado para a Copa do Mundo de 2002, mas atuou apenas 25 minutos, na partida contra a Costa Rica (que, para o Brasil, servia apenas para cumprir tabela, pois já garantira a classificação para a fase seguinte).

                                Em 2003, Kaká foi o capitão do Brasil na Copa CONCACAF Gold, onde o Brasil, competindo com sua equipe sub-23, terminou como vice-campeão para o México. Ele marcou três gols durante o torneio. Ele foi convocado também para a Copa das Confederações de 2005 na Alemanha. Ele apareceu em todos os cinco jogos e marcou um gol na vitória de 4 a 1 sobre a Argentina na final.

                                Kaká começou como titular pela primeira vez na Copa do Mundo de 2006 e marcou seu primeiro gol na vitória do Brasil sobre a Croácia por 1 a 0, partida em que foi nomeado o Homem-do-Jogo. Ele não conseguiu manter o ritmo para o restante do torneio, o Brasil foi eliminado pela França nas quartas de final. Em um amistoso contra a Argentina em 3 de setembro de 2006, depois de entrar como substituto, ele recebeu a bola fora de um desvio de Lionel Messi e passou por quatro marcadores e marcou.

                                 Em 12 de maio de 2007, citando uma programação exaustiva de Serie A, Liga dos Campeões, e jogo do campeonato nacional, Kaká ficou fora da Copa América de 2007, que o Brasil ganhou. Depois de perder a Copa América, ele voltou a jogar em amistoso do Brasil contra a Argélia em 22 de agosto de 2007.

                                 Kaká participou da Copa das Confederações de 2009, marcando o seu primeiro torneio internacional desde a Copa do Mundo de 2006. Seus únicos dois gols vieram no grupo, partida de estreia contra o Egito em 14 de junho, quando marcou um gol no quinto minuto e depois acrescentou uma penalidade aos 45 minutos do segundo tempo na vitória do Brasil por 4 a 3. Ele recebeu a Bola de Ouro como o jogador do torneio na Copa das Confederações e também foi nomeado o Homem-do-Jogo na final depois de ajudar o Brasil a uma vitória por 3 a 2 contra o Estados Unidos.

                                 No Mundial de 2010, durante o jogo contra a Costa do Marfim em 20 de junho, Kaká recebeu um cartão vermelho após receber dois cartões amarelos. A segunda placa foi determinado por um cotovelo em direção a Kader Keïta. Kaká terminou o torneio com três assistências no total, e o Brasil acabou perdendo por 2 a 1 para a Holanda e eliminado da Copa.

                                 Depois de mais de um ano de ausência da seleção, Kaká foi chamado em 27 de outubro de 2011, para os amistosos contra Gabão e Egito em novembro. Mais tarde, ele teve que ser retirado da equipe, devido a uma lesão. Com boa atuação no Real Madrid, Kaká foi convocado pelo técnico Mano Menezes para os amistosos contra Iraque e Japão, com o técnico dizendo que a fase de testes na Seleção Brasileira havia terminado, e que seria hora de trazer os veteranos de volta, visando a Copa das Confederações.

                                  Na partida contra o Iraque, Kaká deu uma assistência para Oscar fazer o segundo gol e marcou o terceiro gol brasileiro na partida que terminou 6 a 0 para os brasileiros. No jogo contra o Japão, Kaká fez o gol que fechou a goleada do Brasil por 4 a 0. Foi convocado novamente para a partida contra a Rússia em 25 de março de 2013.

                                  No dia 3 de outubro de 2014, Kaká foi convocado pelo técnico Dunga para a Seleção Brasileira após um ano e meio, Kaká foi chamado devido a lesão do meiaatacante Ricardo Goulart. Kaká disputou o Superclássico das Américas contra a Argentina vencido por 2×0 e um amistoso contra o Japão vencido por 4-0.

                                  Apesar de não ter sido convocado para integrar o elenco brasileiro que disputaria a Copa América Centenário, em 2016, com o corte de Douglas Costa, devido lesão, Kaká é convocado em seu lugar. Porém, no dia 1 de maio de 2016, foi constatado uma lesão em Kaká, e em seu lugar, foi convocado o meia Ganso.

APOSENTADORIA

                                  Em outubro de 2017, Kaká anunciou que não renovaria com o Orlando City. Em 15 de outubro Kaká se despediu diante da torcida no jogo contra o Columbus Crew, onde foi homenageado e chorou. Em 4 de novembro fez seu jogo de despedida contra Porto Rico. Cogitou-se a volta para o São Paulo. Em 17 de dezembro de 2017 no programa Esporte Espetacular em entrevista ao jornalista Galvão Bueno, no estádio do Morumbi anunciou sua aposentadoria dos gramados e disse que queria ser dirigente esportivo.

                                  A partir de 2018, Kaká realizou diversos cursos de gestão esportiva: antes da Copa do Mundo de 2018, Kaká, Daniel Alves e Van der Sar fizeram um curso de gestão esportiva em Universidade de Harvard; em agosto de 2018, Kaká e Mauro Silva começaram um curso de gestão esportiva organizado pelo Centro Internacional para Estudos do Esporte (CIES), pela Federação Internacional de Futebol(FIFA) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tais cursos realizados pelo ex-jogador visam prepará-lo para uma futura carreira como dirigente esportivo. Especula-se que Kaká possa assumir em breve um cargo de dirigente esportivo no AC Milan, clube onde conquistou a Liga dos Campeões da UEFA de 2006–07.

VIDA PESSOAL

                                  No dia 23 de dezembro de 2005 casou-se com a socialite Carol Celico. Na época, Kaká tinha 23 anos e sua esposa, 18. Anos depois, ela deu à luz os dois filhos do casal, Luca, nascido em 2008, e Isabella Celico Leite, em 2011. Em 3 de novembro de 2014 o casal anunciou oficialmente a separação. Porém, pouco menos de dois meses depois, em 30 de dezembro, numa postagem em seu perfil na rede social Instagram, Carol postou fotos do casal e os filhos juntos. No dia 31/07/2015, sua separação foi novamente anunciada. Em 12 de fevereiro de 2007, enquanto ainda jogava no Milan, obteve a cidadania italiana, o que lhe permitiu atuar no futebol europeu sem ocupar uma das três vagas reservadas a estrangeiros.

Em pé: Lúcio, Edmílson, Roque Júnior, Gilberto Silva, Marcos, Kaká, Vampeta, Anderson Polga, Dida, Rogério Ceni e Belleti    –     Agachados: Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Roberto Carlos, Kleberson, Rivaldo, Cafu, Ricardinho, Luisão, Edílson, Denílson e Juninho Paulista
Kaká foi escolhido pela Fifa como melhor jogador do mundo no ano de 2007
Kaka jogando pelo Real Madrid
Kaka jogando pelo Milan
Kaka jogando pelo São Paulo F.C.
Postado em K

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